Os Sete escrita por WinnieCooper


Capítulo 6
Capítulo 6




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— Descobrimos uma coisa que vai deixa-los boquiabertos – disse Rose para o irmão e o primo, já na sede dos Sete.

— Comece a falar de uma vez! – disse Hugo ansioso demais.

Flashback

 

— Poções do sono não pode ser eternas, quer conversar Sophia? – perguntou Rose recebendo o a confirmação por parte da garota.

 

— Eu sou uma pessoa horrível... – falou quase não conseguindo terminar, do tanto que engasgava chorando.

 

— Porque seria uma pessoa horrível?

 

— Lorcan, o Lorcan, no banheiro, ele... – Sophia não conseguia terminar sua fala por conta do tanto que chorava.

 

— Chorar faz bem Sophia – Rose disse a primeira coisa que lhe veio à mente.

 

— É só que... o Lorcan uma vez me disse que sempre estaria do meu lado, que nunca me abandonaria, que nós havíamos nascido um para o outro, que... – ela começou a chorar mais forte – que antes de me conhecer ele não acreditava que as pessoas pudessem ser verdadeiramente boas, e no banheiro ele...

 

— Ele no banheiro? Achei que estava chorando porque ele havia sido sequestrado.

 

— Ai é que está, acho que ele faz parte disso, pois queria que eu mascasse um chiclete, se não fosse a Lily...

 

— Lily? Lily Potter?

 

Fim do flashback

— E foi isso – disse Rose ao grupo de amigos – O Lorcan estava no castelo e a Lily foi sequestrada no lugar da Sophia por conta...

— Não – interrompeu Alvo – Ela foi sequestrada por que quis.

— Como pode ter certeza? – questionou Scorpius.

— Sabem o horário mais ou menos que Sophia viu os dois no banheiro? – perguntou Hugo tentando raciocinar.

— Foi antes de ontem, acredito – disse a irmã franzindo a testa.

— Ela não foi sequestrada ali – disse Hugo sorrindo com os olhos – Ela conversou comigo no outro dia, no dia que eu... bom... briguei com ela.

— Eu sei o que ela fez! – disse Alvo enérgico – Lily é louca, tão maluca, mas ouvi Fred dizer horas atrás que era tão fácil tirar poção polissuco do armário do professor. E agora a pouco vi escrito na porta no banheiro da Murta uma mensagem no código dos Sete.

— Uma mensagem, de quem? – questionou Scorpius extremamente curioso.

— Lily, ela disse que havia sido sequestrada de propósito e se...

— Ela se transformou em Sophia com a poção e foi com Lorcan , aonde quer que seja esse esconderijo do sequestrador – completou Rose sabendo onde o líder queria chegar.

— E o esconderijo esta em – Hugo tirou sua moeda do bolso e leu – Londres 207

Scorpius suspirou sorrindo e sacudindo a cabeça:

— Lily é maluca ou...

— Corajosa – completou Hugo sorrindo.

— Raciocínio demais para pouco tempo! Respirem! – pediu Scorpius coçando a cabeça – O que faremos agora? Contaremos aos aurores, diremos à diretora o que aconteceu?

— Eles jamais acreditarão na gente – disse Hugo automaticamente – Que adulto acreditaria que Lily escreveu em código e foi sequestrada de proposito e sabemos seu paradeiro por causa de uma inscrição numa moeda?

— Vendo por esse lado – disse uma ultima vez Scorpius.

— O mais importante é que o professor Pfeiffer jamais poderá saber sobre isso.

— Porque Alvo? – perguntou Rose estreitando os olhos, desconfiada.

— Tem alguma coisa que está me encucando e que não contei a vocês – e então o líder dos Sete contou, sobre suas suspeitas, que toda preocupação com a imagem do colégio e os favores pedido ao aluno mais exemplar da escola, nada mais eram, de acordo com seus instintos, algo para camuflar todo o esquema de sequestros. – Pra mim, isso tudo é muito maior do que imaginamos e...

— Acha que o professor está no meio disso? – perguntou Hugo encucado.

— Não sei, mas não confio nele.

— O fato é que precisamos encontrar a Lily e esse esconderijo – voltou a dizer Hugo.

— Esse endereço do Londres 207 é muito vago, não acham? Bom... – disse Rose pensativa, levantando sua varinha, pronunciando um feitiço mudo, segundos depois um pedaço grande de papel chegou voando até a garota – O mapa da cidade. Vamos procurar.

E a mais inteligente do grupo voltou a sacudir a varinha, com os olhos fechados e a testa enrugada, fez um feitiço mudo, deixando fluorescente alguns pontos em particular do mapa.

— Temos mais de dez possíveis endereços de Londres 207 – disse Scorpius chateado.

— Não é em Londres gente – exclamou Hugo de repente.

— O que quer dizer? – se manifestou o líder curioso.

— Oh meu Deus, a Lily sabia que eu reconheceria tenho certeza disso... – disse Hugo balançando a cabeça.

— Da pra dizer de uma vez!? – pediu Scorpius sem paciência.

— Em Hogsmeade, eu e Lily, costumávamos dizer que uma determinada rua da vila, parecia Londres, por causa das suas casas todas juntas com prédios maiores do que a maioria dos outros lugares... será que... será que é em Hogsmeade?

— Não custa tentar – disse Rose, e com um feitiço convocatório e outro mapa, apareceu no esconderijo – Se lembra o nome da rua Hugo?

— Travessa Guilhem.

— Aqui está Travessa Guilhem 207 – disse ao irmão apontando com o dedo.

— Então é melhor agirmos! – disse Scorpius sorrindo empolgado.

— Não! – a única garota voltou a exclamar preocupada – Precisamos de um plano, muito bem elaborado, de dias treinando e...

— Planos nunca dão certo Rose. Só vamos pegar a capa de invisibilidade, o mapa do maroto e vamos... – começou a dizer o loiro.

— Ai é que está, o professor Pfeiffer confiscou minha capa.

— Estamos perdidos! – Rose começou a abanar sua mão na frente do rosto apavorada.

— Rose... – disse Hugo calmamente – você é boa pensando, mas... no quesito ação... – ele fez uma careta não completando seu pensamento.

— Oras! – ela disse brava – Só acho que temos de ter um plano.

— Lily está com algum psicótico trancada, imagine como ela está, imagine se demorarmos demais para resgata-la e se outro estudante for sequestrado? E se for tarde demais? Temos de agir!

— Ok! – Rose concordou com o irmão – precisamos contatar os adultos então.

— Eles não vão acreditar na gente – disse Scorpius balançando a cabeça com os braços cruzados.

— Podíamos fazer como os Trouxas, eles tem uma espécie de telefonia com eles, podemos os comunicar anonimamente e eles vão checar – respondeu Alvo.

— Por isso que gosto de ser o mais burro, vocês sempre pensam por mim – disse o loiro dando um tapinha nas costas de Alvo – Vamos!

Os quatro desceram do alçapão e saíram para o corredor, sem se importar em cada um descer por vez e todas as outras regras que deixariam eles mais seguros quanto ao anonimato do grupo.

— Senhorita Weasley! Justo quem eu procurava! – exclamou uma voz nem um pouco convincente atrás dos quatro, assim que começaram a andar pelo corredor.

— Professor Pf...Pfei... – Rose mal conseguiu dizer seu nome, logo depois que o viu a encarando perigosamente.

— O que o senhor quer com ela? – perguntou Scorpius o encarando sem medo.

— É particular senhor Malfoy – respondeu o professor triunfante agarrando o braço de Rose a arrastando consigo.

A garota olhou para os três garotos, parados estáticos e mexeu sua boca, de forma que eles lessem seus lábios, sem que ela pronunciasse som:

— O livro.

Então eles viram que na mão do homem que arrastava Rose havia um livro sobre plantas, um livro que a garota lia num dia que havia perdido, quando o suposto sequestrador pegou, na frente de um determinado armário de vassouras.

— Ele irá mata-la! – gritou Scorpius apontando para o professor descaradamente, mesmo que estivesse a uma boa distancia e não pudesse escuta-lo.

— Não exagere – respondeu Alvo calmamente.

Hugo havia sentado no corredor e escorado na parede, sua cabeça encostada em seus joelhos.

— Primeiro Lily, agora Rose, sou um inútil que não consegue defende-las.

— Ah, você também não Hugo, eu tenho uma prima nas mãos de um psicopata e minha irmã sequestrada e nem por isso...

— Nem começa! – gritou Hugo – Você é um frio que...

— Ah pelo amor de Deus, isso não é hora de brigar! – gritou Scorpius nervoso com os dois – Todo mundo sabe que o Alvo se finge de durão, mas chora escondido – o moreno arregalou os olhos e ia retrucar, mas o loiro continuou – E você Hugo, é mais sentimental do que admite ser, ama a Lily desde criança, e não estou falando de amar como prima.

— O que?! – perguntou Alvo nervoso encarando Hugo.

— Esse cara é maluco! Não olhe para mim – o ruivo disse desesperado balançando a mão de frente a seu rosto.

— Temos que tirar a Rose daquele cara agora! – voltou a dizer Scorpius.

— Que jeito? Ele é professor, se chegarmos apavorados na diretora Mcgonagall ela vai nos taxar de crianças assustadas – voltou a dizer Hugo, se levantando do chão.

— Quem disse em denuncia-lo a Mcgonagall? Devíamos ir até a sala dele, arrombar a portar e sairmos com Rose.

— Está lendo o que pra pensar que é um herói Scorpius? – o ruivo falou cruzando os braços na frente de si – Precisamos usar a cabeça e ver o que iremos fazer.

— Usar a cabeça? – perguntou indignado – Se não notou a pessoa que usava a cabeça no nosso grupo acabou de sair daqui com um psicopata!

Alvo não estava ouvindo os dois amigos discutirem, olhava fixamente para uma estatua, era uma bruxa corcunda e tinha apenas um olho.

— Nós nunca fomos para uma missão em campo não é? – perguntou Alvo displicente, mas foi o suficiente para fazer os dois calarem a boca e o encararem – Faremos assim, Scorpius vai atrás de Rose e tenta resgata-la, ou seja, lá o que for, eu irei atrás de Lily.

— E eu? – perguntou Hugo desesperado.

— Preciso que contate os aurores sem se identificar, indicando o lugar que Lily está.

— Mas Alvo, nos separar? Isso não é um item dos Sete que devíamos seguir? Nos manter unidos – disse Scorpius.

— Inventar as regras é uma coisa, a realidade é bem diferente. Nós vamos conseguir!

Ele esticou sua mão para frente, Scorpius e Hugo colocaram a palma em cima.

— Nós vemos mais tarde – disse Alvo por fim.

xx

— Então senhorita Weasley, como vai? – perguntou o professor sentando-se numa enorme poltrona verde escura, no aposento que morava em Hogwarts.

— B-B-B-Bem – ela respondeu tremendo de pavor.

— Pode se sentar – apontou para um sofá ao lado dele.

— Estou bem em pé – ela riu nervosa coçando os cabelos e sentindo vontade de ir no banheiro.

— É melhor se sentar, iremos conversar um bom tempo – voltou a dizer gentilmente.

— Sabe o que é professor? Eu tenho enormes pilhas de pergaminhos para responder, eu preciso...

— Você precisa se sentar e conversar comigo – era um ultimato e Rose reconheceu isso pela determinação da voz dele.

— Ok – respondeu apenas se sentando finalmente no sofá.

— Sei que estava pesquisando sobre plantas alucinógenas esses dias atrás, porque senhorita Weasley?

— Oh – Rose exclamou engolindo em seco – O senhor acredita que perdi um livro deste que peguei na biblioteca, escrito meu nome nele e tudo, e estou meio paranoica, porque minha mãe me ensinou a ser uma garota amante de livros e uma garota amante de livros sabe que precisa cuidar dos livros e como irei cuidar se o perdi? Mas irei comprar um novo exemplar para a biblioteca o senhor pode ficar...

— Como assim perdeu? – perguntou o professor realmente preocupado.

Rose estranhou o comportamento dele, tinha quase certeza que o exemplar na mão do senhor Pfeiffer era o livro que havia perdido.

— Eu só o perdi, não sei onde.

— Aposto que sabe – ele chegou perto da garota e entregou o exemplar para ela – Folhei-o, eu não sou um inimigo senhorita Weasley, como uma boa leitora, devia saber mais do que ninguém, que os inimigos na maioria das vezes, são aqueles que em principio são nossos amigos.

— O que quer dizer com isso professor? – questionou foleando o livro em sua mão e percebendo que aquele exemplar não levava o nome dela.

— Sei o que você e seus amigos fazem, sei que se intitulam como Sete— Rose ergueu sua cabeça com tudo o encarando – Eu não sou um inimigo, conte-me tudo que sabe, que conto tudo que sei.

xx

— Dr. Perspicácia? Que tipo de nome é esse? Sua mãe não te deu um nome de batismo não? – Lily dizia sem timidez alguma.

— É melhor ficar bem quieta Lily Potter.

— Como sabe meu nome? – ela perguntou pela primeira vez realmente preocupada olhado para si mesma e constatando que o efeito da poção polissuco havia acabado.

— Você se acha bem esperta não é? Achou que ao convencer o Scamander a te trazer para cá poderia nos enganar com a poção polissuco, não passou por sua cabecinha que trazíamos os alunos para cá com um propósito?

O lugar estava escuro, Lily só conseguia ver o homem parado a sua frente que segurava um lampião para somente os iluminar.

— Pode dizer o que quiser, não me importo – ela deu de ombros corajosa – O senhor pode achar que sabe o que pretendo fazer aqui, mas...

— O que? Contatar seus amigos, Rose, Alvo, Scorpius e Hugo, são esses os nomes deles não é?

— Como sabe esses nomes? – perguntou com medo da resposta, quanto tempo ela ficou apagada? Não se lembrava nem do que aconteceu depois que entrou com Lorcan no esconderijo.

— Oras queridinha, foi você mesma que contou, feliz, dizendo que formavam o famoso grupo dos Sete, o grupo que investigava e estavam na minha cola, não se lembra? Você mesma mandou a localização do esconderijo naquele galeão falso.

— Eu fiz o que?! – logico que ela esperava contata-los com a moeda, mas não tão cedo, não sem antes descobrir tudo o que estava havendo lá.

— E agora, aposto que eles estão chegando, vindo direto para uma armadilha.

Droga! O que ela havia feito? Será que aquele cara tinha lhe lançado Imperius e a fez contar tudo e chamar os amigos sem se lembrar de nada? Ela tinha que fazer alguma coisa. Pensou uns instantes e é lógico que fez o que qualquer outra garota no lugar dela faria. Gritou:

— AHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH SOCORRO! UM PISICOPATA QUERENDO ME ESTRUPAR, SOCORRO!

— Já chega, está na hora de ir com os outros – e então ele a desamarrou, e segurou tão forte no braço dela que ficou metade roxo e metade branco.

Lily se debatia e gritava o mais alto que podia, mas o homem era forte e grande, empurrou-a para dentro de uma grade, onde outros adolescentes estavam trancados. Gritou e se debateu até a luz do lampião sumir com seu dono.

— É inútil Lily, desculpe, eu não devia ter te trazido aqui – a voz de Lorcan surgiu no escuro, no mesmo instante que sentiu sua mão em seu ombro.

A garota sentou-se no chão de pedra frio e se encolheu, deixou que as lágrimas caíssem, estava sem varinha, sem seu galeão, sem esperança nenhuma de salvar seus amigos antes de chegarem à armadilha.


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