Speechless escrita por Paulinha Almeida


Capítulo 37
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

Notas finais esclarecedoras! ahah
Enjoy



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POV Gina

Eu tenho certeza absoluta que nesse momento não havia ninguém no mundo mais apaixonado do que eu. E ao contrário do cenário assustador que eu previ há dois meses, a sensação era maravilhosa.

Depois que ele me mandou um beijo, saiu e fechou a porta eu liguei meu computador e comecei a trabalhar, mantendo o mesmo sorriso bobo no rosto. Pela primeira vez desde que comecei a trabalhar aqui, dormir até bem tarde não era meu único motivo para querer que o fim de semana chegasse logo.

Faltando aproximadamente meia hora para o horário que normalmente almoçávamos ele entrou rápido na sala e enquanto pegava algum papel dentro de uma das suas gavetas me disse:

—Vamos lá ser promovida?

—Agora? - Perguntei sem tirar os olhos do e-mail que estava digitando.

—Sim. Ele pediu para que te chamasse. - Parou para esperar que eu me levantasse. - Faça cara de surpresa, viu.

Nós rimos e eu o acompanhei para fora do departamento. Depois de ouvir a noticia da minha efetivação, combinar meu salário e os novos horários de trabalho e agradecer ao diretor com cara de surpresa, eu e Harry pudemos voltar para nosso departamento, pegar minha bolsa e ir almoçar.

—Parabéns, amor. - Falou baixinho assim que saímos da sala dele.

—Obrigada. - Respondi com um sorriso. - Acho que poderíamos comemorar. - Pisquei sugestivamente para ele ao final da frase e nós dois rimos.

Quando estávamos passando em frente à mesa da secretária, eis que a voz mais irritante do mundo soa ao nosso lado.

—Olá Sr. Potter. - Romilda o cumprimentou com o mesmo sorriso de sempre.

—Olá Srta. Vane. - Ele respondeu sem graça e sem parar de caminhar.

—O que acha de almoçarmos juntos hoje? - Ela perguntou com a voz um tanto manhosa e eu fechei a cara para os dois.

—Não será possível, desculpe.

Eu havia começado a andar mais rápido quando ouvi seu convite, e meu ego ficou muito lisonjeado quando ele respondeu rapidamente e quase correu atrás de mim. Peguei minha bolsa e me virei para sairmos, ele estava me esperando com cara de quem se desculpa e até então eu não havia falado nada.

—Não dê mais caronas para ela. Nunca. - Falei séria e finalizei com um selinho rápido.

—Sim senhora. - Ele riu antes de me acompanhar porta afora.

Eu não achava uma boa idéia contar à nossa querida secretaria que seu sonho de consumo era meu namorado, mas tampouco perdia as oportunidades de passar por ela conversando animadamente com ele, como estava fazendo nesse momento. Era sempre bom ver sua cara de contrariedade.

—Você não acha que a provoca demais? - Me perguntou assim que a porta do elevador se fechou e ficamos a sós.

—Claro que não. Eu acho que ela é uma atirada, isso sim. - Respondi naturalmente. - Mas um dia eu vou contar a ela, assim como quem não quer nada, como você é bom de cama. Garanto que a cara de indignação dela valerá a pena.

Ele me olhou em um misto de susto e indignação e nós rimos um para o outro.

—Acho que você deveria pagar nosso almoço hoje. Só pra comemorar sua promoção. - Sugeriu rindo enquanto me puxava para seu carro e não para o portão de acesso à rua, para onde eu estava indo.

—Nem pensar. Agora que eu sei exatamente quanto você ganha nunca mais me ofereço para essas gentilezas, pode continuar com seu cavalheirismo inglês. - Brinquei enquanto sentava no banco do carona.

Assim que ele se acomodou ao meu lado, minha mão esquerda quase automaticamente pousou em sua perna, e ainda rindo saímos do prédio. Minha primeira semana namorando foi melhor do que o imaginado, isso se desconsiderarmos as constantes investidas da Srta. Vane no meu namorado, as quais ele negava sempre.

Não faltai à aula nenhuma vez e ele fez questão de me buscar todos os dias, mesmo eu insistindo que não era necessário. Não tivemos tempo de nos ver fora da empresa, então na quinta feira depois que ele me pegou em frente à faculdade, pela primeira vez, nós fizemos amor no carro dele, nenhum dos dois estava muito afim de esperar até sábado. E eu nunca pensei que um carro pudesse ficar tão grande.

Sexta feira foi divulgado o comunicado anunciando meu novo cargo, como sempre era feito quando alguém assumia novas funções, e a partir de segunda feira eu já entraria um pouco mais cedo e sairia um pouco mais tarde, exatamente nos mesmos horários do Harry.

Apesar do convite ter sido muito tentador, na sexta feira eu não dormi na casa do meu namorado, preferi dormir em casa mesmo. Nos despedimos em frente à portaria e apesar da cara de triste que ele fez quando eu saí do carro, fui forte e não cedi à sua chantagem emocional. Acordei no sábado quase na hora do almoço, tomei um banho pra despertar e ainda de toalha liguei para o Harry.

—Já estava preocupado! - Atendeu brincalhão.

—Bom dia, amor. Dormiu bem? - Perguntei deitada em minha cama por cima das cobertas.

—Bom dia linda. Dormi bem e você?

—Também. Você sabe onde está meu irmão? - Perguntei preocupada.

—Foi jogar futebol de manhã, passou ai pra tomar banho, buscou a Mi e saíram. Mas não sei onde eles foram.

—Ah tudo bem, só fiquei preocupada. Ele nunca sai sem avisar. - Justifiquei. - Vamos nos ver hoje?

—Por mim já estaríamos nos vendo, mas você me troca por qualquer travesseiro. - Respondeu rindo e eu o acompanhei.

—Quer vir aqui? - Convidei já sabendo que ele viria.

—Vou. Já comeu algo? - Perguntou e eu notei que ele havia começado a se mover.

—Ainda não, acabei de tomar banho, ainda nem me troquei.

—Então me espera que tomamos café juntos. - Ouvi o som do elevador anunciando que havia chegado ao seu andar. - Daqui vinte minutos chego ai. Beijos.

—Beijos. - Nos despedimos e desliguei.

Eu poderia me vestir para esperá-lo, mas a idéia de arrumar as roupas espalhadas pareceu mais sensata no momento. Pensando por esse lado, acho que ele se incomodaria menos com a minha toalha de banho do que com a bagunça no meu quarto.

POV Harry

Saí de casa rápido, passei em uma padaria no caminho para comprar algumas coisas que eu sei que ela gosta e fui direto para sua casa, cheguei mais ou menos no horário que havíamos marcado. Toquei a campainha e, como eu já esperava, ela me atendeu usando apenas uma toalha de banho rosa, descalça e com os cabelos soltos.

Totalmente sexy!

Talvez um dia eu me acostumasse com a visão dela tão a vontade na minha frente, como agora quando eu andava em sua direção e ela dava alguns passinhos para trás e sorria de um jeito um tanto infantil pra mim, mas por enquanto essa cena ainda me deixava extremamente excitado. Me virei tempo suficiente para fechar a porta e quando ficamos de frente novamente joguei as sacolas e a chave do carro em cima do sofá e extingui todo espaço existente entre nós.

—Você me espera assim de propósito? - Perguntei já com as mãos no seu bumbum.

—Com certeza! - Respondeu rindo enquanto enlaçava meu pescoço e depois me deu um daqueles beijos que acho que só ela sabe.

Não sei por que era tão bom, mas prensar seu corpo entre o meu e a parede, como eu estava fazendo agora, me deixava maluco. E ela sabia disso, porque o primeiro destino das suas mãos foi minhas costas e a primeira coisa que elas fizeram foi me puxar mais para cima dela. É claro que seu corpinho totalmente nu grudado em mim era tentador, mas eu sou um namorado preocupado, logo minha atitude sensata foi:

—Amor, vamos comer. - Convidei enquanto distribuía alguns beijos em seu pescoço.

—Vamos, estou morrendo de fome. Vou me vestir, só um minuto. - Me deu um selinho e foi em direção ao seu quarto.

A segui e enquanto ela se vestia conversamos sobre alguns assuntos banais, tipo o que ela havia estudado ontem e o que eu fiz enquanto ela estava na aula. A observei vestir uma calcinha minúscula e um vestido curtíssimo apenas, depois nos sentamos no sofá mesmo e comemos juntos enquanto combinávamos aonde iríamos a noite, era um habito nosso sair no sábado para qualquer lugar.

Da maneira como aproveitamos o resto da tarde ela não precisou daquele vestido e nem eu das minhas roupas. Quase seis da tarde Hermione me ligou para perguntar onde eu estava, pois ela havia acabado de chegar em casa com Ron e embora já suspeitasse do meu paradeiro achou melhor confirmar.

Após descobrir que eles iriam assistir alguns filmes juntos e que meu cunhado dormiria na minha casa hoje, eu me convidei para dormir na casa dele, assim não nos atrapalharíamos. Perto das oito da noite tomamos um banho juntos, eu vesti a mesma roupa que havia vindo e aguardei meia hora até que minha namorada se arrumasse. As nove da noite, finalmente, chegamos ao nosso destino.

Nós dois gostávamos muito de Pubs e o nosso escolhido hoje foi um que ainda não conhecíamos, mas que no geral possuía um ambiente aconchegante. Conseguimos uma mesa em U com um sofá aconchegante e pedimos nosso jantar, que não demorou a chegar. Jantamos calmamente, rindo a toda hora e não nos apressamos para ir embora quando já havíamos terminado.

Ela havia escolhido um short jeans curto e não muito apertado, e agora que havíamos terminado de comer ela estava com as duas pernas no meu colo e uma das minhas mãos acariciando suas coxas macias enquanto nos beijávamos afoitos. Nada indiscreto, mas impróprio para um ambiente mais claro que esse.

Suas mãos já haviam bagunçado meu cabelo de todas as maneiras possíveis e nesse momento estavam por dentro da minha camiseta acariciando minha barriga e minhas costas. A puxei mais para perto e subi minhas mãos também para sua cintura, por baixo da baby look que ela estava usando.

Eu já estava totalmente excitado e ela havia percebido, já que discretamente roçou sua coxa em minha ereção. Mordi seu lábio um pouco mais forte com o contato e desviei minha boca para o seu pescoço, sussurrando para que só ela ouvisse:

—Vamos pra casa?

Ela apenas acenou que sim e eu a beijei mais uma vez antes de nos levantarmos. Com a mesma intensidade de antes, minhas mãos deslizando pelo seu quadril (que a mesa à nossa frente tampava) e as dela novamente nos meus cabelos. Antes de nos separarmos espontaneamente uma voz irritantemente conhecida falou conosco:

—Essa me parece uma excelente maneira de ser promovida, Weasley.

Com a interrupção nos separamos rápido e ao constatar que à nossa frente se encontrava a Srta. Vane eu previ a tempestade que viria a seguir, então tomei a frente da situação enquanto Gina se endireitava no acento e fechava a cara na hora.

—Eu não a aconselharia a dizer essas coisas Srta.Vane. Receio que nunca tenha trabalhado com a Gina, então não sabe como ela é competente. - Respondi calmamente.

—Competente no escritório ou na sua cama? - Perguntou petulante.

Gina se mexeu inquieta ao meu lado e eu a abracei mais.

—Acho que você está ofendendo a minha namorada.

Notei seu sorriso de satisfação e a cara de incredulidade da nossa colega de trabalho aparecerem simultaneamente.

—Namorada? - Desdenhou apontando para Gina. - Só me diga o que ela tem de mais especial do que eu para que ela seja sua namorada!

Eu já estava totalmente desconfortável com a situação e Gina bufou, desviando seu olhar para o outro lado do bar.

—Acho que isso é só entre eu e ela, Vane. - Respondi já irritado com a insistência. - Vamos amor?

—Vamos. - Aceitou a mão que eu lhe oferecia, pegou a bolsa e saímos. - Pode ficar com a mesa, já estávamos de saída. - Provocou-a quando passou por ela e eu ri baixinho.

Minha namorada fez questão de andar com passos decididos, queixo erguido e rebolando mais do que nunca e eu ri da sua postura confiante, apesar de não ter gostado nem um pouco da maneira como a Srta Vane ficou sabendo da nossa relação. E isso não se devia, absolutamente, à ela saber, mas apenas ao fato de que eu tinha receio do que ela faria agora que sabe.

—Essa mulher não se toca não? Caramba! - Reclamou indignada assim que estávamos na segurança do interior do meu carro.

—Isso está começando a me irritar. - Respondi enquanto ligava o carro. - No começo eu não me importava, mas essa insistência toda, essa inconveniência estão passando dos limites.

—Pelo menos agora ela sabe, essa parte me deixa feliz. - Comentou sorrindo.

—E segunda feira o resto da empresa também saberá. - Eu disse sério. - Mas não me importo nem um pouco. - Finalizei segurando meu queixo e virando seu rosto para mim, grudando nossas bocas em um selinho demorado. - Linda. - Disse quando nos separamos e ela sorriu graciosamente.

Cinco minutos depois que passamos pela porta da sua casa o assunto Secretária Atirada e Fofoqueira foi esquecido e éramos só nós dois outra vez, como sempre.

 


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Notas finais do capítulo

N/A:
Olá meus amores!
Primeiro vamos falar desse capítulo: vocês conseguem entender a complexidade da situação nesse momento? ahaha As coisas vão esquentar um pouquinho por aqui ;D
Agora falando da demora pra postar: desculpa! Eu levei uns dias a mais para mandar pra May e ela ficou dodoi também, então por isso a demora.
E infelizmente o próximo provavelmente vai demorar do mesmo jeito porque na semana que vem eu vou fazer uma cirurgia simples, mas por mais simples ainda é uma cirurgia e o médico recomendou repouso. Prometo trazer o próximo capítulo pra vocês o mais rápido possível.
Comentem, recomende, opinem, critiquem, mas apareçam, sim!? E não esqueçam de agradecer também a May pelo trabalho maravilhoso que ela faz.
Beeijinhos.
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N/B:
Pessoinhas LINDAS, não tentem matar a Paulinha, ela fez o cap faz tempo, eu é que não tinha betado AINDA.
Mas eu tenho uma boa desculpa, eu tava DODOI, sim, dodoi, uma alergia digna de feitiço das trevas, então tava indo pro hospital dia sim, o outro também.
Mas finalmente descobriu-se do que era a alergia, e por incrivel que pareça era a coisa mais TOSCA do mundo.
Emfim... ai está o cap, betadinho, e L-I-N-D-O!



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