Speechless escrita por Paulinha Almeida


Capítulo 22
Capítulo 22


Notas iniciais do capítulo

Capítulo dedicado à linda Luna Lovegoog, que fez uma recomendação linda de Speechless. Obrigada, minha linda!
Enjoy



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POV Gina

Depois de passar uns trinta minutos pensando em como Harry estava insuportavelmente respeitador e imaginando muitas formas de fazê-lo para com isso, eu consegui dormir. E dormi como uma pedra. Tanto que acordei mais tarde do que havia planejado.

Me levantei de um pulo, olhei pela janela para ver como estava o dia e ao ver o sol que estava nascendo optei por um vestido bege, sem decote mas que marcava bem meus seios e a cintura, descendo até uns dois dedos acima do joelho um pouco mais solto. Calcei um sapato de salto verde escuro, peguei minha bolsa e saí.

Cheguei ao trabalho depois do que planejei, mas vinte minutos antes do meu horário habitual. Passei quase correndo pela recepção, dei um ‘bom dia’ rápido e geral e entrei na minha sala, fechando a porta ao passar.

Eu sabia que ele já estaria lá, então entrei e fui direto até sua mesa, deixando minha bolsa ali em cima mesmo. Encostei em sua mesa, ao lado de sua cadeira e ele ficou de pé, encostando-se em mim em seguida, de modo que fiquei entre ele e o móvel.

—Está bonita. - Falou me olhando de cima abaixo antes de encostar-se totalmente no meu corpo.

—Obrigada. - Lhe dei um selinho rápido. - Eu ia chegar antes, mas dormi tarde ontem e não consegui acordar tão cedo como pretendia.

Ele riu e eu o acompanhei.

—Eu também só cheguei há uns vinte minutos, não tem problema. - Se inclinou sobre meu rosto e antes que aprofundássemos o beijo, o quebrou. - Antes que me esqueça.

Colocou a mão no bolso da calça e retirou de lá a chave do seu carro, me entregando.

—Eu não vou precisar mesmo, assim você não tem que ficar esperando o Ron te buscar, porque eu sinceramente não quero ter que dar uns tapas naquele indivíduo, então vamos evitar. - Concluiu naturalmente. - Está no estacionamento, na vaga que uso normalmente.

Eu não queria demonstrar como aquilo havia mexido comigo, então falei a primeira coisa que pensei sem que pudesse parecer boba demais.

—Você sabe que eu sou uma péssima motorista, não sabe? - Perguntei sorrindo para ele.

—Eu tenho seguro. - Piscou para mim.

Peguei a chave de sua mão e a coloquei sobre a mesa ao meu lado, quando me virei para ele par agradecer já estávamos muito próximos, então ele me beijou.

Nosso beijo não estava calmo, como já não era há alguns dias e eu resolvi acabar com essa mania que ele tinha de me respeitar demais e dar vazão às nossas vontades. Tirei minhas mãos de seu pescoço e sem quebrar nosso beijo as apoiei na borda da mesa onde estava encostada, tomando impulso suficiente para me sentar na beirada e o envolver com minhas pernas. Deu certo!

Com o movimento meu vestido subiu um pouco, deixando mais da metade da minha coxa a mostra, e eu percebi o momento exato que ele notou minha atitude pela chupada um pouco mais forte em minha língua e suas mãos que instantaneamente desceram para minhas pernas, apertando primeiro exatamente onde estava a ponta da minha saia e em seguida escorregando por baixo da minha roupa em direção ao meu bumbum.

Ele estava de roupa social, então seria imprudente tentar infiltrar minhas mãos por seu corpo, pois ele sairia daqui todo amassado, por isso me concentrei em aproveitar suas mãos em mim e bagunçar ainda mais seus cabelos. A julgar pela maneira como estava pressionando minha pele e o volume considerável encostado na parte frontal da minha calcinha ele estava gostando tanto quanto eu.

Dessa vez não fui interrompida quando tentei beijar seu pescoço, ao contrário disso ele gemeu no meu ouvido quando lambi sua pele. Senti suas mãos me puxando ainda mais de encontro ao seu corpo e sem nunca parar de me beijar, meu corpo sendo deitado em cima da mesa dele. Ouvi o barulho de alguma coisa caindo, mas se ele se importou com isso não demonstrou.

Ele ainda estava com os pés no chão, mas o corpo totalmente deitado em cima do meu, meu vestido erguido provavelmente na altura da minha cintura e suas mãos acariciando minhas coxas, perigosamente próximo à virilha. Eu queria que ele soubesse como eu estava gostando, então não contive a vontade de gemer e me esfregar mais ainda nele.

Seus beijos desceram para o meu pescoço, chupando e lambendo minha pele até onde o decote do vestido permitia (um pouco abaixo da clavícula) enquanto senti uma de suas mãos subindo pela lateral do meu corpo em direção ao meu seio, eu gemi por antecipação já prevendo a sensação que viria, porque eles sempre foram meus pontos fracos.

Até que o telefone tocou, quebrando todo nosso clima.

Ele falou alguma coisa baixinho que eu não entendi, mas tenho certeza que não era uma palavra muito educada, e apoiou a testa na mesa, ao lado do meu pescoço. Suas mãos pararam exatamente onde estavam, uma na minha coxa e a outra na minha barriga, e o senti respirar fundo algumas vezes antes de atender a ligação interna que havia nos incomodado.

—Harry. - Disse com a voz o mais normal que conseguiu.

Ele havia posto o aparelho entre meu ouvido e o dele, então eu conseguiria ouvir perfeitamente o que a pessoa do outro lado da linha queria. Ainda estava de olhos fechados apreciando o peso dele em cima de mim e a caricia leve na minha perna quando ouvi aquela voz irritante, que me fez abrir os olhos imediatamente.

—Bom dia, Sr. Potter. Como tem passado? - Saudou a Srta. Vane um pouco animada demais.

—O que deseja? - Ele respondeu irritado.

Eu fiquei com vontade de rir, mas segurei.

—Só avisar que seu táxi já o espera. - Sua voz soando mais formal agora.

—Já estou indo, obrigado.

—Caso precise de alguma coisa, qualquer coisa, é só me ligar. - Voltou ao tom provocativo com o qual normalmente se dirigia a ele.

—Obrigado Srta. Vane. - Levantou o rosto da mesa e me olhou, deslizando a ponta do dedo indicador pelo meu nariz de um jeito muito carinhoso. - Já tenho tudo que preciso.

Sorri como uma boba e retribui seu carinho, ele colocou o telefone no gancho, me deu um selinho rápido e se levantou me puxando para que eu me sentasse.

—Preciso ir. - Disse enquanto se acomodava entre minhas pernas e colocava seus braços ao redor do meu corpo.

—Eu sei. - Também o abracei. - Duas semanas passam rápido, né?

Eu estava triste por ter que me despedir dele.

—Espero que sim.

Nos beijamos mais calmamente dessa vez, mais lentamente. Harry quebrou nosso beijo e me olhou com uma expressão engraçada.

—Não posso sair assim. - Apontou discretamente o volume em sua calça.

Eu gargalhei baixinho e ele me acompanhou depois se separou de mim e sentou-se em sua cadeira, que estava ao lado das minhas pernas, fechou os olhos e ficou assim alguns segundos. Eu o observei enquanto tentava se concentra ainda da maneira que estava, sentada em cima da sua mesa. Um tempo depois Harry abriu os olhos e me olhou de cima abaixo.

—Não está ajudando, Gi. - Me disse sério.

Olhei para mim mesma e percebi que pela maneira como eu estava sentada provavelmente ele estava conseguindo ver um pedaço considerável da minha calcinha.

—Desculpe. - Falei saltando de cima do móvel e arrumando meu vestido.

Ele riu um pouco e fechou os olhos de novo, abrindo-os dois minutos depois.

—Não dá, talvez quando eu estiver a uns vinte quilômetros de você eu consiga. - Disse já se levantando e virando-se para pegar sua mala de mão. - Esse deve ser um dos lados bons de ser mulher.

—E quem disse que eu estou assim? - O provoquei.

Nesse momento ele já tinha juntado suas coisas e estava virando-se para mim novamente, e gargalhou baixinho.

—Modéstia parte. - Parou na minha frente e me deu um selinho. - Eu duvido que não esteja. - Eu gargalhei dessa vez. - Já vou, Gi.

Quando ele falou isso eu me esforcei ao máximo para não demonstrar que estava triste e apenas assenti, enlaçando depois seu pescoço e colando minha boca na dele um pouco mais demoradamente. Ele não retribuiu o abraço, já que estava com os braços cheios de coisas.

Assim que nos separamos ele ajeitou despretensiosamente seu casaco de modo que tampasse o volume em sua calça, se virou para sair e antes de dar dois passos tropeçou em alguma coisa. Olhamos ao mesmo tempo para o chão e vimos seu porta-caneta caído e todo seu conteúdo espalhado, eu corei ao lembrar a situação na qual ele foi parar ali. Harry ia se abaixar para pegar quando eu me manifestei.

—Deixa que eu pego, você já está atrasado.

—Obrigado. - Voltou a andar em direção à porta enquanto falava. - Eu te ligo quando chegar lá.

—Vou esperar, hein. - Ele riu. - Obrigada pelo carro.

—De nada. - Ele disse isso parado e com a mão já na maçaneta. - Tchau, Gi.

—Tchau, Harry. - Sorri triste para ele.

—Gostosa. - Sussurrou para mim.

—Eu sei. - Respondi piscando.

Ele sorriu e depois se foi.

Eu ainda olhei para a porta alguns segundos, depois me sentei em sua cadeira exatamente como ele havia feito, agora era a minha hora de acalmar a irrigação constante entre minhas pernas. Embora não desse para ver, eu podia sentir muito bem o tecido da minha calcinha ensopado e devo confessar que a sensação era muito boa, exceto o fato de que não passaria disso.

Fiquei alguns minutos sentada ali, depois me levantei, peguei suas canetas do chão, as arrumei como estavam antes de cair e fui trabalhar.

 


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Notas finais do capítulo

Confesso que estou super ansiosa pra saber os reviews de vocês pra esse capítulo, porque até agora a história tem sido meio "morna".
Agora haverá duas semanas de espera entre os dois, as coisas serão no mínimo interessantes quando ele voltar! ;D
Enfim, espero que tenham gostado.
Comentem, opinem,critiquem e recomendem!
Beijinhos.