You Changed My Life escrita por AnnidyYulle


Capítulo 37
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeey!
NÃO, EU NÃO ABANDONEI A FIC! E por isso eu tô aqui pra postar mais um capitulo.
Como eu já falei várias vezes eu ando sem ideia pra fic... Então eu resolvi que não vou mais enrolar tanto pra terminar a história. O problema é que eu ainda não sei como fazer o final. Mas prometo que vou pensar em algo legalzinho.
Quero agradecer a "JuhFofy15" pela recomendação, beijão pra vc sua linda. E obrigada tbm a todas as reviews que vcs deixaram no outro capitulo ♥
Agora vamos ao capitulo.



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Pov's Nathaniel 

- Como está indo na escola, Nathaniel? - Meu "pai" pergunta sem direcionar seu olhar a mim.

- Bem. - digo e continuo a comer em silêncio. Olhar pra cara daquele velho me deixava enjoado.

- Papai, sabia que o Nate tem uma namorada? - Julia disse sorrindo. - Ela é bonita. - Completou. Dei um sorriso de canto. Ela não era bonita. Lisa era linda.

Meu pai apenas ignorou o comentario de Julia, continuando a comer como se ela não tivesse dito nada.

- Ju, come quietinha. - Minha mãe falou e a pequena balançou a cabeça negando.

- Não quero mais, mamãe. - colocou a mão na boca.

- Come meu amor. - Julia negou novamente.

- Coma Julia. - Meu pai disse secamente.

- Mas papai...

- Eu disse pra você comer. Só vai sair dai quando terminar. - Vi os olhinhos dela lacrimejarem e ela baixou a cabeça mexendo na comida. Mamãe engoliu em seco e bufei.

- Pai, ela comeu bolo mais cedo comigo. Talvez não esteja com fome. - Day explicou.

- Não importa. Já falei pra não comerem antes do jantar. - disse rude.

- Na verdade você não falou. - eu disse sem tirar os olhos do meu prato. - Quem disse foi a mãe.

- Não faz diferença. - bufei novamente. Dei um sorriso sarcastico, e o olhei incredulo.

- Ah faz. Faz muita diferença. É muito facil jogar toda a responsabilidade pra cima da mamãe e se mandar. E depois ainda querer levar credito por isso.

- Garoto, é bom você baixar esse tom de voz comigo. - ele disse me fuzilando com o olhar.

- Quer saber?! Cansei. Você não pode chegar aqui querendo dar uma de bom pai porque você não é. Você nunca está em casa. Você sempre deu mais importancia pro trabalho do que para propria familia. Se é que todas essas viagens são mesmo a trabalho né? - Ele se levantou vindo em minha direção e eu fiz o mesmo.

- O que você está insinuando Nathaniel? Olha aqui...  - o interrompi

- Olha aqui o que? Você não tem nem argumentos. Quer mesmo que eu diga o que eu tô insinuando? - Ri irônicamente. Vi Day pegar a mão de Ju e sair da cozinha. Minha mãe continuava sentada nos olhando assustada e com os olhos marejados.

- Nathaniel... - ele murmurou em um tom ameaçador.

- Você sempre jogou tudo nas costas da minha mãe. Você nunca foi presente na vida dos seus filhos. Não fez parte da minha infancia, nem da minha adolescencia, e agora eu sou um homem e nada mudou. Você nunca foi um pai de verdade.

- Homem? Você acha que é um homem? Garoto, olha bem pra você, olha para as suas atitudes. Passar a noite bebendo e depois voltar pra casa dando trabalho pra sua mãe é atitude de um homem? Não vou nem falar das drogas e das prostitutas. Acha mesmo que essas são atitudes de um homem?

- As pessoas mudam, "pai". Eu mudei. Eu cresci e amadureci. Mas você não estava aqui pra ver.

- Não, não estava. Mas eu vou te dizer porque eu não estava. Enquanto você torra meu dinheiro com besteiras eu estou trabalhando pra conseguir suprir todos os desejos de vocês. Todos os seus caprichos. Pra nunca deixar faltar nada. Mas você está sempre reclamando não é Nathaniel? Nunca está satisfeito com nada. Eu sempre te dei tudo. E o pior é que você não merece nada disso. Nunca mereceu. Você sempre foi um menininho mimado. Nunca fez nada pra merecer o que eu te dou. Sempre foi uma vergonha, você nunca me deu orgulho. - senti uma lagrima escorrer pelo meu rosto e eu a limpei rapidamente, com raiva. Aquilo doeu pra caralho.

- EU SEMPRE FIZ DE TUDO PRA TE IMPRESSIONAR! SEMPRE FIZ DE TUDO PRA QUE VOCÊ FICASSE ORGULHOSO DE MIM.

- Como você queria que eu ficasse orgulhoso de um garoto que só faz besteira? Que é um babaca, só pensa em drogas, bebidas e vadias.

- Aprendi com você. - E depois senti uma dor enorme no rosto. Ele tinha me dado um soco. Vi minha mãe correr até ele e o segurar. Ela chorava horrores e gritou algo como "Parem com isso". Quando a dor passou um pouco, deu um sorriso sarcastico.

- Bate mais, quem sabe assim você tire o peso da conciência. Porque você sabe que tudo o que eu disse é verdade.

- Cale a boca Nathaniel. - outra lagrima insistiu em descer pelo meu rosto e eu tratei de limpa-la.

- Ou o que? Vai me dar outro soco? Pode dar. Eu não ligo. Talvez a dor do soco amenize a dor de não ter um pai. - falei e sai, subindo a escada indo em direção ao meu quarto. Peguei um moletom, e procurei as chaves do meu carro. Não estavam ali, então lembrei que tinha as deixado na sala.

Desci rapidamente e peguei as chaves que estavam jogadas no sofá. Fui em direção a porta.

- Pra onde você vai? - ouvi a voz de Robert e bufei

- Qualquer lugar longe de você. - disse e sai batendo a porta. Entrei no carro e passei a mão pelo rosto. Ainda estava dolorido por causa do soco. Peguei o celular e digitei uma mensagem pra Lisa.

"Pequena, posso ir na sua casa? Sei que tá tarde mas preciso te ver."

Eu não queria ficar em casa mas também não queria ficar sozinho, porque eu podia fazer alguma besteira que me arrependeria depois. Liguei o carro e sai, em direção a casa da Lisa.

Cheguei em sua casa e olhei o celular. Ela não tinha respondido. Suspirei encostando a testa no volante. Não queria acordar ela. Mas eu realmente precisava muito dela, precisa que ela estivesse comigo agora. Sai do carro, e me encostei na lateral do mesmo. Peguei o celular de novo e digitei o numero dela.

- Nathaniel? Caralho, você sabe que horas são?

- Pequena, me desculpa. Eu sei que não deveria te incomodar a essa hora mas... eu preciso de você agora. Eu... Eu não tô muito bem.

- Nate, o que aconteceu? - Seu tom de voz passou de irritado a preocupado, e sorri fraco ao ouvir ela me chamar de Nate.

- Desce aqui embaixo. Por favor.

- O que?

- Eu tô na sua porta. - Ela abriu a cortina de sua janela e me viu.

- Já tô descendo.

Segundos depois ela estava abrindo a porta e vindo até mim, com o olhar preocupado.

- Me diz o que aconteceu? - Suspirei baixando a cabeça. Ela chegou mais perto e passou seus braços pelo meu pescoço, me abraçando. Eu a apertei em meus braços, sentindo o cheiro de seu cabelo.  - Quer entrar? - perguntou e eu assenti. Ela se afastou e pegou minha mão, me guiando até seu quarto.

Fechou a porta e nos sentamos em sua cama, um de frente pro outro. Ela me encarava enquanto eu só queria ficar ali, calado, olhando em seus olhos e tentando reorganizar meus pensamentos.

Lisa suspirou levando uma das mãos a minha nuca e fez um carinho gostoso. Permanecemos ali por mais alguns minutos.

- Você pode desabafar comigo. - ela se manifestou. Sorri fraco mas não disse nada. Comecei a brincar com seus dedos.

Porque eu estava assim afinal? Deveria estar aliviado por ter dito tudo que eu sempre guardei aqui. Tudo que estava preso na minha garganta. Mas aquilo que meu "pai" disse me magoou tanto. Ouvir que eu sempre fui uma vergonha, que ele não tinha razões pra ter orgulho de mim. Aquilo acabou comigo.

- Briguei com meu pai. - tomei coragem pra dizer.

- Sinto muito. - falou fazendo um carinho no meu rosto. - Foi tão sério assim?

- Eu nunca tive coragem de falar nada pra ele. E hoje eu explodi e falei tudo. Mas o pior é que eu ouvi muita coisa também. - Lisa não disse mais nada. Fiquei um tempo calado mas logo voltei a falar: - Ele disse que tem vergonha por ter um filho como eu. - senti um nó se formar em minha garganta.

- Ele é um babaca, Nate.

- Mas é meu pai. E doeu muito ouvir ele dizendo aquilo. - ela me abraçou e eu fechei os olhos, sentindo o choro querendo vir.

- Ele não te conhece. Não sabe como você é. Não conhece o Nathaniel que eu conheço.

- Lisa, eu sempre fui um idiota. Eu nunca fiz nada que pudesse o deixar orgulhoso de mim. Eu sempre fazia merda. - falei chorando enquanto ela brincava com meu cabelo.

- Nathaniel, não diz isso. - Continuamos ali, abraçados, e eu chorando. Uma cena muito gay.

Depois de tudo isso, eu fiquei deitado com a cabeça em seu colo enquanto ela passava a mão pelo meu cabelo.

A observando, percebi que ela usava um shortinho que deixava suas pernas a mostra e uma blusinha verde. E o que me deixou surpreso: ela estava com a minha jaqueta. Aquela que eu tinha dado a ela quando fomos a praia. Sorri fraco, e ela fraziu o cenho.

- O que foi? - perguntou

- Nada.

- Fala.

- Eu conheço essa jaqueta. - ela olhou pra si mesma e então corou.

- É, eu... eu adoro ela. - sussurrou.

- Eu também adorava ela. E agora adoro mais ainda. - Lisa sorriu, e eu a puxei pra mais perto lhe dando um selinho. Me sentei na cama e fiquei de frente pra ela. Me aproximei e novamente beijei seus labios. Aprofundei o beijo, sentindo ela passar as mãos pelas minhas costas por baixo da camisa.

Deitei-a na cama, e minhas mãos foram até as suas pernas, desci os beijos pro seu pescoço e ouvi um suspiro. Ri fraco e ela passou as unhas pelas minhas costas. Levei uma de minhas mãos até a barra da sua blusa e comecei a levanta-la um pouco. Acariciei sua cintura, continuando a beijar seu pescoço. Quando fiz menção de tirar sua blusa ela me empurrou e eu a olhei, confuso.

- Eu... Agora não. - ela falou gaguejando um pouco. Tá, eu estava um pouco decepcionado mas entendia o lado dela.

E, pra falar a verdade, aquele realmente não era o momento certo.

Suspirei me levantando. Ela mordeu os labios tentando não me encarar. Sentou-se na cama e passou a mão pelo cabelo.

- Nathaniel...

- Shiu. Tá tudo bem, pequena. Agora não é o momento. - dei um beijo em sua testa e depois desci pra sua boca, lhe dando um longo selinho. - É melhor eu ir pra casa. - logo lembrei de Robert e revirei os olhos.

- Tem certeza? Você vai ficar bem?

- Vou sim, princesa. - ela sorriu e me abraçou.

Eu ainda me surpreendia com essas demonstrações de carinho vindos dela - acho que até ela mesma se surpreendia - mas não vai ser dificil me acostumar com isso.

Ela me levou até a porta e eu a beijei mais uma vez.

- Qualquer coisa, pode me ligar tá? - assenti.

- Tchau pequena. Boa noite, te... - travei. O que eu ia dizer? Percebi que ela tinha ficado tensa e ansiosa pelo final da frase. Engoli seco e continuei a falar: - te adoro. - sorri sem graça e ela retribuiu da mesma forma.

- Também adoro você. - sussurrou e percebi que ela ficou vermelha. Dei um beijo em sua bochecha e segui rápido para o carro.

O que foi aquilo?


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Notas finais do capítulo

Então?
Espero que tenham gostado, e prometo que dessa vez eu não vou demorar pra postar até porque eu já tenho o proximo capitulo quase pronto. Provavelmente eu vou postar ele ainda essa semana.
É isso, beijão pra vcs ♥