Love Way escrita por TessaH


Capítulo 8
Capítulo 7 - Apenas um beijo.


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente. Bom, eu demorei com esse capítulo, eu sei. Enfim, quero dizer que eu o demorei para fazer, ajustando umas coisas aqui, outras ali, e saiu isso. Eu espero mesmo que gostem.
Mas... quero dizer algumas coisas:
1ª - O desafio da semana foi uma sedução engraçada; eu não sei fazer NADA engraçado, então provavelmente saiu horrível, mas... eu fiz.
2ª - Esse capítulo, como presente, só contém Lily e James. Lindos. A Marlene e o Sirius ficarão para depois.
3ª - Esse capítulo precisa de uma música, então, entrem aqui > http://www.youtube.com/watch?v=aA6DyXj8t8Q&feature=related
Coloquem para carregar e quando for tocar, eu aviso ;)
Hm... que mais? Ah! Obrigada pelos reviews!
... Bem, gente, eu queria antecipar dizendo que essa semana eu postarei só Domingo ou Sábado à noite,pois que estou estudando para o simulado, então rezem por mim!
Bom... eu espero que gostem de verdade.
Boa leitura :)



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O telefone tocava novamente. Na verdade, parecia que não parava.

James sentiu alguns raios de sol bater em seu rosto, acordando-o.

Abriu preguiçosamente os olhos e viu onde estava: na sua sala.

Levantou em sobressalto e quase caiu da maca.

Comprimiu os olhos entre o óculo em busca de lembranças; e elas vieram como um banho de água fria: trabalho, dia cansativo, fim do dia, carona, briga, estupidez e Lily.

James passou as mãos por debaixo dos olhos, coçando-os.

Havia agido tão idiota com Lily! Queria pedir desculpas, claro, foi a primeira coisa que passou a sua cabeça quando lembrou, mas ele sabia que ruiva é teimosa e cabeça – dura. Seria muito difícil ela aceitar suas desculpas.

Pelo menos ele faria isso.

Inspirou e expirou, com força.

O que ele havia feito? Perguntava-se.

Seus pensamentos saíram de Lily quando ouviu, novamente, o celular tocar.

Pegou-o em sua mesa e no visor mostrava: Kate.

– Oi – James disse calmo.

– James! Onde você está? – a voz de Kate se fez presente estridente em seu ouvido.

– Calma! Eu estou no hospital! – Jay disse arrumando a mala para ir embora.

– James, você o que EU passei aqui em casa?! Preocupada com você! Morrendo, na verdade! – Kate gritava. Podia se passar por desesperada.

– Kate, por favor. Não grite e acalme-se! Eu chegarei depois. – James disse ríspido e cansado. A mulher já ia protestar, mas James desligou logo o aparelho, foi ao banheiro que tinha em sua sala e fez o que precisava.

Jay pegou suas últimas coisas e deixou um recado para a recepcionista. Não trabalharia mais por hoje.

Saiu e trancou a sala.


Como o Hospital era 24h, provavelmente ninguém o estranharia ali; eram novos médicos, novos turnos e plantões. Então James saiu despreocupado pelo saguão.

Passou pela cantina e decidiu pedir um café. Talvez demorasse em chegar a casa. Não estava com cabeça para aturar a esposa e seus questionamentos.

Jay forçou um sorriso e fez seu pedido. Até porque, quem trabalhava ali não merecia seu mau – humor.

– Aqui, senhor. Seu café preto e forte. – a pequena mulher lhe entregou o copo. James assentiu e pegou. Deu uma olhada para o relógio da cantina e marcavam 7h30 a.m.

– Nossa! Dormi demais. – resmungou sozinho.

Estava saindo quando a voz de seu chefe o interrompeu, atrás de si.

– Ora, ora, Potter. Ainda bem que já está aqui. Bem, vamos acabar logo com isso – Lewis, chefe de James, disse sorrindo calorosamente.

Para James, Lewis sempre foi um bom cara. Ela conseguia até ser engraçado de vez em quando, e com a idade avançada.

– Oi, Cameron. – James sorriu sem graça para o velho. Ele retribui.

– Não precisa me chamar pelo sobrenome rapaz! – Lewis disse indo de encontro a James e tocando-lhe o ombro, amigavelmente.

– Bom, James, queria lhe fazer uma apresentação. – ele disse, e um homem veio atrás do senhor.

O homem aparentava ter a mesma idade de James. Os cabelos loiros revoltados – iguais aos de James -, caiam a face, com um pouco de vergonha. Os olhos muito claros que pareciam até bolas douradas.

Estava vestido com calça jeans, uma camiseta branca e um jaleco.

– Olá. – o homem disse. James o saudou com um aperto de mão, igualmente sorrindo.

– Bem, meu rapaz. Esse é o Dr. Remo Lupin. Ele foi transferido para cá, no lugar da Dra. Meadowes. Ele não conhece nada por aqui, por enquanto. E então eu pensei, por que não o Potter? Ele é uma ótima pessoa! Daria muito bem com Remo. – Lewis disse animado com sua própria ideia.

– Hm... Eu acho uma ótima ideia. – James disse, surpreendo Remo e deixando Lewis mais animado ainda.

– Claro, claro! Sabia que iria concordar, James! – Lewis virou-se para Remo – Você ocupará a ala ao lado da do Potter e qualquer dúvida pergunte para ele; ele irá mostrar-lhe o Hospital amanhã. Tudo certo, Lupin. Pode ir.

Remo sorriu em agradecimento aos homens e saiu. Lewis olhou para James e, abalado, disse:

– Fique de folga hoje, Potter. Você parece acabado.

James riu.

– Está tão horrível assim? – James gargalhou. - Obrigada... eu acho. – Lewis assentiu e saiu gargalhando.

James piscou e passou as mãos pelo cabelo, deixando-os mais desgrenhados possíveis.

Riu e bebeu seu café e, finalmente, saindo do Hospital rumo ao seu carro.

James sentiu-se animado com a presença do novo médico no Hospital. Ele nunca ocuparia o lugar de Dorcas, claro, mas seria menos difícil ir até àquela ala de pediatria e não encontrá-la, ou simplesmente encontrar sua sala sem vida, onde antes era só alegria.

E além do mais, Remo parecia ser uma ótima pessoa. Poderiam virar amigos.

–- # --


Lily colocou a base do telefone no gancho. Havia ligado para o Hospital, mas precisamente para a recepcionista da ala geral. Havia alegado que não poderia trabalhar hoje e que iria faltar, mas ela disse que não se importasse, pois James havia lhe deixado um papel e que não iria trabalhar hoje também.

Pegou seu chocolate quente e foi para a sala. Agora sua vida era isso; sala, quarto, TV, dormir. Estava tudo tão monótono. Precisava dar uma sacudida.


Ligou qualquer canal na televisão e passava algo relacionado a médicos. Isso a fez lembrar-se ainda mais de James.

Ontem chegara a casa magoada com a atitude do rapaz. Ele não tinha esse direito; era algo dela, da vida dela, e ainda mais fazer um comentário ridículo e sem construção alguma.

Seus olhos arderam um pouquinho. Lily não gostava de brigar com ninguém e nem ficar de com raiva. Desde de criança era assim: se brigava com alguma amiga, sempre corria de volta e a pedia desculpas, mas com James as coisas eram diferentes. Ela sabia que quem devia desculpas era ele.

Não ela. Não havia motivos. Até porque, quem errou só foi ele. Da parte dele. Ela sabia que chorar não era algo muito adulto, mas era automático; algo seu. Peculiar.

Uma vez, chorara a noite inteira por ter brigado com sua melhor amiga, Marlene. A discussão havia sido feia, e nenhuma gostava de pedir desculpas. Eram orgulhosas demais. No dia seguinte, decidiu ir à casa da amiga, pedir desculpas. E Lene também, fazendo assim, na metade do caminho, trombarem e acabarem fazendo as pazes. Normal.

Secou ruidosamente pequenas gotas em seus olhos.

Soltou a cabeça no sofá. Estava cansada; cansada de ficar sozinha, quieta, sem ninguém.

Lily havia ligado para Marlene para ver se esquecia. Conseguiu pouco resultado, mas conseguiu, pelo menos. Marlene, uma amiga muito cuidadosa – apesar de morrer negando -, disse que ficaria contando uma história qualquer para Lily durante a noite para a amiga dormir. Lene sabia que ao desligar, Lily choraria.

Ela não conseguia ficar com mágoa ou qualquer sentimento ruim com alguém, e quando se via sozinha, choraria mais. Juntaria todos os motivos da Terra e mais alguns que não existiam para chorar. Ela era assim. Uma manteiga derretida.

Lene também sabia que a única coisa que faria Lily dormir com tudo aquilo engasgado seria contar-lhe história. Lily se lembraria da mãe e poderia dormir calma.

A mãe tinha morrido quando Lily era apenas uma criançinha de dois anos. Eram apenas riscos na lembrança que Lily guardava da mãe. E uma única fotografia.

Marlene costumava contar histórias assim para Lily na adolescência, quando a ruiva brigava com a irmã, quando o pai ficava muito doente, quando acontecia algo ruim ou apenas com saudades. Saudades dos tempos fáceis. Mas... já existiu algum? Lily não sabia, só sabia que era Marlene que sempre ficou ali. E agora, os hábitos meio que não mudaram muito, mesmo longes por um oceano.

Lily balançou a cabeça afastando pensamentos, que queria que ficassem muito longe, por um tempo talvez.


~-~-~-~-~-~-

Estava preparado, mesmo? Era o que James se perguntava.

Estava na frente da casa de Lily. Estava decidido que iria pedir desculpas a amiga e depois resolver seu problema com a esposa.

Toda essa história pressionava demais a cabeça de Jay. Ele se via sem saída. Não sabia o que fazer. E acabava fazendo a coisa errada.

Toda essa história de ter que argumentar com a esposa, provavelmente ver seu casamento desmoronar diante dos seus olhos, não estava sendo algo muito animador, mas era o certo a fazer.


Desceu calmamente do carro e foi devagar à porta. Não queria que Lily gritasse ou coisa do tipo, sabia que era não era assim. Seria mais fácil. Ela o ouviria e talvez, se achasse ou quisesse, o perdoaria.

Bateu na porta e ouviu um ‘Já vai!’ de Lily, lá dentro.

Segundos depois, Lily abriu a porta.

Seu maxilar estava rígido e seus olhos duros. James tentou enviar um pedido silencioso para que ela o escutasse, com o olhar.

Lily pareceu entender e abriu mais a porta deixando Jay entrar.



Era ouvida apenas a respiração dos dois naquele recinto. Lily estava com a cara fechada, sentada na poltrona, e James estava em frente a ela e tentava ver como começaria a pedir desculpas.

– Acho que sabe por que estou aqui. – ele proferiu.

Lily o olhou milimetricamente.

– Sei sim. – só disse isso e o olhou. Um gesto para continuar.

– Lily, antes de tudo, queria que apenas você me escutasse. Você pode fazer tudo que quiser depois, mas me escute. – ele implorou-lhe. James a olhou, e soube que ela o ouviria.

– Eu queria te pedir desculpas. Sei que é o mínimo que posso fazer, Lily. Mas me perdoe, por favor. Eu fui um total idiota. Eu agi sem pensar. – James dizia e não olhava mais a mulher; andava pela sala, impaciente.

“Toda essa história com a Kate pressionou minha cabeça, eu não consigo mais pensar direito. Sinto-me o dever de resolver, finalmente, as coisas. Mas algo impede. Eu não sei ao certo o que é, mas incomoda. E quando briguei com você, ficou pior. Eu só sei que me senti no direito de te pedir desculpas; você não merece e nem mereceu. Eu sou um estúpido. Desculpe.” Ele finalizou, olhando-a.

– Por que se sentiu nesse direito? – foi a única coisa que a ruiva perguntou, antes de prender a respiração.

– Porque eu me senti muito mais incomodado pelo fato de ter de magoado do que com qualquer problema que eu esteja passando. – ele confessou, baixando os olhos.

Lily suspirou aliviada. Não era a única que havia se sentido mal. Um pequeno sorriso de canto brotou em seu rosto.

– James, tudo bem. Eu te perdôo. – ela disse e levantou para abraçá-lo. Jay suspirou aliviado.

– Sabe, até que não foi algo tão ruim assim. Não há nada de mais. Eu sou assim mesmo.

James sorriu, gentil. Soltou-a e a pegou pela mão.

– Sabe, eu gosto de você assim mesmo.

–---- # ------- #


– James, para onde você está nos levando? – Lily perguntou rindo, dentro do carro.

O sol já havia se posto. Só as estrelas e a lua iluminavam a noite. Deveria ser 8h p.m, mais ou menos.

– Calma. – ele falou fazendo surpresa. Tinha pegado a garota para arrumar-se e disse que iriam comemorar as pazes, nas palavras dele “amigos verdadeiros não encontramos por aí, é difícil, então vamos comemorar que estamos amigos novamente!” Apesar de Lily comentar que eles nunca haviam deixado de ser.

Ele riu e a empurrou mesmo assim, e a única coisa que disse sobre o local foi: é um dos meus lugares favoritos.

Só. Até parece que Lily saberia dizer; ela não conhecia nem os EUA, o lugar que nasceu, e Londres então!

– James – Lily fez voz manhosa – Diz! Por favor!

James riu de seu desespero. Esperar não era o forte de Lily.

– Não. – ele riu mais quando a ruiva cruzou os braços e fez bico.

– Curiosa.


James estacionou o carro em frente a uma casa de dança, onde se lia em um letreiro luminoso e colorido: Pair Of Dance!

Par de Dança? Era um tanto curioso o fato de James gostar de ir ali. Dançar? Lily realmente se surpreendeu, e James notou.

– É, eu sei. É estranho, mas eu gosto muito. A Kate não gosta de vir. – ele disse saindo do carro junto com Lily.

Lily lembrou-se da esposa do moreno. Céus! Ela estava usando demais o tempo de James, ele quase não ficava mais em casa, com a esposa!

Bateu uma culpa na ruiva.

– Jay, e a Kate? Digo, ela está sozinha.

– Não tem problema. Já passei em casa. – Jay disse lembrando-se de quando passou em casa para se arrumar e a esposa estava uma fera. Disse-lhe que conversariam depois. E James poderia ficar nervoso com a conversa.

– Tem certeza? Eu estou tomando muito seu tempo. – Lily disse seguindo o homem para dentro do estabelecimento.

– Lily, - ele parou e segurou seus ombros – você não está tomando meu tempo. A Kate está bem.

– Além do mais, gosto de estar com você. – James disse virando-se e entrando.

Lily ficou parada por um momento, pensando.

Deu de ombros e entrou com um sorriso.


–-- # ---


– Por que aquele casal de senhores está olhando para a gente? Está me assustando. – Lily disse rindo e bebendo mais um gole de sua bebida.

James olhou para onde antes ela havia olhado e viu uma mulher e um homem de idade olhando-os com censura.

– Não estamos fazendo algo errado, não é? – Lily perguntou olhando novamente.

James riu com gosto.

– Claro que não. Eles sempre estão aqui, não sei por quê. Mas também sempre ficam me olhando. E olhando-me assim – James deu de ombros e bebeu.

– Hm... é como... sei lá. – Lily riu.

James os olhou de novo, voltou com um olhar brincalhão para Lily.

– Que tal...

Lily o interrompeu:

– James, o que você vai aprontar?

– Não só eu, nós. – ele deu um sorriso brilhante.

Lily balançou a cabeça devagar, sorrindo.

– Bem, eu não irei contar meu plano. Mas vamos dar um motivo para eles nos olharem assim; eles odeiam amor e jovens – James riu.

– O que vai fazer, James?

– Lily, eu vou fazer tudo, quando você precisar fazer algo, eu aviso. Vamos – James não esperou Lily falar nada e a puxou. O casal de senhores de idade estavam em um banco em frente ao bar.

James puxou Lily e sentou-se em frente aos banquinhos do casal mais velho.

A música do lugar estava distante, porque a pista ficava mais na frente. O movimento era um pouco baixo por ser dia de semana.

Vou finalmente dar um motivo para eles me olharem com reprovação, Jay pensou com um sorriso maroto.

Lily por outro lado não entendia nada. Mas alguma coisa James iria aprontar; o sorriso no rosto era a prova.

Um frio na barriga passou pela ruiva, espantando-a.

Eles sentaram-se e James pediu duas bebidas, sem tirar os olhos e o sorriso sacana do casal mais velho que os olhava mais atentos.

Parecia que ia matá-los apenas com o olhar.

O garçom trouxe as bebidas. Lily pegou a sua, com calma. Observava James para ver se descobriria seu plano, mas nada.

James ainda não havia tirado os olhos dos dois, e eles também não. Parecia que a raiva só aumentava, deixando James mais animado.

James pigarreou e disse, surpreendendo Lily:

– Eu estou sentindo nos seus olhos um forte desejo de ficar comigo, confirme com um leve sorriso.

Lily arqueou a sobrancelha, estupefata.

Um segundo depois, a resposta passou por sua cabeça; James estava atiçando a ira dos dois velhinhos. Estava fazendo o que eles mais odeiam. E estava certo em dizer que só iria dar um motivo concreto para eles os olharem assim.

James a olhou, tentando mostrar a brincadeira. Lily piscou várias vezes, e confirmou com um leve sorriso. James sorriu vitorioso.

Se James estava brincando, Lily também iria entrar na brincadeira.

– Desculpa, a gente não tem nenhum amigo em comum que possa nos apresentar?

James sorriu maroto. A Lily, sua amiga certinha, estava brincando com ele. Tudo bem Iriam fazer um espetáculo de ouro.

– Sou novo na cidade. Pode me informar o caminho até seu coração?

Lily teve vontade rir quando James arqueou sugestivamente a sobrancelha.

Segurou-se e disse:

– Desculpa, mas eu te conheço. Não fomos loucamente felizes e casados em uma vida passada?

Lily viu a surpresa passar pelos olhos de Jay. Ele abriu mais o sorriso. É, Lily estava fazendo bem seu papel.

O casal de velhinhos estava vermelho.

– Acho que sim. – James riu e bebeu mais de sua bebida. Ele levantou e pigarreou.

– O.k. Vamos lá. – ele disse. Ajoelhou-se na frente de Lily e proclamou:

Asa de urubu, asa de galinha, se quiser ficar comigo, dê uma risadinha.

Lily não conteve uma risada gostosa. James assentiu com a cabeça. Ele se levantou e sentou-se novamente ao lado de Lily.

James colocou sua mão em cima da de Lily na mesa e disse, fazendo uma cara de safada:

– Seu sorriso parece com o da Monalisa. Combina direitinho com o meu Picasso.

Lily riu com gosto e disse:

– Se eu fosse morrer amanhã, eu morreria feliz por ter te conhecido antes de morrer – James sorriu.

Gata, eu te dou um beijo, se você não gostar me devolve, se gostar, me dá outro.

James disse e foi interrompido quando os dois velhinhos levantaram, furiosos.

– Saiam já do meu estabelecimento! Deixem de coisas impróprias aqui! Fora! Já! – eles empurram Lily e Jay para fora, e eles apenas riam.






(NA: Coloquem a música para carregar. Quando for tocar, eu aviso)

– James, você é louco! Nós formos expulsos do estabelecimento! Pirou? – Lily perguntou rindo, colocando o cinto.

– Claro que não! Não aguentava mais eles me olharem assim, ué! Dei um motivo! – ele continuou, rindo. Ligou o carro e arrancou.

– Então... Onde a senhorita arrumou aquelas cantadas? – Jay perguntou arqueando a sobrancelha, brincando.

Lily riu.

– Ahh, não! – ela escondeu o rosto vermelho entre as mãos.

– Diz, vai! Preciso de algumas! – ele disse maroto.

Lily arregalou os olhos.

– Você é comprometido, Potter! Deixe de fogo! – ela bateu em seu ombro, fazendo o homem rir mais.

– Foi com a Lene, minha melhor amiga. – ela disse depois, rindo e olhando-o. Ele a olho e gargalhou. Ela riu junto.

O riso foi cessando e a conversa também.

O silêncio não era incômodo. Era calmo e não necessitava de conversa. Estava normal. Uma ida normal para casa.




(N/A: Coloquem para tocar, amores.)

–-- # ---

As rodas do carro foram ficando devagar, devagar... até cessar.

– Bom, chegamos. – Jay disse parando na frente da porta que já conhecia muito bem.

A SUV prateada brilhava por conta da lua que iluminava a noite. A casa também parecia mais bonita e arejada.

– É... foi bom passear com você, Potter. – Lily deu um pequeno sorriso.

– Você também. Foi bom. – ele concordou, olhando-a.

Lily não desviou os olhos do contato visual. O rosto de James estava mais iluminado, mesmo dentro do carro, a lua brilhava em seu rosto. Mostrando mais vívida a cor de seus olhos castanhos.

Como James, Lily estava sendo iluminada. Seus cabelos ruivos pareciam estar pegando fogo, mudando a cor da noite.

A respiração de Lily começou a ficar mais rápida e decidiu pigarrear.
James piscou os olhos e balançou a cabeça.

– Er... Deixa eu te levar até a porta. – ele disse e saiu.

Lily o acompanhou, fechando a porta do carro.

Os passos dos dois eram ritmados, iguais. Pareciam que queriam adiar a entrada até a porta. Adiar algum momento.

O som do vento balançando as árvores pelo conjunto era o único barulho. Além da respiração dos dois. Os pensamentos longes, as vontades fervendo.


Finalmente param. Um de frente para o outro.

– Obrigada por ter me perdoado, eu não fiz aquilo por querer, mesmo. Eu estava meio louco. – ele deu uma pequena risada rouca.

Lily mordeu o lábio inferior.

– Nada não. Você faria o mesmo por mim. E como disse, não é uma coisa tão ruim – ela rolou os olhos, sorrindo.

– Verdade, mas desculpa, de novo.

– Está desculpado.

James mexeu inquieto com as mãos, nervoso.

– Hm... amanhã não precisa ir trabalhar. Eu não vou. Vou resolver as coisas. – ele falou.

– Ah... tudo bem. – um pouco decepcionada, Lily disse. Não iria vê-lo amanhã, mas... o que ela estava pensando?

– Mas eu venho aqui. – ele prometeu.

– Afinal eu prometi para a loura. – ele apressou-se em dizer, rindo.

Lily riu com o atrapalho do moreno.

– Aham. Er... Desejo-te sorte com a Kate. Vai dar tudo certo, você vai ver. – Lily aperto seu ombro, passando confiança.

– Eu sei. Vai ficar tudo bem. – ele disse mais para si mesmo do que para a ruiva.

– Bom... Boa noite, não é? – Lily perguntou, risonha. Aproximou-se e abriu a porta.

James virou-se para ela.

– Claro. É... – Jay chegou mais perto de Lily.

Ela paralisou e sentiu a mão gelada do homem tocar sua bochecha, formigando agora.

– Boa noite, Lírio. – ele sussurrou calmo e com a voz rouca, em seu ouvido.

– Boa noite, Jay. – Lily disse com a voz fraca, perto da bochecha dele. Mesmo sentindo um arrepio pelas costas.

Ele soltou uma risada nasalada. Sem tirar seu rosto de perto de Lily.

Tocou-lhe os lábios na bochecha quente da ruiva, que prendeu a respiração.

– Um beijo de boa noite. – ele disse, afastando-se.

Ele sorriu envergonhado e saiu em direção a seu carro.




Lily ficou, um bom tempo, parada, na porta; surpresa?

Quando uma brisa forte tocou-lhe o rosto, esfriou.

Ela saiu do transe. Respirou fundo e fechou a porta devagar, enquanto, no escuro da noite na casa, tocava delicadamente o lugar onde o moreno havia beijado-a.


No, I don't want to say goodnight

(Não... eu não quero dizer boa noite)

I know it's time to leave

(Eu sei que é hora de partir)

But you'll be in my dreams

(Mas você estará em meus sonhos)

Tonight

(Hoje à noite)

Tonight

(Hoje à noite)

Tonight

(Hoje à noite)

(...)

Whoa whoa...

Let's do this right

(Vamos fazer isso direito)

With just a kiss goodnight

(Com apenas um beijo de boa noite)

With a kiss goodnight

(Com apenas um beijo de boa noite)

Kiss goodnight

(Beijo de Boa noite)



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Notas finais do capítulo

Er... está aí. Comentário, hm? Críticas? Sugestões? Eu aceito.
Hm... acho que é só isso. Espero que tenham gostado, desejem-me sorte na prova! Ficarei um pouco inativa, porém... eu volto.
Beeijo.
Até!
XD