Love Way escrita por TessaH


Capítulo 12
Capítulo 11 - Amigas.


Notas iniciais do capítulo

Hey, gente! Então, queria dizer que muito obrigada a todos que leram e acompanham. Muito obrigada.
Bem, esse capítulo é para compensar a minha falta em uma semana aí, ele é meio bobinho, mas...
Bem, queria agradecer à minha leitora Taahii! Principessa, amei a capa, o.k.? Ela fez a capa, gente! Olha! Como está linda; O que acharam?
Bem, esse capítulo pode estar meio confuso, loucão e todos os adjetivos doidos, mas eu irei ficar revisando-o sempre que puder, para ver se posso mudar. Mas acho que não. Well...
Então, boa leitura.



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DIM - DOM

– Já vai! - Alice gritou da cozinha. Limpou as mãos no avental e foi em direção à porta.

– Lily! - exclamou feliz ao ver a ruiva, abraçando-a.

– Hey, Ali! Como você está? - Lily perguntou.

– Vou bem. Eu disse que não precisava vir, Lily. Você não está se sentindo bem, não é? - Alice disse, abrindo mais a porta para Lily passar.

– Bem, eu te prometi que viria aqui, mesmo que estando um pouco mal hoje de manhã, mas já estou bem. Não se preocupe - Lily respondeu, observando a amiga a fechar a porta.

– Se você diz. Mas se precisar de algo, me fale. - Alice fechou a porta e a olhou: - Então, o que houve ontem?

Lily arregalou um pouco os olhos, supresa.

– Como... Mas... O quê, Longbottom? - Lily balbuciou.

– Lily, eu sei que houve algo, você sabe que também pode contar comigo. Então, bem, o que o Potter fez? - Alice perguntou direta.

Lily a olhou e depois respirou fundo; precisaria contar a alguém em alguma hora. Não conseguiria mais ficar guardando aquilo; a noite anterior foi a prova disso. A maior parte do tempo passou acordada: sempre revivendo o mesmo momento, sempre pensando se ele havia sentido o que ela sentiu ou se sentiu algo, pelo menos. Se ele iria ficar com raiva dela, se o relacionamento deles iria continuar o mesmo após isso. Eram muitos 'Se's para Lily. Não estava acostumada a lidar tanto com isso, nos EUA sempre teve Lene para ajudá-la.

Dessa vez, à noite não conseguiu nem ligar para a melhor amiga. Decidiu sair de casa, alguma coisa lhe dizia que Marlene ligaria dos Estados Unidos e perguntaria as novidades, Lily, sendo como é, não conseguiria esconder. Porém era difícil falar sobre aquilo no telefone, se fosse pessoalmente, Marlene acertaria tudo que ela queria dizer, mas não conseguia.

– Bem... não sei como falar, Alice. - Lily falou com a voz baixa.

– Pois eu sei. Vamos para a cozinha, estava preparando um bolo de chocolate. - Alice disse empolgada e andando para a cozinha: - Eu não quero me gabar não, mas os meus doces são incríveis! Sério!

Lily riu e Alice sorriu também.

– Ah, tudo bem. Eu adoraria provar. - Lily disse, acompanhando uma Alice feliz até a cozinha.

– Claro que adoraria! Todos querem!

(...)

– Você gosta muito de plantas, não é? - Lily observou. A cozinha era arejada, as janelas estavam abertas e com cortinas claras. A maioria da decoração era com plantas e pareciam muito bem cuidadas. No centro da cozinha havia uma mesa pequena e bonitinha, com cadeiras iguais ao redor, onde Lily estava sentada.

– Ah, sim! Eu amo cuidar delas. São meus hobbies. - Alice disse distraída, mexendo em alguns pratos na pia.

– Bom, para ser mãe você já está pronta. - Lily deu uma risadinha e bebeu seu chá.

Alice a observou um pouco e sorriu. Terminou de arrumou os pratos e puxou uma cadeira à frente de Lily.

– Por onde devemos começar, ruiva? - Perguntou sugestivamente.

– Er... Ontem o James foi lá a casa me chamar para sairmos, comemorar que ele voltou para a cidade. - Lily disse cabisbaixa. Enquanto contava, observava atentamente seus dedos criarem desenhos imaginários na caneca fumegante de chá.

– Hm... Isso é bom. - Alice disse pegando um biscoitinho quente que acabara de sair do forno.

– Ah, claro que era. - comentou Lily.

– É, acho que você precisava mesmo.

– Bem, voltando... Ele me convidou e nós fomos para umas apresentações que está tendo no parque...

Alice a interrompeu:

– Ah, sim! Estou tentando convencer Frank a irmos para lá.

Lily suspirou e deu uma risadinha:

– Sim, claro, claro. É muito bom.

Alice balançou a cabeça afirmativamente, comendo mais um de seus biscoitinhos.

– De novo, voltando... Lá, estávamos conversando normal, até que ele me chamou... - Lily riu, na verdade, lembrou-se que aquilo não havia sido bem um pedido, parecia mais uma súplica: - ... para dançar em frente ao palco. Estava tudo indo super normal, mas algo... algo aconteceu com a gente, ou foi só comigo, eu não sei, mas a gente acabou... - Lily deixou a frase no ar. Deu apenas uma pequena olhada para ver a reação da amiga.

Alice permanecia com sua expressão facial calma.

– Vocês se beijaram. E o que houve depois? - quis saber.

Lily, por um momento, franziu o cenho, mas continuou:

– Eu... eu não sei direito, mas acho que não lembro direito. Acho que fiquei voando depois. Só lembro de ter ficado vermelha, de nós termos voltado para o carro, da viagem ter seguido silenciosa e eu entrei em casa. Já estava tarde mesmo.

– E você foi dormir muito mais tarde do que quando chegou. Ficou pensando. Sim. - Alice afirmou pensativa.

– Aham. Pronto, acho que só. - Lily murmurou, quase sem voz. A culpa a consumia, não por um todo - o que a deixava um pouco com raiva já que não era certo -, mas a parte racional da sua mente não achava certo ainda aquele ato. James era casado e consequentemente Lily foi a... outra.

Seria mentira dizer que não havia sido bom ou até se arrependido do beijo, era uma questão complexa. Mas - era duro admitir - ela havia gostado, até mais que isso.

– Lily, - Alice disse, levantando seu rosto com sua mão pequenina: - não se sinta culpada, está bem? Eu sei que você gosta além do que devia do senhor James, mas você gosta dele, e ele gosta de você também! Agora, ninguém pode fazer nada se a esposa dele não o faz feliz.

– Não, Alice! Não é bem assim que as coisas funcionam. Não é isso que eu acho certo! Isso simplesmente não está certo! Eu me sinto culpada com isso!

– Não é realmente isso que sente, Evans. E o que seria certo para você?

– Eu me afastar dele! Essa seria a decisão correta. - Lily suspirou triste e cansada, passando a mão pela testa. Essa era a única solução que chegou.

– Esse é o certo, Alice. Eu não posso ficar perto dele, não mais. Eu não sou o que disse para a Lene, não consigo fazer o que disse à ela. Não. Não sei se consigo seguir com as consequências. Eu me sinto horrível para a mulher dele. Mesmo não a conhecendo, não me sinto bem. E sempre fico me perguntando: e se fosse eu?

– Não é você! E foi apenas um beijo, Lily! Que preocupação. Se for apenas isso, é só não repetir para não se sentir mais mal.

– Alice! Eu sei que foi apenas isso, mas se eu fosse casada com o cara que eu amo, eu não gostaria nem de imaginar ele se beijando com outra!

– Quem garante que ela o ama? - Alice arqueou as sobrancelhas.

– Para se casar tem que amar! Essa não é a lei do casamento? - Lily perguntou, começando a se alterar.

– Mas nem tudo é assim. Acredite. Fique calma, Lily. - Alice baixou o tom de voz.

– Não, não há como ficar assim. Eu... Argh! Eu gosto muito do James. Mais do que deveria, mesmo. Não sei como aconteceu. - Lily murmurou, baixando a cabeça novamente. Era um pouco mais difícil admitir em voz alta aquilo, nunca foi disso.

– Tudo bem, meu bem. Eu sei disso. E também sei que deve ser horrível se sentir assim ou estar nessa situação, eu acredito que esse seu sentimento que está aqui, - Alice apontou para seu coração: - vai crescer tanto, mais tanto, que não vai caber aí ou na mente, vai haver uma hora que você terá que dizê-lo. Eu sei, Lily. Você vai amá-lo, mas de verdade.

– Eu não sei se quero mais. Não sei se quero mais continuar com isso, Ali. - Lily disse baixinho.

– Infelizmente, meu bem, você não tem querer sobre o coração. Ele não aceita ordens, tudo bem?

– Isso vai ser imensamente difícil. - Lily declarou, levantando os olhos.

– Claro que vai, mas nada que Lily Evans não possa passar por cima, o.k.?

Lily deu risada nasalada.

– Já estou achando muito, muito, difícil. - Lily disse, já pensando na possibilidade de desistir.

– Mas você não irá cair fora, Evans. Lute. Não importa. Está me ouvindo? Lute por você, pela sua felicidade e a de James. - Alice ordenou.

Lily respirou fundo e fechou os olhos.

Ela queria mesmo continuar? Valeria a pena passar por todos? Até pela esposa? Era um enorme passo.

*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

Seattle, Washington, Estados Unidos - 14:00 p.m.

– McKinnon, quero já na minha mesa a coluna. Você tem muitos fãs, não posso publicar nada na revista se não tenha sua coluna. As pessoas piram! - Naomi, chefe de Marlene, disse rapidamente. Ao mesmo tempo em que passava voando de volta para sua mesa.

– Tudo bem - Marlene cantarolou e revirou os olhos. Aquela mulher às vezes conseguia ser muito mais que chata.

Acabou de revisar sua coluna sobre moda, como sempre, e a enviou para a chefa.

Pegou a bolsa e vestiu o casaco.

– Já vai, McKinnon? - Bob, o cara que sempre implicava com Marlene e sua mesa ficava ao lado da dela, disse arrogante, como sempre. Ele nutria uma desconfiança e fazia brincadeiras que Marlene não gostava. Desde o seu primeiro dia no trabalho, Lene não havia gostado muito do cara ao seu lado. Sempre fazendo piadinhas até que se cansou de sempre escutar e lhe deu um fora, fora esse que ele nunca mais esqueceu e a partir daí, passou a importuná-la ainda mais, mais que o seu normal.

– Por que você não cala a sua boca, Bob Bola? - Marlene perguntou sarcástica. Lene havia sido muito maldosa também ao pôr no homem um apelido que se referia à sua silhueta um pouco avantajada.

– Ai, Marlene! Eu sei que você me ama! - ele resmungou.

– Você devia ficar mais calado, Bob. É sério. - ela o ameaçou e guardou os restos dos papéis. Marlene era, digamos assim, uma funcionária privilegiada. Saía à hora que queria, porém teria que ter a coluna diária sempre em pauta para a chefa, essa que só se importava com a popularidade que Marlene conseguiu e conseguia com as pessoas que liam a revista. A maioria dos leitores só liam por Marlene. Naomi não desperdiçaria sua melhor colunista.

Marlene também sempre acompanhava a chefe durante suas idas às festas super badaladas dos EUA. Onde toda a imprensa e famosos se reuniam para só torrar dinheiro nas coisas, é o que Lene pensa.

Marlene pegou o primeiro táxi que viu e foi direto para o endereço do hospital central de Seattle, onde já passara muitos momentos com a melhor amiga. Lily fazia muita falta. Em tudo. Mas Lene entendia um pouco. A amiga sempre se sentiu presa naquele lugar, só permaneceu aos seus 23 anos e decidiu que era hora de partir. Quando chegou dia 30 de Janeiro, Lily completou os 24 anos. Assim, partiu para o que chamava de seu país natal. No entanto, Lily nunca abandonaria o pai, que já estava muito velho. Fez Lene prometer, apesar de não precisar, que o visitaria no hospital até ter condições para cuidá-lo longe dos hospitais. Petúnia, irmã mais velha de Lily, nunca se importou de verdade com o pai. Sempre o deixou como "fardo" para Lily. Quando conheceu Válter, um britânico que havia ido à trabalho para os EUA, não perdeu a oportunidade. Mudou-se com tudo, sem até enviar um adeus.

Mesmo Lily estando no mesmo país, o mesmo lugar, ela nunca mais, desde que Petúnia fora embora, viu ou falou com a irmã.

As últimas palavras de sua irmã mais velha foram cortantes, talvez nunca mais conseguiria falar com ela, até porque Petúnia sempre evitou contato com a família quer quem fosse.

William, pai de Lily, desde que a filha fora para outro país, não saiu do hospital. Já permanecia lá a bom tempo antes, e nunca mais saiu. Emma, uma boa velhinha que era a melhor amiga da mãe de Lily e consequentemente de seu pai, sempre permaneceu no hospital, visitando-o e ficando com o amigo. Aquilo era uma amizade.

Emma era viúva e tinha seus três filhos, dois homens e uma mulher, também sempre iam visitar William. Praticamente, eram uma família.

O táxi parou, Lene pagou e desceu.

– Quarto do senhor Evans, Lívia. - Marlene anunciou na recepção. A recepcionista, Lívia, já era até amiga de Lene, de tantas vezes que fora lá.

– Aqui o cartão, Lene. - Lívia sorriu e entregou. Lene pegou o cartão e dirigiu-se ao quarto 324.

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– Hey, tio Will. - Lene disse, com a voz pacífica. Entrou devagar e viu o tio, ligado sempre à diversos aparelhos em uma cama. Lene lembrou-se de como, no início, Lily sempre chorava vendo o pai ali, indefeso ao mundo.

– Hey, Cacau. - o velho Will falou já com sua tão famosa voz fraquinha, porém sempre com entusiasmo.

Lene riu. Cacau fora o apelido que Lily deu a Lene quando viu sua cor de cabelo, além de que Lene é viciada em chocolate.

– Oi, Emma. - Lene avançou para a poltrona ao lado da cama, onde a velhinha, já fraquinha, estava segurando um álbum e deu dois beijos em sua bochecha.

– Oi, querida. Como você está magra, Marlene. O que anda comendo, filha? - Emma logo perguntou. Lene riu e jogou-se no sofá.

– Tia Emma, a senhora sempre diz que estou magra. Obrigada por aumentar minha auto-estima, mas eu preciso é de um regime. E eu ando comendo deliciosos sanduíches por aí.

Emma já ia protestar quando Will a impediu:

– Tudo bem, Lene e Emma. Não briguem por comida. Como anda tudo, Lene, querida? Notícias da minha ruiva? - Will perguntou, tossindo logo em seguida.

Lene bufou.

– Eu estou bem, tio. A Lily também está, eu ainda irei falar com ela hoje. Eu acordei atrasada e tal.

– Como está o Sirius? - Emma perguntou carinhosa. Sirius era como o filho mais ligado de Emma. Ela simplesmente o adorava! Mimava-o sempre que podia: fazendo doces, arrumando-o, chamando-o de fofinho! E Sirius sempre se aproveitava disso.

Marlene nunca podia gritar com ele que ele dizia: " Você não sabe o que faz, Lene. A Emma daria tudo para estar no seu lugar!" Ou então sempre contava para Emma as brigas, se fingindo de bom moço e fazendo Emma repreender Lene.

Uma coisa que Marlene sempre se perguntou: Como é que o prefere a mim? Sou tão mais fofinha!

– Acho que ele vai bem, ué. - Marlene deu de ombros e Emma a olhou acusatoriamente.

– Tudo bem! - Lene bufou e rendeu-se: - Ele vai bem, tia Emma. Forte como um touro! - Marlene revirou os olhos quando os olhos de Emma brilharam e ela disse:

– Querida, traga-o mais vezes aqui. Eu o adoro tanto. E cuide bem dele.

Sempre assim. Emma sempre avisava a Lene para tratá-lo bem. Como se eu não o tratasse bem o suficiente, ela pensava.

– Lene, como vai o trabalho? - Will perguntou.

Lene sorriu marota:

– Vai bem, cada vez mais perto de acabar e eu poder ir à Inglaterra.

Lene, a partir do momento que teve certas conversas com Lily, decidiu que iria para Londres. Não deixaria mais a amiga, estava só esperando a deixa. Will foi quem a incentivou a ir, dizendo que ficaria bem com Emma e seus "outros filhos", os filhos de Emma. Mas também era por isso que Lene ia. Lá, ela ajudaria Lily e poderiam levar Will para Londres.

Lene estava disposta a largar toda sua vida nos EUA e mudar-se para perto de Lily. Afinal, isso que é amizade, não é?

'Do berço ao caixão', esse era o lema.

-§-§-§-§-§-§-§-§-§

Londres estava ensolarada. Lily havia se arrumado e estava pronta para procurar um emprego na sua área. Sabia que depois de um tempo, não poderia - nem conseguiria mais - trabalhar no mesmo ambiente que James. Era esperado.

Como era formada em Administração, poderia trabalhar em quase qualquer lugar. Porém sempre quis trabalhar em alguma gravadora, sempre sonhou em trabalhar com música. Mesmo administrando tudo, seria legal.

Levou quase a tarde toda com isso, a lua já estava pendurada no céu quando Lily voltou para casa.

Fechou a porta e escutou seu ruído e logo o telefone tocou.

– Alô.

– Lily!

– Dorcas! Como você está? - Lily perguntou sentando-se em seu sofá.

– Estou bem. E você?

– Também bem.

– Quais são as novidades? - Dorcas perguntou animada.

Lily respirou fundo e contou tudo para Dorcas.

– Lily, você vai conseguir, o.k.? Eu conheço o James e a Kate. Nunca a achei legal. Mas enfim, se cuide. Só isso. Por favor. Não faça nada por impulso, mas faça o que você achar certo, mana.

– Tudo bem. Bom, quando você irá voltar? - Lily perguntou , querendo mudar de assunto. Aquilo já a perseguia demais.

– Bem... uma coisa eu falo: em breve! - Dorcas riu, com entusiasmo.

– Seja em breve! - Lily exclamou, realmente feliz.



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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Mesmo assim, comentem!
Por favor!
Beeijo
XD