Se pensava que minhas férias eram tensas antes, nada se comparava com isso.
Casa cheia de comensais, levando em consideração que dois dos maiorais eram meus próprios tios, e ainda tinha que ouvir piadinhas sobre o fracasso do meu pai em ter sido preso.

Minha mãe tinha medo de tudo e todos, e sentia saudades de Lucius. E tia Bela me tratava bem de verdade, apesar de tudo.
Em meados das minhas férias fui chamado à biblioteca para conversar com lorde Voldemort, minha mãe parecia ter visto um gnomo comendo um trasgo, e não tive alternativa.

Para minha surpresa o lorde das trevas não era tão mal.
Na verdade ele mostrou como ser um líder, como ser um homem, mostrou que tenho valor e posso ser mais do que todos, mais do que o Potter, mais que meu pai.
Na verdade, me passou uma missão que seria a salvação de minha família.
Agora eu era oficialmente um Comensal da Morte, e tinha que honrar, queria honrar isso.

Iria matar Alvo Dumbledore, e arquitetei o plano todo em minha mente. Se eu estava preocupado? Com certeza!
Mas conforme conversava com o lorde das trevas, descobria que se antes me sentia poderoso, agora era capaz de tudo que quisesse.

Minha mãe não gostou, na verdade estava apavorada. E depois descobri que ela tinha pedido ajuda ao professor Snape, mas eu não precisava de ajuda, nem mesmo ela entenderia.
Fomos convidados para um evento fechado num salão em Norfolk, milagre termos sido chamados, com certeza o fato de “hospedarmos” o lorde das trevas, e tendo tia Bellatrix e Rodolphus em casa seria uma razão.
Não estava para festas, minha cabeça revira mil idéias para chegar a meu ideal. Mas discutir com tia Bela e Narcissa era causa perdida.

O salão era luxuoso e requintado, algumas pessoas me ignoravam, outros estavam acompanhados de suas famílias, e eu sabia quem eram comensais. Esses me cumprimentavam, deixando claro o valor por ter me tornado um.
Havia também o Ministro, e algumas famílias exclusivas que nada tinha a ver com o mundo das trevas. Uma dessas era os Greengrass.
Se eu achava Astoria bonita, não chegava nem perto de agora. O vestido era sexy, colado no corpo e chamativo, fora o fato de William McLaggen, um carinha ― que percebi nesse instante que odiava ― de mais ou menos vinte anos, num sair de sua cola um segundo.

Resolvi ignorar a menina e me focar em Pansy, que tentava há tempos chamar minha atenção.
―... E no fim, descobriu que o primo era um aborto, da para imaginar Draquinho? ― a morena disse estremecendo.
Qual era o assunto mesmo? Ah sim, a avó dela descobriu que o primo era um aborto. Credo.

― Não da para imaginar Pansy. É a maior vergonha, nojo, desgraça, que pode ocorrer numa família.

― Claro! Pensa na vergonha, preferia que minha família fosse inteira para Azkaban que acontecesse isso.
Ela pareceu sacar o que tinha dito, já que meu pai estava em Azkaban.

― Ah Draco não quis dizer... ― levantei minha mão impedindo-a de continuar.
― Basta, já esta falando muita besteira. A propósito, o primo de sua avó é sim seu parente.

Dito, fui procurar uma bebida, percebi que Astoria não estava em lugar nenhum, e vi William indo para a parte aberta do local, o segui.

Ele foi atrás dela, mas ela tinha se assustado com o fato dele ter aparecido, ela parecia com medo e triste, me aproximei.
― Algum problema? ― perguntei.
― Não, só você quem esta atrapalhando. ― o metido disse.
― Ah serio? Mas não parece que Astoria esteja curtindo sua companhia... ― disse sarcástico.
― Seu pai esta bem Malfoy? ― perguntou tentando alfinetar.
― Vai ficar bem melhor que você depois de que eu te azarar... ― disse sombriamente.

― Ei William, já disse lá dentro que não queria continuar conversando com você, é isso. ― Astoria disse inquieta, se metendo entre nós dois.
Por incrível que pareça o rapaz saiu. Com as mãos na cintura, a encarei.

 ― E o que você estava fazendo sozinha com ele aqui?
Ela abriu a boca, e voltou a fechar.
― Não te interessa.

Senti o ódio me consumindo, quem ela pensa que era para ter essas atitudes, essas respostinhas decoradas?
Bati a mão esquerda na parede ao lado de sua cabeça, ela levou um susto.
― Não brinque comigo.

― William namorava Dafne, só que ele exigia que... Queria que ela... Ah sabe, coisas de homem? ― ela foi ficando vermelha, eu dei um sorriso.
― Claro que sei.
― E ela terminou com ele, mas agora ele fica...
― Atrás de você, já entendi. Será que ele não percebe que já era velho para Dafne, para você então nem se fala... É um bebe. ― a vi arfar de raiva.
― Ah serio? E pelo visto você também é bem mais velho para mim né?
― Sabe que não garota besta...
Disse aproximando meu rosto do dela, Astoria já estava encostada a parece de mármore negro, não tinha para onde correr, sem esperar, a beijei.

Era melhor que no expresso de Hogwarts, totalmente fora de mim, pressionei meu corpo contra o dela, ao ouvir um som que lembrava protesto ou gemido, fique instantaneamente excitado.
Meus pensamentos tomaram seus rumos, e todas as idéias se resumia em Astoria nua, e eu afundando cada vez mais...
― Draco, Draco para... ― ela sussurrou me empurrando.

Suspirei.
― Vão nos ver, tenho que entrar, vão dar falta de mim. ― ela disse.
Os lábios estavam vermelhos e úmidos, e para minha alegria, seu olhar era de quem queria continuar aqui.

Ergui a mão e brinquei com uma mexa de cabelo da sua franja.
― Queria que ficasse aqui. Ou melhor, que ficasse em outro lugar comigo. ― disse com sinceridade.
― Ah que gracinha Draco... Mas infelizmente se não for embora com meus pais, eles me deserdam. ― ela disse sorrindo.
― Vamos nos ver amanha?
― É serio? ― perguntou com surpresa.
― Seriíssimo, amanha ás 15 no Beco Diagonal?
― Ok!
Ela concordou sorrindo, me deu um beijo rápido e quase correu para o salão.