Prisioneiras do Terror escrita por Bruno Silfer


Capítulo 5
Capítulo 5: Impressões




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Depois dessas palavras que o Gaara escreveu, posso agora colocar nesse caderno um pouco da minha opinião e sentimento sobre esse lugar e o que vejo dessa pequena cela. Meu nome é Ino, tenho 18 anos e fui presa em Nuremberg, minha terra natal, simplesmente por ser de família judaica. Fui posta em um trem a caminho de um lugar que os soldados chamavam campo de concentração e logo que cheguei me colocaram nessa cela onde esperávamos o que iria acontecer com a certeza que o nosso destino era a morte. Esse pensamento não saía da minha mente o que me fez arriscar.

Quando vieram buscar os prisioneiros que vieram comigo, eu e outra garota que se chama Hinata, nos escondemos no fundo escuro da cela onde planejávamos ficar e esperar uma chance de fugir. Quando ainda estávamos naquele escuro, os que vigiavam a nossa cela acabaram nos descobrindo. Sorte a nossa, porque em vez de fazer o que foram ordenados, eles estão se arriscando para nos salvar. A única companhia que tenho hoje é a Hinata que gosta muito de conversar comigo e eu também, apesar do pouco tempo de convivência, gosto muito dela.

– Então é isso Hinata. – disse eu em uma de nossas conversas – Todos os que são trazidos pra cá morrem.

– Por que eles fazem isso?

– Não sei. Só sei que temos sorte.

– Sorte?

– Os outros não têm soldados inimigos que querem salva-los.

– Tem razão. Mas ainda tenho medo.

– Eu também tenho, aliás, quem não teria?

– Será que eles vão conseguir?

– O Naruto vai fazer até o impossível para te salvar. Isso é que é amor.

– É verdade. Eu nunca imaginei que fosse me apaixonar por um soldado inimigo e numa prisão.

– Vai entender...

– E você? Acha que o Gaara vai conseguir te tirar daqui?

– Ele me disse que essa guerra está mais violenta do que esperava, mas eu confio nele.

E é verdade. Nesse tempo que estou aqui eu aprendi a confiar nele. Quando ele diz que não vai me deixar morrer, diz isso olhando nos meus olhos e assim não consigo encontrar mentira nele. Além disso ele não me trata como uma prisioneira, sempre me escuta e acho que foi por isso que ainda não enlouqueci aqui.

– Não quero mais. – disse eu entregando-lhe o prato

Ah sim. Isso foi na hora do jantar. Até a nossa comida era melhor, graças a eles que conseguiram isso sabe-se lá como.

– Comeu tudo hein? Legal! – Gaara me respondeu

– É que estou feliz.

– Feliz? Por qual motivo?

– Coisa minha.

– Hum...

– Gaara.

– O que foi?

– Você já fez outra coisa além de combater e atirar?

– Há alguns anos atrás eu, o Naruto e mais alguns amigos tentamos montar uma banda.

– Sério? E como foi?

– Horrível, mas pelo menos deu tempo compor uma música e aprender a tocar violão.

– Você fez uma música? Canta pra mim?

– Hoje não. Mas amanhã eu consigo um violão e posso tentar.

Mais uma vez o silêncio tomou conta do lugar, até que decidi perguntar uma coisa que estava me sufocando.

– O que pode acontecer se descobrirem que você quer me salvar?

– Provavelmente me matariam. E você seria a próxima.

– Você acha que vale a pena correr tanto risco?

– Vale sim. Eu não posso salvar todos, mas pelo menos você eu posso.

O motivo da minha felicidade é que, mesmo com medo que o Gaara possa não gostar, eu li o que ele escreveu antes de mim. Quando cheguei na parte que ele diz que gosta de mim não consegui segurar o sorriso que veio. Agora me sinto mais leve e feliz depois de escrever um pouco. Ele agora está me olhando e acho que ele está curioso para ler o que coloquei nessas páginas; bom, vou devolver o caderno e espero que ele me empreste de novo qualquer dia desses. Boa noite e até qualquer dia.


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