Prisioneiras do Terror escrita por Bruno Silfer


Capítulo 12
Capítulo 12: Desânimo




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Finalmente vou poder escrever de novo. Ah, é a Ino que está aqui fazendo o que resta a fazer: escrever e esperar. O Gaara cumpriu o que prometeu e matou três soldados que ele sabia que me levaram para aquele lugar que não gosto nem de lembrar. Foi uma morte violenta visto que ele voltou com sangue nas mãos.

– E aí cara, conseguiu? – perguntou Naruto

– Consegui. Agora eles estão no inferno que é o lugar deles. – e mostrou uma faca manchada de sangue

– Pensava que usaria uma arma de fogo.

– Não. Eu queria ver a dor nos olhos deles. Dei um só golpe no pescoço e fiquei vendo eles sangrarem até a morte.

Ele estava irreconhecível nessa hora. Não era o Gaara que conheci e me apaixonei. O semblante dele era de satisfação por ter matado aqueles três. Ele foi lavar as mãos e quando veio falar comigo estava totalmente diferente, com o mesmo rosto sereno de antes.

– Como vai ser agora? – perguntei

– Provavelmente vão me prender.

– Não precisava fazer isso...

– Eu sei. Mas não me arrependo.

– Será que eles vão te matar?

– Tenho quase certeza que não.

– Quase? Se você morrer eu...

– Você...

O silêncio tomou conta de nós, até ele dizer:

– Vou te deixar com seus pensamentos. Boa noite.

– Espera.

Não consegui falar nada, só agir. O que eu fiz? O que devia ter feito há muito tempo. Decidi ceder ao desejo e deixar que ele tomasse conta de mim. Tudo bem que agi mais por instinto mas... eu tenho tanto medo que essa seja a última vez que acabei cedendo e não me arrependo.

– Ino.

– Oi.

– Eu te amo.

– Eu também.

Passado algum tempo aconteceu o que eu temia. Prenderam o Gaara. Ele não reagiu a foi com os guardas até o chefe do campo. Depois disso não o vi mais.

– Más notícias Ino.

Era o Naruto que voltou do lugar que o Gaara está e veio me informar sobre a situação dele.

– O que vai acontecer?

– Ele vai ficar preso por tempo indeterminado.

– Vão matar ele?

– Não se preocupe. Pelo que vi, ele não vai morrer.

– Tudo por minha causa.

– Ele te mandou um recado. Ele disse que não é culpa sua e mesmo preso ainda te ama e não vai sair dessa guerra sem você.

Isso me confortou um pouco mas ainda falta muito. Se fosse só por mim eu esperaria mas quem garante a minha vida? O que eu sinto não é diferente dos outros que também estão presos. O medo da morte é nítido em todos e isso me desanima até para escrever. Por que a gente tinha que se conhecer justo em uma guerra? Droga. Acho que vou passar um bom tempo sem escrever. Se eu demorar a voltar não estranhem, por mim eu só volto a escrever quando soltarem o Gaara. Bom, boa noite e espero que o tempo voe e que nenhum de nós morra até lá.


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