"Decreto Educacional 28: Dolores Jane Umbridge substitui Alvo Dumbledore na diretoria de Hogwarts, escola de Magia e Bruxaria."

– Essa sapa vai acabar com a escola. - suspirei

Mione assentiu calmamente.

– Primeiro, ela vai acaba com a gente. - murmurou ela

– É. - bufou Rony examinando a mão dolorida.

Umbridge tinha obrigado todos os integrantes da A.D. a usar uma daquelas canetas horrorosas dela. Agora, todos estavam com frases escritas nas mãos, ardendo em sangue.

Harry entrou no salão comunal, bufando.

– O que foi? - perguntei chegando perto dele quando ele se sentou.

– Amiga Lizzie. - disse ele se afastando um pouco de mim.

– Certo. - murmurei

– Cho veio falar comigo. - disse ele - Ela disse que não é culpa dela o fato da Marieta ter nos entregue para Umbridge. Ela disse que o pai dela trabalha no ministério e que ela estava sendo muito pressionada.

– Grande coisa! - bufou Rony - Meu pai e meu irmão trabalham no ministério. Não que Percy seja grande coisa.

– Foi o que eu disse. - disse Harry - Eu não quero voltar com ela, nunca mais.

– Então não volta. - murmurei - Nenhum de nós gosta dela.

– Eu não tenho nada contra ela. - disse Rony

Harry lançou um olhar feio para Rony, que deu de ombros.

…

Tic toc, tic toc, tic toc...

Eu não aguentava mais fazer aquele exame. Tentei olhar para Harry mas Umbridge estava de olho em todos, principalmente nós. Cobri meus olhos com as mãos e suspirei. Senti um pequeno tremor, eu provavelmente estava imaginando coisas.

Outro.

Outro mais forte.

A porta do Salão se abriu subitamente e duas figuras apareceram voando, atirando os exames e lançando fogos de artifício mágicos. Fred e Jorge.

Ri e me virei de volta para Umbridge, que estava horrorizada.

– Fiquem sentados. - disse ela correndo atrás deles.

Mas, naquele momento, um dragão se formou nos fogos de artifício e a perseguiu até a porta.

Todos nos levantamos e corremos para o pátio. Eles fizeram um show e tanto com os fogos. No fim, eles conseguiram fazer um grande W se formar e saíram voando para longe.

Me virei para Harry.

– Queria que tivéssemos tido essa ideia primeiro. - sorri

Ele sorriu de volta mas, de repente, caiu no chão. Eu me assustei e abaixei correndo para ajudá-lo.

– Você está bem? - eu disse segurando-o para que ele não deitasse no chão.

Ele ficou quieto segurando a cicatriz por alguns instantes. Finalmente, murmurou:

– Ele está com Sirius.

– O que? - perguntei

Ele se levantou rápido e saiu correndo de volta para o castelo. Corri atrás dele e Rony e Mione me seguiram.

– Harry espéra! - eu exclamei

– Esperar pra quê? - gritou ele - Para eles assassinarem meu padrinho?

– Voldemort pode ter criado essa imagem na sua cabeça. - eu disse

– Ela está certa. - disse Mione - Vamos checar, por favor.

– Checar como? - suspirou ele

– Sala da Umbridge. - eu disse

Harry examinou meu rosto e assentiu.

– Vamos.

Corremos para a sala de Defesa Contra as Artes das Trevas, que era o escritório da Diretora, levando em conta que ela não conseguira entrar no escritório oficial desde que Dumbledore se fora.

Mione abriu a porta com um feitiço e eu fiquei com Rony do lado de fora para vigiar.

Escutei um barulho no corredor e preparei minha varinha, mas era só Neville, Luna e Gina.

– Que susto. - murmurei

– O que vocês dois estão fazendo? - perguntou Neville

– Harry precisava usar a lareira. - Rony sussurrou

– Na sala dela? - exclamou Gina - Vocês estão doidos?

– Gina. - disse Rony - É importante.

Ela assentiu.

– Vamos ajudar vocês. - disse Neville

– Só ajudem a vigiar e a manter ela fora daqui. - sorri

– Certo. - disse Luna

Os três saíram andando pelo corredor a direita.

Sorri para Rony.

– Harry me contou. - disse ele

– O que? - perguntei

– Que vocês decidiram ser amigos. - Rony disse

– Ah sim. - mumurei - Espero que dê certo.

– Eu não. - disse ele

– O que?! - exclamei

– Eu gostava de vocês dois juntos. - ele deu de ombros

– Rony, não faça isso. - eu murmurei - Com nenhum de nós dois.

Rony assentiu. Eu esperei alguns minutos em silêncio mas ele não disse nada.

– Eu espero que eles consigam. - eu disse tentando escutar algum barulho no corredor em que os três desapareceram.

Senti uma ponta encostar na minha nuca e me virei.

– Lizzie! - exclamou Draco - De novo!

Bufei e dei um murro na porta da sala.

– Eu agradeceria se você parasse de patrulhar os corredores. - eu murmurei

Umbridge apareceu no final do corredor. Com ela estavam Crabble, Goyle, Pansy, Montague, Warrington, Neville, Gina e Luna.

Arfei.

– Desculpa. - disse Draco beijando minha testa e colocando a varinha na minha têmpora.

Logo, Crabble segurou Rony e todos nós fomos empurrados para dentro da sala.

– Potter. - murmurou Umbridge com desgosto.

Harry e Mione estavam agachados na frente da lareira, mas não havia nenhum sinal de Sirius nela. Minha batida na porta tinha funcionado.

Ela andou até ele e o arrastou até a cadeira.

Draco gentilmente me levou para o outro lado da sala.

– Eu só vou perguntar uma vez, Potter. - disse Umbridge - Quem vocês estavam tentando contatar.

Harry não respondeu.

– QUEM VOCÊS ESTAVAM TENTANDO CONTATAR? - gritou ela

– Eu achei que você só ia perguntar uma vez. - sorri

Draco apertou meu braço mas Umbridge se virou para nós.

– Pouco me interessa se ela é sua namorada, Malfoy. - resmungou Umbridge - Se você não controlar a língua dela, ela e o Potter vão ser interrogados ao mesmo tempo.

– Lizzie… - sussurrou ele com a boca no meu cabelo.

Umbridge abaixou o porta retrato do Ministro.

– O que Cornélio não vê, Cornélio não sente… - disse ela - Acho que a maldição Cruciatus

Bufei e encarei Hermione. Ela entendeu o que eu quis dizer e assentiu.

– Harry, conta para ela! - exclamou ela

– Me contar o que? - perguntou Umbridge

– Se você não contar, eu conto. - Mione disse

– Me contar o que? - disse Umbridge entredentes

– Estávamos procurando por Dumbledore. - disse Mione - Tentamos o Três Vassouras, o Caldeirão Furado e até o Cabeça de Javali.

– Menina tola, Dumbledore não estaria bebendo em um pub. - riu Umbridge

– Não tínhamos onde procurar - disse Mione - Precisamos contar a ele que a arma secreta está pronta.

– Arma secreta? - os olhos de Umbridge se iluminaram

– A arma secreta de Dumbledore. - concordou Mione

– Onde ela está? - perguntou Umbridge

– Na floresta. - disse Mione - Podemos te levar lá.

– Certo. - disse Umbridge - Potter e Granger, venham comigo. O resto fica aqui com a Brigada Inquisitorial, depois eu decido a punição de todos.

Umbridge se dirigiu até mim.

– Acho melhor você não tentar nada pra proteger o Potter.

Eu sorri para ela mas não respondi. Ela se dirigiu para a porta segurando Mione e Harry, que me lançou um olhar de advertência.

Eu não tinha a menor ideia do que eles estavam indo encontrar.

A porta se fechou e Draco relaxou a mão que segurava meu braço. Eu me virei para ele e sorri.

– Draco. - disse Pansy - Não podemos soltar nenhum deles.

– Eu não vou soltá-la. - riu ele - Não se preocupe, Parkinson.

Eu ri e coloquei minhas mãos em seu rosto.

– Vê se para de se meter em problemas. - disse ele esfregando os lábios na minha bochecha. - Daqui a pouco, eu…

Eu não deixei ele terminar de falar.

– Ugh. - disse Rony - Você tem mesmo que fazer isso, Lizzie?

– Cala a boca, Rony. - murmurei rapidamente.

Draco me apertou forte e continuou me beijando por um tempo. Quando perdi o fôlego, ele sorriu e parou.

Rony tirou um pacote de balas do bolso. Eu sabia que não eram balas, mas esperava que todos os outros não soubessem.

– O que é isso? - perguntou Goyle

– Balas - resmungou Rony

– Passa elas pra cá. - disse Goyle

– Ah qual foi? - Rony exclamou - Eu estou com fome.

– Dá para ele, Weasley. - disse Draco

Goyle dividiu as balas com todos os outros da Brigada Inquisitorial, mas Draco não quis. Antes que ele descobrisse o plano, eu o beijei novamente. Coloquei minhas mãos em seus cabelos para ele não prestar nem um pingo de atenção sequer no que estava acontecendo à nossa volta.

Escutei o barulho de líquido atingindo o chão e me separei de Draco.

– Me desculpa. - eu disse dando um selinho nele e arrancando minha varinha do seu bolso de trás.

– Alice - começou ele

– Petrificus Totalus - eu disse

Draco ficou imóvel, mas seus olhos ainda me encaravam, tristes.

– Me desculpa mesmo. - eu disse dando outro beijo nele.

Ele revirou os olhos e se recusou a me olhar.

– Vamos. - disse Rony

Saímos da sala e a trancamos.

– Onde eles foram? - perguntou Gina

– Eu não tenho a menor ideia. - eu murmurei

– Vamos naquela direção. - disse Rony - Hermione falou que era na Floresta.

– O que eles estão escondendo na Floresta? - perguntou Neville

– Aposto que é algo grande. - ri

– Gigante, eu diria. - riu Rony

Ri e comecei a andar mais rápido.

Chegamos na porta do castelo que dava acesso à ponte e eu trombei com Harry.

– Ei ei - disse ele me segurando - Como vocês escaparam?

– Vomitilhas. - disse Gina

– Falei que estava com fome e eles comeram todas. - disse Rony

– Brilhante. - disse Mione

– As vezes eu sou. - sorriu ele - Brilhante mesmo foi a Lizzie petrificando o Malfoy.

Fuzilei Rony com o olhar.

– Você petrificou ele? - perguntou Harry sorrindo

– Não sorria. - resmunguei - Eu petrifiquei-o porque era importante.

Harry franziu os lábios e tentou parar de rir.

– Onde vamos? - disse Luna

– Não, não. - disse Harry - Eu agradeço muito a ajuda de vocês, pessoal, mas é muito perigoso. Nenhum de vocês vai comigo.

– Eu vou. - eu disse

– Tem algo que eu possa te dizer para que você fique? - perguntou ele

– Nope. - respondi

– Então vem comigo. - bufou ele

– Harry, nós todos vamos. - disse Neville com firmeza

Harry suspirou e encarou cada um de nós por um segundo.

– Como vamos? - perguntou

– Voando, é claro. - sorriu Luna