Cheguei correndo no lugar que tinha combinado com Draco e ele estava lá, encostado na parede. Ao me ver, ele desencostou e andou até mim.

– Hey - disse ele

– Você veio. - sorri

– Vim. - disse ele suavemente.

Sorri e olhei nos seus olhos.

– O que foi? - perguntou ele - Porque você me chamou?

– Eu esperava que você me ajudasse a descobrir, na verdade. - eu disse

Ele chegou bem perto de mim e me segurou contra ele.

– Diz em voz alta. - disse ele - Diz o que você está pensando, o que você quer.

– Você. - eu disse

– É uma resposta razoável. - disse ele

Segurei sua nuca com força e ele me beijou. Beijar Draco era bem diferente. Ele era como um meio termo entre Harry e Córmaco. Me separei para tomar fôlego e ele me encostou na parede do corredor. Eu perdi a noção de quanto tempo fiquei beijando-o.

– Hmm Draco - disse uma voz masculina - A gente devia estar patrulhando os corredores.

– Não estou nem aí, Crabbe. - disse Draco sem tirar os lábios dos meus.

– Ela é uma estudante fora da cama. - disse Crabbe

– Pode deixar que eu coloco ela na cama de novo. - disse Draco visivelmente irritado.

– Ei, ele está certo. - ri - Eu tenho que voltar.

– Agora? - perguntou ele

– Não - eu disse

Ele me beijou de novo e continuamos daquele jeito por algum longo tempo.

– Já é quase uma hora. - disse ele - Eu te levo até lá.

– Tudo bem. - eu disse - Draco?

– Sim? - sorriu ele

– A gente pode manter isso em segredo? - perguntei

– O que? - ele perguntou incrédulo

– Não que eu não queira estar com você. - eu disse - Mas eu acabei de terminar com o Córmaco e antes dele eu tinha acabado de terminar com o Harry. Só essa semana? Quando a gente voltar das férias de natal, eu prometo que você pode falar pra todo mundo que você quiser.

– Tudo bem, mas tenho uma condição. - disse ele

– Qual é? - sorri

– Eu vou te levar pra sair nas férias de natal. - disse ele

– Fechado - sorri

– Na verdade, - disse ele - você vai me levar para sair. Afinal, é você que conhece Londres.

– Você? Quer conhecer uma cidade trouxa? - perguntei

– Eu quero conhecer você. - disse ele - Posso tolerar os trouxas pra isso.

Olhei para ele e sorri. Ele sorriu de volta com aquele sorriso doce que eu tinha certeza que só mostrava para mim e não resisti, acabei puxando ele para um beijo novamente.

Ele apoiou as duas mãos na parede e mordeu meus lábios. Ele não iria parar tão cedo.

– Vamos? - perguntei

–Sim - disse ele

Fomos andando em direção à Torre da Grifinória sem precisarmos nos esconder, Draco podia estar fora da cama.

Chegando lá eu me encostei na parede ao lado da mulher gorda, que dormia. Pedi para que ele fizesse silêncio e ele me beijou.

– Eu te vejo amanhã? - perguntei

– Sim - ele sussurrou - Com certeza.

Beijei ele para me despedir mas vi que o retrato tinha sido aberto e Rony quase esbarrou conosco.

– Wow - disse ele

Tirei as mãos do pescoço de Draco e me virei para Rony.

– O que aconteceu? - perguntei

Rony ficou em silêncio, vi que ele não iria falar na frente de Draco.

– Draco - suspirei

– Weasley é o nosso rei. - suspirou ele - Até amanhã, Lizzie.

– Até.

Ele me deu um beijo rápido e saiu.

– Aconteceu uma coisa estranha com Harry - sussurrou Rony - Fica com ele até a McGonagall chegar?

– Claro - eu disse

Entrei no Salão Comunal e subi correndo as escadas que davam nos dormitórios. Entrei no dos garotos e vi Harry sentado na cama, completamente suado e ofegante.

– Lizzie? - perguntou ele - O que você está fazendo aqui?

– Rony pediu para eu ficar de olho em você até ele chegar. - eu disse

– Ele foi te acordar para isso? - perguntou ele

Fiquei em silêncio e o olhar dele se demorou nas minhas roupas, fazendo-o perceber que eu não havia dormido. Sentei ao lado dele e suspirei.

– O que aconteceu? - perguntei

– Eu tive um pesadelo - disse ele - É bem comum.

– E por que Rony ficou tão preocupado?

– Porque, no pesadelo, o pai dele é atacado pela cobra de Voldemort. E eu sinceramente acho que foi real demais.

– Você acha que ele está bem? - perguntei

– Não tenho certeza. - disse ele

Ele suspirou e desviou o olhar.

– Como foi? - perguntou ele

– Como foi o que? - indaguei

– Você sabe. - disse ele - O lance do casaco.

– Harry, não é a melhor hora para falar disso. - eu disse

– Certo - disse ele - Como quiser.

McGonagall e Rony entraram no dormitório rapidamente. Ambos de pijama. McGonagall estava até com uma touquinha, coisa que seria engraçada se a situação não fosse grave.

– Venham comigo, Potter e Weasley. Vamos ver o diretor. - disse ela - Srta. Felton, você poderia acordar os outros Weasleys e levá-los ao escritório do Prof. Dumbledore?

– Claro - eu disse

– Obrigada - disse ela

Eles sairam apressados e eu entrei na porta ao lado, para acordar Fred e Jorge.

Mexi nos ombros de Fred e ele abriu os olhos.

– Lizzie? - sorriu ele - O que diabos você está fazendo aqui?

– Aconteceu uma coisa, eu preciso que você acorde agora. - eu disse

– O que foi? - disse ele sentando

– Não tem tempo para explicar. - eu disse

Fui até Jorge e mexi nos seus ombros também.

– Só mais cinco minutos, mãe. - disse ele sem abrir os olhos

Fred tacou um travesseiro em Jorge que por pouco não me acertou. Ele abriu os olhos e fez a mesma expressão do irmão.

– Lizzie?

– Vem comigo, por favor. - eu disse - Peguem casacos.

Jorge se sentou e encarou Fred. Corri para o outro lado e acordei Gina, que foi bem mais fácil que os dois. Ela veio sem fazer nenhuma pergunta.

Peguei um lampião que estava no Salão Comunal e corri com eles para o escritório de Dumbledore.

– Obrigada, senhorita. - disse Dumbledore e se virou para os Weasleys - O pai de vocês foi atacado durante um trabalho da Ordem. Eu vou mandar vocês para o Largo Grimmauld por uma Chave de Portal.

Eles se reuniram em volta de um objeto que eu não conseguir ver e colocaram suas mãos nele.

– Lizzie? - perguntou Harry

– Eu não vou, Harry. - eu disse - Eu não sou da família.

– Nem eu - disse ele

– É claro que você é. - sorri - Eu vou no trem amanhã e encontro vocês em Londres.

– Tudo bem. - disse ele - Boa viagem.

– Você também. - sorri

Eles desapareceram e eu pedi a licença de Dumbledore e Minerva para voltar pro meu dormitório. Eles concordaram mas pediram para eu não contar para ninguém, exceto Mione. Fui andando e senti alguém me segurando. Me virei para Draco e sorri.

– O que aconteceu? - perguntou ele

– Nada demais - eu menti - O que você ainda está fazendo aqui? Seu turno já acabou.

Ele deu de ombros e me beijou. Retribuí o beijo pro alguns instantes mas me afastei.

– Eu tenho que ir pro dormitório. - eu disse

– Tinha esquecido que você não faz nada errado. - disse ele

Cruzei os braços e ele passou a mão pela minha cintura.

– Vem, eu te levo lá. - disse ele - De novo.

Ri e beijei seu pescoço. Chegando no retrato da Mulher Gorda, ela exclamou.

– Vocês dois de novo? Nada disso, entrando agora.

Ri e deixei que ele soltasse minha mão para que eu pudesse entrar.

– Boa noite - eu disse

– Boa noite, Lizzie. - disse ele