Harry Potter. escrita por AliceFelton


Capítulo 55
Capítulo 21




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Uma hora havia se passado. Fleur tinha saído, pra variar.

– Você acha que ele vai ganhar? - perguntei pra Mione

– Ou ele ou o Cedrico, mas acho que o Harry ganha. - sorriu ela

– Eu também acho. - ri - Que demora!

– Daqui a pouco eles chegam. - disse ela irritada

Começei a observar as pessoas na arquibancada. O Sr. Weasley, que também tinha vindo, estava conversando com o Sr. e a Sra. Diggory. A Sra. Weasley falava com Gui, provavelmente sobre seu cabelo. Rony roía suas unhas. Mione estava lendo. Neville estava parado.

Escutei um baque no chão. Olhei para lá e Cedrico e Harry estavam deitados. Todos de Hogwarts comemoraram e uma música animada começou a tocar.

– Mim's - eu disse sorrindo - Eles ganharam juntos. Eu pedi.

Me levantei para ir até eles e vi uma coisa estranha: Ced estava com os olhos abertos, esbugalhados. Ele não se movia. Harry estava deitado e cobria o rosto com os braços. Ele estava chorando e Cedrico, morto.

– Mione - arfei - O Ced não vai levantar?

– Não vai Lis - disse ela quase chorando

Sentei na cadeira de novo. A música já tinha parado de tocar. Eu não podia começar a chorar, tinha que ajudar o Harry, mas as lágrimas começaram a descer sem parar. Mione me abraçou e eu chorei mais ainda. Eu não conseguia entender. Ele? Morto? Cedrico, o cara mais esperto e encantador que eu conhecia não ia mais levantar?

– Mione - eu solucei - Preciso ir até lá.

– Tá bom. - disse ela

Fui até o corpo inerte do meu melhor amigo. Não vi Harry, ele provavelmente estava com Dumbledore. Coloquei a mão no rosto gelado de Cedrico.

– Acorde - sussurrei chorando- Essa brincadeira não teve graça. Acorda Ced. Por favor.

Fechei seus olhos e deitei no seu peito. A Sra. Diggory sentou do lado dele e eu me levantei. Ia deixá-la com ele.

Vi Dumbledore e corri até ele.

– Cadê ele? - perguntei, minha voz quase não saia

– Não está com você?

Neguei rapidamente com a cabeça.

Dumbledore procurou Harry na multidão mas não o encontrou.

– Alastor - disse ele - Venha senhorita.

Fomos eu, ele, a Profa. Minerva e Snape correndo para tentar encontrar Harry. Quando chegamos na sala do Prof. Moody, eles quase explodiram a porta. Harry estava sentado em uma cadeira, Moody estava do outro lado da sala com sua varinha na mão, mas seu rosto estava estranho. Harry se levantou e me abraçou. Saímos da sala.

– Lis… - disse ele - Ele voltou, Voldemort.

Eu comecei a chorar de novo. Voldemort tinha voltado, eu tinha perdido meu melhor amigo e quase tinha perdido meu namorado. Ele me abraçou mais forte e eu percebi que ele chorava baixinho.

– Me desculpa - sussurrou ele - Eu não salvei ele.

– Não fale uma bobagem dessas, por favor. - solucei - A culpa não é nem um pouco sua.

Espiei para dentro da sala e vi que um outro homem estava no lugar de Moody tinha um outro homem. Harry olhou para lá.

– Bartô Crouch Junior. - disse ele

– Não me importa. - sussurrei. - Você tá bem?

– Só to com um corte no braço e um arranhão no rosto. Mas estou.

– Deixe-me ver o corte. - pedi

Tinha um corte profundo no seu braço direito. - Rabicho cortou com sua navalha, pra colocar meu sangue em Voldemort. Ele pode encostar em mim agora. Nós duelamos e eu consegui escapar por causa de meus pais.

– Seus pais? - perguntei

– Nossa varinhas ficaram conectadas e a varinha dele começou a soltar fantasmas dos seus últimos mortos. Cedrico, um cara, meus pais…

– Você falou com eles?

– Sim, meus pais me ajudaram a fugir para a taça que tinha sido transformada em Chave de Portal. Cedrico disse para eu levar seu corpo de volta para seus pais. E ele disse que te ama muito, pediu pra eu cuidar da irmãzinha dele. - disse ele

Abracei ele e chorei mais ainda, eu não queria isso mas eu não conseguia segurar. Um cachorro preto apareceu do nosso lado. O seguimos até a sala mais próxima. E Sirius se transformou.

– Harry - suspirou ele - Você está bem garoto?

Harry assentiu com a cabeça.

– Ô Lizzie - disse Sirius me puxando para um abraço - Eu sei como você está se sentindo. Eu também perdi meu melhor amigo e melhor amiga. Chorar faz parte mas, com o tempo, você vai perceber que ele deixou muito dele em alguma coisa. Ele não te deixou sozinha. Tiago me deixou esse moleque que só dá trabalho, assim como ele era. Cedrico vai estar com você sempre.

Dumbledore e McGonagall entraram na sala.

– Vem querida - disse a Profa. McGonagall - Harry vai conversar com o Prof. Dumbledore rapidinho. Ele já te encontra.

– A gente libera ele rapidinho. - disse Sirius.

Harry me deu um beijo na testa.

– Eu já vou. - disse ele

– Tá - sussurrei

No caminho encontramos o Sr. e a Sra. Weasley, Gui, Gina, Fred e Jorge, Mione e Rony.

– Alice, você está bem? - perguntou a Sra. Weasley

– Quase. - eu disse

– Sentimos tanto Lis. - Disse Gui

– Obrigada gente, mesmo. Eu preciso dormir, me desculpa.

– Tudo bem querida, vai lá. - disse Molly - Ah, antes que eu me esqueça. Trouxe um sweater para você.

Abri o pacote e era um sweater azul com um A branco no meio.

– É da cor do inverno, você deve gostar muito dessa estação depois do baile.

– O inverno é ótimo Sra. Weasley, obrigada.

Fui com McGonagall até o Salão Comunal. Estava vazio. Vinte minutos depois Mione e Rony trouxeram comida pra mim. Eles não falaram muito mais tentaram me animar. Quando perceberam que não iria dar certo, Rony me abraçou e ficou em silêncio.

– Você pode chorar se quiser. - disse ele - Deve estar doendo muito.

– Está mesmo. - sussurrei começando a chorar.

– Vai ficar tudo bem Lis. - disse ele

– Lis? - escutei uma voz linda me chamando. Levantei correndo e pulei nos braços dele. Ele me segurou e me carregou até o sofá.

– Vou cuidar de você, eu prometo. - disse Harry fazendo carinho no meu cabelo.

...

Foi uma noite terrível, eu não conseguia dormir. A imagem de Ced aparecendo morto no chão continuava voltando pra minha mente. Harry estava péssimo também. O assassino dos seus pais estava vivo, estava forte. E ele estava se sentindo horrível por me ver daquele jeito, e eu por vê-lo com medo e culpado. Era para ele ter dormido na Ala Hospitalar mas ele implorou para que deixassem ele ficar comigo a noite. Mas ele iria para lá para cuidar do corte de manhã.

Acordei e Harry estava olhando pra mim.

– Você acordou faz muito tempo? - perguntei

– Não. - sorriu ele - Eu tenho que ir pra Ala Hospitalar agora.

– Posso ir? - perguntei imediatamente - Por favor?

– Claro que pode. - disse ele - Eu vou trocar de roupa, você deveria ir também.

– Certo. - sorri

Troquei de roupa silenciosamente e desci de novo para o salão comunal.

– As onze horas tem o…hm…funeral. - disse Harry - Você quer ir?

– Quero - sussurrei

– Tudo bem. - disse ele docemente

Chegamos na Ala Hospitalar e a Madame Pomfrey deu uma bronca em Harry falando que ele precisava ter cuidado do braço imediatamente e que agora poderia dar uma infecção e bla bla bla.

– Ele não voltou. - escutei uma voz furiosa no corredor

– Temos que aceitar os fatos ministro, você viu a marca de Severo! Ela não ficou forte assim desde quando ele sumiu.

A porta da Ala Hospitalar se abriu com força e o ministro da magia, Fudge, e Dumbledore entraram.

– Seu prêmio Potter. - disse ele jogando um saco com o dinheiro - Iria ter uma cerimônia mas eu não acho que seja uma boa ideia diante dos fatos. Meus pêsames srta. Felton, soube que vocês eram íntimos.

– Obrigada ministro. - esbocei um sorriso

– Você vai no funeral senhorita? - perguntou Dumbledore

– Estarei lá professor. - sorri

– Até logo garotos. - disse ele e eles saíram.

Me virei para Madame Pomfrey.

– Você poderia, por favor, me dar uma poção para dormir? - perguntei - Noite passada foi péssima.

– Claro, vou pegar. - Ela foi até o armário e começou a procurar.

Sentei ao lado de Harry na maca. Ele estava com uma cara preocupada.

– Não fica assim, eu estou bem. - sorri - Mas você fica mais lindo ainda com essa cara.

– Eu só estou querendo te fazer ficar melhor. - sorriu ele

– Você está vivo. - eu disse - Já me faz melhor.

– Aqui - disse Madame Pomfrey - Tome 5 gotas antes de dormir e você não vai sonhar.

– Mas quando eu parar de tomar eu vou voltar a sonhar certo?

– Claro! - exclamou ela

– Vamos? - perguntei

– Sim. - sorriu ele

Assim que saímos de lá topamos com os pais de Ced. A Sra. Diggory estava com a mesma aparência que eu: bochechas inchadas, olhos vermelhos e expressão pesada. Ela abriu os braços e eu a abracei.

– Eu sinto tanto Sra. Diggory - falei com a voz trêmula

– Eu sei querida. - sorriu ela - Eu sei.

– O prêmio - disse Harry - Peguem.

– Não, não podemos. - disse o Sr. Diggory

– Ele deveria ter ganhado, nós pegamos a taça juntos. - insistiu Harry

– Ele morreu feliz então. Tinha acabado de ganhar. - sorriu a sra. Diggory - É seu querido, desejo toda a felicidade para vocês dois.

E eles se foram.

– Vamos? - disse Harry

Concordei com a cabeça e apertei a mão dele.

– Se você não aguentar me avise tá? Eu te tiro de lá.

– Ta bom.

Entramos no Salão Principal e as bandeiras das casas tinham sido substituídas por outras, pretas. Todos estavam em silêncio. Ced estava deitado com flores à sua volta. Um lugar na primeira fileira tinha sido deixado pra nós.

Quando sentamos, Dumbledore começou.

– Estamos aqui por um motivo muito triste. O nosso amigo, Cedrico Diggory, foi assassinado por Lord Voldemort.


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Notas finais do capítulo

Desculpe gente, mas eu não pude salvá-lo. Desculpa mesmo. Reviews? Eu vi depois que o cap anterior ficou meio desfigurado. Foi mal. Enfim, me falem o que acharam...me falem se choraram...me falem qualquer coisa!