Saímos correndo da barraca e eu vi alguns homens encapuzados tacando fogo em barracas mais distantes de nós.

Eu estava do lado de Harry, Rony e Mione quando a multidão separou a gente. Eu fiquei sozinha. Corri para a floresta para tentar achá-los. Lá eu encontrei Cedrico.

– Ei Alice - disse ele - Você está bem?

– Estou sim - eu disse - Você viu o Harry? Ou o Rony e a Mione?

– Não - disse ele - Meu pai pediu para que eu ficasse aqui enquanto ele ajuda o pessoal do ministério. Fica aqui. Daqui a pouco eles aparecem.

– Claro - sorri e sentei com ele

– O que você e o Harry têm? - perguntou ele

– Nada - suspirei - E tudo.

– Ele gosta de você também. - ele riu - Ele deve me odiar porque eu ganhei dele no quadribol ano passado e porque eu converso com você.

– Se ele gostasse de mim ele teria feito algo - zombei - E relaxa, o ódio mortal dele não é só com você.

– Ele faz algo. - disse ele - Mas pra nós, meninos, é mais difícil tomar atitude com alguém que a gente realmente gosta do que com qualquer desconhecida. Ele deve querer fazer tudo perfeito pra você e pra ele.

Sorri timidamente mas não falei nada. Foi quando uma coisa apareceu no céu. Era uma coisa luminosa, verde. De uma caveira, sua língua era uma cobra.

– É a marca dele. - disse Cedrico - Voldemort.

– Eu preciso achar Harry - sussurrei

– Vamos lá então.

Fomos pelo acampamento queimado e eu vi Harry parado olhando para um local fixo, sozinho. Esqueci tudo e corri até ele. Abracei ele com a maior força que eu tinha e ele me apertou forte também. Mas não falamos nada.

– Harry! Alice! - gritou Mione que vinha correndo com Rony - Vocês estão bem?

– Eu to - disse

Harry de repente colocou a mão na testa.

– O que é aquilo? - perguntou ele apontando pro céu.

– A marca dele - sussurrei

– Voldemort costumava lançar essa marca acima de casas de vítimas entre outras coisas. - disse Cedrico ao meu lado.

Foi quando uns cinco homens do ministério aparataram e atiraram na gente. Se não tivéssemos abaixado, teríamos sido estuporados.

– Parem! - disse o Sr. Weasley - É o meu filho!

– O meu também! - disse o Sr. Diggory

– Vocês foram apanhados na cena do crime. - disse o Sr. Crouch

– É claro que não foram eles. - Disse Ludo Bagman

– Tem alguém estuporado aqui! - disse um dos homens trazendo em suas mãos uma pessoa pequenininha.

Era Winky.

Mas eu senti uma tontura muito forte e desmaiei.

…

Acordei no sofá dos Weasleys. Harry estava sentado lendo na poltrona do meu lado.

– Você acordou. - disse ele

– O que aconteceu? - perguntei espantada - Como a gente veio parar aqui?

– Você desmaiou do nada. Winky tinha lançado a marca negra com minha varinha, que tinha caído no chão. O Sr. Crouch demitiu ela, foi bem triste.

– Que pena. - respondi

– É - suspirou ele - E a gente veio pela chave de portal. Não sei como você não acordou.

– Você me carregou o caminho todo?

– Não. - ele riu - Eu e Cedrico revezamos. Faltou só o Malfoy pro fã-clube ficar completo.

– Lá vem você. - ri - Mas, obrigada. Por me ajudar.

– Não foi nada…É muito bom conversar com você sabia? - ele disse - Você é a pessoa que eu menos penso antes de falar algumas coisas e a pessoa que eu mais penso pra falar outras. Nossas conversas são tão espontâneas e boas. Não têm nenhum tom de ironia. Como isso é possível?

– Acho que você nunca vai achar uma explicação racional. - eu disse - Elas são assim.

– É, talvez eu nuca ache. Mas o que eu queria te falar é que eu

– Alice! Você acordou! - disse a Sra. Weasley - Que bom querida, trouxe uma sopa pra você. Coma tudo, você está fraca.

Harry suspirou e riu ao meu lado. A Sra. Weasley me ajudou a sentar e eu fui comer a sopa. Ela foi embora.

– Alice - disse Harry - Cedrico pediu pra eu te dar tchau, ele não pode ficar pra ver se você está bem.

– Você não odeia mais ele? - perguntei

– Não muito. A gente conversou um pouco. - riu ele - E ele disse para você começar a prestar atenção nos pequenos gestos. Eu, particularmente, não entendi essa parte mas ele falou que você entenderia.

Sorri e assenti com a cabeça. Ele se levantou.

– Vou chamar a Mione pra ficar um pouco aqui tá? - ele perguntou - Vou tomar banho.

– Claro - sorri - Obrigada por tudo.

Ele me deu um beijo no nariz e foi.

…

– OS CARROS CHEGARAM! - berrou a Sra. Weasley da porta. - VOCÊS VÃO PERDER O TREM!

O ministério tinha mandado carros pro nosso transporte, ou seja, para proteger e paparicar Harry. Tirando o drama inicial, chegamos em Hogwarts perfeitamente bem.

No banquete de abertura, o Prof. Dumbledore foi falar suas costumeiras boas vindas.

– Bem vindos alunos, para mais um ano em Hogwarts. Mas esse ano vai ser muito diferente. Esse ano, a nossa escola vai participar de uma série de competições mágicas com mais duas escolas. O Torneito Tribruxo!

Todos começaram a sussurrar animados. Eu resolvi me apoiar em Harry, e ficar meio deitada nele. Ele abraçou minha cintura. Como ele sabe do que eu gosto?!

– Depois eu explico tudo. - disse Dumbledore. - Agora vamos receber os nossos convidados. As moças da Academia de Magia de Beauxbatons e sua diretora Madame Maxine.

Umas vinte garotas com vestidos azuis entraram dançando. Coloquei as mão pra trás para tampar os olhos do Harry. Ele riu. Elas dançavam liberando pequenas borboletinhas mágicas. Era muito bonito. Rony não parou de olhar pra bunda delas por um instante. Olhei para trás e vi a maior mulher da vida entrando. Ela era maior que o Hagrid. Elas se sentaram na mesa da Corvinal e eu destampei os olhos de Harry. Ele beijou minha testa e riu.

– Recebam os rapazes do Instituto de Durmstrang e seu diretor Igor Karkaroff.

A última coisa que eu vi foi uma mão se aproximando dos meus olhos.

– Ha-Ha. - sussurrou Harry.

– Deixa eu ver? - pedi

– Não. - riu ele

A musiquinha deles era bem legal, eles batiam uns bastões no chão.

– Harry é ele! - disse Rony - Vítor Krum!