Em uma tarde normal, no ano de 2003, chegamos do trabalho e penduramos nossos casacos perto da porta. Snuffles veio correndo, como sempre, e não parou de correr até que Harry e eu fizéssemos carinho em sua barriga.

Monstro veio sorridente até nós.

— Monstro! Você está aqui! - sorri

  - Harry! Lizzie! - disse ele - Que bom que vocês chegaram! Eu estava pensando em ir ao supermercado comprar ingredientes para fazer biscoitinhos.

  - Eu acho uma ótima ideia, Monstro - eu disse sorrindo - Você quer alguma ajuda?

— Claro! - ele disse - Quando eu voltar do supermercado, podemos fazer todos juntos.

Harry concordou.

Ele saiu pela porta e escutamos um estalo. Ele havia aparatado.

Harry riu e me levou até a sala.

Ele se sentou no nosso sofá e me puxou para o seu colo.

  - Eu ja te falei que você fica linda nessas roupas?

Ri.

Eu estava com as roupas do trabalho. Os jornalistas do profeta usavam, às vezes, roupas trouxas, como ternos, para trabalhar. Era melhor usá-las quando tínhamos que fazer alguma reportagem em um vilarejo trouxa, para não chamarmos muita atenção.

  - Todo dia - sorri

  Me inclinei e o beijei. Ele sorriu e desabotoou dois botões de minha camisa.

  Interrompi o beijo para dar uma boa olhada nele. Ele estava sujo em varias partes do seu rosto e corpo. Havia um rasgo em sua camiseta, na altura das costelas.

  - Trabalho de campo hoje? - perguntei

  Ele riu.

  - Lembra no terceiro ano quando a prova de Lupin foi um circuito com criaturas magicas? 

Assenti.

  - Bom, o treinamento hoje foi mais ou menos aquilo, algumas mil vezes pior. - ele disse

  Ri e acariciei a pele que estava a mostra pelo rasgo. 

  - Pelo menos, vocês não estão lutando de verdade contra as artes das trevas - observei

  Harry concordou.

  - As forças das trevas foram extintas por um tempo por causa de alguns adolescentes enxeridos. - ele deu de ombros

  Ri.

  Ele voltou a me beijar e me puxou para mais perto em seu colo. Tirei a sua blusa e joguei-a no outro sofá.

  - Vamos subir... - eu disse - Monstro deve voltar logo logo.

  Ele assentiu.

  Ele me beijou mais uma vez e colocou os braços embaixo de minhas coxas, nos levantando.

  Ele deu alguns passos, saindo da sala, indo em direção à escada e ouvimos a campainha.

  Suspirei.

  - A gente não precisa atender. - Harry riu

  - Harry, pode ser algo importante. - eu disse

  - Não é. - ele disse com convicção

  - Como você sabe, se não atendeu? - perguntei

— Eu sou Harry Potter. - ele riu

  Ri e me colocou no chão. Abotoei de volta minha blusa enquanto ele ia até a sala buscar sua camiseta.

  Abri a porta e me deparei com uma figura que me deu enorme alegria. Minerva McGonagall. 

  - Professora! - sorri - Que surpresa! 

Meu sorriso se desfez quando vi sua expressão pesarosa.

— Professora! - disse Harry chegando atrás de mim sorrindo, mas ele também perdeu o sorriso em questão de segundos.

— O que aconteceu? - perguntei - Meu irmão…?

— Nick está ótimo. - ela disse, rapidamente, me tranquilizando

Eu sabia que Nick estaria seguro em Hogwarts, mas os meus anos lá não foram o que pode-se chamar de calmos e livres de qualquer perigo.

Suspirei aliviada.

— Por favor, professora, entre. - disse Harry

Acenei com a cabeça e a levei até a sala. Ela se sentou no sofá e suspirou.

— Kingsley me pediu para vir aqui e contar para vocês pessoalmente. - ela disse - Andrômeda Tonks acabou de falecer.

— Como? - eu perguntei tentando conter as lágrimas

Harry me abraçou por trás e depositou um beijo no meu cabelo.

— Ela estava na casa de uma amiga trouxa e teve um ataque cardíaco. - disse ela - Não conseguimos ficar sabendo a tempo de transferi-la para o St. Mungus.

Assenti.

— Cadê o Ted? - perguntou Harry

— Em casa, com Kingsley. - disse ela - Ele estava na casa de Gui e Fleur, brincando com Victoire.

— Ele sabe o que aconteceu? - perguntei

— Ninguém contou a ele, mas ele deve estar desconfiando. - ela suspirou

Harry e eu nos levantamos com um pulo.

— Temos que ir. - eu disse

Escrevi um bilhete para Monstro explicando onde havíamos ido e deixei-o em cima da mesa da cozinha.

McGonagall, Harry e eu saímos pela porta de casa e aparatamos.

Abri os olhos e me vi em frente a uma casa que conhecia bem. Harry e eu a frequentávamos com frequência. A casa dos Tonks. A primeira vez em que eu havia ido até lá tinha sido logo depois da Batalha de Hogwarts. Ted era um recém nascido.

Desde então, Ted estava sempre conosco. Andromeda havia nos chamado quando ele começara a andar, a falar e a mostrar sinais de roxo em seu cabelo. Havia finais de semana em que pegávamos Ted e ficávamos com ele o tempo todo, fazendo toda a sorte de coisas que ele poderia querer.

Agora, Ted já estava com cinco anos.

Corri até a porta e entrei na casa.

— Ted? - gritei

— Tia Lizzie? - escutei uma vozinha fina dizer

Um garotinho de cabelo roxo e pijama de foguetes apareceu no topo da escada. Fui correndo até ele e o abracei.

— Cadê a minha avó? - ele me perguntou

Sequei as lágrimas.

— Sua avó foi visitar seu papai e sua mamãe. - eu disse

Ele sorriu.

— Posso ir também? - perguntou ele

— Não, Teddy. - eu disse - Agora não.

Ele assentiu.

Peguei ele no colo e fui até Harry, que estava parado junto a McGonagall.

— E aí, campeão? - perguntou Harry

— Oi, Tio Harry. - Teddy sorriu - Sabia que minha avó foi visitar meu pai e a minha mãe?

— Sabia. - sorriu Harry

— Ela deve estar com o seu pai e sua mãe também! - disse Teddy

Harry riu.

— Eles devem estar fazendo uma grande festa. - disse Harry.

Teddy assentiu.

Kingsley desceu as escadas e se juntou a nós.

— Achou alguém? - perguntou McGonagall a ele.

— Ainda não. - ele respondeu

— Quem vocês estão procurando? - perguntou Harry

— Algum parente de Ted que esteja disposto a adotá-lo. - disse Kingsley.

Harry e eu nos entreolhamos. Eu assenti.

— Eu conheço um casal que estaria. - disse Harry, em tom sugestivo.

McGonagall arregalou os olhos.

— Vocês são muito jovens! - ela disse

— Somos mais velhos que meus pais quando eles me tiveram! - disse Harry

Resolvi que seria melhor sair com Teddy e deixar Harry resolver a questão. Fui com ele até seu quarto e o coloquei na cama.

Conjurei uma mala e comecei a colocar as roupas dele dentro dela.

— Se eu morar com vocês, tudo bem se o Snuffles dormir na minha cama? - ele perguntou, com sua voz fininha

Ri.

— Tudo bem. Eu vou deixar só porque eu gosto muito de você. - eu disse

— Eu também gosto muito de você. - disse ele sorrindo

Sorri.

— E você vai poder escolher seu quarto! - eu disse

Os olhos deles brilharam.

— É sério? - ele disse

Assenti.

— Posso levar todos os meus brinquedos? - ele perguntou

— Pode - sorri

Ele deu uma gargalhada.

— Esse é o melhor dia da minha vida! - ele disse - Eu estou triste porque a vovó não falou tchau para mim antes de ir, mas ela deve estar se divertindo, lá com meus pais.

Sorri.

Ele veio até mim e começou a me ajudar a separar suas roupas. Algumas, ele não queria mais, então deixou de fora da mala. Eu disse a ele que não poderíamos levar todos os brinquedos naquele dia, mas que voltaríamos para pegar todos os que ele ainda quisesse.

Olhei para a porta e vi Harry encostado no batente. Sorri e fui até ele.

— Há quanto tempo você está parado ai? - perguntei

— Alguns minutos. - ele disse

O abracei.

— E então? - sussurrei

— Acho que temos um filho, agora. - ele sussurrou

Ri e comecei a chorar, com a cabeça enterrada em seu peito.

Senti duas mãozinhas abraçarem minha perna.

— Eu vou morar com vocês? - perguntou Ted

Harry e eu sentamos no chão para ficarmos da sua altura.

— Vai - sorriu Harry

Ted me encarou, confuso.

— Você está triste? - ele me perguntou - Não tem problema, eu posso morar com outra pessoa!

Ri.

— Eu estou muito feliz. - eu disse

— Mas vocês está chorando. - Teddy disse secando minhas lágrimas

— Chorando de felicidade. - eu disse

Ele me olhou confuso.

— Adultos são esquisitos. - ele disse ao ver lágrimas no rosto de Harry também

O abracei com força.

Senti meu celular vibrar no meu bolso. Era Hermione. Fui até o canto do quarto e atendi.

— Oi - disse

— Gui acabou de nos contar. - ela disse— Como você está?

— Estou bem. - suspirei

— E Ted?

— Está ótimo. - ri - Ele não entende direito.

Ela riu.

— Sinto muito. - ela disse

— Obrigada.

— Eles acharam alguém para adotá-lo? - Mione perguntou— Acho que não tem mais ninguém na família.

— Acharam sim. - eu disse

— Quem? Narcisa? - ela perguntou

Ri.

— Não, não. - ri - O padrinho de Ted.

— O padrinho dele? - ela disse — Mas é Harry.

— É. - eu disse

— Vocês dois têm um filho agora!? - ela exclamou

Ri.

— Temos. - eu disse

— RONY! - ela gritou— HARRY E LIZZIE TÊM UMA CRIANÇA AGORA.

Não consegui escutar a resposta de Rony, mas ele parecia entusiasmado.

— Isso é maravilhoso, Lizzie. - ela disse — Vocês vão ser os melhores pais do mundo.

— Espero que sim. - sorri

— Bom, eu vou deixar você cuidar das coisa ai. - ela disse— Mas amanhã eu vou visitar vocês!

— Certo - sorri

— Um beijo pra mamãezinha mais linda! - ela disse

— Um beijo pra você também.

Ela desligou.

Me virei para Harry, que sorria.

— Vamos pra casa? - ele perguntou

Assenti.

Usamos a lareira da casa de Andrômeda e caímos direto no Largo Grimmauld. Snuffles veio correndo, derrubando Teddy no chão logo em seguida.

Ouvi sua risadinha fina.

— Oh Snuffles! - ele riu

Harry e eu no entreolhamos, sorrindo.

Peguei Ted no colo e o levei até a sala da tapeçaria Black.

— Oi, papai! - disse Ted correndo até o retrato de Lupin

— Oi, Teddy! - disseram James, Lily e Sirius em coro.

— Oi, meu garoto! - sorriu Lupin - Quais são as novidades dessa vez?

— Tenho algumas. - disse Teddy

— Quero ouvir todas. - sorriu Lupin

— A vovó morreu. - disse ele

O sorriso de Lupin se desfez e ele olhou para mim, interrogativamente.

Assenti, com pesar.

— Eu sinto muito, Teddy. - disse Lupin

Teddy sorriu.

— Mas eu vou morar aqui! - disse Teddy - Com Tio Harry, Tia Alice e Snuffles!

— É sério? - perguntou James, a mim.

Assenti novamente.

— Isso é ótimo, Teddy. - Lily disse - Seus tios vão cuidar muito bem de você.

— Eu sei. - disse Teddy - Eles disseram que eu posso dormir com Snuffles.

— Eles são muito bonzinhos, não são? - riu Lupin

Teddy concordou.

Escutei a campainha tocar.

— Vamos ver quem é, Teddy? - perguntei

— Vamos. - ele disse - Depois eu volto, pessoal!

Os quadros se despediram de Teddy e eu fui com ele de volta para a sala.

Chegando lá, vi Draco e Harry parados. Snuffles veio correndo e derrubou Ted novamente.

— Eu vim assim que soube. - disse Draco

Sorri e o abracei.

— Oi, Tio Draco. - disse Teddy, debaixo de Snuffles.

— Ei, garotão. - disse Draco se ajoelhando ao seu lado - Como você está?

— Estou bem. - disse Ted empurrando Snuffles e se sentando no chão. - Eu vou poder escolher meu quarto e dormir com Snuffles!

— Isso é bem legal. - sorriu Draco

Ted concordou.

— Por quanto tempo você vai ficar com Tio Harry e Tia Lizzie? - perguntou Draco

— Pra sempre! - Teddy sorriu

Draco olhou para mim.

— É sério? - perguntou ele

Assenti.

— Por que? - ele perguntou

— Porque nós somos os padrinhos dele. - eu respondi

— Eu sou primo dele! - disse Draco

Harry deu uma gargalhada.

— Você quer uma criança, Draco? - Harry perguntou

Draco o encarou.

— Não vejo porque não. - Draco deu de ombros

— Eu não vejo como você teria condições de cuidar de uma criança. - disse Harry - Não com o estilo de vida que você leva.

Draco riu.

— Eu tenho uma namorada séria agora, e vocês sabem disso. - ele disse

Ri.

— Até você apresentá-la pra gente, ela não existe. - eu disse

Draco bufou.

— Isso não é justo! - disse Draco

— Claro que é! - eu disse - Você nos conta histórias sobre sua namorada perfeita mas nunca nem nos mostrou uma foto dela! Queremos conhecê-la!

Draco riu.

— Astória é muito tímida. - ele disse - Ela está completamente pirada em relação a conhecer vocês!

Harry e eu nos entreolhamos.

— Vocês são Harry e Alice Potter! - Draco disse

— Você não quer apresentá-la para nós mas quer aparecer com uma criança? - perguntou Harry

Draco riu.

— Talvez vocês estejam certos. - ele disse - Mas eu quero dividir a guarda dessa criança!

Teddy riu.

— Todo mundo quer morar comigo? - ele perguntou, sorrindo - Por que você não muda pra cá, Tio Draco? Você pode dormir comigo e Snuffles.

Draco sorriu.

— Eu adoraria. - ele disse - Mas eu não gosto tanto assim desses seus tios, para vir morar com eles.

— A Tia Lizzie é maravilhosa. - argumentou Ted

— Ah, isso eu sei. - riu Draco

Harry riu.

— Pare de flertar com a Alice. - disse ele

— Nope. - disse Draco - Já virou tradição.

Harry bufou, rindo.

— E você ainda diz que tem uma namorada. - disse Harry

Draco riu.

— Eu juro que dessa vez é verdade. - ele disse - Eu já conversei sobre vocês com ela. Ela achou engraçada a história do nosso triângulo amoroso, na verdade.

Harry riu.

— Ela é a primeira. - disse Harry

— De fato. - riu Draco

Harry saiu da sala e foi ajudar Monstro na cozinha.

Ted fazia a expressão de quem não entendia nada. Provavelmente, ele não estava entendendo mesmo.

— Mas só porque eu não vou morar aqui com você, não significa que eu não virei visitar você. - disse Draco - E você também pode me visitar sempre.

Ted assentiu, animado.

Draco se levantou.

— Vou nessa, Astória disse que ia passar lá em casa mais tarde. - disse Draco

— Ela não existe! - gritou Harry, da cozinha.

Draco e eu rimos.

— Santo Potter! - ele disse - Eu odeio seu marido, Alice.

— Não odeia nada. - ri

— Odeio sim. - Draco sorriu - Eu só finjo que me divirto com ele pra você não ficar triste.

Ri.

Ele deu um beijo na testa de Ted e outro na minha.

— Qualquer coisa, me chame. - ele disse

Assenti.

— E esse final de semana, o garoto é meu, Potter! - gritou Draco - Não fique pensando que você vai ficar com a garota e a criança!

— Supera, Malfoy! - escutei Harry gritar

Draco entrou na lareira, piscou pra mim, e desapareceu em chamas verdes.

Harry entrou de volta na sala e suspirou.

—  Draco já foi embora? - disse ele, fingindo tentar esconder as lágrimas

Fui até ele e beijei sua mandíbula.

— Você gosta dele… - eu disse

Harry riu.

— Não. - ele disse

Continuei beijando a extensão da sua mandíbula e de seu pescoço, rindo.

— Gosta… - eu disse

— Eu o amo. - suspirou Harry

Ri.

Ele desviou sua atenção para Ted.

— Hora de tomar banho? - Harry perguntou

Teddy assentiu.

— Toma banho comigo? - perguntou Ted

— Claro que eu tomo! - disse Harry tirando a camisa, animado.

— Tio Harry! - exclamou Ted, chocado.

— O que? - riu Harry

— A Tia Lizzie vai te ver pelado! - ele disse, em voz baixa

Harry riu.

— Isso seria desastroso, de fato. - disse ele ainda rindo - Alice! Feche os olhos!

Fechei meus olhos e os ouvi saindo. Harry voltou correndo, me beijou e saiu correndo novamente.

…

Algumas horas mais tarde, eu estava deitada em minha cama, lendo, quando Harry entrou no quarto.

— Ele dormiu? - sorri

Harry assentiu.

— Depois de dez histórias. - ele disse

Puxei Harry para perto e o beijei.

Harry sorriu e colocou meu cabelo atrás de minha orelha.

— Como você se sente? - ele perguntou

— Eu não sei. - ri

Harry riu e deitou-se ao meu lado, na cama.

— Quero dizer, eu estou feliz. - sorri - Teddy é a melhor criança do mundo.

— Mas… - sorriu Harry

— Mas é assustador! - ri - Nós somos os pais dele, agora. Temos que cuidar dele.

Harry assentiu.

— Você vai ser uma ótima mãe. - Harry disse

Sorri.

— Você vai ser um ótimo pai. - eu disse

Ele me beijou.

— E eu também estou assustado, se te faz melhor. - ele murmurou

Ri.

— Na verdade, seria bom ter alguém relaxado e no controle da situação. - eu disse

Ele deu uma risada.

— Vai dar certo. - ele disse

Assenti.

— Você sabe que é a madrinha oficial dele, não sabe? - perguntou Harry - Eu já te contei?

— O que? - sorri - Não me contou.

Harry sorriu.

— Naquele dia que Lupin foi até o chalé, eu e ele fomos dar uma volta na praia. - disse Harry - Ele disse que não iria falar com você, para não criar nenhuma situação estranha entre nós dois, mas que ele e Tonks adorariam ter você como madrinha.

Sorri.

— E que eles adorariam nos ver juntos de novo, mas isso é detalhe. - ele sorriu - Me desculpe por não ter mencionado isso antes.

— Não tem problema. - eu disse

Harry me puxou e me aninhou em seu peito.

— Kingsley disse que poderíamos ficar a semana sem ir para o ministério. - Harry murmurou - Para resolvermos tudo por aqui.

Assenti.

— Podemos conversar com ele, depois. - eu disse - Eu posso trabalhar de manhã e você a tarde.

Harry gemeu.

— Mas assim a gente não vai se ver no trabalho! - ele protestou - Eu não vou poder ir para a sua sala quando não tiver nada pra fazer no departamento dos aurores.

— Eu sei. - suspirei - Mas você pode continuar indo pra minha sala, ela só vai estar vazia.

Harry riu.

— Que diversão. - ele murmurou

Sorri e dei um beijo nele.

— Boa noite. - ele sorriu

— Boa noite. - eu disse

Harry apagou as luzes e eu afundei meu rosto em seu peito.

Ouvi passos subindo a escada e Harry deu uma risadinha.

A porta do nosso quarto se abriu e eu me virei para Teddy.

— Posso dormir com vocês?

— É claro que pode. - sorriu Harry

Teddy pulou na cama e se enfiou entre nós dois.

Fiquei algum tempo acordada, fazendo carinho no cabelo de Harry. Teddy era um menininho adorável que não dava trabalho nenhum. Harry e eu seríamos ótimos pais, e eu tinha certeza que receberíamos ajuda de todos os nossos amigos. Aquilo tudo era assustador, mas também maravilhoso. Tudo estava bem.