Harry Potter. escrita por AliceFelton


Capítulo 152
2 - The One with the Legally Blond (1998)


Notas iniciais do capítulo

postei hoje pq hp7 foi lançado hoje uns 9 anos atrás to chorosa



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/228467/chapter/152

Eu um dia qualquer, mais ou menos um mês depois da Batalha de Hogwarts, saí da minha casa, depois do almoço, para ir para o Largo Grimmauld. Eu estava levando almoço para Harry, que ligou falando que Monstro não estaria lá naquele dia. 

  Harry havia libertado Monstro, como era de se esperar. Monstro ficou super feliz com isso, mas Harry também teve que prometer que Monstro seria sempre bem-vindo na antiga casa dos Black. Monstro ficava a maior parte de seu tempo por lá, salvo alguns dias em que ele saia e não voltava por um longo tempo. 

  Abri a porta e fui cumprimentada pelos feitiços anti-Snape, o da voz de Moody e do cadáver de Dumbledore. Não levei susto algum, depois de tantas vezes eu já estava acostumada. Nós dividíamos a maior parte do nosso tempo entre a casa dos meus pais e a casa de Harry, sem fazer praticamente nada de útil o dia inteiro. Estávamos em repouso pós-guerra.

  Deixei o pote de comida na cozinha. Preparado cuidadosamente pela minha mãe para o amor da vida dela, Harry Potter. Ela estava absolutamente encantada por ele. Ela já conhecia Harry, é claro, mas ela nunca havia sido muito próxima de Harry, mesmo quando havíamos namorado, porque ficávamos em Hogwarts o tempo todo e nas ferias Harry era exilado para os Dursleys. Minha família se comportava como se eu e Harry já estivéssemos casados. E eles pareciam gostar muito mais de Harry do que de mim. Eu tinha que dividir o Harry por longas horas com cada membro de minha família. Eu entendia todo o alvoroço, Harry era realmente muito doce com eles. E a gata Alice seguia o mesmo padrão. Quando Harry chegava, ela ficava horas grudada nele, as vezes até me olhava feio quando eu o abraçava ou beijava.

Subi até o quarto de Sirius e entrei. Harry estava dormindo, para variar. Pelo menos, naquele dia ele estava usando calças.

— Você me ligou uma hora atrás! - exclamei, me sentando ao seus pés - Eu achei que você estivesse acordado, aproveitando o dia!

— Eu estou aproveitando o dia. - ele gemeu - Dormindo.

Ri.

— Você deveria dar um beijo na garota linda que te trouxe um almocinho delicioso. - eu disse

Harry abriu os olhos e sorriu.

— Você tem razão. - ele disse - Ela está lá embaixo?

Abri minha boca e deixei escapar uma exclamação pasma.

Harry se sentou rapidamente e me puxou para si, me dando vários beijos em seguida.

— Oi - ele sorriu

— Oi - sorri

Ele me deu mais um beijo.

— A comida está lá embaixo. - eu disse

— A comida pode esperar. - ele riu

Ri.

Ele se aproximou para me beijar novamente mas ouvimos um barulho de asas próximo. Olhamos para a janela e vimos uma grande coruja branca pousada no parapeito.

— E aí, bonitinha? - Harry sorriu e foi até ela.

Ela carregava um pacote pequeno e uma carta. Harry pegou ambos e ela levantou vôo. Harry olhou para o pacote e, com uma expressão confusa, me entregou.

— É pra você esse. - ele disse

— Deve ser de alguém que sabe que estamos juntos. - eu murmurei

Harry deu de ombros.

— O Reino Unido inteiro sabe que estamos juntos. - ele riu

Sorri para ele.

— Você está cada vez mais parecido com seu pai! - exclamei - Você está perdendo sua aura sofredora de Eleito e ficando convencido.

Ele deu uma piscadinha para mim e voltou sua atenção de volta para a carta.

— Que estranho. - ele disse, virando a carta para ver se havia algo escrito no seu verso

— O que? - perguntei

Ele virou a carta para mim e vi que duas palavras estavam escritas, bem no centro do papel.

Me desculpe.

Mas eu não fiquei nem um pouco confusa com aquelas palavras porque eu conhecia aquela letra.

Era de Draco Malfoy.

Suspirei e Harry estudou meu rosto.

— É dele, não é? - ele perguntou

Assenti.

Harry assentiu, lentamente.

— Foi um gesto muito corajoso. - disse ele - O que você recebeu?

Abri o pacote e me deparei exatamente com o que eu esperava que fosse seu conteúdo. O caderninho que Draco havia me dado no natal do sexto ano, no Salão Comunal da Sonserina.

Abri na primeira página e vi um post-it colado na frente do poema que ele havia escrito para mim, onde se lia a mesma frase da carta de Harry.

Arranquei o post-it e o amassei.

O poema era muito mais bonito que um pedido de desculpas por algo que eu ja o havia perdoado há muito tempo.

Harry me observava, cuidadosamente.

— É um caderninho bem legal. - ele disse

Sorri.

— Ele me deu de natal, no sexto ano, mas eu acabei esquecendo com ele quando saí correndo do salão comunal. - eu disse

— Ah, foi naquele natal. - ele disse, rindo

Ri.

— Foi. - murmurei

Harry assentiu.

— Aquela noite foi terrível, do início ao fim. - ele disse - Primeiro, você foi dormir com ele e eu fiquei completamente devastado. Depois, você chega chorando com o coração partido e, por incrível que pareça, eu fiquei pior ainda. Entre isso, eu tive um jantar horroroso do Slughorn.

Sorri.

Ele colocou a carta na sua bancada e me deu um sorriso fraco.

Eu sabia no que ele estava pensando. Ele estava me vendo falar de Draco e estava se perguntando se eu estaria considerando ficar com ele outra vez.

Coloquei meu caderno na bancada também. Sentei em seu colo e passei meus braços pelos seus ombros..

— Nem pense nisso. - eu disse

— Como você sabe no que eu estou pensando? - ele sorriu

— Eu te conheço. - sorri

— Liz… - ele suspirou

— Não. - eu disse

— Você não tem que ficar comigo só porque está com pena de mim, ou algo do tipo. - ele disse - Se você quiser voltar para ele, você é completamente livre. Você sabe disso, não sabe?

— Eu sei. - eu disse - Mas você realmente acha que eu estou com pena de você? Depois de todo esse mês?

Harry sorriu.

— Não. - ele disse - Mas talvez você tenha ficado confusa com esse caderno e as lembranças que ele te trouxe. Eu só quero que você seja eternamente feliz e se isso significa casar vocês dois, então que seja.

Sorri e o beijei.

— É você. Vai ser sempre você. - eu disse

Ele sorriu.

Beijei os seus olhos (que estavam fechados, caso alguém ache estranho) lentamente. Ele me puxou mais para perto e segurou minha cintura, por baixo de minha blusa. Estremeci, o que fez ele rir. Ele começou a beijar meu pescoço e, com uma das mãos, começou a desabotoar meus shorts.

Enterrei minhas mãos em seus cabelos, mas minha mente voou para Draco outra vez. Eu sentia muita falta dele. Não uma falta romântica, uma falta de companhia. Draco era, e sempre seria, um dos meus melhores amigos. Se o fato de eu ter prendido seu pai não havia terminado com nosso namoro, nada conseguiria acabar com nossa amizade. Eu não fazia a menor ideia de onde ele estava. Eu sabia que vários comensais haviam sido julgados, no início do mês, mas Draco e Lúcio não estavam entre eles.

Olhei para baixo e vi Harry me encarando, com uma expressão levemente divertida e levemente irritada.

— Você ainda está pensando nele, não está? - ele suspirou

Ri.

— Estou, desculpa. - murmurei

— Lizzie! Eu estava te despindo! Podemos criar a regra “Não pensar em Draco Malfoy enquanto nos despimos”? - ele riu - Ou em qualquer momento depois disso?

Sorri.

— Claro. - eu disse - É uma boa regra.

Harry sorriu e continuou me observando.

— Vem cá. - ele disse suavemente.

Ele apoiou as costas na cabeceira da cama e me deitou em seu peito.

— Draco está bem, Lizzie. - ele disse, fazendo carinho em meus cabelo - Ele só precisa de um tempo para se recompor depois de tudo que aconteceu na vida dele. Ele passou por muita coisa, Liz. Tanto quanto a gente. Ele se viu preso em algum lugar entre sua família, com tudo que ele sempre acreditou, e o que ele achava correto e a garota que ele amava.

Suspirei.

— Ele te ama muito, Lizzie. - disse Harry - Quando ele estiver pronto, ele vai te procurar. Ele já está fazendo isso, aos poucos.

Assenti.

— O que você pode fazer por ele, agora, é esperar. - ele disse - E estar pronta para um abraço apertado, quando ele vier. Eu prometo que vou reservar um bom aperto de mão pra ele.

Ri e beijei-o.

— Obrigada. - eu disse

— De nada. - ele disse

— Você está apaixonado por ele? - perguntei

Harry deu uma gargalhada.

— Você finalmente descobriu! - ele disse - Eu e Draco estávamos ansiosos pelo dia em que você entenderia que o grande romance é entre nós dois.

Dei uma risada.

— Ele beija bem, não beija? - fingi suspirar

Harry riu.

Muito. - ele disse

— Acho que vamos ter que aplicar a regra “Não pensar em Draco Malfoy enquanto nos despimos” para nós dois. - sugeri

Harry sorriu.

— Tudo bem, eu faço esse sacrifício.

 

 

Três dias depois, eu estava deitada em minha cama. Eu havia acordado há algumas horas, mas não havia nem me trocado ainda. Eu estava lendo um livro que Nick havia me recomendado. Escutei a campainha tocar, mas nem dei muita atenção a isso. Ninguém, até onde eu sabia, iria para a minha casa naquele dia.

Dois segundos depois, Harry entra correndo no meu quarto, com a gata Alice pendurada em suas calças.

— Temos que ir. - ele disse - Agora.

Coloquei o livro na cama.

— Ir? - perguntei confusa - Onde?

Peguei uma calça qualquer no armário e troquei meu pijama por ela.

— Ministério da Magia. - ele disse

— Harry Potter. - eu disse  – O que você fez de errado agora?

Harry riu.

— Dessa vez, nada. - ele disse

Ele se aproximou de mim e me ajudou a colocar a blusa, com certa impaciência. Ao perceber meu olhar, ainda extremamente confuso, ele beijou meu nariz.

— Draco e Narcisa estão sendo julgados nesse exato momento. - ele disse - Vamos lá ajudá-los.

Assenti, rapidamente.

— Como você sabe? - perguntei

— Pedi ao Sr. Weasley ficar de olho nisso para mim. - ele disse

Harry desgrudou a gata Alice de si e segurou minha mão, nos aparatando.

O Ministério redirecionava todos que aparatavam lá para a Rede de Flu, então Harry e eu nos vimos escorregando por uma das ladeiras do Átrio do ministério.

Nos levantamos rapidamente e corremos para os elevadores.

— É naquele salão do julgamento que invadimos, ano passado. O dos nascidos-trouxas que Umbridge executava. - disse Harry - No salão do meu julgamento, para falar a verdade.

Assenti.

Subimos de elevador até o nono andar e depois corremos pela escada para chegarmos ao Nível 10, onde não se chegava de elevador.  O corredor para as salas de tribunal era escuro e mal iluminado. Eu tinha lembranças ruins daquele corredor. Olhei para trás e vi a porta do Departamento de Mistérios, onde Sirius havia morrido e eu havia me machucado.

Harry parou em frente a uma porta, me deu um beijo e entrou correndo.

— EU PROTESTO! - gritou Harry - Testemunha de defesa, Harry James Potter.

Entrei e fechei a porta, silenciosamente.

Olhei ao redor e vi que Kingsley presidia a sessão. Ainda não haviam escolhido um novo ministro da magia ainda, mas Kingsley parecia ser o favorito ao cargo. O resto do juri estava com expressões bem distintas, uma parte dele, parecia estar muito contente pela presença de Harry, a outra, parecia bem irritada.

No centro do salão estavam duas cadeiras, mas ambas estavam com as costas viradas para mim, e não me atrevi a circundá-las.

— Hm, Harry. - disse Kingsley - Esse é um julgamento fechado.

— Tudo bem. - Harry deu de ombros - O que vocês já decidiram até agora?

Deixei escapar uma risadinha enquanto Kingsley suspirava.

— Bom, estamos aplicando castigos severos à Comensais da Morte. - disse Kingsley - O juri, de forma majoritária, não tem sido misericordioso. O Sr. e a Sra. Malfoy aqui são igualmente culpados.

Harry suspirou.

— Posso apresentar minha defesa? - ele perguntou

— Se eu disser que não, isso vai te impedir de alguma forma? - suspirou Kingsley, sorrindo

— Nope. - disse Harry

Kingsley, então, assentiu com um aceno da cabeça.

— Eu não estaria vivo hoje se não fosse por eles dois. - disse Harry - Na Batalha de Hogwarts, Narcisa Malfoy mentiu para Voldemort. Ele pediu para que ela verificasse se eu estava morto. Eu não estava e ela sabia disso. Mesmo assim, ela disse para Voldemort que eu havia morrido e isso salvou minha vida.

— Como você pode ter tanta certeza de que ela sabia que você permanecia vivo? - perguntou um dos homens do juri, com um sorriso presunçoso.

— Porque ela me fez uma pergunta e eu respondi. - respondeu Harry, com tranquilidade.

O sorrisinho desapareceu do rosto do homem.

— Draco Malfoy me salvou logo após sua mãe ter feito o mesmo. Eu estava sem minha varinha, no momento em que assumi não estar morto na frente de Voldemort. Ele atirou a sua própria para mim, ao mesmo tempo em que garantia que Alice Felton não morreria com o feitiço disparado por Voldemort.

Kingsley deu um sorriso fraco a Harry. Ele era um ótimo homem. Percebi, então, que os tais castigos severos aos comensais eram o resultado de um juri de luto e incendiado por causa das perdas e consequências da guerra.

— Alguns dias antes da batalha, Draco mentiu por mim. - continuou Harry - Fomos levados à sua mansão por sequestradores e Draco disse que não tinha certeza que eu era eu. Hermione havia lançado uma Azaração Ferreteante em mim. Depois, fingiu que torturaria Alice para poder livrá-la de ser torturada por Bellatrix Lestrange, sua tia.

— Você estava com eles? - perguntou o mesmo homem - Como pode ter certeza que ele não a torturou, de fato?

Harry abriu a boca para responder, mas eu me adiantei.

— Ele não foi nada além de muito gentil e cuidadoso comigo. - eu disse - Alice Felton, ao seu dispor.

Andei até o centro do salão e encarei o juri.

— Um filósofo trouxa, Sófocles, já dizia que “a violência é a mãe da violência”. - eu disse - Ao castigar os comensais severamente, vocês só estão plantando mais violência, mais angústia e mais raiva dentro deles. Isso só vai fazer com que daqui a alguns anos outro Voldemort surja. Vocês estão sentenciando pessoas a ficarem o resto de suas vidas em uma prisão!

— Então você está sugerindo uma anistia generalizada a pessoas que mataram e torturaram um grande número da população bruxa? - disse o homem - Assumo que você não se importe.

— Com licença, senhor. - eu disse - Eu não lembro de ter te visto na batalha. Ou no ano que a antecedeu em que eu estava dormindo em uma barraca e arriscando minha vida diariamente para acabar com tudo aquilo. A guerra já estava tirando pessoas de mim antes mesmo de você ficar sabendo do retorno de Voldemort. Tudo que eu digo é pelo bem da nação para que eu não tenha que ver algo como o que aconteceu nunca mais. Que os meus e os seus filhos fiquem seguros. A guerra não foi boa para ninguém. Todos tivemos que fazer escolhas difíceis.

— Vocês são dois adolescentes! - ele exclamou - Não tem noção do que acontece no mundo real! Não sabem das consequências de suas ações, portanto, não devemos levá-las a sério. E você é uma mulher, está tentando salvar seu namoradinho!

— Bom, então isso basta para absolver o Sr. Malfoy, que tem nossa idade. - eu disse - E também para absolver a Sra. Malfoy, que também é uma mulher que estava tentando salvar seu namoradinho, Lúcio Malfoy, e seu filho.

Harry deu uma gargalhada e me olhou com admiração.

— Quem é a favor de absolver Narcisa e Draco Malfoy das acusações para dá-los penas sociais leves de reconstrução e integração da comunidade bruxa levante a mão. - Kinsgley disse

A maioria esmagadora do juri levantou a mão, menos uns três homens, incluindo o meu amigão.

Respirei aliviada.

— Quem é a favor de rever as penas dadas a outros comensais para promover a anistia e dá-los penas sociais leves de reconstrução e integração da comunidade bruxa levante a mão. - disse Kingsley

Mais uma vez, quase todos levantaram a mão.

Arrisquei olhar para os Malfoy. Ambos olhavam para mim e Harry.

Narcisa estava com uma expressão aliviada e um olhar grato. Draco parecia envergonhado, e desviou o olhar assim que ele encontrou com o meu.

Kingsley encerrou o julgamento e o juri começou a se retirar da sala.

— Vá falar com ele. - sussurrou Harry no meu ouvido

O encarei.

— Alice. - disse ele, me reprovando.

— Eu estou com medo. - eu disse - E se ele me odiar?

— Você acabou de livrar ele da prisão! - disse Harry

Suspirei.

— Eu gostava mais de você quando você não queria que eu falasse com ele. - murmurei

Harry me virou e me empurrou em direção a Draco.

Andei até ele e ele ficou, instantaneamente, muito concentrado em olhar para o chão.

— Oi. - murmurei

— Oi. - disse ele

Ele levantou o olhar para mim e eu me joguei nele, para um abraço. Draco estava um pouco relutante e travado, no começo, mas, depois de alguns segundos, ele me abraçou de volta com força.

— Muito obrigado. - ele disse

— Eu senti sua falta. - gemi

— E eu, a sua. - ele disse

Soltei-me do abraço e o encarei. Ele estava com uma aparência ótima, por mais que parecesse exausto. Seus cabelos loiros estavam perfeitamente arrumados e sua pele estava imaculada, sem nenhuma cicatriz ou mancha.

— Você está ótimo. - eu disse

Ele sorriu.

— Você também. - ele disse

— O que você tem feito? - perguntei

— Pensado bastante. - ele respondeu

— Enviado cartas? - perguntei

— Para todos que eu conheço. - ele respondeu

Assenti.

— Eu tenho algo para você. - ele disse

Ele colocou a mão no bolso das vestes e tirou minha varinha de dentro.

— Minha varinha! - sorri

— Eu achei ela lá em casa. Estava em um canto da sala.  – ele disse - Pensei em trazer e pedir para alguém te entregar, mas você apareceu.

— É claro que eu viria. - sorri

Draco sorriu.

— Obrigado. - ele disse novamente

Peguei minha varinha e a segurei contra meu rosto.

— Senti tanto sua falta! - suspirei - Corniso, núcleo de unicórnio, 25 centímetros, inflexível!

Draco sorriu.

— Que bom que eu ainda não tinha pego uma nova! Olivaras ainda não voltou para o trabalho, eu ainda estava usando a de Bella…

Olhei para Draco.

— Minha tia. - ele disse

Assenti.

— Meus pêsames, pela perda de sua tia. - eu disse

Ele assentiu.

— Obrigado. - disse ele

— E por sua prima, também. - murmurei

— Ninfadora? - ele perguntou

— Sim. - murmurei

Draco sorriu.

— Você a conhecia melhor que eu. - ele disse - Eu que te ofereço meus pêsames. E pelo Professor Lupin.

— Obrigada. - eu disse

Ele sorriu.

— Eles tiveram um bebê. - eu disse

— Sério? - Draco perguntou

— Sim! É o bebezinho mais lindo do mundo, Draco! Ele tem mechas roxas no cabelinho, e ele nem tem muito cabelo! - eu disse, com muita animação - Eu estive lá umas oito vezes, desde a guerra!

Draco riu.

— Ele tem ficado com Andromeda? - Draco perguntou

— Sim. - eu disse - Ela tem cuidado dele. Ela diz que eu sou a pessoa que mais vai lá e que vou ser a melhor madrinha do mundo.

Draco riu.

— Você é a madrinha, então? - perguntou ele

— Hm, não exatamente. - eu disse - Digo, não oficialmente.

Draco revirou os olhos, sorrindo.

— Potter é o padrinho, não é? - ele perguntou

— Ele é. - respondi

Ele assentiu.

— Você deveria vir visitá-lo comigo, se quiser? - sugeri

— Visitar Potter? - perguntou Draco

— Não! - ri - Visitar Teddy. Teddy Lupin.

Draco riu.

— Certo, eu adoraria. - ele disse

Sorri.

— Por favor, não suma da minha vida. - pedi

— Não vou. - ele disse

Harry veio até nós e parou ao meu lado, desconfortavelmente.

— Você vai para o Largo Grimmauld? - ele me perguntou

— Não sei. - eu disse - O que você acha?

Harry deu de ombros, sorrindo.

— Você já quer ir embora? - perguntei

— Nah, podem continuar conversando. - ele disse - Posso ir achar alguém pra conversar.

— Na verdade, eu tenho que ir. - disse Draco

Assenti.

— Almoça comigo sábado? - perguntei

— Com prazer. - ele disse

Sorri.

Draco virou-se para Harry.

— Obrigado, Potter. - disse ele - Pelo que você fez por mim e pela minha mãe.

Harry assentiu.

— Eu só pude fazer o que fiz porque vocês fizeram o que fizeram. - disse Harry

— Que confuso. - murmurei

— Draco entendeu. - Harry resmungou

— Draco? - sorri - Vocês são amigos agora?

Draco riu.

— Vai sonhando. - disse ele

Harry resmungou.

Draco beijou minha testa e deu um aperto de mão rápido em Harry, indo se encontrar com Narcisa, na porta do salão.

— Potter! - ele gritou da porta - Você pode almoçar com a gente no sábado, se quiser.

— Vou pensar no seu caso, Malfoy. - Harry gritou, sorrindo.

Draco acenou uma última vez e saiu.

Me virei para Harry.

— Não. Diga. Nada. - Harry disse, entredentes.

— VOCÊS VÃO SER MELHORES AMIGOS! - gritei - FINALMENTE! EU POSSO MORRER EM PAZ!

Harry riu.

— Eu estou indo pra casa. - ele murmurou, se virando em direção à porta e andando com rapidez

Corri atrás dele.

— VOCÊS SE AMAM! - gritei

Harry começou a correr, de fato.

Descemos as escadas correndo e consegui alcançar Harry no meio do saguão. Pulei em cima dele, que me segurou.

Dei um beijo nele e sorrimos.

— Vamos pra casa? - ele perguntou

— Vamos. - sorri

Entramos em uma lareira e saímos na sala do Largo Grimmauld. Levantei do tapete e tirei as cinzas de minhas vestes.

— Monstro? - gritou Harry

Não ouvimos nada.

— Acho que ele saiu de novo. - murmurei

Harry deu de ombros.

— Quer pedir uma pizza? - Harry perguntou

— Existe delivery de pizza bruxo? - perguntei

— Não que eu saiba. - Harry disse - Mas existe delivery trouxa, eu peço pra eles me encontrarem na praça aí da frente.

Assenti.

— Eu vou tomar um banho. - ele disse

— Eu vou avisar minha mãe que estou aqui. - eu disse

Harry assentiu e subiu as escadas correndo.

Tirei meu celular do bolso e disquei o número da minha casa.

Eu e Hermione havíamos adotado os celulares. Eles eram uma invenção trouxa, mas eram muito úteis para falarmos com nossas famílias trouxas e entre si. Corujas e patronos eram úteis, mas não eram tão rápidas e privadas. Qualquer pessoa que estivesse com Hermione escutaria se eu mandasse um patrono para ela.

A ligação tocou três vezes e meu pai atendeu.

— Oi Papi. - eu disse

— Oi Lizzinha, estávamos um pouco confusos. - ele disse - Por que vocês dois saíram correndo essa manhã?

— Tínhamos que impedir Draco de ser preso. - eu disse

— Draco seria preso? - perguntou meu pai

— Sim, por causa da guerra e tudo mais. - eu disse - Mas ele foi absolvido.

— Fico feliz. - disse meu pai

— Eu também. - ri

Escutei meu pai dar uma risadinha.

— Hm, pai, eu liguei pra avisar que vou dormir aqui hoje. - eu disse - Não precisam se preocupar.

— Tudo bem, filhota. - disse ele - Ligue se precisar de alguma coisa. Almocem aqui amanhã!

— Certo - sorri - Combinado.

Ele desligou o telefone e recebi, quase que imediatamente, uma ligação de Hermione.

ME DIZ QUE VOCÊS NÃO INVADIRAM UM TRIBUNAL HOJE. - ela gritou ao meu ouvido

Ri.

— Bom, a gente não invadiu… - eu disse - Só nos autoproclamamos testemunhas de defesa.

Hermione riu.

Vocês são terríveis. - ela disse

— Bom, achei que você já estaria acostumada, por agora.

— Acostumada eu estou, mas não consigo deixar de me surpreender.

Ri.

Conseguiram livrar Draco?

— É claro. - sorri

Ela riu.

— Eu não sei nem porque eu pergunto.

Ouvi um barulho ao fundo.

— Onde você está? - perguntei

Nos Weasleys.— ela disse

— Eu não sei nem porque eu pergunto.

Ela riu.

Um segundo.— ela disse

Ouvi a Sra. Weasley gritar alguma coisa ao fundo.

A Sra. Weasley está dizendo que se você e Harry não vierem para cá, ela vai ficar muito ofendida. — ela disse - E que nunca mais faz pudim pra você.

— Domingo? - perguntei

Ela gritou com a Sra. Weasley novamente.

Domingo é perfeito. — disse ela - Mas ela disse que vocês vão dormir aqui por alguns dias.

Ri.

— Acho justo. - eu disse

— Ela está morrendo de pena de nós por causa do ano que passamos viajando.— ela disse - Ela acha que passamos fome.

— Alguém contou para ela que vocês tinham um cozinheira muito empenhada? - bufei

Rony tentou, mas ela argumentou que você era muito novinha para ter esse tipo de responsabilidade. — disse ela - Ela quer fazer um banquete para nós.

Sorri.

— Combinado então. - eu disse - Mande um beijo para todos os ruivos aí.

— Vou mandar.— ela disse rindo — Que bom que você tocou no assunto.

— Que assunto? Beijos? Ruivos? - perguntei

Ruivos.— ela disse - Tem um ruivo a mais aqui.

— Josh? - perguntei

SIM!— ela exclamou

— O que ele está fazendo aí? - perguntei

NAMORANDO GINA!— ela disse

Soltei uma exclamação.

— O QUE? - perguntei

— Eu sei! — ela disse - Eu também fiquei chocada.

— Como isso aconteceu?

— Eu sei lá!— ela disse, rindo - Um segundo.

Escutei uma voz conhecida do outro lado da linha.

— Você já está fofocando com ela, não está?— perguntou Josh

Só estou mantendo ela a par das novidades. — disse ela

— Vocês duas são umas fofoqueiras.— disse ele

— Bom, agora que não temos nenhum banco para invadir, temos que ocupar nossos dias de outra forma. — Mione argumentou

Dei uma risada.

— Lizzie, tenho que ir. O jantar está pronto.— ela disse -  Estou muito feliz por Draco.

— Está? - perguntei

— Sim, porque sei que você está feliz com isso. - ela disse

Sorri.

— Estou. - eu disse - Vamos almoçar juntos no sábado.

Isso é ótimo! — ela disse

— É, mesmo. - eu disse - Bom, boa janta.

Ela me mandou um beijo e desligou.

Harry, então, voltou para a sala, já vestido com a calça de seu pijama.

— Ei. - ele disse, secando o cabelo

— Oi. - eu disse, me aproximando dele

— Pediu a pizza? - ele perguntou

— Não - ri - Estava conversando com Hermione.

Harry assentiu.

— Ela já sabia de Malfoy? - perguntou ele

Sorri.

— Já. - eu disse - O Sr. Weasley deve ter contado. Ou deve estar no Profeta.

Harry deu uma risadinha.

O observei.

— Você está bem? - perguntei

— Estou. - mentiu ele - Só estou cansado.

Suspirei.

Ele ainda estava pensando na mesma coisa que ele havia pensado naquele dia. Ele estava com medo de me ver escolhendo Malfoy. Não que ele não tivesse acreditado em mim, quando eu dissera que era ele quem eu estava escolhendo, mas ao me ver com Draco, ele deve ter confundido meus sentimentos em relação a ele.

Beijei sua mão.

— Eu preciso te mostrar uma coisa. - eu disse - Eu ia esperar um pouco para te mostrar isso, mas acho que agora é uma boa hora.

Ele me encarou, confuso.

Peguei minha varinha do bolso e conjurei um patrono, que imediatamente assumiu a forma de uma corça.

Harry ficou boquiaberto.

Eu havia visto aquilo alguns dias depois da batalha, quando fui mandar um patrono para Hermione. Eu levei um susto tão grande que trombei com a porta do meu armário e fiquei com um machucado por dias, que ninguém reparou, porque eu já estava cheia de machucados.

— Eu não sei o que dizer. - Harry disse

— Você pode começar com “Eu te amo, Lizzinha. E sei que você não está apaixonada por ninguém além de mim.”

Harry riu.

— Eu te amo, Lizzinha. - ele disse - E sei que você não está apaixonada por ninguém além de mim.

Sorri.

— Sabe mesmo? - perguntei

Ele encarou a corça.

— Sei. - ele disse

Dei um beijo nele.

— Nesse caso, você quer namorar comigo? - perguntei

Ele riu.

— Eu achei que já estivéssemos namorando. - ele murmurou

— Não oficialmente. - protestei - Por favor, pare de quebrar o romantismo do momento!

Harry sorriu.

— É claro que eu quero. - ele disse

Sorri.

Ele conjurou um patrono e os dois ficaram brincando pela sala.

Depois daquela noite, Harry nunca mais teve uma crise daquelas. Ele até ficou mais a vontade perto de Draco, no almoço do sábado e em todos os dias depois, mas isso fica pra outra história. Naquele momento, tudo estava bem.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

oi oi oiiii, bom aqui está o segundooo capítulow
espero q vcs gostem
e que me deixem comentarioszinho e recomendationes e sugestões de capítuloss
beijo bejo