Harry Potter. escrita por AliceFelton


Capítulo 146
Capítulo 34




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Acordei subitamente e me sentei. Eu estava no Grande Salão, Mione e os Weasleys conversavam em volta de mim. Senti um pouco de tontura.

— Menina! Cuidado! - disse a Sra. Weasley - Você bateu a cabeça!

— Eu estou me sentindo melhor, Sra. Weasley. - eu disse sorrindo - Obrigada pelos seus cuidados.

Olhei para Hermione e vi que ela estava chorando.

— O que aconteceu? Alguém se machucou? - perguntei - Harry está…

— Harry está bem.  – disse Rony, com a voz um pouco abafada - Ele queria ficar aqui com você mas ele não tem muito tempo e precisava fazer algumas coisas.

Assenti.

— Mas o que aconteceu? - perguntei

Rony e Hermione gesticularam para o salão. Como haviam várias pessoas na minha frente, eu não havia percebido onde estava. No fundo da sala, junto comigo, estavam vários feridos sendo tratados, mas a sua frente estava cheia de corpos estirados.

Me levantei com cuidado e fui até os corpos. Muitas daquelas pessoas eu conhecia apenas de vista, por terem estudado comigo em Hogwarts por alguns anos, mas vi dois corpos juntos e comecei a chorar imediatamente. Tonks e Lupin.

Ajoelhei-me perto deles e enterrei o rosto nas mãos. Rony ajoelhou-se ao meu lado e me abraçou.

— E Ted? - perguntei

— Está com a mãe de Tonks. - disse Rony - Acho que ele vai ficar com ela.

Dei um soco em minha própria perna.

— Aquele bebezinho perdeu seus pais e seu avô no mesmo ano! - eu disse - Isso é tão triste.

— É mesmo. - disse Rony

Limpei as minhas lágrimas.

— Eu preciso achar Harry. - eu disse

Ele assentiu e se levantou.

— Eu vou lá fora. - ele disse - Mione precisava tomar um ar, vou me encontrar com ela.

— Tudo bem. - eu disse - Vejo vocês depois.

Ele saiu do salão e vi que Hermione não estava mais com os Weasley, de fato. Ela deveria ter saído enquanto eu chorava vendo Lupin e Tonks.

Tirei o Mapa do Maroto do bolso e deixei cair o outro papel que ali estava. A carta de Dumbledore. Solucei. Eu tinha que ler aquilo. Eu já havia adiado por muito tempo. O que quer que seja que estivesse escrito naquela carta, haveria de ser uma ajudinha para ganhar a guerra.

Fui para o canto da sala e abri o envelope.

A carta estava dobrada, primorosamente, em três. Abri-a por inteiro e me deparei com a caligrafia fina e familiar de Dumbledore.

 

“Cara Alice,

De todas as coisas que eu já fiz, deixar Harry sozinho com seu dever foi uma das mais difíceis. Eu tenho muito carinho por aquele garoto, quase tanto quanto eu sei que você tem.

Eu não sei o que está acontecendo com você, agora que você está lendo essa carta. A guerra pode estar em seu momento mais importante, e é por isso que eu sinto a necessidade de falar com você sobre algo ainda mais importante.

Eu dediquei os últimos anos de minha vida para pesquisar e entender o funcionamento das Horcruxes de Lord Voldemort. Não cheguei nem perto de entender a complexidade do processo, mas aprendi algumas coisas.

Uma delas foi que não se deve colocar anéis amaldiçoados no dedo. Essa é a verdadeira razão de minha morte. O estado em que você viu minha mão é só uma prévia do que aconteceria com todo o meu corpo. Eu pedi a Severo que me matasse, não tenho certeza de quando isso acontecerá, mas eu ainda confio plenamente nele.

A outra coisa que aprendi é, por incrível que pareça, ainda mais desagradável. Eu pensei muito, muito mesmo, em como te contar isso, Alice. Depois de muita tristeza em cogitar em te dizer isso, por uma carta, cheguei à conclusão de que você precisa saber. O que irei te contar é uma coisa que apenas eu e Severo sabemos. Severo foi instruído a contar isso para Harry, mas não sei como a guerra se desenrolará, por isso estou te passando essa tarefa também.

Chegará um momento em que vocês terão destruído quase todas as Horcruxes, se não todas. Voldemort temerá pela vida de sua cobra, por saber que ela corre perigo. Eu imagino que ele eventualmente descubra que sabemos seu segredo. Nesse momento, cara Alice, Harry deve morrer.”

 

— Não, não, não, não, não, não. - murmurei, sentindo lágrimas escorrerem de meus olhos

Sequei-as como pude para terminar de ler a carta.

 

“E ele não pode morrer com qualquer coisa, eu temo. Ele deve morrer pelas mãos de Voldemort. Harry é uma Horcrux, Alice. Na noite em que Voldemort matou seus pais e tentou matá-lo, um pedaço da alma de Voldemort ricocheteou e ficou em Harry. É por isso que ele consegue acessar pensamentos de Voldemort e falar com as cobras. Se Harry não morrer desse jeito, temo que Voldemort nunca poderá ser derrotado.

Eu peço sinceras desculpas por estar te contando isso desse jeito. Você e Harry possuem uma história um pouco complicada, mas sei que, apesar de tudo, têm sentimentos fortes um pelo outro.

Eu te desejo boa sorte, cara Alice. Eu sei que você pode matar Voldemort, depois de tudo.

Com carinho,

Alvo Dumbledore.”

 

Arfei.

— Isso não pode estar acontecendo. - gemi

Abri o Mapa do Maroto e conjurei o feitiço que o revelava. Achei Harry no escritório de Dumbledore, sozinho. Saí correndo do salão e vi Rony e Hermione sentados em uma das escadas do hall.

— Lizzie? - Mione perguntou

Comecei a chorar com mais força e saí correndo pelo corredor. Eu não poderia contar a eles antes de falar com Harry, mas também não conseguiria encará-los e esconder tamanho segredo.

Corri até a torre onde ficava o escritório do diretor. Parei em frente à gárgula grande e feia que guardava a escada e tentei parar de chorar. Sequei minhas lágrimas e respirei fundo.

— Por favor, me deixe entrar. - eu disse a ela, por ter esquecido a senha - Harry está aí dentro.

A gárgula soltou um barulho que parecia um muxoxo, mas que não era possível que fosse, afinal ela é uma estátua de pedra. Ela girou para o lado e eu cheguei à grande porta.

Abri-a com cuidado e vi Harry usando a penseira.

O interessante desse objeto que Dumbledore havia me deixado era: você  se sentia como se tivesse caído dentro das lembranças que estava vendo, mas, na verdade, você só ficava parado com a cabeça na água.

Me aproximei de Harry e observei-o.

Resisti ao impulso de puxá-lo para mim e abraçá-lo por motivos óbvios. A guerra era muito mais importante que meu caprichos e desejos.

Harry levantou sua cabeça lentamente e se assustou ao me ver.

— Oi Liz… - ele disse

— Oi - eu disse - O que você estava vendo aí?

— Nada demais. - ele disse - Aconteceu alguma coisa? Você está com uma cara péssima.

Abri a boca mas não pude pensar em nada para responder.

Ele suspirou.

— Você sabe, não sabe? - ele perguntou

Assenti.

— Como? - ele perguntou

— A carta de Dumbledore. - eu disse - Eu acabei de lê-la.

Ele soltou uma risadinha.

— E pensar que estava tudo escrito guardadinho dentro de sua bolsa. - ele disse

— Me desculpe por não ter lido antes. - eu disse - Eu esqueci mas também estava com medo do que poderia estar escrito, do que está escrito.

Harry assentiu.

— Foi melhor assim. - disse Harry - Não seria justo pra nenhum de nós saber o que aconteceria com tanta antecedência.

Assenti e comecei a chorar novamente.

Harry abriu a boca. Eu achei que ele fosse pedir para que eu não chorasse, mas, em vez disso, ele começou a chorar também. O envolvi em um abraço. Ele passou a mão pelo meu cabelo, carinhosamente, e me apertou com força.

— Está tudo bem, Lizzie… - ele murmurou - Vai ficar tudo bem…

Me separei dele e coloquei a mão em sua bochecha. Ele soltou uma respiração lenta. Minha boca se aproximou da dele.

— Lizzie. - ele disse quando nossos lábios estavam quase colados. Eu conseguia sentir o ar que saia de sua boca vir de encontro à minha.

— O que? - murmurei

— Eu preciso te mostrar uma coisa. - ele disse

— Agora? - perguntei

Ele sorriu.

— Agora.


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Notas finais do capítulo

quero review, ta acabando e vcs sabem
quem n deixar review depois vai ficar com peso na consciência
bjbjbbjjbjbjbjbj love you