Harry Potter. escrita por AliceFelton


Capítulo 135
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

vacilaram, to postando isso tendo 699 reviews heuheuheheuehe

sobre o capítulo anterior: FOI COINCIDÊNCIA eu ter postado no dia primeiro de abril, o sonho da alice pegadinha e etc já tava no roteiro há muito tempo



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Depois daquele sonho, eu não conseguia dormir de novo. Uma parte de mim estava se sentindo culpada por Dobby, afinal, eles haviam voltado para me salvar.

Levantei da cama que dividia com Hermione e Luna, graças a um feitiço de aumento, e saí do quarto. Fui até o banheiro, para lavar meu rosto. Fleur havia tentado fazer alguma coisa com ele, mas nada que ela havia feito teve efeito e eu, na verdade, achei as marcas legais. Eu estava com várias manchas roxas, onde Greyback havia me batido.

Saí do banheiro e não senti a menor vontade de voltar para o quarto e dormir novamente. Não queria mais nenhum pesadelo.

Desci as escadas e me dirigi para a varanda da casa. Seria um lugar tranquilo para relaxar e ouvir o som das ondas que quebravam perto.

Sentei em um dos degraus de madeira, quase na areia.

— Também não consegue dormir? - ouvi alguém dizer

Levei um susto e olhei para trás. Sentado, ao lado da porta, estava Harry. Ele se levantou e sentou-se ao meu lado.

— Tive um pesadelo. - eu disse

— Eu também. - ele disse

Suspirei e desviei o olhar para o oceano.

— Eu sei o que Você-Sabe-Quem estava procurando. - ele disse

Olhei para ele novamente.

— A Varinha das Varinhas. - ele disse - Desde que ele voltou, ele tem tido problemas para me enfrentar, por causa de nossas varinhas. Ele precisa garantir que tenha uma que pode me vencer.

— Harry… - ri - É só uma história.

Ele negou com a cabeça.

— Não é. - ele disse

Suspirei.

— Lizzie, a capa da história é uma capa de invisibilidade que durou a vida toda do terceiro irmão e depois foi passada para seu filho. - ele disse - As capas não duram tanto.

— Claro que duram! - eu disse - A sua era do seu pai!

Ele sorriu e levantou as sobrancelhas.

— Não. - ri

— Sim! - ele disse - Na noite em que meus pais morreram, Dumbledore estava com a capa do meu pai! Dumbledore não precisava de capa para ficar invisível!

Franzi a testa.

— E eu lembrei de uma coisa. - ele disse - Em uma das aulas de Dumbledore, eu vi uma lembrança do avô de Você-Sabe-Quem. E, nessa lembrança, ele dizia que era descendente dos Peverell e mostrava um anel de pedra…

— Você acha que era A Pedra? - eu perguntei

— Eu acho. - ele disse animado

— Mas onde está o anel, agora? - eu perguntei - Dumbledore não o destruiu?

Harry assentiu e tirou uma coisa do bolso. O Pomo de Ouro que Dumbledore havia lhe dado de herança.

— Eu acho que está aqui. - ele sorriu - Mas eu não consigo abrir. Eu não entendo, aparentemente os pomos guardam seu primeiro toque.

Olhei para ele. Ele estava brincando com o pomo, passando-o de uma mão para a outra.  Ele voltou a olhar para mim e meu olhos se fixaram na sua boca.

Ele havia pego seu primeiro pomo com a boca.

— Sua boca. - eu murmurei

Ele sorriu.

— O que? - perguntou

Tirei o pomo da sua mão e encostei-o em seus lábios. Harry parecia confuso por um instante, mas pareceu entender depois. Ele segurou minha mão e lentamente a afastou de si.

— Abro no Fecho. - ele sussurrou

— O que que dizer? - perguntei me aproximando do pomo

— Não sei. - ele disse rindo

Ri.

— Você acha que nós conseguiríamos achar a varinha antes dele? - perguntei

Ele me deu um sorriso triste.

— Ele já achou. - ele disse

Minha expressão risonha se fechou.

— Mas é uma varinha invencível. - eu disse - Ele tem uma varinha invencível.

Harry assentiu.

Fiz biquinho e o abracei com força.

— Ótimo. Você já acha que eu vou morrer. - ele riu - Muito obrigado pela confiança, Felton.

— Seu senso de humor continua intacto mesmo com a chance de morrer. - eu disse

— Eu nasci tendo chance de morrer, Alice. - ele disse - Estou acostumado.

Me soltei um pouco do abraço para olhar para ele, emburrada.

— O que você acha de comprarmos uma arma? - eu disse - Duvido que Você-Sabe-Quem consiga sobreviver a alguns tiros de metralhadora.

Harry riu.

— Podemos comprar uma. - ele disse

Ri.

Ela passou a mão, levemente, em um dos machucados do meu rosto.

— Tá doendo? - ele perguntou

Neguei com a cabeça.

Ele se aproximou de mim e depositou um beijo no machucado.

— Você foi tão corajosa. - ele disse me aninhando em um abraço.

Ri.

— Eu estava fingindo. - eu disse - Na verdade, estava morrendo de medo.

Ele riu.

Olhei para ele e ele baixou os olhos para mim.

Por um segundo, eu vi em seus olhos algo que não via ha alguns anos. Por um segundo, eu achei que ele fosse me beijar.

— Eu… - ele disse - Vou dormir.

Assenti.

Ele se levantou rapidamente e entrou no chalé.

— Boa noite - murmurei

Mas ele a porta já havia se fechado.

Suspirei.

Dei uma última olhada para o oceano e segui-o porta adentro. Não vi Harry, sinal de que ele ja deveria ter entrado no quarto.

Fui andando lentamente pela sala para que não cometesse a proeza de esbarrar em algum móvel e quebrar tudo ou, no mínimo, fazer um barulhão que acordaria todos na casa.

Era um chalé muito agradável. Eu conseguia ver a beleza inglesa e a francesa misturadas nos cantos da casa. Ao contrário de Rony, eu sempre havia achado que Gui e Fleur formavam um ótimo casal. Os dois possuíam uma harmonia incontestável que eu conseguira ver desde o momento em que os dois se observaram, de longe, no que parecia ter sido uma eternidade atrás: meu quarto ano em Hogwarts.

Apesar de não ser a maior fã de praia, eu as apreciava muito no tempo frio. Ficar com os pés no mar vestindo casacos quentes e sentindo a brisa fria soprar meus cabelos era absolutamente relaxante. Eu iria tentar aproveitar o dia seguinte para isso, se acordasse cedo.

Cheguei no corredor dos quartos e estendi a mão para entrar no meu.

Senti uma mão me segurar pela cintura e Harry estava na minha frente. Muito perto. Talvez perto demais.

Ele se aproximou de mim e hesitou no momento em que estávamos sentindo a respiração um do outro. Entrelacei os dedos nos cabelos rebeldes de sua nuca e o puxei para perto.

Eu estava beijando Harry Potter. Pela primeira vez. De novo.

Era tão estranho mas tão familiar ao mesmo tempo. Era como se eu estivesse lendo um livro pela segunda vez, eu conseguia ver tudo de familiar que lá estava, mas era preenchida com várias outras sensações novas.

Harry me segurava com tanta firmeza que parecia que ele estava com medo de que eu escapasse de suas mãos, do mesmo modo que as pessoas quebram copos e derrubam coisas. Talvez eles estivesse tentando me impedir de quebrar.

Harry, então, se afastou um pouco de mim. Eu conseguia enxergar seus olhos mesmo com a pouca luz, mas não consegui entender o que eles me diziam, o que eles sentiam.

Suas mãos se afrouxaram e ele deu um passo para trás.

— Boa noite - ele sussurrou

Com a rapidez em que chegara, Harry havia ido de volta para o seu quarto.

Me deixando sozinha no corredor escuro. Confusa com os sentimentos dele e confusa com os meus.


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Notas finais do capítulo

alguns comemorarão, outros odiarão os acontecimentos recentes
mas acontece né pessoal, não dá pra ter tudo na vida
bom, vamos ver no que vai dar
deixem reviews
o próximo vai ter 3000 palavras
e acho que é só isso