Harry Potter. escrita por AliceFelton


Capítulo 128
Capítulo 16




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— Harry - sussurrou Hermione - Tem alguém nos observando. Ali.

Nós congelamos. Olhei para os arbustos que Hermione estava observando. Não parecia haver nada.

— Não deve ser nada. - eu disse - Além disso, estamos com aparência trouxa.

— Mas acabamos de deixar flores para seus pais. - observei

Harry assentiu.

Ficamos parados por mais alguns instantes e decidimos continuar.

— Deve ser um gato. - disse Harry - Se fosse um comensal, já estaríamos mortos.

Seguimos pela rua e Harry parou, repentinamente.

— Olhe aquilo… - disse ele

Nós duas olhamos para onde ele olhava e vimos um chalé diferente da maioria dos outros. A sebe crescera livremente pela maioria das paredes e o andar superior havia explodido.

— Vem… - disse Harry nos puxando

Paramos em frente ao portão.

— Você não vai entrar, vai? - perguntou Hermione

Harry colocou a mão no portão e, com seu toque, surgiu uma placa de madeira. Harry leu em voz alta o que estava escrito.

“Neste local, na noite de 31 de outubro de 1981, Lily e James Potter perderam a vida. Seu filho, Harry, é o único bruxo a ter sobrevivido à Maldição da Morte. Esta casa, invisível aos trouxas, foi mantida como um monumento aos Potter e uma lembrança da violência que destruiu sua família.”

Na placa, também haviam vários recados. Coisas como “Boa Sorte, Harry!”, “Harry estamos com você.” e “Viva Harry Potter!”. Sorri ao lê-los.

— Viva Harry Potter! - eu disse

Harry riu.

— Eles não deviam ter rabiscado a placa! - comentou Hermione, com indignação

— Não tem problema, é genial. - disse Harry - Fico feliz que tenham escrito…

Um vulto agasalhado vinha em nossa direção. Percebi que era uma senhora, quando ela se aproximou o suficiente.

— Devíamos ter colocado a capa! - sussurrou Hermione

— Talvez ela seja trouxa. - disse Harry

— Não. - eu disse - Ela é Batilda.

Harry e Hermione me encararam.

— Como você sabe? - eles perguntaram

— Eu vi uma foto dela no seu livro. - eu disse - Ela era mais jovem mas tenho certeza de que é ela.

Harry assentiu.

A senhora então parou e fez sinal para que nós nos aproximássemos. com relutância, Harry deu o primeiro passo.

— A senhora é Batilda? - ele perguntou

Ela assentiu.

Hermione suspirou aliviada.

Fomos até ela, que deu meia volta e saiu apressada pelas ruas. Ela nos conduziu pela fileira de casas até que entrou em um dos portões. O jardim estava tão mal cuidado quanto o dos Potters, mas presumi que a velha senhora não tinha mais condições de cuidar dele. Ou talvez não tivesse nem vontade.

Entramos na casa e senti um cheio insuportável que não sabia se vinha da bruxa ou da casa em si. A bruxa era miúda e curvada pela idade. Ela passou por nós e fechou a porta.

Ela começou a acender os tocos de vela espalhados pela sala, um a um. Harry tomou, com gentileza, os fósforos da sua mão e acendeu a todos, com mais rapidez.

A bruxa foi para outro cômodo e ouvi um barulho estranho vindo de lá. Apertei a mão de Harry.

— Ei, está tudo bem. - ele disse, confuso

Seguimos a senhora e Harry, abruptamente, parou em frente a um móvel onde estavam vários porta-retratos. Alguns não possuíam fotos, mas Harry olhava fixamente para um que possuía a foto de um garoto jovem.

— Quem é ele? - perguntei

— É ele! - Harry disse - O ladrão que roubou Gregorovitch!

Hermione veio até nós.

— Não sei quem é. - ela disse

— Nem eu - murmurei - Sra. Bagshot? Quem é esse?

A senhora, que havia aparecido ao nosso lado, nem se moveu. - Quem é esse rapaz? - perguntou Harry lhe mostrando a foto

Ela apenas encarou Harry, com olhos vagos.

Harry suspirou.

Batilda, então, olhou para o hall de entrada, sugestivamente.

— Quer que a gente vai embora? - perguntou Harry

Ela apontou para Harry, para ela mesma e para o andar de cima.

Harry assentiu.

Harry deu um passo em direção a escada, sem soltar minha mão.

Batilda nos encarou, começou a balançar a cabeça e apontou novamente para Harry e para si mesma.

— Batilda… - sorriu Harry - Somos Halice! Não nos separamos!

Ri.

— Talvez Dumbledore tenha falado para ela entregar a espada para você, somente. - sugeri

Ele suspirou.

— Vai, pode ir. - eu disse - Seja rápido!

Ele assentiu e soltou minha mão, seguindo a senhora pelas escadas.

Hermione abraçou o próprio corpo.

Olhei ao redor e vi um livro roxo e verde, que parecia menos empoeirado que todo o resto da casa, em cima de uma das cômodas da sala. Era o livro de Rita Skeeter, A vida e as mentiras de Alvo Dumbledore.

Peguei o exemplar, parecia intocado.

Quando o levantei, um papel caiu no chão. Era um bilhete escrito com tinta verde.

— “Cara Batilda, obrigada por ter me ajudado tanto, embora você não lembre de nada. Com amor, Rita Skeeter.” - leu Hermione

— Mione, esse livro foi lançado há meses. - eu disse - Se Batilda não estava muito consciente naquela época, ela não deve estar nada melhor agora.

Hermione assentiu.

Coloquei o livro na minha bolsinha e ouvi um barulho alto vindo do segundo andar. No segundo seguinte, eu já estava subindo as escadas correndo.

Abri a porta de um quarto e vi Harry lutando com uma cobra, mas ele estava quase desacordado. 

— Ele está vindo! - ele disse

A cobra me enrolou também e eu dei um soco em sua cabeça. Hermione lançou feitiços nela, mas nada parecia ter efeito. 

— Confringo! - ela lançou, e o feitiço ricocheteou pelo quarto, quicando no chão e no teto. Vi o feitiço atingir a varinha de Harry, e a quebrar em dois pedaços. A alcancei e a coloquei no bolso. A cobra pareceu se distrair por um segundo, que eu e Harry aproveitamos para nos desvencilharmos dela e agarrarmos Hermione. No momento em que aparatamos, Harry desmaiou.

Caímos no chão de mais uma floresta, Harry ainda estava desacordado. Hermione tirou a barraca da bolsa com rapidez enquanto eu, ainda sentada com Harry deitado em minhas pernas, lançava feitiços de proteção.

Harry estava tremendo e suando.

Tirei a Horcrux do seu pescoço e a segurei em minha mão livre.

— Acho que é melhor não usarmos isso, por enquanto. - eu disse

Hermione concordou e a colocou em sua bolsa.

Hermione terminou de montar a barraca e eu levitei Harry até o sofá. Deitei sua cabeça no meu colo e conjurei uma toalha, que usei para secar sua testa. Hermione acendeu a lareira e eu tirei os casacos de Harry, deixando ele apenas de camiseta, que estava encharcada.

Hermione tirou alguns frascos da bolsa e aplicou no braço de Harry, que estava sangrando. O medicamento estancou a ferida na hora.

— Durma um pouco. - eu disse para Hermione

Ela se aconchegou no outro sofá.

— Me acorde quando ele acordar. - ela disse

Assenti.

Ela fechou os olhos e, instantaneamente, sua respiração ficou mais pesada.

Passei a toalha na testa de Harry novamente. Ele parecia estar tendo um pesadelo. Tirei o seu cabelo molhado da testa e observei sua cicatriz. Era uma bonita cicatriz, na minha opinião. Eu esperava que ele não a perdesse quando matasse Voldemort. Passei a mão por ela e senti o relevo quase imperceptível que ela fazia.

Harry começou a falar e se debater no seu sono, mas eu não conseguia reconhecer as palavras. Fiquei o observando por alguns minutos, até que não consegui resistir e adormeci também.


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Notas finais do capítulo

gente não vou conseguir responder as reviews agora (00:22 do dia 20/02) mas não esqueçam de deixar uma!!!!
vi que ganhei recomendação de presente