Harry Potter. escrita por AliceFelton
— Harry - sussurrou Hermione - Tem alguém nos observando. Ali.
Nós congelamos. Olhei para os arbustos que Hermione estava observando. Não parecia haver nada.
— Não deve ser nada. - eu disse - Além disso, estamos com aparência trouxa.
— Mas acabamos de deixar flores para seus pais. - observei
Harry assentiu.
Ficamos parados por mais alguns instantes e decidimos continuar.
— Deve ser um gato. - disse Harry - Se fosse um comensal, já estaríamos mortos.
Seguimos pela rua e Harry parou, repentinamente.
— Olhe aquilo… - disse ele
Nós duas olhamos para onde ele olhava e vimos um chalé diferente da maioria dos outros. A sebe crescera livremente pela maioria das paredes e o andar superior havia explodido.
— Vem… - disse Harry nos puxando
Paramos em frente ao portão.
— Você não vai entrar, vai? - perguntou Hermione
Harry colocou a mão no portão e, com seu toque, surgiu uma placa de madeira. Harry leu em voz alta o que estava escrito.
— “Neste local, na noite de 31 de outubro de 1981, Lily e James Potter perderam a vida. Seu filho, Harry, é o único bruxo a ter sobrevivido à Maldição da Morte. Esta casa, invisível aos trouxas, foi mantida como um monumento aos Potter e uma lembrança da violência que destruiu sua família.”
Na placa, também haviam vários recados. Coisas como “Boa Sorte, Harry!”, “Harry estamos com você.” e “Viva Harry Potter!”. Sorri ao lê-los.
— Viva Harry Potter! - eu disse
Harry riu.
— Eles não deviam ter rabiscado a placa! - comentou Hermione, com indignação
— Não tem problema, é genial. - disse Harry - Fico feliz que tenham escrito…
Um vulto agasalhado vinha em nossa direção. Percebi que era uma senhora, quando ela se aproximou o suficiente.
— Devíamos ter colocado a capa! - sussurrou Hermione
— Talvez ela seja trouxa. - disse Harry
— Não. - eu disse - Ela é Batilda.
Harry e Hermione me encararam.
— Como você sabe? - eles perguntaram
— Eu vi uma foto dela no seu livro. - eu disse - Ela era mais jovem mas tenho certeza de que é ela.
Harry assentiu.
A senhora então parou e fez sinal para que nós nos aproximássemos. com relutância, Harry deu o primeiro passo.
— A senhora é Batilda? - ele perguntou
Ela assentiu.
Hermione suspirou aliviada.
Fomos até ela, que deu meia volta e saiu apressada pelas ruas. Ela nos conduziu pela fileira de casas até que entrou em um dos portões. O jardim estava tão mal cuidado quanto o dos Potters, mas presumi que a velha senhora não tinha mais condições de cuidar dele. Ou talvez não tivesse nem vontade.
Entramos na casa e senti um cheio insuportável que não sabia se vinha da bruxa ou da casa em si. A bruxa era miúda e curvada pela idade. Ela passou por nós e fechou a porta.
Ela começou a acender os tocos de vela espalhados pela sala, um a um. Harry tomou, com gentileza, os fósforos da sua mão e acendeu a todos, com mais rapidez.
A bruxa foi para outro cômodo e ouvi um barulho estranho vindo de lá. Apertei a mão de Harry.
— Ei, está tudo bem. - ele disse, confuso
Seguimos a senhora e Harry, abruptamente, parou em frente a um móvel onde estavam vários porta-retratos. Alguns não possuíam fotos, mas Harry olhava fixamente para um que possuía a foto de um garoto jovem.
— Quem é ele? - perguntei
— É ele! - Harry disse - O ladrão que roubou Gregorovitch!
Hermione veio até nós.
— Não sei quem é. - ela disse
— Nem eu - murmurei - Sra. Bagshot? Quem é esse?
A senhora, que havia aparecido ao nosso lado, nem se moveu. - Quem é esse rapaz? - perguntou Harry lhe mostrando a foto
Ela apenas encarou Harry, com olhos vagos.
Harry suspirou.
Batilda, então, olhou para o hall de entrada, sugestivamente.
— Quer que a gente vai embora? - perguntou Harry
Ela apontou para Harry, para ela mesma e para o andar de cima.
Harry assentiu.
Harry deu um passo em direção a escada, sem soltar minha mão.
Batilda nos encarou, começou a balançar a cabeça e apontou novamente para Harry e para si mesma.
— Batilda… - sorriu Harry - Somos Halice! Não nos separamos!
Ri.
— Talvez Dumbledore tenha falado para ela entregar a espada para você, somente. - sugeri
Ele suspirou.
— Vai, pode ir. - eu disse - Seja rápido!
Ele assentiu e soltou minha mão, seguindo a senhora pelas escadas.
Hermione abraçou o próprio corpo.
Olhei ao redor e vi um livro roxo e verde, que parecia menos empoeirado que todo o resto da casa, em cima de uma das cômodas da sala. Era o livro de Rita Skeeter, A vida e as mentiras de Alvo Dumbledore.
Peguei o exemplar, parecia intocado.
Quando o levantei, um papel caiu no chão. Era um bilhete escrito com tinta verde.
— “Cara Batilda, obrigada por ter me ajudado tanto, embora você não lembre de nada. Com amor, Rita Skeeter.” - leu Hermione
— Mione, esse livro foi lançado há meses. - eu disse - Se Batilda não estava muito consciente naquela época, ela não deve estar nada melhor agora.
Hermione assentiu.
Coloquei o livro na minha bolsinha e ouvi um barulho alto vindo do segundo andar. No segundo seguinte, eu já estava subindo as escadas correndo.
Abri a porta de um quarto e vi Harry lutando com uma cobra, mas ele estava quase desacordado.
— Ele está vindo! - ele disse
A cobra me enrolou também e eu dei um soco em sua cabeça. Hermione lançou feitiços nela, mas nada parecia ter efeito.
— Confringo! - ela lançou, e o feitiço ricocheteou pelo quarto, quicando no chão e no teto. Vi o feitiço atingir a varinha de Harry, e a quebrar em dois pedaços. A alcancei e a coloquei no bolso. A cobra pareceu se distrair por um segundo, que eu e Harry aproveitamos para nos desvencilharmos dela e agarrarmos Hermione. No momento em que aparatamos, Harry desmaiou.
Caímos no chão de mais uma floresta, Harry ainda estava desacordado. Hermione tirou a barraca da bolsa com rapidez enquanto eu, ainda sentada com Harry deitado em minhas pernas, lançava feitiços de proteção.
Harry estava tremendo e suando.
Tirei a Horcrux do seu pescoço e a segurei em minha mão livre.
— Acho que é melhor não usarmos isso, por enquanto. - eu disse
Hermione concordou e a colocou em sua bolsa.
Hermione terminou de montar a barraca e eu levitei Harry até o sofá. Deitei sua cabeça no meu colo e conjurei uma toalha, que usei para secar sua testa. Hermione acendeu a lareira e eu tirei os casacos de Harry, deixando ele apenas de camiseta, que estava encharcada.
Hermione tirou alguns frascos da bolsa e aplicou no braço de Harry, que estava sangrando. O medicamento estancou a ferida na hora.
— Durma um pouco. - eu disse para Hermione
Ela se aconchegou no outro sofá.
— Me acorde quando ele acordar. - ela disse
Assenti.
Ela fechou os olhos e, instantaneamente, sua respiração ficou mais pesada.
Passei a toalha na testa de Harry novamente. Ele parecia estar tendo um pesadelo. Tirei o seu cabelo molhado da testa e observei sua cicatriz. Era uma bonita cicatriz, na minha opinião. Eu esperava que ele não a perdesse quando matasse Voldemort. Passei a mão por ela e senti o relevo quase imperceptível que ela fazia.
Harry começou a falar e se debater no seu sono, mas eu não conseguia reconhecer as palavras. Fiquei o observando por alguns minutos, até que não consegui resistir e adormeci também.
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gente não vou conseguir responder as reviews agora (00:22 do dia 20/02) mas não esqueçam de deixar uma!!!!
vi que ganhei recomendação de presente