Harry Potter. escrita por AliceFelton


Capítulo 127
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

pq vcs só deixam review quando eu imploro?
claro que teve gente que deixou então esse capítulo é só pra vcs



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Ficamos por quase duas semanas no mesmo lugar em que estávamos quando Rony havia ido embora. Harry dizia que era para que eu me recuperasse completamente, mas eu e ele sabíamos que, uma vez que fôssemos embora, Rony dificilmente nos acharia outra vez.

Hermione fingia estar bem, mas normalmente acordava com olhos vermelhos e inchados, depois de noites em que eu escutava soluços quase inaudíveis vindos de sua cama. Quando ela não estava deitada, estava lendo, pela milésima vez, a cópia de Contos de Beedle, o Bardo que Dumbledore havia deixado para ela, consultando o Silabário de Spellman com frequência. Eu costumava me deitar no sofá com ela, só para que ela não se sentisse só.

— Eu estive pensando… - disse Harry se sentando no chão, à nossa frente, em uma das tardes de leitura de Hermione

— Huh - murmurou Hermione - Olha esse símbolo, Harry.

— Eu nunca tive aula de Runas Antigas, Mi. - disse Harry

— Mas não é uma Runa! - disse ela - Eu não acho o significado dela em lugar algum! Olhe!

Hermione mostrou um símbolo a Harry. Era um triângulo com um circulo cortado ao meio por um traço. Ela já havia me mostrado o símbolo algumas vezes, sem entender o que era, mas eu tinha a sensação de que já o havia visto.

— Xenofílio Lovegood estava usando um colar com esse símbolo, no casamento de Gui e Fleur. - disse Harry - Você se lembra, Lizzie?

Assenti.

— Krum mencionou que era a Marca de Grindwald, ou algo do tipo… - disse Harry

— Quando ele disse isso? - perguntei

— Você tinha ido ao banheiro ou algo do tipo. - ele disse

— Não sabia que Grindwald tinha uma marca. - disse ela

— Eu também não. - disse Harry - Krum disse que ele havia pintado esse símbolo em uma das paredes de Durmstrang.

Hermione deu de ombros.

— Bom, de qualquer forma… - disse Harry - Eu estive pensando…

Hermione tirou os olhos do livro e os fixou em Harry.

— Eu queria visitar Godric’s Hollow. - disse Harry - Lá foi minha primeira casa e eu preciso vê-la.

Hermione assentiu.

— Tudo bem. - disse ela

— Tudo bem? - perguntou Harry - Hermione, você estava prestando atenção?

— Você quer ir para Godric’s Hollow, eu digo que tudo bem. - ela bufou

— Certo. - disse Harry

— Eu ia justamente sugerir que fôssemos lá. - disse ela - Quando mais eu penso, mais me parece lógico de que ela esteja lá.

— Ela quem? - perguntou Harry

— A espada? - riu Hermione - Dumbledore deve ter imaginado que você gostaria de voltar lá e faz sentido ter deixado a espada lá, afinal, é onde Godric Gryffindor nasceu.

— Sério? - perguntou Harry - Gryffindor era de Godric’s Hollow?

— Harry, honestamente. - disse Hermione - Você algum dia abriu História de Magia?

Deixei escapar uma risada.

— Hã - Harry sorriu - Eu devo ter aberto uma vez, quando eu comprei…

— Batilda Bagshot menciona a aldeia em algum capítulo. - disse Hermione

— Batilda Bagshot? - perguntou Harry Potter

— A escritora do livro! - exclamou Hermione exasperada

— Eu sei! - disse Harry - Mas acho que ela mora lá!

— Por que você acha isso? - perguntou Mione

— Muriel me disse, no casamento. - disse Harry

— Muriel? - Hermione perguntou

— Tia de Rony. - disse Harry - Ela também disse que você tem canelas muito finas.

Hermione bufou.

Ofeguei tão alto, em seguida, que Harry sacou a varinha do bolso e apontou para a porta da barraca.

— O QUE? - ele perguntou

— Fica calmo. - eu ri - E se Dumbledore deixou a espada com ela? Eu acredito que eles se conheçam. Dumbledore conhece todo mundo.

— É possível…. - disse Hermione disse

Harry assentiu.

— Então é isso… - disse Mione - Iremos para Godric’s Hollow. Podemos pegar cabelos trouxas do povoado mais próximo para tomarmos um pouco de Poção Polissuco, afinal, seríamos reconhecidos mais facilmente em um povoado com mais bruxos.

Harry e eu assentimos.

— Vamos amanhã? - perguntou Harry

— Não, não. - ela disse - Precisamos achar os disfarces perfeitos. Também precisamos treinar a aparatação com a Capa da Invisibilidade, os três juntos. E Alice precisa melhorar.

— Eu estou bem! - exclamei - Vocês dois estão sendo muito super protetores, eu melhorei há dias!

Harry deu de ombros e tirou a sua capa da bolsa.

— Vamos treinar, então.

 

 

Abri os olhos e estava em uma estradinha de cheia de neve. Havíamos conseguido convencer Hermione a viajarmos cinco dias depois. Resolvemos que iríamos aparatar à noite, para que a rua estivesse mais vazia. Pegamos os cabelos trouxas, então, para os olhos de todos, Harry e eu éramos um casal de meia idade, com nossa neta de uns quinze anos, Hermione.

— A neve! - exclamou Mione quando aparatamos - Vamos deixar rastros!

— Hermione, vamos andar sem a capa… - disse Harry - Estamos disfarçados e não tem ninguém na rua.

Harry não esperou Hermione responder, guardou a capa no bolso e seguiu pela estrada. Percebi que ele olhava atentamente para as casas.

— Procurando a sua? - sorri

Ele sorriu e assentiu.

— Temos que achar Batilda. - eu disse - Mas se tivermos tempo, eu te ajudo a achar sua casa.

Ele deu um beijo na minha têmpora e continuou andando.

— Eu acho que é noite de Natal! - Mione disse

Observei a rua. Havíamos chegado em uma praça com uma igreja e algo que parecia ser um memorial.

As casas tinham alguns enfeites com luzes e eu conseguia escutar uma cantoria vindo da igreja. A porta de um bar ao longe se abriu e ouvimos risadas e musica vindo de dentro dele.

— Tenho certeza que é! - ela disse

Olhei para a igreja e vi formas compridas e arredondadas no terreno ao lado. Era um cemitério.

Peguei a mão de Harry e ele me olhou, confuso.

— Harry, olha! - disse Hermione

Ela tinha ido até o memorial de guerra. A estátua, que tinha a forma de um obelisco anteriormente, agora havia tomado a forma de três pessoas. Um homem de cabelos rebeldes e óculos, uma mulher de cabelos longos e rosto bondoso e um menininho no colo dela.

Harry sorriu e apertou minha mão, de leve. Nos dirigimos até o cemitério e vi que a estatua possuía a forma de um obelisco novamente. Hermione começou a olhar os túmulos de um lado e eu e Harry fomos por outro.

— Ei, venham ver! - ela disse

— Achou eles? - Harry perguntou

— Não, mas venham! - ela disse

Fomos até onde ela estava e li o nome na lápide de mármore. Kendra Dumbledore e sua filha Ariana. Havia também uma citação:

Porque onde estiver fosse tesouro, aí estará também o vosso coração.

Harry suspirou.

— Eu não sabia que ele tinha uma irmã. - eu disse

— Nem eu. - disser Hermione

— Eu sabia. - disse Harry - Não que ele tenha me contado, claro. Muriel e Elifas mencionaram Ariana no casamento.

Assenti.

— Vem, vamos continuar. - disse ele me puxando

Demos poucos passos e Hermione nos chamou novamente.

— É o símbolo do livro! - disse Hermione olhando para outra lápide

Voltamos para perto dela e olhamos para onde ela havia tirado a neve. O símbolo que tanto nos despertava a curiosidade estava lá, no túmulo de um homem chamado Ignoto Peverell.

Harry assentiu.

Um outro túmulo de mármore me chamou a atenção e fui até ele, por instinto. E ali estavam eles. Os Potters.

James Potter, nascido 27 de março de 1960, falecido 31 de outubro de 1981

Lily Potter, nascida 30 de janeiro de 1960, falecida 31 de outubro de 1981

Ora, o último inimigo que há de ser aniquilado é a morte.

 

Senti os braços de Harry me envolverem por trás e apoiei-me nele. Hermione veio até nós e chegou mais perto para ler a inscrição na lápide.

— Aniquilar a morte? - perguntou Harry - Essa não é a filosofia dos dementadores?

— Não, Harry. - disse Hermione gentilmente - A frase significa… entende… viver além da morte. Após a morte.

— Como se isso mudasse alguma coisa… - disse Harry

Ele apoiou o queixo no topo da minha cabeça e senti gotas caindo nele. Rapidamente me virei e o abracei com força. O peito dele subia e descia com rapidez. Abri um dos braços e puxei Hermione para o abraço. Ela apertou o braço de Harry, com solidariedade.

— Feliz Natal… - Mione suspirou

— Feliz Natal - sorri

— Feliz Natal - disse Harry

Me desvencilhei do abraços e conjurei lírios, em homenagem à mãe de Harry. Ele agradeceu com os olhos e colocou as flores no túmulo dos pais.

— Vamos. - ele disse

Hermione assentiu.

Harry passou o braço por cima de meus ombros e deu a mão para Hermione.

Juntos, nós três deixamos o cemitério para trás.


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Notas finais do capítulo

Oiiiii, amanhã eu volto às aulas e to querendo chorar!! hahaha
De qualquer forma, sexta (19/02) é meu aniversário. Será que vocês podem caprichar nas reviews? Se elas forem muito lindas, eu posto um capítulo no mesmo dia! Beijo!