Harry Potter. escrita por AliceFelton


Capítulo 123
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Capítulo grandinho em homenagem à mais nova estrelinha no céu, nosso Alan Rickman.



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Rony já estava na quarta panqueca quando ouvimos um estalo alto na sala. Depois do estado, ouvimos alguns grunhidos e gritinhos.

— O que diabos…? - disse ele com a boca cheia de panqueca

Então, Monstro e Mundungo entraram na cozinha. Na verdade, eu diria que Mundungo foi empurrado para a cozinha, por Monstro.

— Senhor! Senhor! - disse Monstro animado - Achei!

— Obrigada Monstro. - disse Harry, sorrindo

Monstro fez uma reverência.

— Mundungo! - gritou Harry

— Harry! - gritou Mundungo - O que diabos você está querendo mandando essa criatura atrás de mim? Hein? Eu sinto muito pelo que aconteceu com Olho Tonto, sinto mesmo! Mas eu entrei em pânico, tá legal?

— Não te chamei aqui por isso. - disse Harry

— Me arrastou aqui, você quis dizer... - começou Mundungo, mas não acrescentou mais nada ao ver meu olhar reprovador

— Havia um medalhão nessa casa. - Harry disse - Um medalhão que ninguém conseguia abrir.

Mundungo assentiu.

— É valioso? - perguntou

— Você ainda o tem? - o rosto de Harry se iluminou

— Ele deve estar apenas se lamentando que deveria tê-lo vendido mais caro. - murmurou Rony

— Quem me dera... - disse Mundungo - Não ganhei nada com aquele medalhão. Eu estava vendendo minha mercadoria no Beco Diagonal e uma bruxa do Ministério perguntou se eu tinha permissão para estar vendendo ali.

— Você tinha? - Harry perguntou

Mundungo riu.

— Ela disse que deveria apreender tudo mas que havia gostado do medalhão. - ele disse - Dei-o pra ela e pude ficar com todo o resto.

— Você sabe o nome dela? - perguntou Mione

Mundungo negou.

— Como ela é? - perguntei - Talvez possamos identificá-la pela aparência.

— Ela é baixa com cara de sapa. - disse Mundungo - Estava vestida de rosa. Completamente rosa. Como se a Barbie tivesse vomitado nela.

Suspirei.

Peguei a cópia do Profeta Diário que Lupin havia nos dado e abri em uma das páginas.

— Essa? - perguntei a Mundungo

— A própria - ele respondeu

A própria. Dolores Umbridge.

— Merda - murmurou Rony

Suspirei e acariciei minha mão. A mão que possuía uma cicatriz causada por Umbridge.

— Ela nunca vai concordar em nos dar isso. - Mione disse

— Especialmente depois que vocês dois a largaram na Floresta Proibida com os centauros. - observei

Harry riu.

— Pelo menos sabemos onde ela está. - eu disse passando os olhos pelo artigo - Inspecionando os nascidos trouxas.

— É claro que é ela quem está fazendo isso... - bufou Hermione

— Precisamos de um plano. - disse Rony - Ou vocês estão pensando em entrar no ministério e pedir a Umbridge o medalhão que, por um acaso, tem um pedaço da alma de Você-Sabe-Quem dentro?

— Na verdade, eu estava pensando nisso sim. - disse Harry sorrindo - Mas o meu plano não envolvia pedir pra ela, de fato.

Rony riu.

— Podemos usar um pouco de Poção Polissuco. - disse Mione - Será mais fácil para entrarmos e sairmos se estivermos com a aparência de funcionários do ministério.

— E não a aparência de rebeldes procurados. - completei

— Bem observado. - Mione sorriu

— Certo - disse Harry - É uma boa ideia.

Rony concordou.

— Ainda usam a cabine telefônica para a entrada do ministério? - perguntei

— Não - disse Rony - Devido a uma invasão de adolescentes há um tempo atrás eles reforçaram a segurança.

Ri.

— Eles usam vasos sanitários agora. - Rony disse

— O que? - perguntaram Harry e Mione juntos

— Você tem que entrar e dar descarga. - Rony disse - Papai vivia reclamando comigo. Afinal, é nossa culpa.

Assenti.

— Esses bruxos são malucos. - eu disse - Quem pensaria em uma privada?

Harry deu de ombros.

...

Quatro semanas depois, lá estávamos nós, na porta do ministério. O plano era simples: entrar, localizar Umbridge, pegar o medalhão e sair correndo em apenas uma hora, que era o tempo que a poção nos dava.

Depois de passarmos pelas privadas, o que havia sido uma experiência nojenta, nos reunimos no átrio.

— Eu sou Reginald Cattermole - sussurrou Rony lendo seu crachá

— Albert Runcorn - disse Harry

— Mafalda Hopkirk - disse Mione

— Ei, você me expulsou de Hogwarts no quinto ano! - disse Harry a ela

— Sinto muito, querido - riu ela - Mas você não se comportou durante as férias.

Rimos.

— Ah que ótimo. - murmurei lendo meu crachá - Sou Elizabeth Edgecombe, a mãe da Marietta.

Rony riu.

— A culpa da AD ter sido descoberta é sua! - disse Rony

Mostrei a língua pra ele.

— Precisamos ficar mais concentrados. - disse Mione

Assentimos e fomos até o elevador. Apertei o botão e me virei para os três.

— Eu e Mione vamos descer. - eu disse - Vocês dois procurem pela sala dela. Talvez ela esteja por lá.

Harry assentiu.

A porta do elevador se abriu e quase trombei com a mulher que estava lá dentro. Umbridge.

— Elizabeth! - ela sorriu - Quanto tempo!

— Muito tempo mesmo, Dolores! - sorri

— Mafalda, Albert - ela cumprimentou Harry e Mione com um aceno de cabeça e se virou para mim novamente

— Faço questão de que você acompanhe Mafalda e eu até as inspeções trouxas. - ela disse - Estava mesmo pensando em ir até sua sala.

— Hm, certo. - concordei

— Como está Marietta? - perguntou ela

— Ótima - sorri - Meu orgulho, como sempre. Honesta.

Umbridge riu.

— Um tesouro de menina. - ela disse

Assenti.

Olhei para seu pescoço e vi o medalhão. Eu quase conseguia sentir uma energia estranha vindo dele. Fiz um sinal para Harry com a cabeça, que não passou despercebido por Umbridge.

— Não sabia que vocês eram amigos. - ela disse

— Nos conhecemos recentemente. - Harry disse - Elizabeth é muito agradável e competente nos seus afazeres aqui do ministério.

Umbridge sorriu e ouvi o barulho do elevador indicando que havíamos parado em algum andar.

— Esse é meu andar, até logo. - Harry disse saindo, seguido de Rony.

Descemos em silêncio até o ultimo andar e entramos em um tribunal, que já estava cheio. Senti um frio inexplicável assim que entrei e vi que havia dementadores na sala, separados das pessoas por uma fina camada de um Patrono. Por ter a forma de um gato, presumi que fosse de Umbridge. Uma mulher com rosto fino e cabelos negros estava sentada na cadeira do réu.

— Mary Cattermole. - disse Umbridge - Encontrei seu marido no elevador agora há pouco. Ele não me parecia preocupado em vir para cá.

Mary se encolheu na cadeira. O marido dela não estava lá porque estava desacordado em um depósito, acima da superfície.

Olhei para Mione e soltei um suspiro culpado. Ela assentiu.

— Elizabeth, sinta-se à vontade para se sentar onde preferir. - disse Umbridge

— Claro, obrigada. - eu disse

Ela se sentou em seu lugar e eu fiquei ao lado de Mione, em cadeiras do júri.

— Mary Cattermole, nascida trouxa. - Umbridge leu - Mulher de Reginald Cattermole, mãe de Maisie, Ellie e Alfred Cattermole.

A mulher concordou.

— Eu vou te fazer uma pergunta, Sra Cattermole, e quero a mais sincera resposta possível. - disse Umbridge - De qual feiticeiro você roubou sua varinha?

Mary ficou chocada.

— E-eu não roubei a varinha. - disse ela - Ela me escolheu, quando eu tinha onze anos.

— BASTA. - gritou Umbridge

Instintivamente, me levantei.

Hermione me olhou, preocupada.

— Preciso ir ao toalete. - sussurrei

Umbridge concordou com um risinho.

Saí correndo do tribunal e chamei o elevador. Eu precisava achar Rony, aquela mulher precisava do apoio do marido. Eu esperava que eles estivessem na sala de Umbridge porque, se não, eu não teria a menor chance de achá-los dentro do enorme ministério.

O elevador abriu e trombei com alguém. Reginald Cattermole. Suspirei aliviada ao ver que Albert Runcorn também estava presente.

— Está tudo bem? - perguntou Harry

— Umbridge está aterrorizando sua mulher, Ron. - eu disse

— Minha mulher? - ele perguntou

Assenti.

— Ah, entendi. - ele disse

— E vocês dois têm três filhos. - continuei

— Três filhos!? - ele exclamou - Essa vai ser difícil de explicar para Hermione.

Harry e eu rimos.

— Vamos, precisamos ir. - eu disse

Entramos de volta no tribunal e Rony se colocou ao lado de Mary. Harry e eu sentamos ao lado de Hermione.

— Não temos muito tempo. - sussurrei

Hermione concordou.

— Aquele do lado de Umbridge é Yaxley. - disse Harry - Ele é um comensal.

— Eu sei, eu o vi na noite da Torre de Astronomia.

Harry assentiu.

— Adorei seu medalhão, Dolores - disse Hermione

— Obrigada. - disse ela sorrindo - É uma herança de família...

Senti Harry cerrar os punhos ao meu lado.

— Eu sei que você está com raiva. - sussurrei - Mas não faça nada estúpido.

— ESTUPEFAÇA - gritou ele, desacordando Umbridge

Yaxley levantou a varinha mas eu lancei um feitiço nele.

Suspirei e o encarei.

— Desculpa - ele disse dando de ombros

Hermione pegou o medalhão. E saímos correndo.

Rony segurou a mão de Mary e corremos em direção ao elevador. Seguidos por dementadores, que haviam sido liberados por Umbridge estar estuporada.

Assim que entramos em um dos elevadores, fomos alcançados por eles.

— Expecto... expecto... pa-pa - balbuciou Hermione

— Expecto Patronum - disse Harry com tranquilidade e o veado saiu da ponta de sua varinha, espantando os dementadores

— Ela é a melhor bruxa da nossa idade. - disse Harry a Mary - Mas esse feitiço ainda é complicado.

Olhei para Harry e ele sorriu para mim. Ele estava com sua aparência de sempre, de novo. Com as roupas largas, por Runcorn ser mais alto e mais musculoso que ele.

— Você é você. - ele disse

— Você também. - eu disse

A porta do elevador abriu e saímos correndo. Paramos na frente da estátua do átrio, que eu não havia percebido até então. A Fonte dos Irmãos Mágicos havia sido trocada por uma outra estátua. Uma de pedra negra de dois tronos. Neles um bruxo e uma bruxa estavam sentados. Olhei atentamente e vi que os tronos eram feitos de corpos nus de homens, mulheres e crianças.

— Trouxas - sussurrou Harry no meu ouvido

Olhei para o lado e vi Rony e Mary se beijando. Hermione parecia irritada. Os dois já haviam voltado à aparência normal.

— Temos que ir - disse Harry tentando esconder seu rosto

Rony conseguiu se desvencilhar de Mary, que ficou bem confusa por não estar mais beijando seu marido.

A porta do outro elevador abriu, revelando Yaxley.

— Agora corremos. - eu disse

Demos a volta na estátua correndo com Yaxley nos perseguindo. Era difícil correr com todas aquelas pessoas nos cercando. O nome de Harry ecoava pelo saguão.

Lancei um feitiço no balcão onde milhares de Profetas Diarios com a foto de Harry estavam. Neles se lia "Indesejável N° 1". Os exemplares atrasaram Yaxley.

Corremos até uma das lareiras e nos seguramos. O plano era voltar para o Largo Grimmauld, mas depois de uma aparatação longa, me vi em uma floresta. A primeira coisa que ouvi foi o grito de Rony.


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Notas finais do capítulo

Poxa gente, fiquei bem triste hoje com a morte do Alan, mas acho que foi o melhor né? Ele poderia estar sofrendo.
Resolvi escrever enfim, depois de longas férias e dar o capítulo de presente pra ele e pra vocês.
O que acharam?
Desculpa a demora, eu estava com DEZ visitas aqui em casa e não consegui parar para escrever, mas fiquem tranquilos que essa fanfic nunca será abandonada.
Obrigada pelas recomendações que ganhei de natal! E todas as reviews lindas!
Beijo pra vocês.
(Ps: Alguém ai começou a assistir Shadowhunters ontem?)