“ Cara Alice,

Fiquei muito surpreso ao receber sua carta, mas ficaria honrado em ajudá-la te emprestando meu sobrenome. Sei que meu filho ficaria muito contente em saber que isso pode salvar seus pais.

Quando isso tudo acabar, espero você e seus amigos para tomarem um chá aqui em casa.

Amos Diggory”

Li a carta outra vez e respirei fundo.

Hermione chegaria logo para que, juntas, pudéssemos apagar a memória da minha família.

Eu havia pedido para o Sr. Diggory se poderia utilizar o seu sobrenome, no disfarce que faria para meus pais, por ser um nome de uma família bruxa sempre muito correta e reclusa.

Não tinha certeza se seria a melhor ideia, considerando que nenhum dos três era bruxo, de fato. Seria melhor que deixá-los como trouxas, pelo menos, pois cada vez mais ocorriam desaparecimentos e mortes.

Ouvi alguém batendo na porta.

Era meu irmão.

– Você precisa de alguma coisa, Nick? - perguntei

Nicholas Felton, muito prazer.

Meu irmão sempre tinha sido quieto. Ele se parecia muito mais com Hermione do que comigo que, por mais que adorasse ler, nunca conseguia acompanhar nenhum dos dois nos hábitos de leitura.

– Sua amiga está aqui. - ele disse

– Hermione? - perguntei

Ele assentiu.

– Certo - eu disse - Obrigada

Ele fez menção de fechar a porta.

– Nick! - exclamei

Ele parou no meio do caminho.

– Eu te amo - eu disse

Ele sorriu também.

– Eu também te amo. - ele disse - Vocês vão ganhar a guerra.

– Como você sabe que estamos em guerra, garotinho? - ri

– Eu leio seus jornais. - ele diz

– Eu deveria saber que não posso deixar nada com palavras solto por ai. - sorri

Ele deu de ombros.

– Oi Nick - disse Mione

– Oi - sorriu ele - Boa guerra para você.

Ele saiu do quarto e Mione riu.

– Como ele sabe… - ela começou

– Nem pergunte - eu disse

Ela suspirou.

– Como você está? - perguntei

– Péssima - ela disse

Levantei da cadeira e abracei-a.

– Sinto muito - eu disse

– Tudo bem. - ela disse - Eles vão ficar bem.

– Vão - eu disse - E quando a guerra acabar, iremos achá-los para reverter o feitiço.

Ela riu.

– Eles vão se mudar para a Australia. - ela disse

– Eu topo achá-los por la - eu disse - A gente pode ir segurar um coala!

Ela sorriu e enxugou as lágrimas.

– Você quer começar? - perguntou ela

Suspirei e assenti.

– Vamos apagar a memória da minha família.

…

Cinco horas mais tarde, eu estava chorando no chão da sala dos Weasley. Havíamos feito todos os tipos de feitiço de proteção existentes e havíamos mudado eles de casa com os vizinhos, mais uma das minhas teorias que poderiam dar muito errado. Eu pensei que talvez eles não seriam achados na casa ao lado, que nem quando ficamos procurando coisas tão cegamente que não achamos nem mesmo quando a coisa está ao nosso lado. Claro que poderia dar errado, mas eu esperava que corresse tudo bem.

– Alice, minha mãe quer saber se existe alguma comida no mundo que te faria parar de chorar. - Rony disse se jogando ao meu lado

– A da minha mãe. - ri chorando mais ainda

Rony riu.

– Eles vão ficar bem. - disse Rony

– Mas e se algo der errado com os feitiços de memória!? - perguntei - E se eles ficarem loucos?

– Você está insinuando que Hermione errou alguma coisa? - ele perguntou

– Não, isso é impossível. - eu disse

– Viu! - ele sorriu - Então está tudo certo.

Assenti.

– Você acha que sua mãe conseguiria fazer um pudim? - perguntei

– CONSIGO! - gritou a Sra. Weasley da cozinha

Rony riu. Mione entrou na sala, com os cabelos molhados.

– Consegui - disse ele a ela

Ela fez cara de choro.

– Por favor, não chore. - disse ele levantando e abraçando ela - Minha mãe está fazendo pudim.

– Tudo bem, eu paro - riu ela

– Olha quem está aqui… - disse uma voz vinda da porta

Olhei e vi Gui parado.

– Gui! - sorri

Levantei e fui até ele correndo. Ele me deu um abraço de urso.

– Que bom que vocês já chegaram! - ele disse abraçando Mione

– É bom mesmo - ri

– Fleur vai ficar muito feliz em saber que você está aqui. - ele disse - Ela quer te dar o vestido ou algo assim.

– EU SOU SUA DAMA DE HONRA! - exclamei

– Bom, é - riu ele - Você tinha esquecido, não tinha?

Assenti.

– Mas eu ainda aceito. - eu disse

– Bom mesmo - ele disse

– Onde ela está, de qualquer forma? - perguntei - Fleur?

– Aqui! - escutei alguém gritar

– Fleur - sorri

Ela estava linda, como sempre. Segurava uma caixa enorme em suas mãos, e a estendeu para mim.

– Eu sei que disse que te darria o tecide e você poderrria fazer o vestide… - ela disse - Mas nam rresisti!

Abri a caixa e vi um vestido dourado. Hermione segurou a caixa e eu segurei o vestido, para poder vê-lo.

Era lindo. Era curto cheio de camadas com variações do tecido dourado.

– É maravilhoso. - sorri

– Que bom que você gostou! - Fleur disse

– Eu amei - sorri

– Meus pai e minha irmã chegam depois de amanhã, podemos provarr os vestides todas juntas! - ela disse

– Claro! - eu disse

– Cinque dias! - ela exclamou e saiu da sala puxando Gui

Rony começou a rir.

– Você já superou ela, Rony? - provoquei

– Cala a boca, Alice! - ele disse

…

Quando desci no dia seguinte, me deparei com uma reunião mista de Ordem da Fênix com Armada de Dumbledore, e nenhum dos membros parecia feliz em me ver.

– Bom dia para vocês! - eu disse

– Oi Lizzie - disse Mione

– O que vocês estão fazendo? - perguntei desconfiada

– Nada demais. - disse Tonks

Assenti. Eles estavam falando de Harry.

– O que vocês querem fazer com ele? - perguntei

Todos suspiraram.

– Eu sabia que ela ia descobrir. - disse Rony

– Não é como se pudéssemos esconder dela! - disse Lupin

– Oi? - eu disse - Eu estou aqui!

– Você sabe que Harry precisa ser removido com segurança da casa de seus tios, certo? - disse Moody se levantando da mesa

– Sei - eu disse

– Bom, estamos apenas combinando os detalhes da operação… - ele disse

– Vamos nos separar em duplas e fazer com que algum de nós tome poção polissuco para nos transformarmos em Harry. - disse Rony

Meus olhos se iluminaram.

– Posso ser uma das que tomam a poção? - perguntei

Todos assumiram expressões culpadas.

– Deixem-me adivinhar… - eu disse - Vocês não querem que eu vá.

Os treze negaram com a cabeça.

Cruzei os braços.

– Isso não é justo! - eu disse - Eu já fiz isso antes!

– Lizzie… - disse Hagrid - Tente entender. Você sabe que se algo der errado, Harry colocaria a missão inteira em perigo para te ajudar.

– Ele faria isso por todos vocês! - eu protestei - È de Harry que estamos falando!

Lupin e Kingsley se entreolharam.

– Harry já fez tanto por mim! - eu disse - Me deixem ir! Eu não acredito que vocês querem que eu fique aqui quando eu posso ajudá-lo!

– Alice, não teria ninguém para te acompanhar. - disse Moody autoritariamente - As duplas já estão formadas.

– Você não acabou de dizer que não conseguiu contatar Mundungo? - disse Fred rindo

Moody o fuzilou com os olhos.

– Eu fico no lugar dele! - eu disse sorrindo - Eu posso ser um ótimo Mundungo!

– Não existe um ótimo Mundungo. - resmungou Lupin

Ri.

– Estamos combinados? - perguntei - Quem é minha dupla?

– Eu. - disse Moody