Harry Potter. escrita por AliceFelton


Capítulo 109
Capítulo 21




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Depois de conseguirmos enterrar Aragogue, nos dirigimos para a casa da Hagrid, que emanava cheiro de biscoitos.

Assim que entramos, Hagrid correu para tirá-los do forno. Harry me conduziu gentilmente para o sofá e me aconchegou perto dele.

— O que você tem hoje? - perguntei - Você está encantador.

Ele deu um sorriso fraco.

— Para com isso. - ele disse

— Com o que? - ri

— Você sabe. - ele riu - De me olhar e piscar esses olhos castanhos de corça.

— Me desculpa. - eu disse desviando o olhos

— Não é isso... - ele disse segurando meu queixo e me fazendo olhar para ele de novo - É que eu preciso conseguir a lembrança de Slughorn...

— E eu estou te distraindo ou algo assim? - ri

Ele sorriu.

— Você sempre está. - ele disse - Mas não é isso, é que eu tomei...

— Biscoitos? - perguntou Slughorn colocando um prato cheio de biscoitos quase queimados na nossa frente.

Peguei um e sorri para ele.

— Como vai, professor? - disse Harry passando a mão na nuca

— Muito bem, Sr. Potter - sorriu ele - Me desculpem por interromper a conversa de vocês dois.

— Não tem problema, professor. - murmurei

Mas ele já tinha ido para perto de Hagrid, que havia aberto uma garrafa de Whisky de Fogo.

Voltei a olhar para Harry, interrogativamente.

— Eu bebi um pouco de Felix Felicis. - ele disse - Para conseguir a lembrança.

— Certo - eu disse

— Eu juro que não pensei que isso poderia fazer com que você e Draco terminassem nem nada do tipo. - ele disse - Você sabe que eu teria tomado há muito tempo se quisesse isso.

Ri.

— Me lembra de brigar com você amanhã? - eu disse sorrindo - Eu não consigo fazer isso agora.

— Eu vou tomar uma dose todos os dias, então. - ele riu

Ri.

— Você é um bobo.

Ele sorriu pra mim. Deitei no colo dele e acabei adormecendo.

...

— Lizzoca... - Harry disse fazendo carinho no meu cabelo - Eu vou subir para entregar isso para Dumbledore.

— Uhum... - murmurei

— Você quer ficar dormindo e eu venho te buscar amanhã de manhã? Ou quer que eu te leve até a Torre da Grifinória? - ele disse

— Eu quero ir com você. - eu disse

Ele suspirou.

— Bom, tomara que eu não leve nenhuma bronca de Dumbledore.

— Como se ele fosse te dar uma bronca, alguma vez na vida. - ri, me levantando

Olhei para a mesa e vi Hagrid e Slughorn dormindo sentados.

— Deveríamos acordá-los? - perguntei

— Não - disse Harry - O efeito da poção está passando. Eles podem não ficar tão felizes com essa nossa reunião se acordarem.

Ele tirou a capa da invisibilidade do bolso e colocou sobre nós dois. Subimos até o castelo no escuro rezando para que não entrássemos em alguma enrascada.

Quando chegamos na frente da enorme gárgula que guardava o escritório de Dumbledore, Harry guardou a capa.

— Torrões de Barata - ele disse e a gárgula se moveu, revelando a escada.

— Eca - ri

— Ele tem uma senha melhor que a outra. - Harry disse rindo

Subimos a escada e Harry bateu na porta.

— Não está muito tarde? - perguntei

— Nah, são onze horas. - disse Harry - A mente brilhante desse velhote não o deixa dormir tão cedo.

— Fico lisonjeado, Sr. Potter. - disse Dumbledore abrindo a porta, rindo - Vejo que trouxe a Srta. Felton dessa vez.

— Da última vez você trouxe quem? - perguntei a Harry

— Cala a boca. - ele disse me dando empurrãozinho

— Acredito que vocês tenham conseguido a lembrança de Horácio. - disse Dumbledore

Harry tirou um frasco com um líquido brilhante das vestes, sorridente.

— Fico muito contente. - disse Dumbledore - Agora podemos retomar nossos estudos.

Dumbledore andou até uma bacia flutuante, a Penseira, e despejou o conteúdo da pequena ampola.

Harry segurou minha mão e fomos até a Penseira.

— Você quer que eu fique esperando? - sussurrei

— Claro que não. - ele sorriu

Dumbledore e Harry, então, colocaram a cabeça dentro da Penseira e assumi que era o que eu devia fazer também.

Meu primeiro pensamento foi que o líquido era muito gelado, um segundo depois, foi como se meus pés tivessem descolado do chão e eu tivesse caído na sala de poções.

Vi Slughorn, mais novo, com cinco estudantes sonserinos. Escutei despedidas e quatro, dos cinco, se retiraram. Olhei para Harry e nos aproximamos.

O adolescente que havia sobrado era alto, mais alto que Harry, e parecia estar no sétimo ano de Hogwarts. O distintivo de monitor reluzia em seu peito. Ele era extremamente bonito.

— Uau. - eu disse

— Você quer que eu te apresente para ele qualquer dia desses? - Harry disse irritado - Eu e ele somos bem chegados, acho que ele se interessaria por você…Ele tem alguma coisa com nascidas trouxas.

Ri e beijei sua bochecha, fazendo-o revirar os olhos.

— Tom, Tom... - disse Slughorn - Você deveria ir. Está tarde.

— Eu já vou, senhor. - disse Tom - Eu apenas precisava te perguntar uma coisa.

— Bom, eu estava na biblioteca, na parte de reservada dela. - começou ele, com um riso travesso. - E achei um termo que não conhecia, e não entendi direito a definição do livro. Horcrux.

Dumbledore soltou um muxoxo ao meu lado.

— Tom, isso é algo muito sério. - disse Slughorn - Que tipo de livros você anda lendo?

Tom riu.

— Horcruxes são pedaços da alma de alguém, certo? - Tom perguntou

— Bom, sim. - disse Slughorn - Se separa a alma a um preço terrível...

— Mas, tecnicamente, essa pessoa não morreria? - perguntou Tom

— Não enquanto o pedaço da alma esteja intacto. - disse Slughorn

— Uma pessoa poderia, por exemplo, fazer sete horcruxes? - perguntou Tom

— Sete! - exclamou Slughorn - É horrível bastante pensar em fazer uma! Tirar a vida de alguém é algo muito sério, Tom, ainda mais para tais propósitos. Você só está curioso certo? Quer essas informações apenas para fina acadêmicos?

— Claro - sorriu Tom - Boa noite, professor.

Um segundo depois, eu estava de volta no escritório de Dumbledore, que parecia nervoso e animado ao mesmo tempo.

— Então foi isso que ele fez... - disse Harry - Ele salvou um pedaço da alma dele...

— Um? - exclamei - Sete! Como iremos achar sete pedaços de alma por ai para destruí-los?

Dumbledore riu.

— Seu amigo Potter ja fez isso uma vez. - ele disse se dirigindo a sua mesa

— Claro que fez. - bufei

— Ele coloca os pedaços da alma em objetos? - perguntou Harry - Como uma bota velha?

— Não, Harry. Você está confundindo com as Chaves de Portal, que são colocadas em objetos insignificantes. - disse Dumbledore - Voldemort sempre foi muito vaidoso, ele deve ter escolhido sete objetos de muito valor para ele. Como, talvez, um diário.

— O diário de Tom Riddle... - disse Harry

Dumbledore sorriu e o tirou da gaveta. Era um diário de capa escura, que possuía um enorme furo no centro, onde fora perfurado pelo dente do basilisco.

— Lembra de quando eu destruí isso? - Harry sorriu para mim - Ah não, você estava morrendo do meu lado, para variar.

Dumbledore riu. Resolvi ignorar tal comentário.

— Mas Dumbledore, onde poderíamos encontrar as seis restantes? - perguntou Harry - Digo, poderiam estar em qualquer lugar!

— Sim, Harry, será preciso procurá-las com muito afinco. - disse Dumbledore - Mas são cinco restantes.

Dito isso, ele tirou um anel rachado da gaveta e colocou-o sobre a mesa.

— O anel. - Harry disse

— Perceba que Voldemort escolhe elementos íntimos. - disse Dumbledore. - O anel de seu tio, o seu diário do último ano em Hogwarts...

— Aposto que a taça de Helga Hufflepuff é uma também. - disse Harry

— Eu também aposto. - disse Dumbledore sorrindo. - Voldemort e você tem outra coisa em comum, Harry, ambos amam Hogwarts por ser o seu primeiro verdadeiro lar. Venham aqui, tenho uma pequena lembrança que quero que vejam.

Entrei na Penseira e me vi na mesma sala que estivera outrora. Porém o sol entrava pelas janelas, Dumbledore tinha uma barba mais curta e Tom Riddle estava na minha frente.

— Senhor, peço que reconsidere meu pedido. - disse Tom - Hogwarts é meu lar.

— Minhas sinceras desculpas, Tom. - A decisão já foi tomada.

Tom se levantou com um fogo nos olhos que eu já havia visto nele e, pela primeira vez, vi que ele era Voldemort.

— Muito bem. - disse - Não vou mais incomodá-lo. Boa tarde.

— Boa tarde, Tom. - disse Dumbledore

Dumbledore deu uma risadinha, quando voltamos para o seu escritório, no presente.

— O que ele queria, professor? - perguntou Harry

— Queria lecionar aqui em Hogwarts. - disse Dumbledore

— Defesa Contra as Artes das Trevas, eu assumo. - eu disse

— Correto, senhorita. - riu Dumbledore - O curioso é, desde aquela entrevista, não tivemos um professor sequer que tenha durado mais de um ano.

— Finalmente boas notícias! - exclamei - Sem mais aulas com Snape!

Dumbledore franziu as sobrancelhas e Harry tentou engolir o riso.

— Vocês ainda hão de se arrepender por acusarem Snape dessa forma. - disse Dumbledore, sorrindo

— Honestamente, professor, só estou reclamando das aulas dele. - eu disse

Dumbledore riu.

— Bom, por hoje é só. - Dumbledore disse - Harry, poderia vir aqui amanhã novamente? No mesmo horário de sempre?

— Claro. - disse Harry

— Então estamos combinados. - disse Dumbledore. - Obrigada por ter vindo hoje, Srta. Felton.

— Obrigada por ter me deixado ficar. - ri

— Bom, eu tenho certeza que o Sr. Potter a conta tudo o que se passa por aqui, de qualquer forma. - riu Dumbledore - E é bom que você também saiba, afinal, ele precisará de ajuda para realizar tais tarefas.

— É - eu disse sorrindo para Harry

— Boa noite, professor. - disse Harry me puxando para fora do escritório

— Boa noite, queridos. - ele disse fechando a porta

— Boa noite! - eu disse

— Direto para o dormitório! - escutei ele gritar de lá de dentro

— Eu vou fingir que não ouvi isso. - bufei

— O que isso quer dizer? - riu Harry

Cruzei os braços.

— Que eu me recuso a acreditar que o diretor da escola insinuou que faríamos outra coisa além de ir direto para o dormitório. - eu disse segurando o riso

— A-hã - riu Harry - Achei que eu estivesse encantador, hoje.

Ri.

— Eu não sei porque você está caçoando de mim, sendo que quem tinha tomado sorte líquida era você. - eu disse

— Faz bem para a minha auto-estima. - ele disse - Se você quiser, a gente pode fazer um desvio no caminho.

— Vai sonhando. - eu disse

— Você está de volta. - Harry riu

— E eu quero um gole. - eu disse rindo

— Vai sonhando. - ele riu


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Notas finais do capítulo

EBA CAP NOVOOO!
O que acharam?
To sentindo a falta de alguns leitores heeeeein, deixem review pra mim, nunca te pedi nada.
Beijo, amo-vos.