Harry Potter. escrita por AliceFelton


Capítulo 108
Capítulo 20




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Nós tínhamos acabado de sair do exame de Defesa Contra as Artes das Trevas e fomos para o salão comunal. Eu tinha ido muito bem. Aquela tinha sido a matéria mais fácil de todas. Depois das aulas da AD, no ano passado, eu já quase não precisava estudar. Tinha sido bem melhor aprender com Harry do que com Snape, esse ano.

– Bom, nós temos mais duas semanas de aula. - eu disse sorrindo

– Finalmente. - disse Rony comemorando - Eu achei que o ano não fosse acabar nunca.

– E eu acho que conseguimos passar um ano inteiro sem mortes. - eu disse

– Ah claro, só quase mortes de dois alunos insignificantes. - disse Rony - A Bell e um tal de Weezly.

Ri.

– Rony, não seja estraga prazeres. - Mione disse rindo - Foi um ano mais calmo mesmo.

– Toda a tragédia que acontece todo ano foi transferida para nossa vida amorosa. - Harry bufou

Ele e Gina tinham terminado no dia anterior. Ele não quis me contar o motivo, mas parecia que eles tinham tido uma briga feia, considerando que eles mal se olhavam quando estavam juntos, agora.

Todos rimos.

– Harry, não seja tão dramático. - disse Rony

Rony estava de bom humor. Talvez ele soubesse o motivo da briga. Talvez Gina teria terminado com Harry. Ou talvez até ele só estivesse feliz por não ter que ver sua irmãzinha e seu melhor amigo enroscados. O que era bem hipócrita, considerando o quanto tivemos que aguentar quando ele estava com Lilá.

– Rony, veja bem. - Harry disse rindo - Você namorou com Lilá Brown! Hermione ficou com McLaggen. Alice namorou o ano inteiro, com uma pequena pausa, com Draco Malfoy!

– Ei! - exclamei - Eu não considero isso uma tragédia.

– Bom, eu sim. - ele disse, revirando os olhos - E eu namorei Gina, o que teria sido ótimo se ela não tivesse terminado comigo.

Bingo.

– Você ainda não me contou o motivo. - eu disse

– E nem vou contar… - ele disse

– Harry! - exclamei - Eu te contei o motivo do meu término com Draco! E foi um motivo chocante.

– Chocante para quem? Eu já sabia desde o começo do ano. - Harry disse - A gente quase viu a cerimônia de iniciação dele, Alice.

Revirei os olhos.

– Além disso, você voltou com ele. - Harry bufou - O que faz com que o motivo se torne insignificante.

Abri a boca para retrucar porém Hermione interviu.

– Eu acho que será ótimo se conseguirmos completar o ano sem que vocês dois se matem. - ela disse

Cruzei os braços.

– Eu preciso ir. - murmurei - Combinei com Draco de dar uma volta lá fora.

Levantei-me do chão e sai pelo buraco da Mulher Gorda.

Draco estava no saguão, como combinamos. Ele sorriu suavemente, quando me viu.

– Oi - eu disse sorrindo

– Oi - disse ele

Ele estava cada vez mais magro. Eu não tinha tido coragem de perguntar a ele sobre a conversa que Harry entreouvira entre ele e Snape, portanto, eu não tinha a menor ideia do motivo dele de implorar por mais tempo. Ele estava particularmente distante, naquele momento.

– Está tudo bem? - perguntei

Ele assentiu.

– Te trouxe um bolinho. - disse ele estendendo a mão, que tinha um bolinho de chocolate.

– Obrigada - sorri

Estava delicioso.

– Quer um pedaço? - perguntei

Ele sorriu e mordeu o bolinho que ofereci.

– Eu devia ter pego mais. - ele riu

– Onde você o conseguiu? - ri

– Crabble tinha trezentos desse. - ele disse - Nunca vi ninguém comer tanto quanto ele, em toda a minha vida.

Ri.

O tempo, fora do castelo, estava bem mais agradável. Era o verão, finalmente, chegando na Escócia. Até o cheiro dos jardins estava diferente. Quem prestasse atenção, poderia ver pequenas flores começando a desabrochar pela grama e em algumas árvores.

– Eu estava pensando… - eu disse

– Sobre? - ele perguntou

– Você poderia pedir para Snape. - sorri - Eu acho que a gente pode tentar dormir na salinha, outra vez.

Draco me encarou e deixou escapar um suspiro desapontado.

– O que? - perguntei

– Isso não vai funcionar… - disse ele pausadamente

– Você acha? - ri - Eu prometo que não vou sair correndo, dessa vez.

– Digo, eu e você. - ele disse

– O que você quer dizer? - perguntei

– Você entendeu, Alice. - ele disse rispidamente

– Você está falando sério? - perguntei chocada

Ele colocou as mãos nos bolsos do casaco e assentiu.

– Assim? - perguntei - De repente?

– Alice, foi um erro termos voltado. - ele disse - Devíamos ter posto um fim nisso quando percebemos que estávamos em lados opostos de uma guerra bruxa.

– Ok. - eu disse, sem olhá-lo nos olhos. - Coloquemos um fim nisso. Parece ser bem fácil para você.

– Você está enganada. - ele disse - Nada tem sido fácil pra mim.

– Nada tem sido fácil para ninguém, Draco! - exclamei - É por isso mesmo que temos que ficar juntos.

– Certo. - ele disse ironicamente - E quando o Lorde das Trevas resolver que eu devo matar algum dos seus amigos? De que lado você vai ficar?

– Só os Comensais da Morte chamam Voldemort assim. - observei

– Deve ser por que eu sou um. - ele disse

– Draco… - eu suspirei

Draco, então, virou as costas para mim e voltou para o castelo, sem olhar para trás nenhuma vez.

Foi aí que eu comecei a chorar.

Depois de mais de meia hora deitada na grama, chorando, resolvi voltar para o castelo, mas não entraria pela mesma porta que Draco havia entrado, para não ter que vê-lo caso ele ainda estivesse no saguão.

Entrei pela porta que ficava perto da casa de Hagrid, e fui andando por perto das estufas. Vi um vulto se aproximando, o que era admirável, considerando o nível de embaçamento dos meus olhos.

Três segundos depois, o vulto estava me abraçando.

– O que aconteceu dessa vez, Lizzie? - Harry perguntou fazendo carinho no meu cabelo

– Ele terminou comigo. - eu solucei

– Merda - disse ele - Eu sinto muito, Lizzie.

Funguei e enterrei meu rosto na sua camiseta.

– Não passou pela minha cabeça que isso poderia acontecer. - Harry disse - Droga, é tudo culpa minha.

– O que você quer dizer? - perguntei

Ele abriu a boca para responder mas se desvencilhou do meu abraço e saiu andando.

– Professor Slughorn? - disse ele antes que eu pudesse protestar

Slughorn estava com metade do corpo para dentro de uma das estufas de herbologia. Ao ouvir Harry, ele se assustou e bateu a cabeça na janela aberta.

– Sr Potter! Srta Felton! - ele disse - Não vi os dois ai.

Me aproximei e vi que ele segurava pequenos ramos de uma das plantas da Professora Sprout.

– O que você está fazendo, professor? - ri

– Colhendo algumas amostras. - disse ele - Para fins acadêmicos.

Assenti.

– Mas eu agradeceria se vocês não comentassem nada disso com Pomona.

Harry e eu rimos.

– Nós já vamos indo, senhor. - disse Harry segurando minha mão e me levando em direção à porta do castelo.

– O que você está fazendo? - sussurrei

– Depois eu te explico. - disse ele sorrindo

– Ei esperem! - exclamou Slughorn - Eu não posso deixar que vocês dois saiam essa hora do castelo! O sol já vai se por!

– Venha conosco então! - disse Harry - Vamos tomar um chá na cabana de Hagrid, senhor.

Sorri para Slughorn.

– Bom, como eu não posso deixá-los sozinhos, eu vou! - ele disse sorrindo

No caminho para a casa de Hagrid, vi uma aranha gigantesca morta no jardim. Do lado dela, tinha um homem gigantesco chorando e um cachorro gigantesco bobão.

– O Aragogue morreu! - disse Harry

– Você conhecia Aragogue? - perguntei espantada

– Uma acromântula gigante! - exclamou Slughorn

– Eu o conheci no segundo ano. - Harry me explicou - Hagrid estava em Azkaban, você estava desmaiada na Câmara Secreta.

– Ele foi gentil? - perguntei

– Foi. - Harry disse - Antes falar para sua família que eles poderiam comer Rony e eu.

– Certo. - eu disse

Paramos ao lado de Hagrid e Harry usou sua mão livre para dar-lhe tapinhas nas costas.

– O que aconteceu com ele, amigão? - perguntou

– Estava muito doente. - disse Hagrid entre suspiros - Não conseguí curá-lo.

– Ele teve uma vida longa. - disse Harry.

– Sinto muito, Hagrid. - eu disse

Hagrid fungou.

– Você teria gostado dele, Lizzie. - ele sorriu - Harry o conheceu. Ele não era ótimo?

– Ele era adorável. - Harry respondeu tentando conter o riso.

– Hagrid, meu caro, você se incomodaria caso eu extraísse um pouco de seu veneno? - Slughorn perguntou - Para fins acadêmicos.

– Não, não. - disse Hagrid. - Ele gostaria de te ajudar.

Slughorn pegou uma pequena ampola no seu bolso e tirou um pouco do veneno que escorria de Aragogue.

– Eu poderia dizer algumas palavras em sua homenagem… - disse Slughorn

Hagrid assentiu e assoou seu nariz em um paninho que tinha as proporções de uma toalha de rosto.

E o sol se pôs enquanto Slughorn proferia lindas palavras de despedida para uma aranha gigante morta, Hagrid chorava e Harry me abraçava.

Ah, e Canino tratou de sair correndo atrás dos corvos do jardim.


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Notas finais do capítulo

Ai queridos, o de sempre...desculpa a demora mais uma vez.
O que acharam? Deixem reviews que logo logo a gente chega nas 500 e vcs ganham mais um capítulo de 3000 palavras.
Beijão.
(Ps. Ta rolando um sorteio de marcadores de livros de Londres e Paris no meu canal do youtube. Participem! Se chama The Travellers, mas se alguém não conseguir achar é só me perguntar nas mensagens! Beijo)