Good Day Sunshine escrita por Nowhere Unnie


Capítulo 41
Capítulo 41 - You say good bye and I say hello


Notas iniciais do capítulo

Bom gente, finalmente aqui chegamos: o último capítulo!!
Dedico esse capítulo especialmente à Gabistarkey. Não sei o que teria feito sem ela aqui, aguentando os meus probleminhas pra escrever esse capítulo o dia todo... rsrsrs
Não se distraiam com a gostosura do Ringo e leiam as notas finais, por favor kkkk (sei que é impossível, mas vamos tentar :P )



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Liverpool - 1960

Almofadas voavam pelos ares na casa Powell e aquilo não era uma espécie de guerra de travesseiros.


—Megan, você quer parar com isso? — Cynthia a repreendia enquanto abria um envelope que havia acabado de ser entregue pelo carteiro.

—Sabe o que eu quero, Cyn? Que aquele infeliz do George sentasse aquele trasseiro magricelo numa cadeira e escrevesse uma droga de uma carta pra mim! -Ela bufou e jogou mais mais uma almofada contra a parede.

—Não fica assim, Meggie, vai ver eles estão ocupados demais e por isso não têm temp... -Lily começou a falar mas foi interrompida pelos gritos de sua amiga.

—NÃO TÊM TEMPO? EU JÁ VI A CYNTHIA RECEBENDO UMAS 10 CARTAS AO LONGO DESSES MESES TODOS E O IDIOTA DO GEORGE NEM PRA MANDAR UM SIMPLES BILHETINHO DIZENDO QUE CANSOU DE MIM E NÃO QUER MAIS NADA COMIGO! MAS QUER SABER? EU É QUE CANSEI DELE! -Como não encontrou mais nenhuma almofada no sofá, ela se levantou, pegou uma do chão e lançou contra a parede. -SE ELE QUER FICAR COM AQUELAS VAGABUNDAS ALEMÃS, ELE QUE SEJA FELIZ, PORQUE EU VOU TRATAR DE ME DIVERTIR POR AQUI E VAI SER HOJE MESMO! -Ela jogou mais uma três almofadas que estavam no chão contra o sofá, algumas ricochetearam e voltaram para o chão, outras ficaram lá.

Ela também se jogou no sofá e cruzou os braços, bufando de raiva ao se lembrar do seu recém ex-namorado e, quando viu que tudo estava aparentemente seguro, Lily se aproximou e sentou-se ao lado da amiga.

—Eu acho que você tá certa, Meggie! -Lily disse e em seguida revirou os olhos ao escutar as risadinhas emocionadas de sua irmã ao ler a carta. Pelo visto ela era a única feliz por ali, porque as duas mais novas andavam há muito tempo sem seus namorados, com a diferença de que Lily havia terminado seu namoro com Ringo por vontade própria. -A gente tem mais é que se divertir e deixar a tristeza pra lá! Vou ligar pras meninas e marcar de ir ao Cavern Club hoje a noite!

Ela se levantou e foi telefonar para Rita e Polly, em seguida Megan pediu para telefonar para suas amigas do balé também e ligou até para Timothy, que ficou bem entusiasmado com aquele convite.

No fim da tarde, ela foi para casa se arrumar e ja estava entrando pelo portão quando ouviu alguém chamá-la. Se virou para olhar e lá estava Jimmy Page, do outro lado da calçada.

—Jimmy! -Ela exclamou com um sorriso enorme e não sabia ao certo se era pela felicidade de reencontrar seu amigo depois de tanto tempo ou se foi porque ele havia ficado ainda mais bonito com o passar dos anos.

—Megan, há quanto tempo! -Ele a abraçou assim que atravessou a rua.

—Verdade! O que você faz por aqui? -Ela perguntou curiosa, já que ele havia se mudado do bairro há alguns anos.

—Vim visitar uns parentes... Eu queria vir mais vezes, mas estou agitando as coisas com uma nova banda e ficamos sem tempo livre... -Ele falava sorrindo enquanto olhava nos seus olhos, o que deixou Megan completamente fora de si.

—Nossa, você ficou lindo! -Ela deixou escapar e levou a mão à boca ao perceber aquilo.

—Então quer dizer que antes eu não era? -Ele perguntou rindo e com uma sobrancelha erguida, o que fez com que ela ruborizasse. -Mas você também ficou linda, não que antes já não fosse... É uma pena que o Harrison tenha chegado na frente... -Ele disse como uma piada, mas Megan não achou graça e revirou os olhos ao se lembrar daquela besta quadrada que ela teve como namorado.

—Bom, sejá lá como for, ele já saiu do caminho... -Ela disse com um sorrisinho provocador enquanto seus dedos brincavam delicadamente entre os cabelos dele. -Se você não estiver com pressa, pode entrar...

—Hum, eu ainda tenho bastante tempo e adoraria entrar... -Ele se animou com o convite e os dois entraram.

—Pode sentar, fica a vontade, Jimmy! -Ela disse enquanto fechava a porta e se aproximava dele. -Você quer alguma coisa, suco, refrigerante? -Ela oferecia educadamente, mas ele não se sentou, apenas se preocupou em encurtar a distância entre eles.

—Eu quero você... -Ele respondeu com um sorriso maroto e ela mordeu o lábio inferior, ansiosa para que ele a tomasse em seus braços e ele rapidamente o fez, a beijando até se lembrar de onde estava e separar-se dela assustado, o que fez com que ela começasse a rir.

—Ai Jimmy, vc ainda tem medo do meu pai, é? Não tem ninguém em casa, volta aqui... -Ela o puxou mais uma vez e eles ficaram juntos até o anoitecer.

Mas nem o Jimmy Page foi capaz de fazê-la esquecer do George, pois assim que ele foi embora, ela não parou de pensar no seu ex nem por um instante. Então, enquanto se arrumava, decidiu que naquela noite daria uma chance ao Timothy, já que ele gostava tanto dela e insistia nisso há tanto tempo que talvez ele fosse mesmo capaz de ajudá-la a se esquecer daquele magricelo idiota.

Algumas semanas se passaram e Megan até tinha conseguido esquecer o George, mas aceitava sair com o Tim apenas para não magoá-lo, porque não conseguia corresponder aos sentimentos dele. Por sorte, ela tinha ensaios do balé até nos fins de semana, agora que era uma bailarina profissional e, como precisava dormir cedo, tinha uma boa desculpa para recusar ir com ele ao Cavern ou a qualquer outro lugar.

Em um desses dias, ela tinha acabado de vestir sua camisola e já estava pronta para dormir quando escutou os gritos de Richard chamando por ela do lado de fora. Ela vestiu o robe e saiu para abrir o portão, recebendo rapidamente uma justificativa por aquela visita, como se ele estivesse lendo seus pensamentos curiosos.

—Desculpa vir assim tão tarde, é que não tive mais tempo de vir aqui hoje e você sabe, amanhã bem cedo nós vamos pra Hamburgo...

Ela não disse nada, apenas deu passagem para que ele entrasse e os dois seguiram em silêncio para a porta. Hamburgo. Ela odiava esse nome com todas as suas forças, primeiro tinha perdido o George e agora Richard estava indo para lá também. “Mas o que será que essa maldita cidade tem?” Ela se perguntava com raiva cada vez que aquele lugar sugava tudo o que existia em seu coração, como se lá existisse um imã cuja função era separá-la de tudo o que ela mais amava.

—Você está sozinha em casa né? Eu teria ouvido gritos dizendo pra tocar a campainha ou então seria xingado por estar fazendo essa gritaria no portão a essa hora... -Ele perguntou assim que adentrou a porta, tentando quebrar o silêncio e aquele clima tenso causado mais uma vez pela sua ida a Hamburgo.

—É, parece que meus pais finalmente perceberam que já sou grande o suficiente pra não colocar fogo na casa se for deixada aqui sozinha por um fim de semana inteiro... -Ela deu uma breve risada enquanto fechava a porta atrás de si. -Você disse que ia vir todos os dias essa semana... -Ela resmungou enquanto cruzava os braços e o encarava com um olhar acusador.

—Eu sei, mas a gente estava arrumando as coisas pra viagem e fazendo os últimos shows da agenda... Desculpa! -Ele se aproximou vagarosamente com os braços abertos, mostrando a intenção de abraçá-la mas ela não moveu um músculo, então ele a abraçou daquele jeito mesmo. -Você sabe que se eu pudesse estaria aqui com você o tempo todo, oito dias por semana... Ainda mais agora que vou passar tanto tempo longe, mas eu não consegui... Ah Megan, vou sentir tanto sua falta!

Ele a apertou com força e ela finalmente passou por cima do orgulho, o abraçando de volta.

—Eu também, Richard! Eu já quase não te vejo, mas sempre soube que você estaria por perto. E agora você vai estar tão longe... Você é tudo que eu tenho agora, queria tanto que você ficasse... -Ela o apertou com força, pois sabia que nada poderia ser feito para mudar aquilo e que aquele seria o último momento que eles teriam juntos em muito tempo.

—Eu também não queria te deixar aqui, se pudesse juro que te levaria comigo.. mas eu vou escrever todo dia, eu prometo! Você vai até enjoar de ler tanta carta... E vou mandar uns postais... E umas fotos....

—Pode mandar fotos do Rory, com autógrafo e beijos também? -Ela de repente se separou dele e o encarava com uma animação incomum.

—Pra que você quer fotos do Rory, hein? -Ele perguntou com uma sobrancelha erguida.

—Pra fazer inveja em todo mundo, oras! -Ela respondeu rindo mas logo voltou a ficar séria e tomou as mãos dele delicadamente. -Rick... Fica aqui só essa noite?

Ele pensou em todas as coisas que ainda tinha para arrumar e não poderia ficar ali de jeito nenhum, mas também não podia recusar aquele pedido porque tudo que ele mais queria era passar o maior tempo possível com ela, antes de partir.

—Tá... -Ele respondeu e recebeu um sorriso em troca da resposta, o que fez ele perceber desde já que nunca se arrependeria dessa decisão.

Megan foi até a cozinha pegar refrigerante e lanchinhos, era engraçado como durante muitos anos, passar a noite fazendo uma barraca com cadeiras e lençois no quarto com ele, comendo biscoitos, era o mais próximo de uma festa do pijama que Megan tinha participado antes de conhecer suas melhores amigas. E agora estavam os dois ali de novo, sem a barraca e já dois adultos, mas parecia que nada tinha mudado. Ou quase nada, porque ela se deparou com Ringo Starr sem camisa no seu quarto e ele já estava abrindo o zíper da calça.

—Richard! -Ela exclamou enquanto colocava os copos e os saduíches no criado-mudo. -O que você pensa que tá fazendo?

—Você não quer que eu durma com as roupas do show, quer? -Ele ignorou os olhos arregalados dela e deixou a calça cair por suas pernas, se sentando na cama só de samba-canção logo em seguida.

—Ai Richard, seu sem-vergonha! Não é educado tirar as roupas na frente de uma dama, sabia? -Ela disse rindo e se sentou ao lado dele, então os dois começaram a lanchar.

—Mas eu não tirei na sua frente, quando você entrou aqui eu já estava sem elas... -Ele respondeu descaradamente antes de morder seu sanduíche.

Eles estavam se divertindo bastante juntos, só os dois como nos velhos tempos, sem preocupação alguma e sem hora de ir embora. Até que Richard bocejou e se esparramou na cama, puxando Megan para junto dele.

—Já é hora de criança dormir! -Ele provocou brincalhonamente, enquanto ela se ajeitava ao lado dele na estreita cama.

—Eu não sou criança, tá bem? -Ela contestou emburrada, arrancando alumas gargalhadas dele com isso, mas ele logo parou de rir quando ela começou a passar a mão pelo peitoral dele, ao invés de dar um tapa.

Ela não se lembrava desde quando o Richad, seu Richard, parecia tão... Atraente. De repente, ela parou para pensar em quantas mulheres já tinham se aproveitado disso e sentiu uma pontada de inveja. Ou seria de ciúmes? Ela não sabia ao certo, só sabia que, pela primeira vez na vida, ela o desejava e, mais do que isso, ela desejava que o corpo dele fosse seu e de mais ninguém. Seus dedos curiosos percorriam toda a pele dele, até chegar ao abdomen, quando ele segurou o pulso dela e retirou sua mão de lá, pois já estava ficando arrepiado com aquilo.

—Que foi, nunca viu um homem sem camisa? -Ele perguntou descontraidamente, tentando se esquecer daquela excitação agradável que o simples toque dela causava.

—Ah, claro que já!! -Ela respondeu ironicamente. -Todas as noites tem um homem diferente nessa cama, eu já estive até pensando em pedir uma cama de casal, porque essa é muito pequena, sabe? -Ela deu uns tapas nele e os dois ficaram rindo até que ela não resistiu e voltou a passar a mão pelo peitoral dele mais uma vez. -É estranho, não é? Como as coisas mudaram...

—Eu não acho que as coisas tenham mudado tanto assim... Quer ver? -Ele disse malandramente, se posicionando acima dela e se ajoelhando, mantendo os quadris dela entre as suas pernas.

Em seguida ele começou a fazer cócegas nela, que desatou a rir descontroladamente, agitando as pernas no ar.

—Não Richaaaarrddd!! Paaaaraaaaaaaa!! -Ela gritava em meio às risadas, mas ele também se divertia com a situação e só parou quando seus dedos se cansaram, se jogando de lado na cama.

Ela ainda estava recobrando a respiração antes de bater nele como vingança e nem tinha percebido que a barra da camisola tinha escorregado com toda aquela agitação de suas pernas e havia deixado o encontro de sua coxa com a virilha à mostra. Ela só se deu conta disso quando reparou que ele tinha os olhos desejosamente fixos ali e sua mão já estava se movendo naquela direção, o que fez ela sentir um frio na barriga de ansiedade. Mas ele apenas pegou um pedaço da coberta para cobrir sua intimidade e a abraçou em seguida.

—Você tem razão, muita coisa mudou... -Ele conseguiu dizer enquanto tentava controlar seus impulsos. -Por fora... Mas por dentro tudo continua igual... Não é? -Ele perguntava olhando no fundo de seus olhos.

—É... -Ela respondeu quase em um suspiro.

—E vai ser sempre assim... -Ele confirmou com um sorriso e ela não resistiu a tocar os lábios dele.

—Mesmo? Até se acontecessem coisas estranhas? -Ela começou a deslizar a ponta dos dedos pela maciez dos lábios deles, o que fez com que ele a amaldiçoasse internamente, será que ela não percebia o quanto deixava ele louco? Desse jeito ficava quase impossível se controlar!

—Que tipo de coisas estranhas? -Ele perguntou, tentando fazer com que a curiosidade tomasse o lugar do desejo.

—Não sei... -Ela sussurrou ao retirar os dedos de seus lábios e, quando ele achou que seria um alívio para o seu auto-controle, ela encostou seu nariz no dele. -Coisas estranhas... -Seu hálito quente tão, próximo da boca dele, o levou a fechar os olhos involuntariamente.

Por impulso, ela tomou os lábios carnudos dele entre os seus e o beijou lentamente, saboreando e desfrutando de sua boca como se fosse a mais deliciosa das frutas. Seus dedos se enterraram no cabelo dele enquanto suas línguas se tocavam sutilmente e ambos os corações pareciam querer saltar de seus peitos, levados pelo descontrole da emoção. Ela terminou o beijo puxando suavemente o lábio inferior dele e o fitou por alguns segundos. Seus olhos ainda estavam fechados e se ela pudesse ler sua mente, saberia que ele temia abrí-los e descobrir que tudo não passava de um sonho e ele acordaria no vazio de sua cama. Mas foi chamado de volta à realidade pela voz de Megan, que o chamava nervosamente.

—Ri-Richard... Me desculpa! Eu não sei o que deu em mim, eu... Eu só... -Não conseguiu continuar porque foi interrompida por um beijo dele, dessa vez cheio de paixão, descontando na voracidade daquele momento todos os anos em que se conteve quando desejava apenas fazer isso: beijá-la como se não houvesse amanhã.

Os dois já estavam quase sem ar quando se renderam às suas necessidades de respirar e pararam de se beijar momentaneamente. Richard estava ofegante e observava o movimento de subida e descida que os seios dela faziam por baixo do fino tecido rendado, enquanto ela respirava profundamente. Ele deslizou os dedos entre a renda e a pele dela, fazendo-a sentir arrepios e puxá-lo para cima de si, querendo algo a mais.

Compreendendo a liberdade que ela estava dando, ele deitou por cima dela e voltou a beijá-la, puxando as alças de sua camisola para baixo de seus ombros e, em seguida, beijou seu pescoço. Ela já estava arrepiada apenas com o roçar de sua barba em sua pele e, quando ele começou a distribuir alguns chupões em seu pescoço, fez com que ela arfasse de prazer, arranhando de leve a nuca dele. As mãos deles exploravam cada parte de seus corpos mutuamente, enquanto eles descobriam os únicos detalhes íntimos que ainda não conheciam um do outro. A cada descoberta nova de um ponto de prazer, eles gemiam como se pedissem sempre por mais e mais.

A mente de Ringo já estava em êxtase apenas com a ideia de finalmente fazer amor. Ele já teve muitas mulheres na cama, mas nada se comparava ao que ele estava sentido naquele momento. A oportunidade de finalmente estar com a mulher que ele sempre amou fazia com que ele ficasse ainda mais excitado. Megan, por sua vez, como se durante toda a sua vida estivesse apenas esperando por isso sem saber, finalmente percebeu que havia chegado o momento de se entregar a ele de corpo e alma.

Ao terminar o ato, ambos cansados porém radiantes, Ringo a abraçou e sorria enquanto acariciava seu rosto. Os dois estavam completamente suados e ofegantes, ela ainda tremia e se aconchegou nos braços dele, sentindo que poderia ficar assim, entre seus braços, pelo resto da vida.

Richard tinha tanta coisa para dizer naquele momento, mas não conseguia fazer mais nada além de sorrir abobalhadamente e, por incrível que pareça, ela entendia tudo o que ele queria dizer naquele momento, apenas olhando profundamente no azul de seus olhos. Eles ficaram um bom tempo assim, sem dizer nada, até cairem no sono. Ou melhor, apenas ela dormiu, porque ele acordou várias vezes durante a madrugada e ficou apenas velando o seu sono e tentando convencer a si mesmo que aquilo havia acontecido de verdade enquanto relembrava tudo, embora seus corpos nus fossem a prova mais evidente daquilo.

Assim que amanheceu o dia, Ringo se espreguiçou, ainda que contra sua vontade, pois ainda tinha que ir para casa arrumar suas malas e já iria viajar antes do almoço. Ele ficou com pena de acordar sua amada, que dormia enrolada nas cobertas depois de tanto se mexer durante o sono, mas não podia sair dali sem se despedir dela.

—Megan... -Ele sussurava em seu ouvido, mas ela parecia estar em um sono tão pesado que sequer ouviu. -Amor... Acorda... -Insistiu enquanto puxava seu braço delicadamente, fazendo com que ela resmungasse algo incompreensível, ainda sem abrir os olhos, e se virasse para o outro lado.

Ele soltou uma risada e em seguida a virou de volta de bariga para cima, se curvando sobre ela e dando vários selinhos, até que ela resmungou mais uma vez e abriu os olhos, sorrindo ao tomar o rosto dele entre as mãos e retribuindo os selinhos.

—Mmm... Eu te amo Rick, agora me deixa dormir... -Ela disse ainda sonolenta e, fechando os olhos, o abraçou fazendo com que ele se deitasse por cima dela.

—Eu também te amo minha dorminhoca! -Ele a abraçou com força e se virou para o outro lado rindo, a colocando por cima dele dessa vez. -Eu queria ficar aqui com você o dia inteiro, mas eu já tenho que ir embora... -Ele a virou de lado com cuidado e se levantou, procurando sua calça pelo chão.

Ela então se lembrou daquela viagem estúpida e coçou os olhos, tentando acordar de fato. Quando se sentou na cama, ele já estava fechando o zíper da calça.

—Richard, você... -Ela parou de falar assim que percebeu estar completamente nua e pegou a coberta para esconder o corpo, se sentindo estranhamente envergonhada. -Você tem mesmo que ir tão cedo? -Continuou enquanto checava as horas no relógio.

Ele sentou ao lado dela na cama, tentando conter a risada com o gesto que ela teve de se cobrir e começou a falar enquanto vestia a camisa.

—Eu ainda não arrumei nada e com certeza vou me atrasar... Eu tenho que ir logo, senão os caras da banda me matam! -Ele se explicou e a beijou ternamente, com certa tristeza ao se lembrar que aquele seria um de seus últimos beijos em muito tempo, embora ainda fosse um dos primeiros. -Megan, tem tanta coisa que eu preciso te falar... Mas não assim com pressa e muito menos por cartas... Escuta, a banda só vai passar uma ou no máximo duas temporadas em Hamburgo e, quando eu voltar, venho direto te ver... Promete que vai me esperar pra gente conversar?

Ela não sabia o que pensar de tudo aquilo e saber que ficaria uma ou duas temporadas curiosa não ajudava muito nessas horas, então apenas balançou a cabeça afirmativamente. Mas a verdade é que ela já havia prometido esperar pelo George que havia desaparecido do mapa fazendo exatamente a mesma viagem que ele faria em algumas horas, estava toda enrolada com o Timothy e só agora havia parado para pensar que tinha acabado de fazer a maior besteira da sua vida com o melhor amigo.


Milhares de pensamentos confusos corriam por sua mente e, se ficasse mais uma semana naquela cidade, ela iria enlouquecer. Precisava clarear as ideias em um outro lugar que não lhe trouxesse tantas lembranças e sem ninguém no seu pé o tempo todo. Foi por isso que, assim que chegou na escola de dança para o treino de sábado, ela disse à Mme. Mineux que aceitava a oferta para fazer parte da companhia de dança do sócio dela, em Nova York durante o verão. Era uma ótima oportunidade para sua carreira e, além do mais, ela já não tinha mais motivos que a prendessem em Liverpool.

Fim...?


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Notas finais do capítulo

Gente, em primeiro lugar muito obrigada a todos que acompanharam a fic!! Eu não teria chegado até aqui sem vocês!!
Capítulo especialmente dedicado a todas as Regans resmungonas, elas merecem depois de tanta espera!! rsrs
Gabistarkey já leu tudo e está dando o primeiro piti Regan por inbox... Cuidado Alícia, você está perdendo seu posto!! kkkkkkkk
Agora estamos de mudança para o blog e os capítulos daqui vão pra lá também: http://justanowherewriter.tumblr.com
Talvez eu demore até o fim do ano pra começar a continuação, já que ainda tenho que passar 40 capítulos de GDS pro blog primeiro, mas vou tentar fazer o mais rápido possível (:
Eu tenho 18 leitores mas só uns 13 apareceram, então se alguém quiser ser notificado sobre atualizações da nova fic no blog, me manda uma mensagem aqui no Nyah mesmo avisando que quer, ou então entra aqui: https://www.facebook.com/groups/521146371246732/
Espero vocês lá!!