I Promise escrita por Laranja


Capítulo 11
Seremos uma família bonita de se ver.


Notas iniciais do capítulo

-OOOOOOOI MEUS LINDOS LEITORES. Espero que gostem, realmente.



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“'Cause I've seen love die way too many times”

Acordei sobressaltada com a voz de Hayley Willians da banda Paramore aos berros. Apertei o despertador, me espreguiçando. Levantei-me, tropeçando em alguma coisa... Uma cueca.

– Oh Meu Deus! – gritei. Meu quarto estava uma bagunça. Roupas espalhadas pelo quarto todo. Alguém estava dormindo em minha cama. Botei um roupão e fui ver quem. Marcos estava numa posição engraçada, com a bunda para cima. Gritei novamente acordando o mesmo.

–Hã?

–Marcos. Levanta.

–Ah... OI Honey. -Marcos se levantou e sentou em minha cama atras de mim.

–H-honey? -perguntei.

–Foi como eu te chamei a noite inteira... -falou ele sedutor e mordeu minha orelha e passou a mão pelas minhas costas nuas.

–Ah... – disse, me virando. Peguei umas roupas no meu armário e fui até o banheiro, me vestindo. Fechei os olhos me apoiando na pia. Flashbacks da noite anterior vinham e iam rapidamente pela minha cabeça. Saí do banheiro e Marcos já estava em pé, vestido apenas com cueca e a calça jeans.

– Acho melhor você ir, Marcos.

– O que? – ele coçou a cabeça e se aproximou de mim – Você está me expulsando?

– Não... Estou te convidando a sair.

– Por quê?

– Você chega na minha casa, me beija, tem uma relação sexual comigo e deixa meu quarto todo bagunçado. Acho que é hora de ir. – digo, o empurrando para fora do quarto.

– Se for pelo quarto eu arrumo, não tem problema! – ele se desviou de meus braços e parou em frente a porta.

– Marcos... vá.

– Você não entende né? – ele mordeu o canto do lábio e se aproximou e mim

– Eu não quero ir. Não quero te largar. Passei essas semanas sem falar com você, porque achei que era melhor assim. Seria sacanagem “ficar” com você logo depois de um término de namoro, não? – ele fez uma pausa e se aproximou o máximo de mim – Eu quero ficar com você para sempre, Alice. Só você que não entendeu isso ainda. Gastei todos esses anos em coma... E agora eu quero passar o resto da minha vida ao seu lado. Sem gastar mais nenhum tempo. Deixe-me te fazer feliz... Mais uma vez... Me dê uma chance para fazer tudo de novo. -sussurrou ele em meu ouvido- "Let me love you." - Puxa, aquele homem me conhecia.

– Marcos...

– Podemos fazer tudo de novo e melhor, Alice. Nós podemos.

–Eu sei que podemos.

–Então... Por que não fazer?

–Quem disse que estou dizendo não?

Ele sorriu. Do modo mais puro e sensível que um homem pode fazer. Marcos abraçou minha cintura e me levantou, girando nos dois. Ele ria e eu não pude deixar de rir também.
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Horas se passaram, eu e ele estávamos parados em frente a tv da sala, vendo “Eu Sou o Número Quatro” enquanto eu escutava Marcos reclamar de quanto eles encurtaram o filme, tirando partes essenciais. Mordi sua orelha e sorri. Era esse Marcos de quem eu sentia falta. Esse Marcos que me forçava a ver filmes que eu não tinha o mínimo interesse, mas só aceitava para ficar perto do meu Marcos.

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P.O.V Marcos

Ela estava linda. Simplesmente linda. E lindamente simples. Vestido branco simples, com os botões madrepérola escorrendo pelas costas. Um véu pequeno, igual a calda do vestido. Parecia que ela estava ali para receber a primeira comunhão, não para casar comigo. Era isso que tornava mais bonita.

Ela vinha pelo corredor sorrindo da forma mais fofa e quase infantil. O padre começou a falar aqueles troços -confesso, CHATOS- que eu não entendia, nem prestava atenção.

–E Marcos aceita Alice como sua legitima, esposa? Na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que a morte os separe?

–Aceito. -falei confiante e feliz.

Ele repetiu a mesma coisa para Alice.

–Aceito. -também falou ela. Eu sorri.

–Então os declaro... Marido e Mulher. Marcos, você beijar a noiva.

Eu obedeci. Peguei-a pela cintura e a beijei. O beijo perfeito. Ela enlaçou seus braços no meu pescoço e eu me separei. Olhei nos olhos dela e sorri. Ela também.

–Alice, você acredita que acabamos que nos casar?

Ela sorriu e me deu um selinho.

–Acho que sim.

Nós rimos baixinho e nos separamos, apertei a mão do padre e peguei minha esposa no colo e sai da igreja.

–Já nos casamos... Agora falta a lua de mel...

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(N/A agora, a narração volta a ser feita pela Alice)


–Marcos? - gritei. Iria fazer um ano de casados e o cara não tinha nem se levantado da cama ainda. Posso te afirmar uma coisa. Nenhum casamento é perfeito. Nenhum mesmo.

Acho que ele era até um bom marido.

Sempre perto nas horas difíceis e tal. Mas ninguém é perfeito. Eu estava muito tonta. Minha dor de cabeça chegava a ser absurda. Cambaleei até nosso quarto e quando fui chamar ele de novo, eu vomitei.

Isso fez Marcos se levantar. Com certeza ele começaria a resmungar, mas quando viu o vomito no chão, se apreçou em se vestir e me levar ao médico. Nós dois esperávamos ansiosamente a resposta do médico para os meus vômitos constante e os desejos absurdos de comer alguma coisa - como papel higiênico.

– Senhores Lloyd, vocês devem estar muito felizes. - falou o doutor. - Vocês vão ter um bebê.

Eu e Marcos nos entreolhamos. Seu sorriso foi espontâneo e não conseguimos parar de rir. Já estava na hora também. Não usávamos proteção na hora de se "divertir" há um bom tempo.

–Seremos uma família bonita de se ver, Marcos.

–Por que diz isso? – perguntou com um sorriso.

–Eu vou ser uma mãe coruja, aquela que vai sentir saudades no primeiro dia de aula, que vai ter pena de dizer não, que vai ter um coração mole. Vou ameaçar a por de castigo e não colocarei. Que vou querer cheirar e agarrar a cada segundo e que vou ter uma mania de morder cada dedinho gordo que o nosso bebê terá. Vou ser aquela mãe que vai ter ciúmes se a primeira palavra da nossa bailarina for papai e não mamãe. E você? Você vai ter que ser o pai durão, para conseguir dizer não. Que vai por de castigo, brigar e por ordem. Que vai estabelecer horário e regras. Mas que no final do dia, vai querer um abraço apertado daquele pedaço de gente. Que vai querer ouvir um boa noite, mesmo depois dela ter feito algo errado. Você vai querer ser o pai durão, que dá medo. Mas não vai passar de um pai coruja como eu. Que vai dar tudo, que vai levar para todos os lugares e que vai por a culpa em mim se ela fizer pirraça. Vai dizer que eu mimo demais e que se não fosse você, não teria limites. E nós? Nós vamos brigar para ser o preferido. Vamos escolher o melhor colégio e novamente brigar para ver quem vai busca-la na escola. Vamos fazer as vontades e no fim, vamos nos perguntar se somos mesmo, os melhores pais do mundo. E seremos; só por sermos pai e mãe de uma criança que terá os seus olhos, os meus cabelos e o seu jeito. Seremos a família que vai ter o maior orgulho do filho quando ele tirar seu primeiro dez na prova do colégio e iremos exigir conhecer seu primeiro namorado, ou, namorada.

–É. Seremos aqueles pais ciumentos e grudentos. Mas, seremos os melhores pais do mundo. E eu vou ensinar a nossa cria a jogar Angry Birds.

–Nerd. –falei com um sorriso. Ele sorriu também. Marcos me beijou e acariciou minha barriga.

–Talvez eu seja. Mas eu vou ser o pai nerd mais feliz do mundo.



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Notas finais do capítulo

ENTÃÃÃO. EU MEREÇO REVIEWS?