I Promise escrita por Laranja


Capítulo 1
Amizade Eterna


Notas iniciais do capítulo

Essa Fic, na verdade foi feita a partir de um sonho, na qual minha amiga (sem conta no Nyah) teve.
Espero que gostem :)



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Morávamos em uma cidadezinha pequena, perto da praia. Eu e Marcos saimos para brincar todo dia, sabe, pega-pega e outras brincadeiras infantis. Tinhamos quatro anos. Marcos era bem mais alto do que eu. Cabelos ruivos, sempre um pouco mais compridos que o normal, e pele clara davam destaque aos seus olhos verdes.

Mesmo com quatro, sabia que ele era bem bonito.

Passavamos o dia em frente as nossas casas de vila, brincando o dia todo, até nossas mães gritarem pela janela para voltarmos para casa. Chegou a nossa idade de começar a estudar.

Fomos matriculados na mesma escola, iamos juntos, voltávamos juntos. Afinal, era uma cidade muito pequena, nada iria nos acontecer. Aos nove, estavamos um pouco mais maduros do que antes, um pouquinho só, continuavamos sendo crianças, porém, não erámos mais aquelas crianças que ficavam brincando em frente a casa.

Marcos, sempre foi muito protetor. Ele não queria se afastar de mim. Me sugeriu uma "promessa de amor eterno". No nosso caso, Amizade Eterna.

Fizemos, eu também não queria me afastar de jeito nenhum de Marcos, meu amigo!

Fui para casa pensando nisso... "Amor eterno"

Era amor o que eu sentia por Marcos? Eu tinha apenas nove anos!

Não conseguia chegar em uma conclusão que me agradasse... Todas que tirei diziam que não passava de amizade...

Não era isso que eu queria ouvir, nem descobrir

Continuamos nossas vidas, tirando nossas altas, nunca em recuperação... Até que decidimos viajar nas ferias. Tinhamos 12 anos... Nossos pais iriam conosco.

Iríamos dormir em uma cabana e eles em outra, tendo total privacidade.

Já sabia o que sentia por Marcos, queria saber se ele sentia o mesmo.

–Marcos. Está acordado?- é claro que ele estava! Eram dez horas

Ele sorriu levemente.

–Estou, é claro. Não esperava que eu estivesse dormindo a essa hora, né? - risos-

– Diga Alice. - ele indagou

– Lembra quando fizemos a promessa?

– Sim. Não pode quebra-la.

– Eu sei que não. Apenas quero saber... É Amor Eterno ou Amizade Eterna?

Ele me deu um sorriso um tanto irresistível e sedutor

– O que você quiser, menina... - me respondeu com a voz rouca

Ok, isso era um avanço. Agora... Perai! O que ele estava fazendo?

Marcos se aproximou, e tirou meu cabelo dos olhos. Mais um sorriso sedutor.

Ele se curvou para mim, quase pude medir o tom de verde de seus olhos.

E um segundo depois não pude mais. Os olhos de Marcos haviam se fechado e seus labios tocado os meus

Depois do beijo tão esperado, Marcos sorriu para mim.

– Alice...

– Sim?

– Eu realmente gosto de você. E... eu quero que você seja minha menina. E eu espero que você queira ser minha. - Depois dessa declaração tão barroca, quanto romantica, não deixei de sorrir, mas, apenas virei para o lado e fingi adormecer.

No dia seguinte fomos a praia.

Eu estava insegura com Marcos, não havia o respondido. Me aproximei dele, que estava sentado observando o mar

– Marcos?

– Hã... diga Alice...

– Sabe... Ontem...

– Você vai responder?

– Vou. - ele sorriu, um sorriso sincero, de quem havia ficado realmente feliz.

– Ótimo. E... o que vai ser?

O beijei. E ali estava minha resposta


Dois anos se passaram. Estava um dia chuvoso. Eu estava na casa de uma amiga, morrendo de frio. Marcos me ligou. Sua voz pelo telefone estava abafada.

– Alice? Quer que eu vá te buscar? Está muito frio para minha menina ficar andando sozinha na rua.

– Mas, está frio Marcos.

– Eu esquento você... Estou saindo de casa. - ele disse um tanto sedutor e romântico. Cinco minutos depois recebi um SMS dizendo para eu descer que ele estava ali embaixo

Eu desci, ah ótimo, cinco minutos lá embaixo e já estava ensopada. A rua, apesar de cheia, estava barulhenta e muitos carros passavam. Avistei Marcos ali do outro lado da rua, sorrindo e acenando. parecia bem feliz, embora seus cabelos estando super molhados que nem pareciam ruivos. Ele tentou atrevessar, mas acabou se atrapalhando com a calça jeans, que mesmo grudada em seu corpo, estava caindo. Demorou um segundo a mais do que deveria. Um carro desgovernado estava passando, e com as ruas molhadas, tornava-se impossivel de freiar

– MARCOS!! - berrei

Ele olhou para mim, e depois para o lado. arregalou os olhos e tentou se proteger - em vão - da batida inevitavel.

Apenas ouvi o carro batendo em Marcos, no Meu Marcos, e o motorista -aquele irresponsavel- desceu, pediu desculpas a mim e ligou para uma ambulancia. Chorando liguei para minha sogra e ela pediu, implorou que eu fosse na ambulância com ele. Nos encontrávamos no hospital. Entrei na ambulância, e sentei ao lado de Marcos, meu Marcos, meu namorado... Peguei sua mão gelada e coloquei a mão em seus cabelos, sua pele, gelada e mais palida do que o normalmente. Não sei quanto tempo demoramos para chegar no hospital... Chorei o trajeto todo.

Chegamos no hospital e Marcos foi levado as pressas para uma sala, na qual eu e Fátima não podiamos entrar.


Um minuto em uma sala de espera parece um milhão de anos para uma namorada angustiada. Abordava qualquer pessoa de branco que parecesse medico a procura de noticias, mendigava resultados das tias da limpeza... Qualquer coisa. Um tempo depois (provavelmente breve, mas, para mim uma eternidade) chegou um medico, Dr. Matheus, perguntando quem era parentes de Marcos. Eu e Fátima nos apresentamos.

–Somos nós. alguma noticia sobre Marcos?

Dr. Matheus se apresentou e disse que era muito cedo para qualquer prognóstico. O paciente tinha escoriações nos braços e no rosto, além de uma costela quebrada. Não havia, no entanto, indícios de hemorragia. Seriam necessários novos exames para avaliar a extensão do traumatismo crânioencefálico que resultara na perda de consciência.

Tentei traduzir o diagnóstico:

– Isso quer dizer... Que Marcos está... Em coma?

Dr. Matheus concordou triste e avisou que poderiamos visitar o paciente. Avisou ainda que na UTI a visita era ás 17h00min.


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Notas finais do capítulo

Mereço review?
ISA: Esqueçam alguns erros de português, a Jubs ficou com preguiça de escrever direito