Me sentei no banquinho e esperei chamarem meu nome. Depois de cinco minutos, uma mulher de branco entrou na recepção e assentiu para mim. Me levantei e a segui até um quarto todo branco.

  "Você tem quinze minutos." -Ela disse saindo.

 Olhei para trás e vi tia Sarah conversando com um médico.

  "Helena?" -Chamou uma voz rouca.

 Olhei para cama e minha avó estava deitada nela. Fui até lá devagar e me sentei do lado.

  "Oi vó. Como se sente?" -Perguntei.

  "Melhor agora." -Ela sorriu.

 Ela tinha alguns arranhões no rosto e um dos braços quebrados. É claro que com sua idade, demoraria mais para se recuperar.

  "O médico disse que você pode voltar para casa semana que vem."

  "Eu sei. Como você esta? Sarah esta cuidando bem de você?"

  "Sim." -Assenti.

  "Que bom. Não esqueça de fazer as entregas..."

  "Vó, todos estão preocupados com a senhora."

  "Eu estou bem querida." -Ela sorriu.

  "Sinto muito por ter dito aquilo." 

  "Ah querida, a culpa não foi sua." -Ela pois a mão em cima da minha.

  "Mas então por que eu me sinto tão culpada?" 

 Ela sorriu.

  "Não se sinta." 

 Nesse momento, tia Sarah entrou no quarto. Me levantei e saí, as deixando as sós. Voltei para a recepção e sentei no banco, limpei o canto do meu olho e fiquei esperando tia Sarah voltar.