Annabeth E Percy escrita por , Gusharry


Capítulo 6
E eu tenho um flash back


Notas iniciais do capítulo

Bem, como prometido, aqui mais um capitilo para vocês queridos leitores.
Divirtão-se.



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E eu tenho um flash back

    Isso foi a mais ou menos quatro meses atrás. Eu estava dando uma volta de skate pela rua (pois é, muita coisa acontece quando eu ando de skate) e parei para dar uma olhada na vitrine de uma loja de materiais esportivos quando ouvi alguém me chamar.

- Ei, Percy.

    Quando me virei levei um soco no peito que me mandou de costas na parede e dali deslizando até o chão.

- Há, guarda baixa.

    Thalia estava parada ali com as mãos na cintura rindo despreocupadamente como se o dia só ficasse perfeito depois de me dar uma porrada.

    Ela usava sapatos de couro, calça jeans desbotadas e rasgadas, cinto de couro marrom com furos duplos prateados e bem largo que ficava frouxo em seu quadril, blusa preta do System of a donw, jaqueta de couro preta, uma pulseira e cordão prateados juntamente com um anel de caveira também prateado (a marca da caveira ficou no meu peito por cinco dias, era muito sinistro, parecia uma maldição). Levando em conta o seu visual, somado ao fato de ela ter me agredido, comecei a me levantar com a expressão menos zangada que conseguia para que as pessoas que passavam por ali não achassem que aquilo era um assalto e chamassem a policia (o que aliás, com a raiva que estava, não acharia tão ruim assim), de fato algumas pessoas estavam olhando de forma assustada com celulares na mão indecisas se ligavam ou não, acenei para elas para provar que estava tudo bem.

- Porque você fez isso? - perguntei indignado tentando ainda me levantar, ela estendeu a mão para me ajudar.

- Nada de mais – respondeu dando de ombros – só queria te cumprimentar como os homens fazem, só para ver como é. - ela fazia força para não rir.

- Quando os homens se cumprimentam, eles não tentam matar uns aos outros.

- Hora vamos, deixe de drama. O soco de uma garota frágil e delicada não pode machucar ninguém. 

- Garotas frágeis e delicadas não conseguem quebrar blocos de concreto com as mãos – é serio, Thalia é faixa preta em Tai kon do e Jiu- jitsu.

          Neste momento escutei uma risadinha tímida atrás dela, então vi que estava acompanhada.

- Há, que cabeça a minha. Percy, essa e minha amiga Susan, Susan, esse é Percy.

- Susana Nishimura, pode me chamar de Susan.

- Perceus Jackson, mas todos me chamam de Percy.

- Percy – ela disse meu nome de uma forma suave, olhou nos meus olhos e soltou a minha mão corando levemente.

    Susan é uma garota bonita de olhos castanhos e cabelos negros que caiam sobre os ombros e uma cabeça mais baixa que Thalia. O contraste entre as duas era gritante, ela usava sapatos All Star, calça comprida jeans azul, blusa rosa com jaqueta de algodão branca por cima e óculos pequenos e discretos com armação preta. Ela sim parecia uma garota frágil e delicada.

- Você esta bem? - ela me perguntou com um olhar preocupado – Thalia, por que você fez isso? Poderia tê-lo machucado seriamente.

- Não se preocupe, eu estou bem. Já estou acostumado a levar pancadas como essa na academia – disse tentando parecer com se aquilo não fosse nada, se bem que pelo gosto de sangue na boca, tinha a leve impreção de que tinha me machucado seriamente.

- Viu? Ele está bem – interveio Thalia – não se preocupe, ele é durão, aguenta tudo.

- Mesmo assim...

- Qual é?! Vamos esquecer esse assunto, ok? - é fácil pra ela falar – por que não comemos uns hamburguês com fritas? Você aceita Percy? Como pedido de desculpas? Eu pago.

- Bem, se se você insiste, eu aceito.

    Fomos os três para uma lanchonete próxima famosa pelo seu molho de hamburguer. Após fazermos nosso pedidos Thalia recebeu uma ligação.

- É minha mãe. Com licença, eu tenho que a atender.

    E saiu deixando a mim e Susan sozinhos, lado a lado na mesa. Ela pareceu pouco a vontade, mas puxou assunto para quebrar o gelo.

- Então, você conhece Thalia há muito tempo?

- A mais ou menos uns nove a dez anos – respondi – foi quando comecei a praticar tae kon do. Nós éramos da mesma academia, aliás, ainda somos. Ela era maior do que eu, então eu sempre apanhava dela – parei e refleti um pouco enquanto massageava o peito – De vez em quando ainda apanho pra falar a verdade.

Ela deu uma risada mas se controlou rapidamente como se não conseguisse decidir entre o riso e a pena.

-     Nossa, isso é muito cruel. Digo, aquele soco deve ter machucado de verdade, não esta doendo? - ela colocou a mão no meu peito – nossa, seu peitoral é... bem definido – ela me olhou nos olhos, enrubreceu e voltou rapidamente para o seu lugar – Me desculpe.

-     Tudo bem – falei um pouco vermelho também – E você? Como a conheceu?

-     Bem, foi no ano passado quando eu me transferi para a Goode. Nós estudamos na mesma turma de química, biologia e literatura. A primeira vez que a vi foi na aula de biologia, ela estava sentada la no fundo da sala olhando pela janela, quando de repente ela olhou pra mim, me senti como se levasse um choque.

 -     É, ela passa essa impressão.

-    Não é? Então, eu pensei algo do tipo “ ai meu Deus,eu preciso ficar longe dessa maluca”. Naquele dia o professor fez a escolha das duplas que trabalhariam juntas pelo resto do ano através de um sorteio, quase tive um enfarto quando descobri que teria de trabalhar com ela

    Nós dois rimos, Susan parecia muito a vontade falando assim de Thalia, parecia sentir muito orgulho de sua amiga

-     Eu achei que teria que levá-la comigo durante todo o ano letivo, mas fiquei feliz em descobrir que ela é muito inteligente, e que ela não roubaria o meu dinheiro, - ela deu uma breve risada – digo, é verdade que ela parece ser impulsiva, rebelde e violenta...

-     Ela é impulsiva, rebelde e violenta.

-     Sim, pode ser, mas ela também é gentil e generosa, você se sente protegida perto dela.

-     Quando comecei a treinar na academia, ela também me protegia dos garotos maiores, dizia que só ela poderia bater em min.

    Rimos novamente, Thalia chegou logo em seguida.

- Ho, ho. Do que vocês estão rindo? Por acaso estavam falando de min?

- Bem, - começou Susan – só um poquinho.

- Não acredito, basta eu virar as costas e vocês me apunhalam, isso deve ser culpa sua garoto – e começou a socar meu braço no que deveria ser uma forma de brincadeira.

- Ai, para Thalia. Nós estávamos falando bem de você...para com isso... se não parar vai ter que me pagar também uma pizza como pedido de desculpas.

    O argumento pareceu convencê-la e ela parou.

- Certo, certo – ela se sentou de frente para min – então, vocês já falaram da festa?

- Não chegamos la ainda.

- Festa? - perguntei achando que tinha pedido alguma coisa – Que festa?

- Vai haver uma festa a fantasia beneficente nesta sexta-feira no Brooklin – explicou Susan.

- E os pais dela, que são médicos sempre estão engajados em questões sociais, – continuou Thalia - receberam convites para ir, porém, eles tem um compromisso e não poderão ir, de forma que ela tem dois convites sobrando.

    - Thalia já aceitou o convite, então – ela fez uma breve pausa e corou levemente – bem, gostaria de saber aceita ir a festa comig... com a gente – ela corou mais um pouco e evitou me olhar nos olhos.

- Bem, - comecei a falar mas então percebia que Thalia olhava para mim como se dissesse “aceita ou morre” - seria um prazer – respondi com um sorriso um pouco forçado.

    Susan abriu um sorriso largo e Thalia pareceu satisfeita. Depois disso, nós comemos nossos sanduíches, conversamos mais um pouco, Susan me entregou o convite, então nos despedimos e fomos para casa. Mais tarde, quando estava navegando na internet, percebi que Thalia estava on-line no Skype, então fiz uma chamada.

- Oi Percy, como vai? - ela estava segurando seu baixo como se estivesse tocando um minuto atrás.

- O que foi aquilo?

- Aquilo o que?

- Você praticamente me jogou em cima de sua amiga – fiz uma pausa – depois de me jogar no chão – ainda me sentia ressentido pelo soco.

- Ah vai, não é como se você estivesse fazendo um enorme sacrifício. Ela é uma garota muito legal, inteligente e bonita.

- Sim é, mas...

- Escuta – ela se aprumou melhor na cadeira – não estou pedindo que você se torne o namorado dela, só quero que você faça companhia para ela. Sabe, ela terminou com o namorado dela a algumas semanas e tem estado muito mau desde então, não consegue se concentrar nas aulas, não se alimenta direito.   

- Entendo, mas...

- Mas depois que ela conheceu você – ela interrompeu – digamos que ela ganhou um novo animo, ela sempre te via nos corredores e nos jogos e comentava comigo o quanto o achava bonito.

- Certo, mas você não acha que esta exagerando? Tipo, eu não sou tão bonito assim para agir como uma espécie de vitamina para corações partidos.

    Ela me encarou como se não acreditasse no que ouvia.

- Você esta brincando? Percy, uma vez nós fomos a piscina da escola e você estava lá nadando. Quando você saio da água só de sunga e tirou o óculos e a toca... Uau, você não sabe como a sua imagem pode ser estimulante para uma garota, é de tirar o fôlego, acredite cara, você parecia um Deus... - ela tapou a boca rapidamente e ficou me olhando de olhos arregalados.

    Uma da qualidades de Thalia é que ela sempre diz o que pensa, porém, ela é meio distraída, de forma que ela as vezes faz isso sem querer. Esses momentos, dependendo do que ela fala, podem ser engraçados, inoportunos, lisonjeiros ou (como é o caso) contrangedores.

    Fiquei sem palavras, quando olhei na tela do computador percebi que estava vermelho e de boca aberta, fechei-a imediatamente. Thalia me olhou com cara zangada como se a culpa fosse minha, não sabia se ela estava vermelha de raiva ou de constrangimento.

- Eu nunca falei isso, entendeu?

- Ah, ok – balbuciei.

- Então, como eu ia falando – ela continuou como se nada tivesse acontecido – nós íamos andando pela quando te vi violando a vitrine da loja, então imaginei que seria uma boa oportunidade de apresentá-los e convidá-lo para a festa, eu estava certa. Depois de sair da lanchonete, Susan estava mais feliz do que a vi em semanas.

    Outra qualidade dela é que Thalia sempre cuida de seus amigos, ela simplesmente não consegue vê-los sofrer ou com dificuldades.

- Não se preocupe – disse finalmente – eu estaria la para tentar reconfortá-la, mas não posso garantir que ira acontecer alguma coisa entre nós.

    Ela sorriu satisfeita.

- Tudo bem, a sua presença já é o suficiente. Ah, e não esqueça que é uma festa a fantasia então capriche, ok?

- Ok, vou fazer o meu melhor.

- Certo, agora vamos deixar de conversa, pegue a sua guitarra e vamos tocar um pouco – ela tocou um nota grave em seu baixo.

- Esta bem – disse sorrindo – mas só se você cantar.

- Fechado.

    Conectei minha guitarra no computador e começamos a tocar. Thalia mandou uma mensagem para Luke e eu para Frank (que está no Canadá). Não demorou muito e eles apareceram na video conferencia, Luke com sua bateria e Frank com seu teclado, improvisamos uma banda. Mais pessoas apareceram depois para nos ouvir (Annabeth, Jason, Léo, Piper, Beckendorf, Conor, Travis, Silena e Hazel), e assim seguimos com nosso sarau virtual pelo resto da noite, tocando musicas do Green Day, Red Hot Chily Peper, Oásis, Paramore e várias outras bandas.       


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Notas finais do capítulo

Pessoal, não esqueção de comentar e trazer mais leitores para nossa história, ok?



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