Annabeth E Percy escrita por , Gusharry


Capítulo 12
Conversando com minhas amigas


Notas iniciais do capítulo

Muito bem gente, olha eu aqui de novo. Esse capitulo está um pouco diferente dos outros, terá alguns palavrões e referencias explicitas a sexo, mas ainda tem a mesma aura de humor que sempre teve, ok? Divirtam- se não esqueçam de comentar.



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Fanfic Annabeth e Percy - Conversando com minhas amigas.

Acordei com o sol incomodando meus olhos, me virei para o lado e dei de cara com uma cabeleira negra em meu rosto, me assustei logo de início mas logo me lembrei que estava na casa da Thalia. Tínhamos feito a noite das garotas ontem e estávamos dormindo eu, Thalia, Silena e Piper, tínhamos até expulsado Jason pra casa do Léo para ficar com a casa toda pra nós.

Me apoiei no cotovelo e fiquei olhando pra ela enquanto dormia, não me admira que Percy tenha gostado dela, Thalia Grace e uma das garotas mais lindas que já conheci. Cabelos negros e lisos até o ombro, pele clara com pequenas sardas no nariz e nos ombros, boca pequena e bem desenhada com lábios rosados, corpo atlético com pernas bem definidas ( Percy e louco por pernas). Dei um suspiro derrotada, a verdade e que sempre a achei mais bonita que eu, mesmo bancando a diva poderosa que eu sou.

O suspiro parece ter a incomodado e ela acordou me olhando surpresa com aqueles enormes olhos azuis.

– Bom dia - falei com a voz levemente rouca.

– Hum, bom dia?! - ela respondeu meio desconfiada. - Por que você está me olhando desse jeito?

– Nada de mais, só estava vendo como você e bonita.

Ela arregalou os olhos surpresa e colocou gentilmente uma mão em meu ombro me afastando levemente.

– Olha Anne, eu realmente acho que você deveria parar de assistir "The L World", isso ta mexendo demais com sua cabeça.

Ri com a reação dela e, só pra provocar, entrelacei meus dedos com os dela e me coloquei sobre ela enroscando nossas pernas, aproximando nossos rostos. Apesar do seus comentários ela não ofereceu resistência e mordeu o lábio em espectativa.

– É? Pois quando nós tivemos aquele nosso lance... você parecia bem amarradona.

– Para Anne, não fala assim - ela falou virando o rosto.

– Não? - falei com a voz rouca segurando suas mãos acima da cabeça enquanto aproximava nossos rostos ainda mais. - Por que?

Ela virou o rosto pra min me encarando no fundo dos olhos com um sorriso.

– Por que você ta com bafo.

Soltei uma exclamação indignada, peguei um travesseiro e comecei a bater nela.

– Sua vadia, divas não acordam com bafo.

A essa altura, Piper e Silena, que estavam dormindo na mesma cama, já haviam acordado sem entender nada.

– Mas o quê...aaahh...- essa foi a Piper levando uma travesseirada, depois disso ela e Silena entraram na guerra de travesseiro também.

– Suas vadias!

– Putas!

– Piranhas!

– Poliglotas!

E é assim que garotas demonstram todo o seu respeito e carinho umas pelas outras.

No meio da "luta", Thalia pulou em cima de min me prensando em cima da cama.

– Sai de cima de min!

– Só quando você admitir que eu sou mais bonita e gostosa que você.

– Nunca... aahhh...- nesse momento Piper pulara em cima da Lia.

– E eu só vou sair quando admitirem que eu sou a mais gostosa...aaahh... não Silena.

– Quem e a mais gostosa agora? - Silena falou isso depois de se jogar de costas em cima da gente.

– Saiam de cima de min suas gordas, estão me esmagando.

Todas olharam com ar chocado pra min que estava vermelha por causa do peso delas.

– Quem você chamou de gorda sua loira convencida? - Silena gritou isso isso irritada enquanto se sentava em cima de Piper e pulava feito uma louca.

– Ai ai ai ai, ta bom...ta bom... eu admito, eu sou uma baranga e todas vocês são mais bonitas e gostosas que eu.

Dito isso, Silena pulou de cima de Piper, que saiu de cima de Thalia, que saiu de cima de min, todas massageando as costas e costelas reclamando.

– Eeeehhh, sou a mais bonita e gostosa - Silena cantarolou enquanto dançava feito uma doida no meio do quarto. - E eu vou pro banheiro primeiro.

Ela saiu correndo pro banheiro da Lia e nós gememos, ela ia demorar horas.

– Ai, eu vou no banheiro da minha mãe - falou Thalia.

– E eu no do Jason - disse Piper.

– Ai, eu vou no de hóspedes - viu? No final não teve problemas.

Fui para banheiro pensativa sobre tudo o que tinha acontecido nos últimos tempos. Havia quase um mês desde que tinha tido aquela conversa com Lucke, e desde então percebi que meus sentimentos por ele e que eram puramente fraternais, ele era como meu irmão mais velho e bobo, papel esse que atribuía a Percy.

Ah, Percy. Como posso ter sido tão boba por tanto tempo? Como posso ter confundido meu sentimento dessa forma? Bom, deve ser por que Lucke e um verdadeiro pavão que atrai toda a atenção pra si enquanto o moreno e mais reservado, ele sempre preferiu ficar a sombra. E como o próprio Lucke disse, eu sou uma completa tapada para os assuntos do coração.

E agora eu o perdi para a minha melhor amiga. Espera, perdi? Ele nunca foi meu pra início de conversa. Sempre fomos amigos, nada mais que isso. Ai, mas ele também tem culpa. Como pode nunca ter reparado em uma garota tão linda como eu? Se bem que com Thalia por perto ele não repararia mesmo, afinal, ela e tão linda que até eu mesma me senti atraída por ela...o que que eu estou falando?

Me enfiei embaixo do chuveiro com agua fria tentando me acalmar.

Mas ele já reparou em min, na minha festa de aniversário. Sim, ele ficou muito decepcionado quando eu o rejeitei, questionou por que não poderíamos ficar juntos, e me olhava com tanto desejo. Droga, eu tive a chance de ficar com ele e joguei fora, como sou idiota.

Bati a cabeça contra a parede do banheiro com raiva de mim mesma, mordi o lábio de frustração. Fiquei algum tempo só sentindo a água cair sobre o meu corpo nu tentando controlar minha frustração. Ainda encostada a parede, a frustração foi se substituindo por um sentimento de esperança e acabei abrindo um sorriso: ele me deseja.

Passei as mãos pelo meu corpo me acariciando, pousei uma sobre o meu seio e outra sobre um ponto especial com um único pensamento pervertido na cabeça.

– Percy.

Depois do banho me senti mais relaxada ( hum, por que será?), troquei de roupa e fui para a cozinha me juntar às meninas para prepararmos o café da manhã, o que pode ser bem desastroso. Veja bem, um dos meus poucos defeitos e que sou uma verdadeira negação na cozinha.

Certa vez fui tentar fazer uns cupcakes de chocolate no microondas la de casa e...bem... não sei como, nem porquê, mas o microondas da minha mãe explodiu de uma forma assustadora. Thalia também e tão ruim quanto. Uma vez o Percy tentou ensinar ela a cozinhar, ela fez um bolo tão duro que ninguém conseguiu tirar da forma, até hoje o bolo está la na casa dele com um garfo enfiado que ninguém conseguiu tirar também. Tia Sally o usa pra prender a porta.

E por causa desses pequenos incidentes que somos proibidas de entrar até em nossas próprias cozinhas. E sério, em todas as cozinhas de nossos amigos tem um cartaz dizendo "E proibido que Annabeth e Thalia cozinhem nesta cozinha", e em baixo duas bonequinhas, uma loira e uma morena. Uma grande injustiça, diga-se de passagem.

Quem se ofereceu para fazer o café da manhã foi Piper, mas ela só sabe fazer receitas vegetarianas e sem graça.

– Sabe, precisamos arranjar uma amiga que saiba cozinhar de verdade - falei olhando com desagrado para os bolinhos de gengibre com aveia e linhaça que a garota tirava do forno. - Tipo, comida de verdade, e não essas... coisas ai.

Piper me lançou olhar mortal enquanto soltava a bandeja na minha frente.

– Por que você não vem cozinhar então Annabeth?

Olhei desafiadora pra ela.

– Claro queridinha - falei já me levantando do balcão. - Vou te mostrar como se...

– A única coisa que você vai mostrar, Annabeth, e como ficar caladinha e comer o bolinho da sua amiga sem reclamar - falou Silena enquanto ela e Thalia me faziam sentar novamente.

Bufei indignada enquanto Piper sorria cinicamente pra min, odeio ser contrariada. Pegamos cada uma um bolinho e os experimentamos, imediatamente os cuspimos fora.

– Que horror!!!

– Que porcaria!!!

– Você quer nos matar Pocahontas?!

– Ah gente, não exagera - ela falou exasperada enquanto mordia um bolinho para logo depois o cuspir fora e jogar o resto pela janela. - Eca, que nojo - exclamou revoltada.

Suspiramos derrotadas.

– Somos quatro garotas que não sabem cozinhar - falei pensativa. - Isso e vergonhoso.

Concordamos silenciosamente com a cabeça.

– Bom, acho que Deus quis ser justo com as outras garotas do mundo sabe - Silena falou pensativa. - Tipo, já somos isso tudo, se ainda soubéssemos cozinhar seríamos perfeitas, ai o equilíbrio do mundo seria afetado, vocês estão entendendo o que quero dizer?!

Olhamos para ela com expressões sérias, ela se encolheu um pouco.

– Sabe Silena, essa e a desculpa mais ridícula que já ouvi - falou Thalia séria. - Mas eu gostei dela, e uma boa maneira de justificar meus defeitos, vou usá-la de agora em diante.

Todas concordamos com a cabeça.

– Isso e ótimo, mas ainda estou com fome - falei emburrada.

– Podemos chamar o Jason de volta pra casa, ele iria adorar fazer um belo café da manhã para a maninha linda dele e sua bela e gostosa namorada, não e cunhadinha? - Thalia falou abraçando Piper por cima do balcão da cozinha, essa que estava olhando para o celular com um ar indignado.

– Eu pensei a mesma coisa... e liguei para o Jason, mas - nesse momento seu rosto assumiu uma expressão de fúria - esse maldito desligou na minha cara, quem ele pensa que é?!

– Ah, da um desconto Poca, e cedo ainda, são - Silena olhou no celular dela e arregalou os olhos - Seis da manhã?! Por que estamos de pé as seis da manhã em um sábado?!

– Isso e culpa dessa loira lésbica que me acorda de madrugada pra dá em cima min - Thalia falou me dando um tapão nas costas.

– Aiiiii, era brincadeira, era brincadeira.

– E eu ainda to com fome.

Olhei com raiva pra ela esfregando minhas costas.

– Porque não liga para o Percy? Tenho certeza que seu namorado vai adorar fazer um omelete bem gostoso pra você.

Todas me olharam com espanto, até eu estava espantada com a raiva em minha voz, mas percebi que era assim que me sentia.

– Uou, que clima - Piper, ela sabia, mas e claro que sabia, eles viviam juntos.

– Espera, que história e essa Anne? - Silena falou espantada.

– Como você sabe? - Thalia perguntou ainda chocada.

– Eu vi vocês no shopping - respondi ainda com raiva. - Quando vocês iriam nos contar?

Dessa vez foi ela que ficou com raiva.

– Que tal quando você e o Lucke nos contassem sobre vocês?!

Minha expressão mudou de raiva para surpresa assim como a das outras garotas.

– Nossa gente, que dia bonito não é? - falou silena tentando quebrar o clima chato. - Vamos comer uns bolinhos e ir para o shopping comprar umas saias novas? Que tal? - ela deu uma mordida no bolinho e imediatamente fez uma careta horrível tentando engolir o mesmo, mas no final botou a lingua pra fora deixando a o mesmo cair no chão.

– Como você...

– Connor me contou - ela me cortou séria, mas depois ficou pensativa. - Ou foi Traves, não tenho certeza.

– Então parece que estamos quites sua...sua...

– Annabeth acalme-se - Silena falou tentando nos acalmar - Vamos ser razoáveis e resolver isso como mulheres adultas e ma maduras.

– Sua bobona, sua cabeçuda, sua feiosa - dei língua pra ela. - Não gosto mais de você, corta aqui - mostrei meus indicadores juntos para ela que me olhou revoltada e cortou com um dedo ficando com uma cara birrenta.

– Não vou ficar na mesma casa que uma traidora como você, adeus.

E dizendo isso ela foi até a sala, causou seus sapatos e foi embora. Suspiramos cansadas e contamos até dez, ela voltou ainda com raiva e vermelha de vergonha.

– A casa e minha, vai embora você - ela falou sem olhar pra min.

Empinei o nariz, peguei meus tênis e sai do apartamento sem olhar pra trás apesar dos protestos das outras garotas.

Saí na rua espumando de raiva, como aquela vadia pode fazer isso? Como ela não pode falar nada? Ai que ódio, e por que eu estou com tanta raiva? Eu não entendo meus sentimentos, e eu detesto não entender as coisas. Lágrimas escorreram de meu rosto aumentando ainda mais minha frustração.

– Annabeth.

Olhei pra trás e vi Thalia dirigindo seu conversível azul com as garotas no banco de traz.

– O que foi? Não está satisfeita por ter me expulsado de sua casa, ainda quer tripudiar em cima de min?!

– Ah para com isso, você sabe que eu não queria fazer isso.

– Mas você fez - falei ainda andando.

– Vamos conversar, entra no carro.

– Não.

– Annabeth.

– Não.

– Annabeth!

– Annabeth.

– Annabeth.

Parei suspirando derrotada. Entrei no carro, afinal, teríamos que ter essa conversa uma hora, era melhor resolver de uma vez. Sentei no banco do carona em silêncio enquanto ela dirigia pela cidade. Silena e Piper nos olhavam em expectativa. Um silêncio desconfortável se instaurou entre nós.

– Então, não era pra gente conversa? - falei pra quebrar o silêncio irritante.

– Sim, é - ela respirou fundo e continuou. - Olha Anne, eu sinceramente não acho que o que fiz foi errado. Nós éramos solteiros e não havia problema algum em ficarmos juntos, então não vou pedir desculpas por isso. Mas admito que errei em esconder isso de você e de todos os nossos amigos - ela deu ombros envergonhada - Afinal, nós somos amigos não é? Não deveríamos ter esse tipo de segredo. Então, por ter escondido nosso relacionamento, te peço desculpas, e a você também Silena.

Assentimos surpresas com a sinceridade e calma da punk, ela geralmente não e assim.

– Tudo bem Lia, acho que devo desculpas também embora eu só tenha ficado com o Lucke aquela noite e na casa dele nós só conversamos, nada mais.

Ela me olhou desconfiada.

– Vocês não transaram?

– O que?! - falei surpresa e vermelha de vergonha - C-c-claro que n-na-não, e-e-eu jamais f-f-faria isso.

– Não?! - ela falou surpresa - Por que? Pensei que você tinha uma queda por ele, e além disso - ela revirou os olhos emburrada - querendo ou não eu sou obrigada a admitir que aquele cachorro e muito bonito, charmoso, tem pegada e...e muito bom de cama também.

– A é, isso e verdade.

Quem falou isso foi Silena o que fez Thalia pisar no freio bruscamente, sorte que estávamos em um sinal vermelho.

– E como você sabe disso patricinha? - Thalia falou com raiva se virando pra encarar Silena que estava com os olhos arregalados, todas estavam a encarando.

– Bem, eu só ouvi falar - ela respondeu nervosa desviando os olhos.

– Silena!!!!

– O quê?! - ela respondeu se fazendo de desentendida.

– Hora sua... - ela fez menção de avançar nela mas se deteve e respirou fundo se controlando - ah, dane-se. Nem me importo mais, não vale a pena sofrer por aquele lá.

Depois disso ela se virou pra frente e continuou dirigindo em silêncio. Silena relaxou pousando a mão no peito respirando aliviada. Ficamos em silêncio durante algum tempo até que resolvi tirar uma coisa a limpo que estava me incomodando.

– Lia, desde quando você está com o Percy?

– Hum, acho que foi logo depois do seu aniversário.

Então eles não estavam juntos quando eu fiquei com o Percy, isso e bom, eu me sentiria péssima se tivesse traído a minha amiga. Mas também e ruim, por que eu dei um pé num cara lindo e solteiro, ai como sou idiota, idiota, idiota.

– Mas Lia, vocês estão namorando sério mesmo?

– Bom, nós estávamos - olhei pra ela de forma inquisitiva - Não estamos mais juntos Anne, nós terminamos.

Senti uma felicidade e uma esperança me invadir de forma tão intensa que não pude evitar o sorriso que se formou em meus lábios, o que fez todas rirem da minha reação.

– Mas por que vocês terminaram? - perguntei pra evitar me zoarem - Ele fez alguma coisa errada? Ele e ruim de cama? - falei em tom de brincadeira.

– Quê?! Não não, ele e maravilhoso como namorado. E carinhoso, divertido, atencioso - ela fechou a cara e olhou pra min - Mas você nunca vai falar pra ele que eu disse isso, ok?

– Ok - falei rindo.

– Quanto ao sexo - ela falou com um sorrisinho safado no rosto, as outras ficaram com expressões maliciosas no rosto e eu fiquei vermelha - ele e muiiiito bom Anne. Tem pegada sabe? - oh se sei - sabe o momento de ser carinhoso, e de ser bruto também - ela mordeu os lábios como se lembrasse das noites quentes, ela estava cada vez mais relaxada enquanto eu ficava tensa e envergonhada.

– E língua Lia? - Silena perguntou com a cara mais safada que já vi - Ele e bom com a língua? - ela deu uma piscadinha cheia de segundas intenções - se é que você me entende.

Todas deram uma risada escandalosa, eu dei uma risadinha nervosa sentindo meu rosto esquentar, não estava me sentindo muito a vontade com aquela conversa.

– Nossa Silena, você e muito safada - Piper falou entre risadas fazendo Silena dar língua pra ela.

– Oh sim, ele e bom com a língua - Thalia continuou com a expressão mais maliciosa até agora - ela me mandava pra lua toda vez.

– Uau, então ele e bom de cama - falou Piper de forma irônica.

– Não só de cama cunhadinha - ela respondeu de forma brincalhona e cheia de malícia - ele também e bom de cadeira, de parede, de balcão, de chão, de banheiro, de tapete...

Todas soltaram uma escandalosa gargalhada, menos eu que estava com o rosto em chamas por causa dessa conversa, elas perceberam.

– Anne, por que você está tão envergonhada? - me perguntou Piper.

– Que?! Eu, envergonhada?! C-c-claro que n-n-não.

– Anne - Silena me encarou compreensiva - você é virgem?

Senti meu rosto rosto esquentar ainda mais, se e que isso era possível. Nunca me senti tão envergonhada na vida.

– C-c-claar...e-e eu eue...

– Ei, ei, calma loira, não estamos te julgando, longe disso. Não tem problema nenhum você ser virgem, ok?

Baixei a cabeça ainda com vergonha, estava me sentindo muito mau com isso, uma lagrima escorreu por meu rosto. Thalia estacionou o carro em frente a uma loja qualquer.

– Ei, qual é loira? Nem parece você - ela falou me dando um empurrão no ombro, dei um sorriso mesmo tendo doido um pouco.

– Vai a merda.

Ela deu um sorriso.

– Agora está parecendo a Anne que conheço.

Soltei uma risada tímida enquanto enxugava o rosto com a mão, todas riram de forma compreensiva e me deram tapinhas nas costas o que fez eu me sentir melhor. Me senti grata por elas não comentarem nada sobre a minha virgindade, eu realmente tenho boas amigas.

– Mas então por que vocês terminaram se ele e tão bom?

Nesse momento ela encolheu os ombros ficando um pouco mais tensa e triste.

– Bom, apesar de tudo isso, eu não amava o Percy, e ele também não me amava. Não dessa forma, entende? O que nós sentimos um pelo outro e um grande carinho e admiração, além de um bela atração, mas isso não e suficiente manter um namoro - ela suspirou - nós dois gostamos de outras pessoas Anne.

Arregalei os olhos nesse momento.

– Ele gosta de outra pessoa?! De quem ele gosta Lia?

Nem me preocupei de estar dando bandeira, não adiantava mesmo negar que não gostava do Percy, tava na cara. As garotas me olharam como se eu fosse retardada.

– O quê?!

– Ai Anne, você não tem jeito - Silena falou exasperada, Piper apenas concordava com a cabeça. Fiquei emburrada de novo.

– Mas e o Lucke Lia? - perguntei pra encerrar o assunto de vez - Como vocês ficam?

Ela pareceu murchar de vez.

– Olha Anne, não vou mentir, eu ainda gosto daquele cachorro. Mas do jeito que está não vai dá. Eu não quero mais sofrer por ele, não vale a pena.

Fiquei triste ao ver o olhar de minha amiga. Fui e m sua direção e a envolvi em um abraço apertado o que a fez sorrir um pouco. Peguei em seu rosto para olhar em seus olhos marejados, dei-lhe um longo selinho que ela retribuiu, depois encostamos a testa uma na outra.

– Nossa, vocês são mesmo duas lésbicas - falou Piper com olhos arregalados - Deveriam ficar logo juntas, ai não teriam mais problemas com homens rejeitando vocês.

Viramos pra ela e mostramos o dedo do meio, ela mostrou os dela também enquanto nos dava língua.

– Ok, já chega dessa emotividade toda. Eu ainda estou com fome, quem quer ir á casa do Léo acordar ele e o Jason para que preparem um café da manhã delicioso pra gente?! - falei animada.

– Eeeuuuuu!!!! - todas responderam animadas.

Thalia recomeçou a dirigir e seguimos para a casa do Léo. Quando olhei pra ela, percebi que ainda estava meio triste, deis alguns tapinhas e seu ombro.

– Não fica assim Punk, vamos achar um cara tão legal quanto o Percy pra você.

Ela soltou uma curta gargalhada.

– E onde vamos arranjar um cara tão legal quanto o Percy, nerd?

São Francisco

O rapaz estacionou a moto em frente a sua casa e saiu dela tirando o capacete. Acabara de sair da casa de sua "amiga" que tinha se despedido dele só de roupão com um beijo caliente em frente a casa dela. Teve que se segurar muito para não levá-la de volta para o quarto e continuar o que estavam fazendo antes, e ele o teria feito se não fosse o chamado urgente de seu pai. Mesmo agora quando se lembrava do olhar escuro dela e do pequeno roupão de seda vermelho que deixava a mostra suas pernas torneadas e parte dos seu seios ele tinha que desviar o pensamento para não montar na moto e voltar agora mesmo pra lá. Balançou a cabeça para afastar pensamentos maliciosos e entrou na casa, sabia que não era uma boa idéia contrariar seu pai.

Quando ia passando pela sala, percebeu que sua irmã estava falando em frente a uma câmera de pé com a lareira como cenário, decidiu esperar ela terminar.

– ...Então gente, essas são as maneira que sugiro para o uso da enxarpe. Bom, por hoje e tudo, até mais - ela soltou um beijo pra câmera deu um tchauzinho - Beijos da Hazel.

Quando ela fez isso ele começou a bater palmas e assoviar entusiasmado fazendo sua irmã se assustar.

– Uuhuuu. Você e demais gata, demais.

Ela deu um pequeno sorriso para a reação de seu irmão.

– Bobo.

Ela desligou a câmera e se juntou a seu irmão e foram para o escritório de seu pai.

– Então, por que essa cara de felicidade maninho? - ela perguntou dando um abraço nele.

– Bom, eu estava na casa da...

– Ai, não, não, não - ela falou se afastando - Eu sei onde você estava, não quero saber o que estava fazendo.

O moreno de olhos negros soltou uma gargalhada.

– Tem certeza? Eu poderia te contar com detalhes.

– Não obrigada, eu estou bem com minha ignorância.

Ele riu novamente fazendo sua irmã suspirar.

– Sério Nico, não sei como consegue lidar com aquela garota. As vezes acho que você e um bruxo que, com um toque da sua varinha, faz um encantamento que a deixa dócil como uma gatinha mansa.

– Bom, e mais ou menos por ai, só que não e só um toque que eu dou nela - Hazel o olhou sem entender através de seu óculos grande de armação roxa - e não e bem uma varinha que eu uso.

– Ai não, que nojo. Afaste-se de mim.

Nico soltou uma gargalhada e deu outro abraço em sua irmã.

– Me larga, não me toque com essas mãos imundas que estavam tocando sei lá onde.

Nesse momento eles entraram no escritório de seu pai que já estava com as sobrancelhas erguidas pelo barulho que vinha do corredor.

– Bom dia Pai.

– E ai Pai!

Hades revirou os olhos com o comentário do filho.

– Bom dia meus filhos. Esta linda Hazel.

– Obrigada pai - ela respondeu com um enorme sorriso.

Hades retribuiu minimamente o sorriso e dirígio sua atenção para o filho reparando em uma marca roxa no pescoço do mesmo, ele suspirou cansado.

– Nico, por favor, me diz que eu não vou ser avô logo.

– Pai, você não vai ser avô logo.

– Agora me diz se isso e verdade e que você não disse isso só porque eu te pedi.

Nico deu uma breve risada da reação de seu pai e se inclinou mais pra frente e mais sério.

– Pai, não se preocupe. Eu me cuido, sério, você não vai ter nenhuma surpresa desse tipo, ok?

Hades respirou mais aliviado relaxando com resposta do filho.

– Foi pra isso que nos chamou aqui pai? - perguntou Hazel.

– Não, tenho um comunicado a vocês - os garotos se ajeitaram melhor na cadeira em expectativa - nós vamos pra Nova York.

– O quê?! - os dois falaram ao mesmo tempo.

– M-m-mas por que?! Nós mos mudamos não faz nem um ano, por que nós vamos nos mudar assim de repente - perguntou a menina meio desesperada.

– Não e de repente minha filha. Você se lembra por que viemos pra São Francisco?

Ela acenou com a cabeça.

– Para cuidarmos dos negócios da nossa família.

– Sim, e agora que está tudo estabilizado aqui vamos pra Nova York, que será nossa filial principal pois fica entre a Europa e São Francisco.

– Mas pai, nós já nos estabelecemos aqui, temos amigos, vamos deixar tudo pra trás de novo?

– O senhor não poderia ir e nos deixar aqui? - sugeriu Nico.

O homem se levantou subitamente irritado.

– Mas e claro que não, que tipo pai eu seria se me mudasse e deixasse meus filhos pra trás?

Os dois garotos arregalaram os olhos de surpresa com reação do pai, mas logo desviaram os olhos emocionados com declaração do mesmo. Aqueles que o conheciam só de fora o viam como uma pessoa assustadora, poucos conheciam seu lado sensível sempre preocupado com os filhos. Sua mulher sempre dizia que ele devia mostrar mais desse lado para as outras pessoas, mas ele apenas ria e dizia que se o fizesse perderia o respeito dos outros empresários.

– Sinto muito garotos, mas já está decidido - os dois fecharam a cara. - Hei, também não precisa fazer essa cara. Olhem pelo lado bom, pelos menos vão estar mais próximos do seu primo, eu até já matriculei vocês na mesma escola que ele.

Os dois se permitiram um pequeno sorriso. Fazia tempo que não viam Percy e toda vez que estavam juntos era muito divertido, e agora eles iriam estudar juntos. Nico deu uma pequena risada pensando no que poderia acontecer com ele e Percy passando tanto tempo juntos, certamente muita idiotice. Ele riu mais ainda pensando no que o aguardava do outro lado do país, tinha uma boa sensação quanto a isso.


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Notas finais do capítulo

Hehe, o que acharam? Gostaram das mudanças? Talvez a fict fique um pouco mais "caliente" daqui pra frente, mas não quer dizer que eu vá fazer algum hentai, ou talvez faça, depende de vocês, me digam se querem ou não ta bom? A opinião de vocês e importante. Ah, e quem vocês acham que e a "amiga colorida do Nico" que fica tão bem de vermelho? Me digam nos comentários, acho que vão gostar dela, hehe. Enfim, até a próxima.



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