Consequências - Fred E Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 29
Cobras, Músicos e Massagens Suecas.


Notas iniciais do capítulo

*jurosolenementequenãovoufazernadadebom*

GENTE AMADA! NÃO ME MATEM! vou postar MAIS UM CAPÍTULO ainda hoje IHASDIOHAS e vou atualizar a Dramione tmb KKKKK

Aproveitem esse, nos vemos em breve



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VINTE NOVE:

Quatro horas para o casamento

O tempo ia se esgotando, e juntamente com ele a paciência de Gina. A ruiva andava de um lado para o outro como um leão enjaulado esperando ansioso por uma refeição. E caso a refeição não viesse o tratador estaria na reta.

Nesse caso o nosso tratador era Lilá que nervosa não tinha as respostas que ela queria.

A loira estava escondida atrás de panos da tenda dos noivos quando avistou quem tanto procurava. Neville passava por ali distraído, deliciando-se com os salgadinhos do casamento em um passo tranquilo e descansado.

– NEVILLE! – Lilá berrou em um sussurro desesperado.

O garoto quase morreu do coração, engasgando com o salgado.

– Eu juro que não vai acabar os salgadinhos, Gina, é só mais esse! – ele disse mudando seu ar calmo por um ar totalmente nervoso. Gina já tinha descontado seu nervosismo em Neville mais cedo. – Ah... Lilá, o que faz aqui?

– Eu preciso de ajuda... – ela disse – preciso de três massagistas suecas para uma massagem especial para as noivas.

– Mas nós não temos massagistas...

– Eu sei! Mas os noivos mataram o pianista e foram buscar outro, se Gina descobrir...

– Mataram o pianista?! – Neville espantou-se.

– Não sei se morreu, mas isso nem é o pior. Precisa ver como ficou a Sacerdotisa...

– A sacerdotisa não... – Neville cobriu a boca em exclamação.

– Sim. Poção Escama de Dragao...

– Escama de Dragão não... – ele juntou as sobrancelhas.

– Sim... E agora ela só vai casar todo mundo se conseguir uma Cobre de Chifre do deserto azul.

– Cobra de Chifre não... – Neville estava a ponto de abrir um buraco no chão e se enfiar dentro.

– Hey! – uma terceira voz se fez presente. Neville e Lilá pularam, um verdadeiro grito de horror irrompeu, ambos aterrorizados com a ideia de uma Gina neurótica que faz qualquer rabo córneo parecer um gatinho. – Calma sou eu! – o loiro de rosto rubro disse se escondendo no pano com os três.

– Draco! Que susto. O que aconteceu com a sua cara? – Neville disse com a mão no peito, acalmando o coração.

– Gina já me deu um tapa por achar que eu estava surtando. Talvez eu estivesse um pouco... - refletiu consigo mesmo - Depois Lupin me deu um tapa por que eu quase falei sobre a Sacerdotisa ter virado um dragão. E a tia avó do Rony me achou lindo e triturou minhas bochechas... – ele disse mal podendo encostar no rosto. – sabe o que é curioso? Todas do lado esquerdo!

– Hey! – uma quarta voz se fez ouvir.

Mais um grito aterrorizado e corações disparados.

– Calma sou eu. – Lupin gesticulou largamente acertando uma bofetada em Draco. – Opa, desculpe.

Draco se limitou a choramingar no seu cantos afagando sua bochecha esquerda o mais sutilmente que conseguia.

– Professor, ainda não sei como vou fazer com as massagistas. – Lilá disse, a esta altura a loira já estava hiperventilando.

– Pra não enfrentar a ira da Gina eu dava meu reino para ser uma massagista sueca. – Neville disse suspirando.

– É... – Draco concordou. – Seria o fim do que sobrou da dignidade dos Malfoys, mas seria por uma boa causa.

Um momento de silencio se fez ali em baixo dos panos da tenda. E naquele silencio um sorriso sinistro, começou a rasgar o rosto de Lilá. Os três homens se entreolharam e o mesmo calafrio os percorreu.

– Não gostei do sorriso... – Draco murmurou.

– Draquinho – Lilá deu dois tapinhas em sua bochecha esquerda – eu sou Brilhante! Vá buscar a Ian, tenho uma ideia!

***

– Lino, onde nós estamos? – Rony murmurava quase escondido atrás do irmão.

O lugar era três vezes pior que a travessa do tranco, as estreitas ruas não recebiam sol devidos as altas paredes de pedra repletas de fungos, o chão fétido e úmido enchia as narinas com um cheiro de embrulhar o estômago. E conforme eles se adentravam nas ruas, mais e mais figuras mal encaradas os observavam.

– Essa é a hora que eu descubro que o emprego de professor em Hogwarts é uma fachada e na verdade você trafica órgãos? – Rony murmurou. – por favor, não venda meus órgãos.

– Lino, que lugar é esse?

– Vamos encontrar um amigo que pode nos ajudar. – Lino disse tocando sua varinha em uma pedra solta no chão, do tamanho de um tijolo, e então na parede em sua frente abrir uma escadaria que parecia rumar aos confins da terra.

Lumus. Certo. Seu amigo é o demônio, e nos vamos buscar a cobra no inferno? – Rony chutou. - acho que trocar a alma por uma cobra é melhor do que enfrentar a fúria da Gina.

Lumus. Venham. – Lino sorriu.

Lino entrou com tranquilidade. Assim que os outros dois o seguiram, a passagem se fechou e as escadas claustrofóbicas começaram a ser percorridas pelos três. Eles mal conseguiam ficar eretos, Jorge sentia a terra e as raízes roçaram no topo da sua cabeça.

– Não sei se vocês conhecem na mitologia grega, a história de Dédalo, o arquiteto.

– O bruxo que construiu aquele labirinto para o Minotauro de Creta? – Jorge indagou – sim, eu costumava mentir para Rony que uma das saídas do labirinto era em baixo da cama dele.

– Odiava essa história. – Rony murmurou emburrado.

Depois de descerem o que pareceu ser um prédio de vinte andares chegaram a uma parede de terra crua incrustada com raízes , pedras e uma fauna subterrânea considerável. Lino tocou a parede em sua frente e desenhou uma runa simples que parecia um P.

A parede então se abriu, derrubando algumas minhocas e coleópteros, e atrás dela, uma multidão de pessoas surgiu em algo que muito lembrava a um mercado municipal trouxa em feriado. multiplicado por dez. Várias barracas espalhadas, vassouras passando e um teto tão alto que não podia se ver, parecia ser noite, exceto que não tinha lua ou estrelas, apenas uma escuridão assustadora acima de suas cabeças.

– Esse é o Labirinto de Dédalo. – Lino apresentou. – aqui com certeza arranjaremos uma cobra de chifres.

– Eu tenho medo de perguntar como você conheceu esse lugar. – Jorge murmurou. – mas acho que vou tirar umas boas ideias daqui. – o ruivo disse rindo para um grupo de mulheres que passavam esticando seus membros como se fossem feitas de borracha.

***

– Ele não quer acordar! – Harry disse tentando chacoalhar o velho que ainda estava desacordado.

– Acho que ele morreu. – Draco disse tentando achar o pulso do senhor.

– Senhor pianista, por favor, não morra... Pelo menos me indique um substituto antes! – Harry chacoalhava o velho.

– Eu achei que você fosse melhor que nós Harry. – Fred murmurou mexendo em sua maleta de poções. – AQUI! – ele exclamou puxando um frasco vermelho leitoso. – Se ele ainda tiver um fiapo de vida, isso vai trazer ele de volta!

– O que é isso? – Harry largou o senhor.

– Não temos nenhum nome legal. Era Choque-choque-queima... Mas tivemos alguns problemas...

– Isso é legal? - Draco indagou.

– O ministério não permitiu que a gente comercializasse. Aparentemente o choque é um pouco forte de mais e a queimação deveras desconfortável... Mas a Associação de Medi-bruxos de Londres disse que se conseguirmos tirar a parte que queima, eles têm interesse. – o ruivo deu de ombros.

– É seguro? – Draco murmurou.

– Tempos desesperados pedem medidas desesperadas! – Harry disse tomando o poção das mãos do ruivo e derramando na boca do pianista desmaiado.

Aquilo surpreendeu a Draco e Fred. Quem diria que Harry Potter tinha um lado inescrupuloso que eletrocutava senhores beira da morte? Aquilo fez Draco sorrir e sentir-se bem consigo mesmo. O santo Potter não era tão santo assim.

Cinco segundos se passaram, e o senhor gemeu alto, arregalando os olhos, assustado para o que estava acontecendo. Levou mais um choque que lhe percorreu o corpo e depois a sensação de calor, como se estivesse pulando uma fogueira.

– O-o que? O que? O que? – o velho murmurava tentando levantar-se.

– PELAS BARBAS DE MERLIN, ESTAMOS SALVOS! – Harry disse caindo no tapete com os braços abertos.

O senhor após se acalmar e tomar alguns copos de água, sentou-se mais calmo.

– Eu preciso ir embora sinto muito. – ele disse ofegante.

– Não! – Harry praticamente gritou. – por favor, nós salvamos a sua vida!

– Vocês quase me mataram! – o senhor disse ficando em pé. – eu vou embora!

– Senhor, deixe-me ser claro. – Fred disse colocando seu corpo na frente do velho – você vai tocar nesse casamento. Nem que eu tenha que te lançar uma maldição Imperius, você vai tocar nesse casamento.

– A questão é se vai tocar por bem ou por mal. – Draco disse se colocando na frente do senhor de idade. A cena seria digna de um filme do Al Pacino, a não ser que o ser ameaçado era um velho que aparentava seus 167 anos.

O pobre pianista não tinha chances...

...

– COMO ASSIM ELE FUGIU?! – Lilá disse prestes a ter uma síncope. – ele tinha idade pra ser tio avô de Dumbledore! Como vocês deixaram ele escapar?!

Os três garotos tinham o olhar baixo, Harry particularmente desolado, os cabelos mais chamuscados que antes. Draco já tinha desistido de curar a bochecha, ela estava novamente vermelha feito um tomate maduro, Fred tinha o olho roxo.

– A gente não esperava que ele fosse bater na gente. – Fred disse com os olhos baixos. – e a gente não sabia que ele já tinha sido Major no ministério... Nem que ele estava com a varinha no bolso... – um lamento sofrido escapou da garganta do ruivo. – ... Eu quero a Hermione...

– Não senhor! Finalmente achei uma solução para as massagistas, nada de estressar as minhas noivas. – Lilá anunciou contente consigo mesma.

– Conseguiu as massagistas escandinavas? – Draco murmurou com gelo no rosto dolente.

– Bom, quase... Hilda, Sonja, Hedda!

E assim que ela acabou de chamar, entraram na tenda Ian Feline, professor Remo Lupin e Neville Longbottom. Os altivos bruxos mais exímios de Londres, todos de vestido e maquiagem.

Aquilo fez com que Draco e Harry esquecessem o orgulho ferido e rissem. Fred gargalhou e vasculhou a bolsa, um flash se fez e logo após o ruivo pegou a foto recém tirada na saída do que parecia uma Polarid bruxa.

– Achei que tinha parado de andar com essas câmeras. – Ian disse com seu olhar nada amistoso de sempre.

– Nunca se sabe quando o seu primo bonitão vai aparecer de vestido germânico. – Fred disse rindo.

– Ai, ai... – Harry parava de rir – embora eu tenha amado essa cena, com todo o respeito Lupin, eu não acho que elas vão confundir vocês com massagistas escocesas.

– Isso tem cheiro de desespero pra mim... – Draco disse voltando a mastigar a gravata de nervosismo.

– Gente, é aí que entra meu brilhantismo... TCHANS! – ela ergueu três frascos brancos – Poção polissuco com essência de eslavas!

– Como vocês pegaram essência de escandinavas? – Fred quis saber.

– Vocês não querem saber... – Neville disse com o olhar perdido.

– Digamos apenas que me vestir de mulher não foi a coisa mais esdrúxula e humilhante que eu fiz hoje. – Ian disse com o olhar sofrido de um veterano de guerra.

– O que vocês fizeram? – Draco perguntou assustado.

– Nada decente. Nada legal. – Lupin garantiu. – Vamos, não cheguei tão longe para desistir agora.

Os três homens de vestido então beberam a poção e em momentos eram três grandes e sardentas mulheres que mais pareciam portas de tão altas.

– Como treinamos, se apresentem. – Lilá ordenou.

...

Hej, hur mår Du. – Ian disse com um tom monótono inconfundível e uma voz muito estranha – Me châmo Hilda, êsas son miñhas irmãs Sonja e Hedda.

Hej, hej, fãmos enton para a nossa massagem de amor eterno, Yah? – Sonja/Lupin disse.

– Hej, hur mår Du – Hedda/Neville disse com a voz mais meiga que os outros dois.Fechem os olhos e relaxem, Yah?

– Finalmente... – Gina disse seguindo as mulheres até a tenda de massagem improvisada.

Lilá estava sorrindo atrás delas, mas por dentro estava digerindo o próprio estômago de tanto nervosismo. Aquilo era apenas uma distração para os reais problemas: Uma Sacerdotisa cuspindo fogo, um casamento sem música e um relógio nervoso que marcava pouco mais de duas horas pro casamento.


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Notas finais do capítulo

he he he. sempre quis travestir eles



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