Consequências - Fred E Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 24
No ninho da Cobra


Notas iniciais do capítulo

*jurosolenementequenãovoufazernadadebom*

OLA CHICAS CALIENTES DE MI CORAZON!

Desculpa pela demora T_T

então, a partir do capítulo que vem é contagem regressiva! Mas acho que algumas vão gostar de saber que eu estou trabalhando em uma Dramione - TAN TAN TAAAN - Algumas leitoras minhas gentilmente escutaram minhas ideias e aprovaram, minha amiga Frapuccina da Emma que me ajudou e me convenceu a postar. By the way, momento propaganda: DEUS DO CÉU, QUEM AÍ LÊ If There's A Future We Want It Now? ME MORRO COM ESSA FIC *u*

Enfim, foda-se, tó aí o capítulo pra vcs *U*



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VINTE E QUATRO:


– Todos aqui? – virei-me para o loiro que mexia os dedos nervosamente.

Ela ainda não chegou, General.

Ah céus, há tempos não me chamavam assim.

– Gina todas as cortinas estão fechadas?

– Sim General.

– Alana, você e Doug se encarregaram da nossa casa? – Fred murmurou.

– Sim Major Weasley. Deixei um bilhete para Jorge dizendo que o jantar tinha sido mudado para A’Toca.

– Quanto tempo temos? – Kingsley apoiou-se sobre a mesa.

– De acordo com os informantes de minha mãe, não muito. O Lord esta realizando sua cerimônia. – Draco disse tão angustiado quando eu, suas mãos irrequietas.

– Que cerimônia? – Luna perguntou sonhadora.

Aquilo apenas me deixou mais nervosa, onde diabos estava aquela mulher?!

*

Era chegado o tempo, Lord Voldemort deveria se separar de mim.

– Não lamente Bella, você me serviu bem, vou recompensá-la. – a voz do meu lord ressoava pelas últimas vezes em minha cabeça. – hoje, antes que a lua atinja o meio do céu, eu terei minha Horcrux e bruxos e trouxas sucumbirão diante meu poder.

– Meu Lorde. – Cameron apareceu na porta, tinha profundas olheiras e nem de longe sua beleza presunçosa e ferina. – Os preparativos estão prontos.

*

– Aquela bruxa velha! Sempre atrasa! Não não leva nada a sério, se eu pudesse, eu... Eu... – Tonks disse com seus cabelos tão vermelhos quanto as chamas crepitantes da lareira.

A porta então se abriu com um estrondo e uma densa fumaça assentou revelando a forma de uma mulher que dava três de mim.

– Você o que Ninfadora?! – ela disse desafiante.

Havia uma hierarquia no ministério. Começávamos como soldados, evoluíamos para cabos, depois sargentos, Cadetes, Alferes, Tenentes, Capitães, Capitães-mor, Coronéis, Mestres, Brigadeiros, Guardiões, Majores, seis Generais, dois Marechais e um ministro.

Kingsley além de Ministro era um dos marechais. O outro era aquela mulher, com braços do tamanho de toras, peito estufado e uma cicatriz em seu pescoço tão grande que faz você se sentir sufocado só de olhar para ela.

Marechal Joane Dragon. –fiz minhas reverencias assim como todos na sala, com exceção de Tonks e Kingsley.

–Já pedi para parar com esse apelido! – Tonks mudava seu cabelo de vermelho para vinho.

– Dragon! Querida amiga! – Kingsley tentou abraçá-la. Apenas tentou.

– Deixe de frescuras Kingsley! – disse a mulher ignorando seu abraço. – não tenho tempo para isso. Chamaram-me com urgência, pelos sangues dos sete Deuses, o que houve?

Ela adentrou a sala, fazendo uma rápida referencia à Molly e ao passar por mim, céus, era verdade, ela tinha um dragão do tamanho de um gato engatado em suas costas que observava a sala soltando pequenos ganidos. Harry coitado quase desmaiou.

– A Situação é séria Dragon. – Kingsley começou a explicá-la toda a situação. O mais rápido possível.

Enquanto Kingsley falava pensei em como não tinha parado para observar mês amigos. Talvez morrêssemos esta noite. Talvez nunca mais fosse ter a chance de olhar para eles.

Os ruivos e mais compridos cabelos de Rony, suas cicatrizes do Quadribol. Senhor e senhora Weasley descutindo ferrenhamente com a mulher loira de cabelos curtos que tinha um dragão nas costas, Jorge sem sua orelha, agora o cabelo cumprido escondia a imperfeição que ali tinha. Lino! Eu poderia morrer hoje e ele não teria seu ménage. Ian,quieto. Seus olhos queimavam, mas por fora, ele permanecia calmo, apenas cultivando o ódio por sua irmã. Silenciosamente.Gina e Harry tinham suas testas encostavam e murmuravam juras de amor. Draco, meu fiel amigo, estava tão nervoso. Luna ao seu lado acariciava seu braço dizendo que tudo iria ficar bem. Tonks e Lupin, ah, eles estavam lindos,radiantes. Eles ficavam melhor vivos. Tonks falava sobre o pequeno Ted discretamente com Lupin.

E tinha ele. Meu príncipe, meu eterno amor. Meu para sempre. Respirei fundo e beijei seu ombro. Não iria perdê-lo. Não novamente.

*

– Você perdeu o juízo?! – Dragon gritava com Kingsley. – tudo isso acontece, e você só me conta agora! Essa criança que a General Granger carrega é simplesmente...

– Nada! – eu ergui minha voz silenciando os murmúrios. - Meu filho está morto. – eu disse firme.

– Ah... Eu não... – a mulher se perdeu por alguns instantes. Mas logo recuperou sua voz – você quer o que, exatamente, senhorita?


– A não intromissão do governo. – eu pedi de cabeça baixa. – vamos entrar naquela mansão, e matar cada bastardo que tenha uma tatuagem daquela no braço. Mas seremos desonestos e não jogaremos um jogo com regras. Apenas quero a cabeça de Voldemort em uma lança.

A mulher sorriu e deu-me tapas no ombro tão fortes que quase me desmontaram.

– É só?

– Quero que entenda, que muitos dos homens irão querer se esconder nas saias do ministério, culpar a maldição Imperium. Não vamos permitir que Comensais saiam ilesos, vamos arrancar o mal pela raiz. – Fred disse polidamente, claramente irritado.

– Ainda não entendi. – Joane disse com um sorrisinho nos lábios. Ela tinha entendido.

– Não vai ser só a cabeça de Voldemort que vai rolar. Vai ser uma carnificina, de um modo ou de outro, só queremos saber se depois que tudo acabar seremos presos ou idolatrados. – eu sorri. – não que isso faça alguma diferença

– De minha parte estão protegidos – Kingsley disse – mas você é influente, principalmente fora da Inglaterra, pode tomar o ministério com facilidade. Apenas queremos saber sua posição.

Um silencio tenso se instalou enquanto Joane abria um sorriso de lado macabro, e logo após soltou sua risada rouca.

– Tragam-me as cabeças, pelo seu filho General, pelos bruxos mortos, pelos trouxas mortos. Tragam-me as cabeças desses comensais, todos! Para que no futuro quando qualquer um pensar em fazer o mesmo lembrar-se desse dia e tremer diante a ideia de ter sua cabeça arrancada. Têm meu apoio.

E então passamos a discutir como faríamos aquilo, como finalmente derrubaríamos Lord Voldemort, o assassino do meu filho.

*

– Meu lorde, você ainda está fraco, tem certeza que quer fazer isso esta noite?

Meu Lorde das Trevas estava ali, novamente com seu corpo. O sacrifício dessa vez teve que ser maior uma vez que não tínhamos o sangue de seus inimigos, tivemos que sacrificar bons comensais, cinco ao total.

– Faremos hoje. Hoje meu reino se erguerá!

Todos os comensais baixaram a cabeça, eu inclusive.

– Tomem o ministério! Tomem as ruas! Tragam-me meu garoto!

– Meu Lorde, se eles não estiverem em casa? – Um comensal de mascara negra perguntou.

– Ache-os, e traga-me todos que estiverem junto dela! Principalmente o Weasley, quero fazê-la ver enquanto o coração dele para de bater.

– Sim, meu Lorde.

– Erga-se o Lorde das Trevas! – gritei levantando meu punho.

Os demais fizeram o mesmo.

– Erga-se o Lorde das Trevas!

E desse modo nos separamos. Uns dez ficariam com Voldemort, aguardando a menina portadora da Horcrux, cem dirigiríam-se para tomar o ministério, outros cem iriam para o beco diagonal, eu e trinta comensais nos dirigiríamos para a casa da garota.

Ao por do sol as trevas reinariam.

*

CREC.

– Mãe? – Draco disse surpreso. O que você está fazendo aqui? E com ele?!

Lucio Malfoy estava ali, seu nariz não tão empinado, olheira profunda e o cabelo sempre tão sedoso preso em um rabo de cavalo. Todos sacamos nossas varinhas.

– Draco, por favor. – Lucio disse dando um passa para a frente.

– O que você quer?

– Draco querido, os espiões que estão me ajudando, são os empregados do seu pai.

– Comensais?! Estamos confiando em informações de comensais?! – Lino disse erguendo-se bruscamente.

– Não. – a mãe de Draco revirou os olhos. – nossos empregados.

– Piorou! Se vocês tratavam seus empregados do mesmo jeito que tratavam Dobby... – Rony disse desafiadoramente.

– Por favor, crianças, - Molly interferiu – deixem os Malfoy falarem.

Narcisa analisou Molly por um momento e voltou a falar.

– Meu empregados me mandaram um patrono há pouco, eles decidiram atacar o ministério daqui a pouco, sair às ruas, e buscar Hermione na casa dela. Vão capturar quem estiver com ela, querem matar o ruivo na frente dela.

– Certo, isso melhora as coisas. – Kingsley disse pensativo.

– Desculpe senhor Ministro, mas não sei como a morte lenta do cabeça de fogo ali, na frente da namorada... – Joane disse confusa.

– Noiva. – corrigi-a.

– Certo, como sua morte na frente da noiva pode ser algo bom.

– Oh céus, não isso! – Kingsley disse na defensiva – eles capturarão os que estiverem com ela. Deixe que levem os Weasley, eles podem subjugar alguns comensais, avisar-nos o melhor momento para atacar.

– E eu vou poder ir com você. – Fred disse me abraçando. – bom, não temos tempo.

– Certo, concordei. Kingsley, Lupin e Tonks, alertem os Aurores do ministério. Alana e Doug irão com você para...

– Não! – Alana disse precipitando-se com os cabelos firmemente presos em um rabo de cavalo. – Major Weasley, permita-me ir com vocês.

– Alana, precisamos que você e Doug impeçam a tomada do ministério. São os únicos que eu confio para isso. – Fred disse colocando a mão no ombro da garota.

Alana engoliu em seco e consentiu, tomando seu lugar ao lado de Doug.

– Draco e Luna, busquem Minerva, avisem-na para reunir nossos velhos amigos da ordem, o Senhor Weasley deve ir com vocês. Gina, Harry, Rony e Lilá, guiarão cinquenta aurores pelas ruas do Beco Diagonal, certamente vai ser o primeiro lugar que tentarão tomar. Retirem todos de lá, e matem todos que tiverem uma cobra no braço rapidamente, preparem uma emboscada para os comensais.

– Hermione, temos até o por do sol! – Narcisa disse guardando algo em seu bolso.

– Como assim? – Rony indagou.

– A ideia das moedas, Draco me contou. Entreguei algumas aos meus servos mais fieis. Eles me disseram que estão todos apostos assim que o sol cair eles darão inicio ao ataque.

– Certo. Narcisa e Lucio, vocês podem ir com Harry para o beco diagonal, e senhor Lúcio, certifique-se de ficar do lado certo, ou você será tratado como todos os demais comensais.

O loiro torceu o nariz.

– Sim Granger.

– General.

– Sim General Granger.

– Bom, Ian, Fred, Molly, Lino e Jorge ficarão comigo nA Toca. Para não levantar suspeitas.

Todos consentiram. Certifiquei-me que todos tinham ganho sua moeda para nos comunicarmos, eu a tinha alterado para tornar nossa comunicação mais discreta e eficaz. Escondi a minha e a dos que me acompanhariam para a mansão Malfoy na nuca entre os cabelos com um feitiço ilusório.

– Quanto a mim? – Joane disse sorrindo. Até tinha me esquecido de sua presença.

– Seria de grande serventia bruxos estrangeiros para a batalho no ministério.

– Seria de grande serventia estrangeiros nessa Guerra Cinza. Consigo-lhe 100 bruxos imediatamente, de minha própria guarda.

– Isso é bom. E contate o senhor Willian, tenente que treina os trouxas. Peça que lidere suas tropas junto ao Harry.

– Onde devo colocar meus homens? – ela disse divertindo-se com meu tom de comando.

– Onde achar mais apropriado. Mas mantenha nosso fator surpresa, e certifique-se que nossos homens não estão corrompidos.

Joane assentiu, e com uma rápida reverencia ela e seu dragão se foram, com um giro e um forte estampido. 

Narcisa e Lúcio se despediram de Draco e também se foram.

Molly abraçou seus filhos e murmurava pedidos para que Harry protegesse Gina e Lilá protegesse Rony.

– Antes de cada um tomar seu rumo... Bom, eu falo isso como Hermione, cuidem-se, vocês são muito importantes para mim para que eu os perca. Fiquem salvos.

– Que os Sete deuses me amaldiçoem se o que eu digo não é verdade: Hermione você é como uma filha para mim, e uma irmã para muitos aqui. Fique você a salvo! Não seja imprudente.

Eu sorri.

– Certo senhor Weasley.

– E cuide da minha Molly.

– Cuidarei, nada a machucará. É uma promessa.

Depois de alguns minutos de silêncio e despedidas silenciosas, os grupos se reuniram e cada um partiu para seu determinado destino. Eu e Fred fomos para a cozinha enquanto Molly abraçava Jorge.

– Céus, quem diabos é você? – Lino dizia dando-se em conta da presença de Ian.

– Pronta? – Fred disse encostando-se na pia, enquanto colocava um feitiço para fazer minha barriga inchar levemente. Afinal de contas o que nos daria tempo seria minha “gravidez.” Eu deveria estar de quatro meses.

– Não sei. Eu treinei, mas... Eu estou com tanta raiva Fred. Não tenho medo, só raiva. Tudo que eu quero é arrancar sua cabeça do pescoço. Mas devagar, quero que ele sinta dor, que implore pela vida.

– É uma motivação.

– Fred, eu te imploro: não morra. – eu disse segurando suas vestes. – eu não vou aguentar te perder uma segunda vez. E dessa vez eu não tenho um vira-tempo.

– Não vou morrer.

– Você me prometeu que não iria me deixar da primeira vez, e morreu.

– Bom, eu juro que pretendia manter minha palavra. – ele riu. – mas eu estou mais forte Hermione, treino todos os dias com você, não vai ser tão fácil me matar dessa vez.

Ele me abraçou, e então após quase uma hora os grilos começaram a cantar.

– Eles estão aqui. – sussurrei a Fred. Ainda estávamos na mesma posição, abraçados na cozinha.

Molly entrou na cozinha com os três garotos atrás dela. Apenas assenti.

– Hermione fique viva. – Fred me sussurrou – nós devemos aquele ménage pro Lino.

Eu ri. Como ele poderia me fazer rir num momento daqueles.

– Ian, quando tudo isso terminar vamos marcar um cinema, adorei te conhcer.

Ian franziu a testa e arqueou a sobrancelha.

– Eu gosto de mulheres.

– Isso por que você não esteve na cama comigo. – Lino piscou.

– Hey! – Jorge protestou ainda abraçando a mãe.

Eu ri. Ian estava mais vermelho que um pimentão.

E então tudo caiu, a parede explodiu, sim como em um desses filmes do Vin Diesel, lutamos rapidamente, para não levantar suspeitas, até que finalmente fomos subjugados e nossas varinhas recolhidas.

Bellatrix em pessoa estava ali, meu sangue ferveu e meus olhos se umedeceram.

– Granger! – ela disse sorrindo.

Ela andou até mim e deslizou a mão em minha barriga, passando a unha pelo meu ventre, que se contorceu em desprezo.

– Tola garota – ela disse com seu sorriso sádico, todos estavam encapuzados e com mascaras menos ela. – O Lorde quer vê-la.

– O que fazemos com os outros? - era a voz de um dos chefes de departamento do ministério. James? Maldito seja!

– Levaremos todos. Para o caso de a senhorita sangue ruim tentar algo rebelde.

E em alguns instantes estávamos novamente lá.

Naquela sala de madeira escura que era a mansão dos Malfoy, aquele chão que já tinha sido lavado muitas vezes com o sangue.

Ali eu tinha experimentado as piores torturas da minha vida. Ali Voldemort me torturara pessoalmente. Ali eu aprendi a temer insanamente o escuro. E qual foi minha surpresa ao ver que aquele chão de madeira não me afetava.

Não tinha medo.

Não tinha remorso.

Não tinha culpa.

Apenas o ódio. O único pensamento que se passava em minha cabeça era: eu lavaria aquele chão novamente com sangue. Sangue dos meus inimigos.

– General Granger. – uma voz fraca me recebeu.

Ergui meus olhos ávidos e furiosos. Olhei nos olhos gélidos e rubros do homem que matou meu filho. Do homem que matou meus pais. Do homem que me tirou as coisas mais importantes.

Ele estava em um estado deplorável, parecia um amontoado de carne, feições mais ofídicas e animalescas que o comum, parecia frágil, mas seus olhos assassinos e sua voz arrastadas eram as mesmas. Nada frágil, seu espírito ainda doentio e maligno, sem um pingo de humanidade. Nada para se compadecer apenas aquele homem, que pelos doze deuses, eu almejava matar.

Eu teria a cabeça de Voldemort como troféu e entregaria para Kingsley seu coração morto, para que nunca mais ele voltasse.

– Não me olhe assim General,vamos deixar o passado para trás. Você será o pilar de meu império, a gestadora de meu estimado filho!

Aquilo me enojou. E por um instante agradeci que Naoki tivesse partido. Não aguentaria ver meu filho virar uma asquerosa cobra, transmutar-se em cria de Voldemort. Não aguentaria ver meu filho profanado desse jeito.

Eu tinha as mãos amarrada nas costas e meus joelhos incômodos contra o chão.

Eu dobrei a nuca para trás e pressionei a moeda em meu couro cabelo e pensei o mais alto que pude “Estamos no ninho da Cobra.”

Pouco tempo depois recebi resposta.

“Emboscada no Beco Diagonal foi um sucesso, estamos quase acabando, em no máximo vinte minutos estamos na mansão” A voz de Harry veio até mim.

Eu havia modificado as moedas, transformando-as em uma espécie de rádio com ondas de pensamento, e o pensamente é retransmitido para todos que estão com a moeda. Como um ponto trouxa, mas muito melhor. Muito mais eficaz.

Pouco a pouco, ele passou na frente de todos que estavam ali. Todos meus amigos. Nossas varinhas estavam em cima de um cômodo perto da lareira.

Voldemort passava entre meus amigos e divertia-se torturando um por um, deliciando-se em ver como eu trincava meu maxilar e segurava gritos de súplica em minhagarganta.

Lino. Jorge. Molly. Céus, Molly gritava e se contorcia a cada crucio. E gritava e se contorcia mais cada vez que um dos outros eram torturados, principalmente Fred e Jorge.

Eu permanecia com meu rosto impassível. Minha mente fechada pois eu sentia que ele estava tentando entrar. Tudo que eu pensava era no ódio crescente que eu sentia por ele. Cada vez que Fred caia no chão, trincando os dentes e fazendo aquela expressão de dor.

– Peça desculpas, General. – Voldemort disse sorrindo.

Os que estavam comigo mal se aguentavam nos joelhos, Molly estava quase desmaiando.

– Desculpe. – eu cuspi as palavras.

– Desbloqueie sua mente, general. E peça desculpa com mais carinho.

Eu trinquei meu maxilar. Não podia destrancar minha mente, Harry poderia mandar uma mensagem e ele ouviria.

Voldemort, cansado de torturar pessoas ele mesmo, sentou-se e fez um sinal com os dedos. Dois comensais arrastaram Molly e Fred mais a frente da nossa linha, e com os punhos, passaram a bater neles. Socos e pontapés impiedosos.

–PARE COM ISSO! – Jorge gritava. – Por favor, pare com isso!

“HARRY! Estamos ficando sem tempo!” eu gritei o mais alto que pude, escondendo e camuflando meus pensamentos. Não suportando mais ver como Molly estava sendo machucada. eu tinha prometido ao Senhor Weasley que cuidaria dela!

“Quase aí!” Harry respondeu.

– Bem, vamos começar a nos livrar deles então. – Voldemort disse levantando-se e apontando a varinha para a mulher que estava machucada e encolhida no chão ao lado de Fred, aquela que era tudo que havia me restado como mãe.

Meu coração falhou, e todo meu auto controle se foi.

– NÃO!

E então em um pulo, Ian foi até a mesa ao lado de Voldemort e pegou sua varinha firme entre os pulsos, pressionando-a contra o pescoço de Cameron, enquanto Lino fazia o mesmo com Bellatrix.

Eu pude ver o olhar quase perverso nos olhos de Ian, ao cravar seus dedos profundamente no braço da gêmea tão perfeita quanto ele.

*

– Solta ela! – Lino disse com a sua varinha na nuca de Bellatrix.

Eu estava machucando minha irmã e tinha plena noção disso. Mas eu simplesmente não conseguia agir de outra forma. Tudo o que me vinha na cabeça era a tarde em que ela matara Liza a sangue frio. A marca negra em seu braço vívida me lembrava: “ela não é mais a sua irmã.”

– Ian... – ela tentou dizer, seu corpo colado contra o meu e sua respiração alta.

Apenas apertei-a mais e torci seu braço.

– Libere os dois. Ou matamos elas. – eu disse ignorando a morena em minha frente.

Hermione era durona, mas devia estar sendo difícil. Até por que Voldemort era um ótimo Legilimens. Ela estava em pânico, preocupada com Fred e sua sogra, e certamente surpresa pela minha revolta e de Lino. O bom de ser os reféns menos valiosos é que ninguém vasculha sua mente enquanto você troca ideias telepáticas com um feitiço nada discreto.

– Mataria sua irmã? – Voldemort disse rindo.

Bellatrix riu-se de baixo do aperto de Lino, Cameron não fez o mesmo. Sensata.

– Tenho vivido para isso. – eu rosnei entre dentes.

– Pois bem. Que assim seja.

E as palavras saíram, e não foram de minha boca, como tanto tinha sonhado. “Avada Kedavra” Assim que a luz verde atingiu o corpo de minha gêmea que desfaleceu em meus braços após o baque, confesso que meu mundo balançou, enquanto minha fala morria na garganta.

Fazia um ano desde que eu a caçava?

Não sei.

E agora tudo que restava era seu corpo desfalecido apoiado contra o meu.

– C-cameron? – eu arrisquei chamar. Confuso, perdido, triste? Aliviado? Com raiva.

– E agora que ela se foi, vamos ao gêmeo solitário. O ultimo Felline!

*

– Avada Kedavra – Voldemort disse tranquilamente.

Ian não teve tempo de reação. Acho que nem Cameron esperava aquilo. Os olhos verdes dos gêmeos se arregalaram em uma sincronia macabra, e quando o feitiço a atingiu não foram apenas os olhos de Cameron que perderam o brilho. Ian segurou o corpo da gêmea que lhe escorregava pelos braços, atônito, sem poder acreditar. Ele vivia por vingança.

Acho que eu entendia como ele se sentia.

Na verdade não. Eu tinha Fred. Ian não tinha mais ninguém. Ele tinha perdido tudo.

Confesso que mesmo eu detestando Cameron, foi estranho para mim ver seu corpo sempre tão lindo e magnífico mole. Como uma perfeita boneca de porcelana nos braços do seu gêmeo.

– E agora que ela se foi, vamos ao gêmeo solitário. O ultimo Felline!

As palavras daquela cobra nojenta me acordaram. Mesmo sem reforços eu não iria perder ninguém! Eu já tinha perdido amigos demais!

Antes que Voldemort pronunciasse o feitiço, eu me lancei contra ele, caindo eu e ele estrondosamente no chão. E quando eu esperava 30 comensais em cima de mim me contendo, algo esplendido aconteceu. Harry e Rony estavam ali, desaparatando com um numero grande de comensais. 50 talvez.

Os que estavam de joelhos sangrando e imobilizados foram soltos, e logo uma intensa batalha tinha se instalado na mansão Malfoy. Do lado de fora clarões e fumaça. Do lado de dentro carnificina.

Assim que me levantei de cima de Voldemort, ele imediatamente me atacou, lançando-me um feitiço certeiro. Eu, sem varinha, apenas pude arregalar os olhos.

Será que no fim eu realmente não poderia viver ao lado do meu ruivo? Será que no fim de um jeito ou de outro nós seriamos separados?

Engoli em seco e entendi a terrível verdade: eu morreria, pelas mãos daquele que jurei matar.


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Notas finais do capítulo

Entonces, que tal? Hoje a noite eu acho que posto o próximo - NÃO ME MATEM ATÉ LÁ, JURO QUE VAI SER LEGAL... Pensei em colocar o Fred se apaixonando pela Bellatrix do funeral da Mione e pans... MENTIRAAAAAAAAAAAAAA SAIJAIOSJASJAIOHSAO..(LE DESVIA DOS CRUCIOS)
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Até mais Pessoal ;)
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*Malfeitofeito*