Consequências - Fred E Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 16
Paranoid ~~


Notas iniciais do capítulo

*Lumus*
Leo aqui suas lindas.
Cara, eu demorei pra postar por que depois do review de certas leitoras, eu fiquei inutilizado no hospital sabe...
POXA EU SÓ ESCREVO AS PUTARIAS, A PARTE DO MIMIMI É COM A PEN! (Entendeu Danny?)
enfim.
Cara, não nos matem muito antes do próximo capítulo, em dois capítulos as asinhas do Nick serão cortadas e nesse capítulo tem um pouquinho de fremione pra vocês.
e no próximo eu e a Pen CAPRICHAMOS no fremione, vocês vão curtir.
(MAS PRA ISSO TEM QUE NOS DEIXAR VIVOS ATÉ LÁ!)
OK OK APROVEITEM XD



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DEZESSEIS: 

[N/A: Queria agradecer algumas leitoras que tem sido muito especiais para mim e que SEMPRE conseguem me inspirar com seus reviews gigantesco e engraçados, mas que eu, na correria nem sempre consigo agradecer própriamente e dar a atenção que elas merecem:
Emma Charlotte Duerre Watson,
Frappuccina Da Emma (que me manda mensagens privadas que SEMPRE me dão um puxão de orelha e me motivam a postar), jak mione potter (Nem preciso falar né, comentário gigantes que eu AMO ler), Jess (que sempre capricha nos xingamentos ISHDIAUH) DannyCullen (Que coitada me matou nos últimos capítulos e tem mandado reviews de Azkaban pelo tablet dos dementadores HDSAIU E agora foi solta e tem permissão do ministério para me torturar -MEDO)
Kathy Tets (Que sempre capricha nos ‘KKK’s) ninashalown (que me mandou um dos comentários que me fez lacrimejar lendo) e Todos os outros leitores que eu negligencio D: mas que eu amo muito ok? Mesmo que possa parecer que eu nem ligo pros reviews de vocês, a verdade é que quando a coisa aperta, é pra cá que eu fujo sz E saibam que eu já decorei cada review de vocês, desde os simples: “AMEI”, ou “Continua logo esta porra!” até as mais intermináveis ameaças de morte e os enormes e hilários reviews da
acciofrog e da Roli Cruz. ISAHAIUSHDAIU]

Leo: CHEGA, DEIXA ELAS LEREM O CAPÍTULO SAÍ DAÍ! *arremessa ela pra longe do teclado* Aproveitem xD

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Can someone stop the noise? I don't know what it is But I just don't fit

Consider me destroyed I don't know how to act Cause I lost my head   I must be paranoid

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Eu estava sentada com Harry e Rony, o professor tinha passado tarefas em grupos. Nunca tinha ido a uma aula de poções, mas eu estava muito empolgada.

- Nós vamos usar um caldeirão? – eu perguntei anciosa.

- Sim... – Harry sussurrou para não chamar a atenção do professor.

- Que legal. – eu disse empolgada esfregando as mãos. – e nós vamos colocar asas de morcego, e patas de aranha?

- Depende de poção, mas não é exatamente como nos filmes de Bruxa Mi. – Harry deu um leve tapinha na minha cabeça.

- Oh... Tudo bem. – eu me silenciei.

Harry suspirou aliviado voltando a prestar atenção na aula.

Não me contive e seis segundos depois já estava indagando novamente.

- Podemos transformar pessoas em ratos? Vai sair fumaças estranhas do caldeirão? Podemos envenenar maças que nem na Branca de Neve? Existe poção do amor?

- Sim para todos. – Harry revirou os olhos.

O professor então pigarreou alto, e quando estava prestes a nos dar uma bronca daquelas a porta da sala se escancarou ruidosamente. E por ela passaram dois ruivos com a cara mais lavada do mundo.

Não admitirei isso em voz alta jamais, mas eu realmente tenho vontade de rir quando olho para esse dois patetas.

- Professor, desculpe o atraso... – O estuprador disse meio ofegante.

- Tivemos que ajudar... – O outro disse criando alguma desculpa.

- Um terceiranista...

- Sim, sim, o pobre coitado caiu escada abaixo...

- Quase morreu.

O professor apenas olhava descrente os dois.

- Eles são muito cara de pau... - Rony disse revirando os olhos.

Eu e Harry concordamos com um aceno de cabeça empolgado.

- Entrem logo! – o barrigudo revirou os olhos. – e Como eu estava dizendo... – o professor continuou a matéria.

Contive minha curiosidade e prestei atenção no que o professor falava.

Ok, ok mentira minha.

Não consegui desgrudar os olhos do ruivo. Assim que nosso olhar se cruzou enquanto ele ainda estava se desculpando com o professor, ele me dirigiu uma piscadela.

Merlin amado. Quase morri.

Acho que eram trigêmeos, e aquele era o gêmeo sedutor.

Ele estava diferente do normal. Tinha o cabelo desgrenhado, a gravata frouxa de modo a mostrar a saboneteira, e o suéter erguido nos cotovelos. E quando me olhou...

Nossa.

Olhou-me de canto de olho, e ergueu o lábio de modo a dar um sorriso simples e discreto. E eu fui sugada para dentro de uma lembrança... Uma lembrança vergonhosa.

-Sexo oral em mim? Tem certeza? – o ruivo disse quase rindo.

- E-eu queria tentar... Mas só se você... Ah deixa pra lá. – eu disse mortificada de vergonha puxando o cobertor no canto do sofá e me escondendo.

Estávamos com roupas íntimas, nos pegando na sala, aproveitando o domingo de folga.

O ruivo riu. Alto.

- Para Fred! – eu disse com o rosto absurdamente quente.

- Saí daí, vem cá vem. – ele disse me abraçando por cima das cobertas.

- Não. – eu disse com vontade de morrer.

- Por favor...

Eu abri uma fresta do cobertor para vê-lo. Ele estava sorrindo mordendo o lábio. Terrivelmente sexy.

- AFE AMOR PARA DE SER LINDO! – Eu me irritei, ainda com vergonha escorregando o cobertor de modo a parecer uma freira.

Ele apenas riu e veio beijar meu pescoço. Daquele jeito... Ah!

A situação esquentou novamente e o cobertor escorregou pelas minhas costas enquanto Fred me colocava sentado em seu colo novamente passeando com a mão pela minha cintura escorregando-a pela minha bunda e agarrando a minha coxa.

Sem parar de beijá-lo fiquei de pé e comecei a tirar sua Box verde escuro. Mais ofegante do que nunca. Passei a beijar seu pescoço, depois seu peito, e desci meus beijos até... Lá.

Céus eu estava desajeitada, aquilo era muito estranho, mas eu estava tão excitada que parecia que estava embriagada. E desde que Fred me contou que uma vez Angelina fez isso nele no intervalo de uma partida de Quadribol, fiquei enciumada. Um orgulho besta de ser melhor do que as ex dele.

Estava ali há algum tempo, me condenando por não assistir pornôs.

Ergui o olhar para ver a expressão de Fred, esperando ver uma cara de: “O que diabos você está fazendo?”

Mas quando vi ele estava olhando para mim ofegante com a boca meio aberta, o que foi estranho. Mas ele tinha me dito que homens normalmente tem a fixação em ficar olhando enquanto... Fazem isso neles.

- Está bom assim? – eu parei um pouco e perguntei.

Quando parei, a cara dele foi simplesmente de desespero.

- Uhum... –ele engoliu em seco.

Voltei a colocar a boca, dessa vez olhando para ele, ele passou a mão nos meus cabelos, mexendo na minha orelha e começando a fechar os olhos e morder o lábio, eventualmente soltando gemidos. Não me aguentei e quando dei por mim estava me tocando.

E então com uma urgência que eu nunca tinha visto e com certa relutância ele me tirou dali, me fazendo deitar no tapete da sala, sem muita delicadeza partiu pra cima de mim, me beijando quase agressivamente fazendo movimentos fortes.

Foi aí que inauguramos o tapete.

-Hermione...? – Harry me chamou.

Com muito custo tirei os olhos do andar descontraído do ruivo e encarei o moreno.

O moreno e o ruivo me encaravam com a sobrancelha erguida.

- Q-Que foi? – balbuciei com medo de que eles vissem o que se passava na minha cabeça, sentindo muita vergonha.

- Tem uma babinha ali no canto... – Rony disse dando um sorrisinho.

- E eu estou te ouvindo ronronar daqui. – Harry também sorriu.

- Eu só achei ele bonito, como acho vocês bonitos. – tentei me explicar e acabei me entregando.

- Own, você está coradinha! – os dois disseram juntos.

Minha têmpora saltou.

- Malditos... – eu murmurei.

Apenas abaixei a cara, de modo que o cabelo ficasse na frente do rosto. Que maldição, o estuprador não podia me ver corada de modo nenhum!

Mas estava difícil disfarçar, ainda mais com Harry e Rony praticamente dançando ao meu redor fazendo biquinhos e imitações terríveis da minha voz: “Oh Fred, você é tão lindo!” “Oh Fred, me beije, diga que me ama”.

Eu me encolhi de tal modo na cadeira que quase desapareci. Harry e Rony realmente estavam curtindo me ver daquele jeito. Eu estava rezando para aquela aula acabar logo.

Nome: Amigos.

Função: Encher seu saco.

A aula – Graças a nossa senhora da paçoca – acabou. Mas Harry e Rony continuavam pulando ao meu redor, me incentivando a ir falar com o ruivo. Céus eu só corei!

Nicolas estava me esperando do lado de fora, encostado na parede. Lindo como nunca, seus olhos terrivelmente azuis pairando pelo corredor, distraído. Quando me viu sorriu. Fui até ele e segurei sua mão, aliviada. Sentia-me muito confortável ao seu lado, ele era como um banho morno depois de um dia cansativo.

Fred passou ao meu lado, mas eu estava com Nick, sequer reparei nele.

Ok, ok! Estou mentindo também!

Quando Harry e Rony chegaram começaram a conversar com Nick do meu lado passaram os gêmeos. E o pior: ele nem olhou para mim.

Acenou para umas garotas no fim do corredor e foi até elas. Colocou o braço ao redor dos ombros de uma ruiva e o grupo saiu corredor a fora. Ele sequer olhou para mim. Um ódio tomou conta de mim. Nós tínhamos uma vida juntos, e agora ele simplesmente me ignora!

“Você não se lembra dessa vida... E nesse exato momento você está segurando a mão do Loirinho maravilha...”

“Mas ele lembra! Eu fui assim tão pouco para ele desistir na minha primeira amnésia?”

“Comemore, o estuprador nem lembra que você existe.” Minha consciência disse sádica.

 “Pois é o que eu vou fazer!”

“Era o que você queria, certo?” ela quase ria.

“E-Era... Era isso mesmo.”

“Então por que você está triste queridinha?”

“POR TER QUE TE AGUENTAR!”

“Hey, não desconte em mim...” ela agora ria.

- Hein Hermione? – Nicolas falou comigo.

- Hã?

- Eu vou almoçar com uma amiga minha da Sonserina hoje, tudo bem?

- Sim, claro. – eu sorri.

Mas aquilo apenas me deixou pior. Nicolas também estava cansando de mim. A doida maníaca. Reparei que ele tinha soltado minha mão. Senti-me mais triste do que nunca, novamente queria meus pais.

Mas Nicolas percebeu. Ele então me abraçou e me levantou do chão, sorri.

- O que está fazendo?

- Te girando. – ele com seu sorriso infantil.

- Você andou malhando? Pelo que me lembro você era menor e mais magrela.

- Te carregar pra lá e pra cá conta? – ele me colocou no chão. – vamos almoçar.

Harry e Rony estavam conspirando na nossa frente, começaram a andar rumo ao refeitório. A tristeza se dissolveu aos poucos.

- Hermione mais tarde eu quero conversar com você pode ser? – Nicolas disse assim que chegamos ao salão principal.

- Sim senhor.

Ele me abraçou.

- Eu sou seu amigo. Estarei sempre aqui.

- Eu sei. Eu te amo. – aquelas palavras não estavam planejadas, mas soaram naturais.

- Também te amo Pequena. – ele sorriu e me abraçou, me tirando do chão novamente, mas não foi de um jeito romântico, foi estranhamente bom. – agora vai comer!

- Certo pai. – brinquei.

- Hey. Eu falo isso. – ele ergueu a sobrancelha. – Não se meta em confusão. Nos encontramos no Lago mais tarde?

- Fechado. Depois da aula.

Ele chutou minha bunda para que eu fosse para a mesa da grifinória. Ri e mostrei o dedo para ele. Ele fez um coração no ar.

- Gay! – eu disse mostrando a língua.

Ele jogou seus cabelos longos invisíveis para trás e foi para a mesa da Sonserina rebolando.

Rindo sentei-me entre Harry e Rony que pararam de cochichar quando eu me sentei. Fingi que não vi, animada peguei uma bebida que estava me parecendo muito boa. Tentando afastar as imagens minhas e de Fred que teimavam em voltar.

Senti então algo estranho. Como uma pressão na minha cabeça, um formigar estranho. Dei de ombros e voltei minha atenção para o copo.

Assim que levei meu copo até a boca senti uma mão no meu ombro.

- E aí galera? – a voz dele chegou até mim.

Dei de ombros e acabei meu suco.

OK! É MENTIRA...

Comecei a tossir loucamente e me engasguei esbarrando em um copo de água na minha frente molhando meu suéter.

- Droga! – eu me amaldiçoei.

- Desculpa. – Fred agarrou o copo antes que ele caísse em mim e colocou-o em minha frente. – venha deixe que eu cuido disso.

Harry levantou-se e ele sentou no lugar de Harry, praticamente montando no banco. Agarrou a ponta do meu suéter e puxou-o para si, fiquei sentada de frente para ele para que meu sutiã não aparecesse, e ele puxou de um jeito que eu tive que me aproximar. Detestei a posição.

“Detestou naaaada...”

“Só... Cala a boca.”

Ele continuou puxando minha blusa para si, apontou a varinha e disse.

- Ventus. – ele disse e um jato de ar fresco passou pelo meu tecido gerando-me um calafrio.

Ele poderia ter se aproveitado, mas nem ligou. Ficou conversando com Luna e com Gina sobre um novo brinquedo ou sei lá o que.

Eu não me mexia. E encarava fixamente uma farpa na mesa. Mas a cena de mais cedo continuava voltando para mim, eu estava cada vez mais corada.

Ele então parou com o vento e me olhou.

- Está bom assim? – ele deu um meio sorriso.

Entrei em pânico, perguntando se ele lembrava que eu tinha dito exatamente isso quando nós... Quando eu fiz...  Não. Não tinha como ele lembrar, ou desconfiar que eu estava pensando nisso.

- U-Uhum. Obrigada. – eu engoli em seco.

Ele soltou uma risadinha e encostou a boca na minha orelha.

- Daquela vez eu não disse ‘Obrigada’. – ele sussurrou e se afastou.

Eu fiquei mortificada. Quis morrer.

- D-Do que você... O que... E-eu não...

- Legilimens. – Fred sorriu. – feliz ideia de usá-lo antes de vir falar com você.

Todos na mesa ficaram boiando.

- Vamos Lino, tenho que resolver umas coisas. – Fred levantou-se e saiu dali despedindo-se sorridente e seguindo com o moreno que eu nem sabia que estava ali.

Eu?

Bom eu literalmente derreti no banco de tanta vergonha. Queria que um meteoro acertasse a minha cabeça agora!

- Mione, você tá legal?! – Harry segurava minha cabeça que parecia no momento pesada demais para meu pescoço.

- Harry... o que é Legiment?

- Legilimens? – ele corrigiu.

- É. Que seja...

- Cara, ela tá branca – ouvi alguém comentar ao longe.

- É um feitiço para ler a mente de outras pes...

- EXISTE ALGO ASSIM?! – Eu me recompus.

Certo, e é por aqui que a narração acaba minha gente. Vou ali fazer minhas malinhas, descolorir o cabelo, comprar um sombreiro, uns chocalhos e viver o resto da minha vida como Mariachi no México. Talvez eu mude meu nome para Juanita.

- S-sim, mas é reestrito... Meio que ilegal usar...

Por isso senti minha cabeça formigar! Maldito ruivo filho da mãe! Quando eu chegar no méxico, primeira coisa que eu vou fazer é amizade com os chefões do tráfico, e então vou mandar darem uma coça nesse ruivo Neandertal!

- Tem como impedir isso? – eu disse revoltada começando a me perguntar como uma Mariachi se torna amiga dos chefões da cocaína.

- Sim, mas...

- Harry Potter eu achei que você fosse meu amigo, como você não me avisa uma coisa dessas?! – quem sabe eu mandasse meus capangas darem uma coça em Harry também.

- Desculpa, mas o que aconteceu? Por que isso agora?

Eu não podia contar. Ninguém podia sonhar com aquilo. Céus que vergonha, eu queria a cabeça daquele ruivo mongol numa bandeja de prata agora mais do que nunca. Numa bandeja de prata um num jarro de vidro, estilo o filme do Zorro.

Eu sorri de modo meio amarelo tentando disfarçar e não deixar transparecer para Harry que eu tinha planos de me tornar uma Mariachi Traficante Mexicana. Eu estava ficando louca, sim. Acalme-se Hermione. Seja racional.

ARGH! Tudo parece simplesmente errado! Eu estou perdendo minha cabeça! Eu estou louca!

- Ah... Eu, só me preocupei, veio um flash aqui... – em parte era verdade.

- Ah certo. Fique tranquila. – Harry me abraçou.

- Harry, depois me leva até a biblioteca? Quero ficar um pouco com os livros. – E onde eu diabos eu consigo um sombreiro?

Sim a paz e o silêncio dos livros, longe de pensamentos, longe de emoções do mundo real, longe de problemas, longe dos traficantes mexicanos. Apenas ser preenchida pelo conteúdo das páginas.

- Eu levo ela. – um garoto loiro disse sorrindo interrompendo meus devaneios literários

- Pode ser? – Harry olhou para mim, eu assenti. – pode ser Draco. – Harry disse.

Comemos e conversamos um pouco. Todos comentavam sobre como era bom ter aulas em Hogwarts novamente e marcaram para mais tarde um jogo de tabuleiro numa tal de sala Precisa. Quando disse que iria me encontrar com Nicolas eles me olharam desconfiados e disseram que eu podia levar o loiro se quisesse. Agradeci e tratei de mudar de assunto.

Nicolas. Eu tinha que ver como levaria-o comigo para o México. Ele poderia se chamar Juan, e usaria um bigode preto e um poncho colorido.

Sorri imaginando a cena. Mas minha vergonha ainda não tinha passado, eu ainda estava ligeiramente febril. Depois de algum tempo o tal loiro levantou-se, beijou uma garota que desenhava distraída em um guardanapo com o garfo e veio em minha direção.

- Vamos? – ele murmurou.

Assenti e me levantei, acompanhando-o salão a fora.

- Draco Malfoy. – ele disse esticando a mão assim que deixamos o barulho de alunos esfomeados pra trás.

Gostei disso. Era bom alguém que entendesse que eu não me lembrava de ninguém. Alguém que não ficasse: “Como assim você não me lembra de mim?!”

- Hermione Granger. - apertei sua mão.

- Então, gostando de Hogwarts?

- Muito, é tudo muito...

- Mágico. – ele disse sonhadoramente passando a mão por uma estátua enquanto voltava a caminhar.

Concordei. Era mágico, era fantástico, inacreditável. Parecia um sonho. Um sonho meio confuso e com certos ruivos tarados, mas um sonho muito bom ainda assim.

- Vai fazer algo sábado? – o Loiro perguntou meio sem jeito.

- N-não...

- Iremos para Hogsmade, venha conosco. Eu e Luna queremos lhe mostrar algumas lojas.

- Nicolas pode ir? – eu murmurei insegura. O que diabos era Hogsmade?

- Claro! Sabe, Luna costumava ser sua amiga, ela ficou triste com tudo o que aconteceu, ela queria muito te levar para jantar. Sabe você fez muitas coisas por ela. – ele disse em um tom meio pesaroso. Por que aquilo me soava como se ele estivesse colocando Luna no seu lugar?

- Mas não posso voltar tarde, domingo vou ver meus pais. – eu disse empolgada.

- Certo. – ele sorriu parando em frente a uma grande porta. – nos vemos mais tarde.

- Hey, Draco. – eu sorri. – Obrigada.  E desculpe não me lembrar de você.

Draco parou e ergueu a manga de sua camisa revelando um cordão verde musgo escuro em contraste com sua pele clara, estava em seu pulso esquerdo e logo acima uma grande tatuagem meio apagada.

- Eu acho que é bom. Pior se você se lembrasse das coisas que eu fiz com você há dois anos.

- P-por que? – eu indaguei receosa.

- Eu era um crápula. – ele disse dando de ombros. – Mas você me ajudou, muito. Você foi minha única amiga quando eu mais precisei. Até mesmo Luna balançava em relação há mim, mas você não.

- Eu podia ser falsa. – contestei – como sabe que eu não falava mal de você pelas costas?

Draco riu-se.

- Você não se conhece. E você me deu esse cordão. – ele segurou a linha verde. Depois pegou minha mão e mostrou em meu pulso uma linha igual. Nunca tinha notado ela ali. Quer dizer, já tinha visto, mas ela me parecia normal, como um sinal de nascença. – são enfeitiçados. Enquanto nos importarmos um com o outro ele estará aí.

- Como posso me preocupar com você, se nem me lembro de ti?

- Você só soterrou algumas coisas. É como se parte de você estivesse descansando, mas essa parte continua igual. Você ainda é a Hermione.

- Eu diria que essa parte está em coma. – revirei os olhos.

- É bem provável também – ele deu um sorriso. – só queria que soubesse que o Loiro mais importante da sua vida sou eu, não o Nicolas. Mesmo que você não se lembre. Pra você ter noção, a primeira pessoa para quem você contou que estava grávida fui eu.

Uma careta saiu involuntária só de lembrar que eu estava grávida. Eu tinha que resolver isso logo. Achar um jeito de tirar esse treco de mim. Eu não seria mãe com 18 anos nem morta!

- Certo. Vou me lembrar disso. – eu abracei o loiro. – Obrigada por ficar do meu lado.

- Sonserinos também são leais. – ele deu uma piscadela. – Sábado as 14:00 no relógio.

- Estarei lá.

Sorri e entrei na biblioteca. Senti-me bem e muito tranquila na companhia dele, Harry e Rony tinham mencionado que ele era um dos meus melhores amigos no Hospital, e aquilo parecia extremamente plausível. Mas o jeito que ele falou comigo, foi diferente de como Harry e Rony falavam. Era um tom meio de admiração, de dívida eterna. Como se eu o tivesse curado de câncer ou sei lá. Dei de ombros. Eu era uma boa pessoa, eu acho.

De qualquer forma: Ah! A biblioteca!

Não me lembrava dela, mas senti-me em casa. Peguei livros como se sempre os lesse, e fui estudar. Principalmente sobre a bendita arte da Oclumência!

Como aquilo era reconfortante, quase que uma meditação.

***

Saí correndo da biblioteca, aos tropeços agradecendo a simpática senhorita Pince pelos livros e pelos pergaminhos que ela havia me emprestado para fazer resumos da matéria. Tinha me divertido muito.

Tanto que nem vi a hora passar: eu estava atrasada para me encontrar com Nicolas!

Corri pelos corredores, me perdi, até que finalmente consegui sair do castelo. Porém saí do lado errado e tive que dar toda uma volta até chegar ao lago, quando cheguei o Loiro tinha recém se levantado para ir embora.

- E-Eu... – eu me arqueei ofegante – Eu me perdi...

Nicolas riu.

- Certo, achei que tinha me dado um bolo. – ele riu – Temos que entrar, então não vou poder me explicar direito, com a calma que eu tinha planejado... Não me bata, mas eu preciso ver uma coisa.

- O que...?

Não pude nem perguntar o que ele faria para me deixar brava, pois assim que me levantei para olhá-lo ele segurou meu queixo e me puxou para um beijo. O que foi tenso já que eu ainda estava sem fôlego devido a corrida.

Começou como um selinho apertado, mas em alguns instantes ambos entreabriram o lábio e começamos um beijo intenso e divertido.

Passei a mão por seus cabelos enquanto ele entrelaçava minha cintura.

Ele beijava bem, era bom. Me sentia feliz.

Ele se afastou de mim.

- É loucura o que eu vou dizer, mas... É o seguinte: eu te amo, você me ama, mas somos apenas amigos. – ele disse analisando – eu amo a Astória, essa garota da Sonserina, mas ela está de rolo com o Córmaco. E você ama o Fred, e mais cedo ou mais tarde vocês vão se acertar... – Eu ia negar, mas algo em mim achou aquilo razoável. – Vamos ser práticos, enquanto tudo não volta ao normal, que tal uma amizade colorida?

- Acho prático e verídico. – para minha surpresa e a dele eu achei aquilo uma ótima ideia.

- Sem beijos na frente dos outros.

- Certo. Ninguém precisa saber.

- Certo. Eu vou te ajudar com o Fred, vocês realmente se amavam. – ele disse pegando minha mão e rumando para o castelo.

- Mas eu acho que comecei a me lembrar... Deixe eu te contar, já tive dois lapsos, um no dia das sanguessugas e um hoje agora pouco...

Passamos o resto do dia e da noite grudados conversando, eu lhe contei tudo, tudo mesmo... sobre nosso término, sobre Draco, sobre minha lembrança vergonhosa, sobre como ele estava lindo na aula de poções, sobre as garotas babando por ele, sobre minha raiva a respeito dele e sobre meu plano de fugirmos para o México e virarmos mariachis traficantes.

Ele também desabafou comigo. Aprovou minha ideia sobre o México, e disse que ficaria muito sexy moreno e de bigode. Contou sobre essa garota da Sonserina, que fora super querida com ele, as brigas dele com o Córmaco e da vez que bateram nele na frente da tal garota. Sobre suas discussões com a irmã, sobre o pai que ainda não tinha acordado do coma. Devo confessar que me senti mal, sequer me passou pela cabeça que Nick tivesse problemas. Decidi que não seria mais tão egoísta.

Era bizarro, mas acho que no momento era o que os dois precisavam: alguém que nos entendesse, alguém para contar 100%. Precisávamos um do outro.

Na hora de dormir ele me levou até meu dormitório. Nos beijamos, eu o mordi.

- Boa Noite Peixinho. – ele disse rindo.

- Boa Noite Paixão. – provoquei-o.

Ele parou.

- O que? – ele fez cara de deboche.

- Peixão... Eu disse peixão, de peixe grande, não se iluda. – eu disse rindo.

- Certo, certo... To sabendo. Vai dormir mocréia.

Eu e ele rimos.

- Até amanhã. – dissemos juntos, e voltamos a rir.

Fui dormir, não encontrei ninguém acordado. Deitei-me e pensei nos olhos verdes de Fred. Se ele quer jogar, vamos jogar.

Fui dormir sorrindo. Será que meu subconsciente já sabia o que ia acontecer, e que eu resolvi salvar Nick na memória por que sabia que ele ia me ajudar a voltar com Fred?

Ai Hermione, olha o que você está falando!

Tem razão. Só posso estar louca!


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Notas finais do capítulo

SEM CRUCIOS, POR FAVOR! QUEM QUISER INICIAR UM PERÍODO DE CAÇA A PENELOPE, CAÇEM ELA! EU NÃO TENHO NADA A VER COM ISSO.
-nhe mas peguem leve com o meu amorzinho por favor...
É isso aí, aguardem pelo próximo daqui a no máximo uma semana xD
See ya
*Nox*