Consequências - Fred E Hermione escrita por penelope_bloom


Capítulo 10
Heart is a Mess!


Notas iniciais do capítulo

*jurosolenementequenãovoufazernadadebom*
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QUEM É VIVO SEMPRE APARECEEEEE... E AI BELEZURAS, VOLTEI PARA CURITIBA, NÃO PASSEI EM NENHUM VESTIBULAR E ESSE ANO É CURSINHO DE NOVO... AEEEEEEEEEEEE >_>
Mas enfim, to com meu PC e com minha internet, vou postar cinco capítulos entre hoje a amanha, todos vão ter músicas fofinhas que eu gosto, mas que não tem (quase) nada a ver com o capítulo - umas mais situadas, outras menos. Fica de sugestão pessoal da autora linda que vos escreve.
CHEGA DE DELONGAS NEGADA, EU VOLTEI E VOLTEI CRUEL MUAHAHAHAHA
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-não, é sério, eu voltei cruel demais até pro meu gosto .-.



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DEZ:


Love ain’t fair, so there you are, My Love.


Abri os olhos e senti minha cabeça latejar, uma manada de rinocerontes certamente pisoteou minha cabeça enquanto eu dormia.

– Bem vinda minha querida.

A voz suave fez com que eu saltasse assustada e grudasse contra o encosto atrás de mim. Estava muito desnorteada, sentia meus braços leves como se flutuasse. Pisquei algumas vezes, eu parecia ter caído em um de meus sonhos, em um de meus pesadelos.

A grande mesa dos Malfoy estava servida, eu estava na ponta, prensada contra o veludo musgo da cadeira, em minha frente pratos de porcelana inglesa, os talhes pareciam antiquíssimos, a mais fina prata com pequenas e raras pedras de esmeralda. Nada muito chamativo, apenas sofisticado e elegante; a toalha rendada, com algumas curvas do mesmo verde Sonserina. Olhei para mim mesma. Estava vestindo um vestido bordô, trabalhado em um tecido pesado e cheio, com minudências e babados, ia até os pés e tinha um espartilho justo que ressaltava os seios. Não era exagerado, não chegava a ser exacerbadamente detalhado. Não era um vestido barroco, mas também não era nada Arcaico ou Clássico. Não acho palavras para descrever com precisão. Era algo vitoriano, mas mais clean. Algumas cestas de pães e croissants ao longo da mesa, e na outra extremidade ela estava sentada. Bellatrix. Mas não parecia ela. Ela estava serena, com um sorriso de leve nos lábios. Vestia roupas masculinas, uma camiseta preta muito bem alinhada, com sulcos verticais que acabavam em uma gola engomada. Por cima, um terno que no mínimo era um Armani. Parecia porem mais antigo, e bem mais caro. Tinha os cabelos negros presos em um rabo de cavalo frouxo e uma tiara de seda verde musgo com um pequeno detalhe que reluzia aos meus olhos. Talvez um pequeno brilhante.

Estava estranhamente serena. Aquela definitivamente não era Bellatrix.

– Quem é? – eu disse me ajeitando na cadeira e arqueando uma sobrancelha.

– Mas que rápida. – ela disse sorrindo. – Vamos apreciar a comida sim? Depois conversamos.

– Eu não vou comer nada! Onde está o Fred?

– Fique calma, Cameron está cuidando dele, Agora coma. Você precisa ficar forte.


Ah sim, Cameron, a super vadia estava cuidando do meu noivo! Eu estou realmente mais calma...


Pisquei forte algumas vezes, me sentia meio drogada. E bem desnorteada.

– Coma. – ela voltou a falar, porém com a voz mais firme.

– Só depois que libertarem o Fred. – eu disse cruzando os braços.

Bellatrix apenas riu.

– Não, ele é nosso seguro. Sabe, você é muito esperta poderia tentar fugir. Agora coma.

– Quem é você?

Os olhos negros dançaram pela sala até pousarem em mim, fixos e sóbrios, não era o olhar dela. Não eram olhos sádicos, eram quase olhos condolentes.

– Não reconhecendo velhos amigos?

– Nunca fui amiga de nenhum de vocês. – eu disse começando a ficar ligeiramente nervosa.

– Eu estou mais fraco, mas achei que fosse ser mais rápida, achei que me reconheceria. Na verdade achei que você descobriria tudo mais rápido. Coma, ou vai esfriar. - ela disse em tom quase maternal - Não precisa ter medo.

– Eu não tenho medo de você! E eu não vou comer até me dizer quem é!

Em um movimento gatuno e rápido a morena se levantou e começou a deslizar em minha direção.

– Ainda não descobriu quem eu sou? Vamos! Você era tão intima, me chamava pelo primeiro nome, cantava músicas. E é normal ter medo. Todos tem.

Estreitei os olhos não entendendo nada.

– Eu não tenho medo... – comecei a rebater.

Saiba todo mundo teve medo... – ela entoou interrompendo-me. Com um sorriso nos lábios inclinou sua cabeça em minha direção até que finalmente sua boca roçou em meus ouvidos. – mesmo que seja segredo.

Ele sussurrou o resto da música, e lembrei-me da outra vez em que estive em cativeiro nesta mansão maldita. Eu havia cantado essa música em um momento de desaforo.

– Vold...? – eu comecei a dizer com a voz fraca.

– Não, não, não! – ele riu – somos íntimos, me chame de Tom, por favor.

Certo. Agora eu estava com medo.

Ele passou os longos dedos de Belatrix pelo meu rosto. Eu me retraí.

Por que ele estava vivo?!

Ele tinha voltado para se vingar! Ela ia sofrer como em seus pesadelos, ia passar por tudo aquilo de novo. Sentiu como se o medo fosse uma fumaça tóxica que fosse englobando-a, tomando conta dela, entrando por seus poros e infectando cada célula. Teve vontade de chorar e se encolher, não queria passar por tudo de novo.

Começou a suar, e ficar ofegante.

– Não, não, por favor, não fique assim. – ele disse com a voz gentil de Bellatrix. Algo que eu nunca achei que fosse ouvir. – você me salvou. Não sou injusto, sei reconhecer os méritos, as qualidades, sei recompensar.

Ele andou sobre os saltos novamente até a sua ponta da mesa. Calmamente espetou alguma coisa com o garfo e colocou na boca, degustando calmamente.

– Por que você não morreu? – eu disse com a voz embargada.

– Por causa do seu filho. – ela limpou a boca com o pano rendado que tinha no colo. – Ah, o que me lembra: Ícaro!

A porta se abriu, e um negro alto cheio de cicatrizes passou por ela. Eu o conhecia. Se não me engano ele trabalhava no ministério.

– Traga o outro convidado. Por favor.

O negro me lançou um olhar que era um misto de dó, dor e nojo.

Eu apenas fiquei tremendo, quieta quase entrando na cadeira de tanto que eu me pressionava contra o encosto.

– Mas respondendo sua pergunta. Eu quase morri. Hermione você destruiu meu corpo, devo-te os parabéns você é uma bruxa e tanto, mesmo tendo o sangue... Bem, nós podemos limpar as impurezas mais tarde. E até por que eu jamais permitiria que ele viesse com o sangue impuro dos seus pais.

– Do que você está falando? – eu murmurei me sentindo enjoada.

– Quando o feitiço rebateu e me acertou, um pedaço de mim novamente se agarrou à coisa mais pura que havia naquele corredor.

– O que?

A porta da sala abriu, e por ela um ruivo moribundo e machucado que mal se aguentava em pé foi empurrado. O negro segurava-o com ódio. Antes que processasse àquilo tudo eu gritei. Horrorizada, temerosa, enojada, coloquei-me de pé. Estava fraca, mas a adrenalina que senti ao vê-lo naquele estado me fez ficar em pé. Dei alguns passos cambaleantes, com toda minha força empurrei o brutamonte para longe do meu ruivo e amparei-o.

Ícaro irritado deu um passo em minha direção, varinha em punhos, mas deteve-se ao sinal de Belatrix. Voldemort. Tom. Já não sei de mais nada.

– Obrigado, Ícaro. – Voldemort/Belatrix acenou suavemente. Os trejeitos eram iguais ao de Voldemort. A voz contida. O jeito que umedecia a boca... A cada momento que se passava, aquela história parecia mais verdade. Aquele era Voldemort no corpo de Bellatrix.


“Morra Ícaro filho de uma cadela!”

“Não xingue a cadela” minha consciência murmurou branda.


– Hermione, me desculpe... – Fred começou a falar.

Coloquei meus dedos em sua boca para que ele parasse de falar. Ele era muito pesado, de modo que eu não aguentei seu peso, cedi e acabei caindo de joelhos no chão de madeira. Fred jogado sobre mim.

– Bom, vamos aos negócios. – A coisa ruim levantou-se gatunamente e esgueirou-se até nós, puxando uma cadeira e sentando-se de frente para nós. – Eu devo a minha vida a você Hermione. E seu namorado só está vivo por mera questão de segurança, e como parte da sua recompensa.

– Do que ele está falando? – Fred disse tentando sentar-se.

– Bem, como eu estava explicando antes, quando Hermione colocou-se na frente de Harry que era o único desprotegido contra mim aquela noite, meu feitiço ricocheteou e me destruiu. Minha alma se fragmentou, e então se agarrou a coisa mais inocente e pura que havia ao redor.

Lancei um olhar desesperado para Fred e minha mão foi inconscientemente para meu ombro.

– Você? – Fred indagou com terror nos olhos.

Eu senti uma lágrima quente escorrer pela minha bochecha, e dolorosamente neguei com um aceno de cabeça. Queria que fosse eu. Não tinha medo da morte, e Voldemort com certeza atenderia meu pedido de deixar Fred e Naoki livres se eu fosse a Horcrux. Mas eu não era.

– Seu filho. – a voz macia respondeu, e eu involuntariamente apertei meu ventre.

É claro. Tudo convergia para aquilo.

Acho que não tem como escapar do destino, aquela era a consequência da minha escolha. Eu tentei ficar com os dois, mas não pude.


Uma escolha deve ser feita. Entre dois amores, entre dois inocentes. Entre os de sangue por ele considerado sujo, a última treva será plantada. A última parte deverá ser expurgada para que a história não se repita. A escolha feita com o coração alterará os rumos naturais, mas mesmo assim alguém que se ama lhe será tirado. Uma vida pela outra, a morte não parte de mãos vazias.”


Entre dois amores, dois inocentes: Fred e Naoki.

De sangue por ele considerado sujo, a última treva será plantada: eu carrego a última Horcrux.

A última parte deverá ser expurgada para que a história não se repita. Não, essa parte eu não queria interpretar. Não queria sequer pensar sobre aquilo. Senti a cicatriz em meu ombro queimar.

– Mas você já sabia não é? Já suspeitava. Você se travestiu de ignorante, para não ver a verdade. – Voldemort disse, e eu senti-o pressionando meus pensamentos. Ele estava tentando ler minha mente.

– Hermione... – Fred disse com a voz fraca, ele estava arrasado. – isso é mentira não é? - seus olhos suplicantes.

Apenas apertei os olhos e soltei um ganido de dor, enterrando meu rosto em seu peito.

– Certo, pulemos essa cena, vamos ao que interessa. – Belatrix se ajeitou na cadeira. – seu filho vai ser meu, de uma forma ou de outra. Em breve ele será meu receptáculo. Mas eu ofereço, uma chance para que vocês possam ficar perto dele. De mim. Sejam leais a mim, façam votos a mim, ajudem-me a triunfar e as vantagens serão infinitas. Quero que sejam meus generais. Podemos ser uma família. E quando eu arrumar uma maneira, eu libero o corpo do filho de vocês. Ele vai ser meu mais precioso soldado, vai ser o portador da alma do Lord Voldemort. O bruxo mais poderoso de todos os tempos. O que me dizem?


“Ele está mentindo! Nunca vai deixar que uma parte da alma dele saia andando por ai! Ele vai fazer com Naoki a mesma coisa que fez com Nagini! E pior! Vai enjaulá-lo, transformá-lo em um pingente ou sei lá! sem falar que seus amigos irão caçá-lo. Rony, Harry, tentarão matá-lo sem hesitar.” minha consciência berrou.

“Eu sei! Mas o que você quer que eu faça?”

“Você sabe o que tem que fazer! Faça o certo ao menos uma vez!”

“E-eu não posso.”

“Então assita enquanto o mundo perece diante o mal, e o seu filho vira um escravo do Lord das Trevas. Mas não esqueça que a culpa de tudo isso é sua.”


– Aceitamos. – foi Fred quem falou primeiro, arrancando-me de meu martírio mental.

Surpresa virei-me para ele. Ele tinha o rosto calmo, e sua voz estava firme, só então notei sua mão segurando a minha.

Foi então que me lembrei: eu não estava sozinha afinal.

Aquilo me tranquilizou de uma maneira inimaginável. Fred estava certo, precisávamos de tempo, e seria muito melhor termos tempo sendo as relíquias de Voldemort, do que os rebeldes teimosos que merecem levar um crucio por hora.

– Contanto que dê sua palavra de que não vai nos separar. – eu disse séria. – temos que ter liberdade para andar pelo interior da mansão.

– Sempre acompanhados por três comensais. – Voldemort disse com um leve sorriso no rosto.

– Sem problemas - Fred acenou com a cabeça.

– E nada de varinhas.

– Como teremos certeza que não irão nos torturar, os comensais nos odeiam. – Fred rebateu ligeiramente nervoso.

– Por que o primeiro que encostar em vocês, perde a vida pelas minhas mãos. – o sorriso de Belatrix chegou a ser deslumbrante.

– Certo, eu assenti. Podemos acertar os detalhes depois? Eu gostaria de cuidar dos machucados do Fred agora.

– Claro. – Voldemort disse com o olhar instigado. – Mas antes, gostaria de saber: por que aceitaram tão rápido?

Senti Fred ficar tenso ao meu lado. Foi a minha vez de ser firme e tranquila.

– Minha família é mais importante do que essa guerra. Se a Ordem descobrir que eu carrego a Horcrux, iriam matar a mim e ao meu filho sem hesitar. Aqui eu sei que as duas pessoas que eu mais amo estão seguras.

– Então você passou para o nosso lado assim? Tão simples?

– Não. – eu disse suspirando – Não pretendo trair meus amigos, ou o ministério. Não estou contra eles, mas também não estou a favor deles.

– E está ao nosso favor?

– Ainda não.

– Naturalmente. Aprecio sua franqueza. Nós somos muito parecidos senhorita Granger.

– Não sei se isso é bom Tom, mas acho que somos sim.

– Ícaro! – a porta se abriu e o negro entrou com o maxilar trincado, Voldemort levantou-se. – Leve nossos convidados para o melhor quarto, preparem um banho, e providencie roupas para ambos. Prepare um jantar para amanhã! Convide todos, temos muito a comemorar. E, antes de qualquer coisa, leve o senhor Weasley e a Senhorita Granger para os cuidados de Narcisa. E avise a todos que o primeiro que encostar em qualquer um dos meus convidados terá que prestar contas a mim.

– Sim meu Lord. – ele fez uma leve reverência, Voldemort retribuiu-a com um aceno de mãos.

– Vejo vocês... – ele engoliu em seco rapidamente, e sentou-se na cadeira verde. – mais tarde.

Saímos da sala, mas antes que a porta se fechasse atrás de mim, vi o corpo de Bellatrix ofegar e limpar o suor da testa.

Passamos pelos corredores vitorianos, aquela casa gerava-me calafrios, e lembranças horrendas. Apertei a mão de Fred. Ele estava apoiado em mim, quase desmaiando.

Depois de caminhar o que pareceu uma eternidade chegamos em frente a uma porta de mogno muito bem polida e cuidada. Eu estava quase caindo, pois o peso de Fred estava agora quase que integral sobre mim.

Ícaro bateu duas vezes na porta.

– Já vai! – a porta se abriu e eu vi Narcisa. Seus cabelos platinados escovados e presos em um rabo se cavalo baixo.

Ainda estava exaurida, mas tinha um pouco mais do seu ar divino.

– O que...? – ela murmurou confusa fechando seu chambre de seda preto.

– O Lorde pediu que cuidasse dos seus convidados. E pediu que avisasse que quem encostasse neles se entenderia diretamente com o próprio Lord.

Ícaro nos empurrou porta adentro de modo que Fred escorregasse dos meus braços e Narcisa passasse a segurar o rapaz.

A porta foi fechada com um aceno de varinha, quando vi Fred estava suspenso no ar por Narcisa.

– O que fazem aqui? O que fazem aqui como convidados dele? – ela indagou colocando o ruivo sobre a cama.

– Onde está o outro Malfoy? – Fred murmurou fraco.

– Lúcio? Não dorme mais aqui, está dormindo em um quarto no quarto de hóspedes. Mas respondam-me: o que fazem aqui no meu quarto?

– Fomos captu... – Fred começou a responder.

– Somos convidados de Tom. Ele ofereceu asilo à nossa família e nós aceitamos. E agradeço a senhora por nos receber em sua casa.

Fred e Narcisa entenderam o recado.

– Tudo pelo Lord. Sintam-se em casa.

Narcisa andou gatunamente até a porta e abriu-a rapidamente. Do lado de fora dois comensais estavam de sentinela, com certeza ouvindo nossa conversa.

– Preparem o quarto de Draco para nossos convidados.

– Fomos designados para sermos segurança dos convidados.

– Então achem alguém que arrume o quarto deles. Ou devo dizer para o Lord das Trevas que deixará seus convidados dormirem em um lugar bagunçado?

– Não senhora. – um deles respondeu. – Espere até que eu volte para mandá-los para o quarto. Tem certeza que deseja oferecer o quarto do Draco para...

– Eu ainda sou a anfitriã da casa! O quarto de Draco é um dos melhores e é este que lhes será designado!

– Sim senhora. – o comensal fez uma leve referência. – volto em instantes.

– Estarei aguardando-o. Muito obrigada.

Ela fechou a porta e sussurrou um rápido “Abaffiato”.

Narcisa andou até Fred com a varinha em mãos e começou a murmurar feitiços de cura.

– Não faço isso por você Weasley. Faço para pagar a dívida que tenho com Hermione.

– Muito obrigada. – agradeci-a.

– Não quero ter débitos com alguém como você. – ela disse seca. Pelo visto ela continuava não morrendo de amores por mim. – foram capturados?

– Sim. – consenti.

– Alguém sabe?

– Mandei uma mensagem para Jorge, mas ele não respondeu, e creio que não vá poder fazer nada.

– Vão para o closet de Draco amanhã depois da janta.

– O que? – Fred indagou.

Alguém bateu na porta.

– Apenas obedeçam!

Ela com um aceno de varinha retirou o feitiço e escancarou a porta, os comensais estavam novamente ali.

– O senhor Weasley não está em condições de andar. Deem-lhe muletas ou uma cadeira de rodas.

– Amanha muletas lhe serão providenciadas. Consegue mancar só hoje até o quarto? – o comensal perguntou.

– S-sim, acho que sim.

Fred apoiou a perna direita no chão, levantando-se da sedosa cama de Narcisa e fez uma fraca careta de dor.

Eu e Narcisa fomos ajudá-lo.

– Amanha, uma hora depois do jantar. – ela colocou a mão no bolso de Fred e tirou dali a moeda dourada que usávamos na Ordem.

Tive um impulso de desespero. Aquela podia ser nosso único meio de pedir ajuda e estava agora nas mãos de Narcisa.


“Confie.” Ela mexeu os lábios, escondendo a moeda em sua manga, seu olhar estava mais brilhoso do que estivera naquela tarde e sua determinação lembrava muito a de Draco.


“Não confie! Se ela pudesse ela te envenenaria sem hesitar!” minha consciência berrava.


Não sabia qual a determinação dela. Ela poderia sim estar me traindo. O que não seria uma grande surpresa. Mas então me passou pela cabeça que Draco era uma boa pessoa. Ele deve ter aprendido com alguém isso, e algo me diz que não foi com seu pai.

Apertei a mão de Fred para que ele se acalmasse.

Ele foi mancando até o outro lado do corredor onde era o quarto de Draco. A porta já estava aberta e o quarto impecavelmente arrumado.

Colocaram-nos lá dentro e a porta foi lacrada. Apenas uma janela estava aberta. Mas do lado de baixo, depois de uma queda de 5 metros três comensais nada sonolentos estavam ali de guarda.

Quando me virei novamente Fred estava estirado na cama, apático, encarando o teto.

– Calma. – eu disse me aproximando.

– Como calma? Você não devia estar tão calma. Você sabe que tudo que você disse para o Voldemort faz sentido não sabe? – ela levantou-se com os olhos lacrimosos.

– O pessoal da ordem nunca tentaria nada contra nosso filho.

– Hermione, isso é a última Horcrux! – ele apontou para a minha barriga.

Eu dei as costas correndo e fechei a janela, não queria que ninguém ouvisse àquilo tudo. O movimento automático de girar minha aliança no dedo cessou.

– “Isso”? – eu disse engolindo em seco. – “Isso” tem nome.

– Isso é uma Horcrux.

– “Isso” é o meu filho! – eu disse agora lacrimosa. – “Isso” é o seu filho!

Fred encolheu os ombros em um soluço violento. Fui até ele e o abracei. Ele rangia os dentes de ódio e frustração acariciava minha barriga e soltava alguns grunhidos de dor.


[...] A última parte deverá ser expurgada para que a história não se repita.


– “Isso” tem que morrer. – ele disse fraco entre


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Notas finais do capítulo

Eu sei, eu sei, podem sacar suas varinhas, pq daqui pra frente só piora...
(ps: no título do capítulo o nome da música e em itálico um trechinho que se encaixa com o capítulo)
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Por hoje é tudo pessoal ^-^
*malfeitofeito*