Cinderella de vans escrita por ilikehotboys


Capítulo 3
Criando laços


Notas iniciais do capítulo

oiii, espero que gostem :)



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A professora de ciencias entrou na sala e começou a passar a matéria, o nome dela era Aline e eu fiquei feliz por ser ciencias, pelo menos isso de bom, ciencias era a única matéria que eu conseguia ir bem no boletim.

Mas, infelizmente, esse dia estava uma merda e como "se alguma coisa tem a remota chance de dar errado, ela vai dar" deu errado. E ela me colocou sentado com um garoto que todo mundo chamava de Hunter, na verdade, nao era "todo mundo" ele parecia ser o maior nerd de todos, anotava tudo o que a professora falava e sabia as respostas de tudo, mas, enfim... tanto faz. 

- Hunter é seu nome? - tentei começar uma conversa.

- Nao, é apelido. - ele respondeu.

- Nao gosto. - ele olhou pra mim e riu.

- Bem sincera voce, hein?

- Por que eu mentiria de uma coisa tao idiota, Hun? 

- Tem razão. - ele deu de ombros. - E voce? Qual seu nome?

- Blake. - ele pareceu triste quando falei isso - Algum problema com o meu nome? - falei rindo.

- Nao, é lindo. 

- Odeio ele.

- É lindo, e lembra: por que eu mentiria por uma coisa tao idiota? - ri, finalmente estava com o meu grupo, o grupo que eu pertenci a minha vida toda: os garotos.

- Que tipo de música voce gosta? - perguntei, me inspirando na pergunta da... Qual o nome dela mesmo? Droga... Ah, lembrei, Ellisa? Nao. Mas era com "E" disso eu tenho certeza.

- Voce nao vai gostar das bandas que eu gosto.

- Ah é? Aposto que é mentira. Entao, eu começo. Desde os cinco anos minha banda preferida é linkin park. Sua vez.

- É. Talvez esteja errado. - ele riu. - Voce é nova no colégio, neh?

- Ja me viu por aqui?

- Nao, eu me lembraria de voce. - é impressão minha, ou isso foi uma cantada? Nao, nao é impressão, eu sempre ouvia as cantadas que o Lucas dava para as garotas e essa parecia uma delas. - Quer almoçar comigo e com a galera? - por "galera" ele quer dizer um bando de garotos nojentos, sem noção e loucos, e eu estava louca pra almoçar com a "galera". 

- Sim. - sorri, como eu pude pensar que algum dia eu ia conseguir me dar bem com as garotas? - Voce anda de skate?

- Por que?

- Porque eu ando.

- Fala sério, véi, tu anda de skate? - ele riu e eu odiava quando as pessoas faziam isso.

- Sim, é um crime uma garota andar de skate?

- Nao, na verdade, é bem legal. 

- Entao, cê anda?

- Um pouco, nao sou muito bom, sou melhor surfando.

- Fala sério! - gritei - Surfando?! Sempre quis aprender a surfar, deve ser demais! - eu me animei de verdade, porque... Bem, era verdade, sempre quis aprender a surfar.

- Posso te ensinar se quiser.

- Sim, sim, sim, sim... - deixei minha garota interior aparecer e soltei uma vozinha fininha que nem as garotas fazem quando estão animada e até dei um pulinho, o que foi estranho já que estávamos no meio da aula de ciências.

- Amanha depois da aula, que tal? Eu to livre.

- Pode ser. 

Assim que acabou a aula, saí pra almoçar com ele e os amigos e as minhas suspeitas estavam confirmadas, eram um bando de garotos nojentos, mas um bando de garotos divertidos e eu até me dei bem com eles, era tao facil pra mim falar com garotos, bem mais facil do que falar com garotas sobre sapatos e garotos, na verdade, eu prefiro falar com os garotos do que falar sobre os garotos.

Comi um hamburguer tamanho grande e uma coca, depois tomei um sundae e eles ficaram meio boquiabertos com a minha atitude, na verdade, todo mundo fica, nao que eu goste disso, prefiria que fosse normal uma garota andar de skate ou prefirir um hamburguer do que uma merda de salada. 



A uma da manha acordei com a porra do meu celular tocando, já sabia quem era, por isso nem olhei a tela.

- Oi Lucas. - falei me esforçando para abrir os olhos.

- Como foi o primeiro dia?

- Tentei falar com algumas garotas, mas foi tao chato que eu quase peguei no sono, e acabei indo pro grupinho dos garotos mesmo.

- Sabia que isso acontecer.

- Eu tambem. Mas tinha esperança que nao.

- Por que?

- Porque eu nunca tive uma amiga, eu queria saber como é.

- Ah, nao é tao bom como me ter como amigo. - ele riu.

- É. Como é humilde voce. - falei sarcastica.

- Concordo. 

- Brigada por me acordar Lucas, sério, vai se fuder mesmo, porque nao me liga de tarde como uma pessoa normal?

- Quer que eu diga uma coisa tipo "porque eu estava com saudade e queria ouvir sua voz".

- Se algum dia o meu namorado fizer isso eu mato ele, porra, que sinta saudades mas me deixa dormir.

- Como é romantica voce. 

- Totalmente.

- Te amo, diabinha.

- Te amo, idiota. - desliguei, na verdade, acho que desliguei, estava com tanto sono que nem me lembro se desliguei o celular ou se simplesmente peguei no sono.

Fui acordada no outro dia pela minha madrastra, Lucy, aquela vadia. Afinal o que ela queria?

- Tenho um presente pra voce. - ela falou me balançando pra ver se eu levantava.

- Outro vestido? - falei com sono.

- Como adivinhou? - ela riu. 

Abri o pacote e vi a coisa mais feia do mundo, o vestido era cheio de babados e florzinhas em volta dele, me dava vontade de vomitar.

- Nao, obrigada, pode dar para outra pessoa.

- Por que nao usa vestidos e saias, Blake?

- Porque eu nao sou assim! 

- Mas voce é uma garota.

- Foda-se! Eu falo palavrão e sou uma garota, sai pra lá com esse seu preconceito, sua idiota.

Lucy é o tipo extremo de pessoa falsa, se faz de queridinha para conseguir o que quer, e ela nao gosta de mim, nem ela e nem o meu pai, eles me odeiam por eu ser do jeito que eu sou, por isso eu odeio ficar em casa, a minha mãe? Eu digo que nao tenho uma. Porque eu simplesmente prefiro nao acreditar que ela é uma bebada, drogada, inutil. 

Lucy sempre tenta me mudar, me da saias, vestidos, saltos, papeis de parede rosas, celulares rosas, bolsas rosas, até um computador rosa ela ja me deu. Mas eu recuso qualquer coisa que venha dela, sei que tudo é só um jeito de tentar me manipular.

Depois da aula, sai com o Hun e fomos para a praia que ele ia me ensinar a surfar e eu estava quase pulando de ansiedade. Primeiro coloquei meu biquini e nao pude deixar de notar seus olhos me olhando quando apareci de biquini pra ele, quase me comeu com os olhos. 

Ele me ensinou primeiro o básico, como ficar em cima da prancha, como se equilibrar, o jeito certo de se posicionar e essas coisas, e nossas começamos no básico e nao saímos do básico, porque aquela porra era completamente impossivel, ja estava quase desistindo quando ele disse:

- Nao desisti ainda Blake, vamos comer alguma coisa, descansar e amanha a gente treina mais, ok?

- Eu nao sou de desistir. - falei e fomos para uma lanchonete.

Passamos um tempão conversando, ele era bem divertido e esse sim ganhava o numero um de garoto mais bonito do mundo, ta, exagerei, mas, cara, ele era lindo. Lindo demais. De uma beleza extrema e absurda. 

Fomos embora e cheguei em casa lá pelas oito horas da noite e infelizmente meu pai já estava em casa.

- O que estava fazendo? Por que nao avisou que ia chegar mais tarde?

- Como se voce ligasse. - falei rudemente. 

- Voce é minha filha.

- Acho que voce prefiria se eu fosse mais feminina pro seu gosto, nao é?

- Blake, eu te amo.

- Que ama nada, se eu só porque eu quero é diferente, voce me trata como um garoto.

- Claro que nao...

- Se precisar, e espero que nao precise, estou no meu quarto. - subi para o meu quarto e passei a noite toda lá, já que eu tinha o meu próprio microondas lá e o meu estoque de comidas pré-prontas em caso como esse. É, minha familia é extremante rica. É, isso nao faz porra nenhuma de diferença na minha vida.


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Notas finais do capítulo

o que acharam?? :)))



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