XI. Risveglio Delle Tenebre

Uma semana completa havia se passado desde que Edward havia entregado Isabella ao Rei. Ele estava fraco quando havia chegado escondido de volta ao reino de Montagna. Sua mão ainda doía e começara a inchar. E como o covarde que era, sentindo um medo súbito e obscuro em si, ele deixou para ir até sua amada quando estivesse totalmente confiante, tanto de sua mão quanto de sua coragem. E que sua visita de ultimato fosse feita durante a noite, sem ter olhos curiosos e duvidosos sobre si.

Finalmente a hora havia chegado e a noite banhava todo o reino de Montagna. Seus camponeses já haviam ido dormir e apenas poucos permaneciam acordados, assim como as pessoas do palácio.

O Rei Charlie II estava em seu quarto dormindo angustiado, Isabella estava lhe deixando preocupado. Ele já tinha, em sua inconsciência, a confirmação de que ela estava apaixonada por aquele homem de modo irrevogável. Era concreta e límpida a dor expressa em seus olhos quando o Rei o citou.

E então passando pelo extenso corredor do castelo, na parte extrema ao quarto do Rei, a Princesa Isabella ainda estava acordada escrevendo suas cartas secretas para destinatário nenhum. Eram apenas seus sentimentos expressos em palavras que ninguém além da mesma iria ler. Ela só precisava daquelas folhas cheias com palavras de dor para que seu coração pudesse sentir o sentimento de felicidade novamente. Era uma troca justa.

De repente, Isabella escutou um barulho em sua janela e com suavidade e temor, foi ver o que a incomodava. Seu coração deu um solavanco quando os olhos de Isabella miraram o rosto de Edward dilacerado pela dor. Para ela era como em seus sonhos aonde ele vinha buscá-la e os dois fugiam do reino para um lugar distante onde poderiam se amar sem represálias ou pudor. Mas ela não se lembrava de ter adormecido e a sensação do seu coração martelando forte contra sua caixa torácica era real demais para que aquilo fosse um mero e fantasioso sonho.

– Edward – o nome saiu como se fosse seu ultimo suspiro de vida fazendo com que um mínimo sorriso triste brotasse nos lábios de Edward que varria com o olhar o rosto magro de Isabella.

Ela estava diferente desde à ultima vez que se viram, uma semana atrás. Isabella estava mais magra e pálida, com os olhos caídos e tristes. O brilho e beleza que tanto já expressaram para Edward haviam desaparecido assim como ele.

Com agilidade e rapidez, Edward acabou de subir pela lateral do castelo e entrou no quarto da Princesa. Pelo instinto faminto que os devorada, eles se abraçaram e sentiram o desejo e amor abrasador que havia se libertado novamente, lhes invadir e tomar proporções estupendas.

O cheiro, a pele, a maciez das vozes que lamuriavam eram tudo o que eles sentiram falta. Aquilo lhes lembrava dos beijos, abraços, palavras e juras de amor, carinhos e olhares que dividiram. Era tudo o que insistia em fazer seus corações latejarem de dor pela lembrança daquilo que havia sido perdido.

– O que... O que faz aqui? – Isabella sussurrou olhando para o rosto de Edward. A pergunta não tinha como resultado fazer com que Edward fosse embora, mas infelizmente fora isso o que o mesmo entendeu.

– Entendo. É a sua decisão e você tem toda razão... – ele começou a dizer enquanto se virava para ir embora.

Isabella percebeu o efeito de suas palavras e segurando o rosto de Edward, o virou.

– Não quero que vá embora, mas pelo o que estou lembrada, você devolveu-me para meu papá. Minha mente não me faz esquecer suas palavras e meu coração ainda se lembra da dor.

– Devo ser o homem mais amaldiçoado de toda Itália! Mas eu te imploro Isabella, me perdoe. Mesmo que eu nunca mais vá sentir o gosto dos seus beijos e escutar de sua boca que me ama, me perdoe – Edward disse tendo suas mãos envolvendo as delicadas e pequenas mãos de Isabella.

As lágrimas começaram a cair uma a uma pelo rosto de Isabella. Será que tudo não era realmente um sonho? Apenas uma grande e muito real ilusão do seu maior desejo neste momento? E para tirar a prova se continuava sã, Isabella ficou na ponta dos pés e puxou o rosto de Edward para si. O impacto de seus lábios aos dele lhe deu a resposta. Não, não é um sonho. É tão real quanto seu coração que parece curar-se a cada segundo que bate.

– Isso é um...                        

– Sim, eu lhe perdôo – ela disse lhe encarando nos olhos que pareceram ganhar vida novamente. – Mas nunca, jamais faça isso de novo, ou juro que eu mesma te caço e te aprisiono para mim Edward Anthony Masen.

Edward riu de modo leve e divertido abraçando e rodopiando com Isabella pelo quarto até o momento em que se lembrou de que fazer barulho neste momento era algo ao qual ele não podia se permitir.

– Shii... Não queremos que meu papà ou Marcus adentre meu quarto – Isabella sussurrou. Edward apenas meneou a cabeça a levando no colo para sua cama.

Logo perguntas sem fim assaltaram a mente de Isabella a fazendo reproduzi-las e fazê-las para Edward que teve o prazer de respondê-las para a Princesa. Tudo o que ele queria agora é que fossem sinceros um com o outro, sem segredos. E esta também foi a questão que o fez se abrir e relembrar do passado assim contando toda a sua história para ela.

Os dois ao menos perceberam quando o dia amanheceu trazendo consigo um brilhante sol. Mas horas depois também trouxe o despertar do Rei que sabia o que deveria fazer assim que visse sua filha e espreguiçando-se, ele foi a sua banheira para o seu banho real.

Ao descer para o seu farto café da manhã, Rei Charlie não encontrou Isabella e vendo nisso uma oportunidade, subiu para o quarto da Princesa, mas parou na porta com as mãos erguidas para dar as típicas batidas quando ouviu sussurros de duas vozes no quarto. Respirando fundo e colocando a mão na maçaneta, o Rei a girou e abriu a porta revelando um Edward e Isabella de olhos arregalados deixando o Rei Charlie confuso e raivoso entre seus pensamentos.