Malec 100 Prompt Meme [descontinuada] escrita por belovednephilim


Capítulo 1
1. Smile


Notas iniciais do capítulo

Título: Smile (sorriso)
Classificação: +13
Jace havia percebido a mudança no comportamento de seu parabatai - antes tão pragmático e até, digamos, chato - e o loiro logo percebera que tal mudança acontecera devido ao encontro do outro com o alto bruxo do Brooklyn, Magnus Bane.
Pode conter spoilers de City of Bones e / ou City of Ashes.
(ignorem se a história parecer um tanto jalec LOL)
Espero que gostem :*



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Alexander Gideon Lightwood sempre foi aquilo que as pessoas chamavam de.... carrancudo.


Não se sabia se era uma questão de personalidade ou porque escondera por tanto tempo seu grande segredo que tinha medo de algo tão trivial quanto sorrir.


Jace era o cara do sarcasmo, das tiradinhas — o cara que se metia nas maiores confusões e sempre possuía a piada de consolo no final do dia. Alec, por sua vez era o cara realista, o “chato”, o protetor... Jace por vezes pensava que o irmão crescera rápido demais, insensível demais... Nada parecia realmente mover seu coração.


Após o furor da batalha, quando caçavam um demônio dos grandes, em seus melhores dias Jace via os lábios de Alec dobrar lenta e magicamente — por vezes ele até podia rebater o sarcasmo do loiro com algo realmente inteligente.


Mas no geral ele vinha com um sermão de duas horas e meia do quanto Jace se arriscara, do quanto ele não tinha noção do quão era perigoso e blá blá blá blá blá. Tudo muito chato. O moreno conseguia ser mais chato que Maryse certas vezes — só de lembrar-se desse pequeno fato Jace sentiu uma súbita vontade de rolar os olhos mentalmente.


Então de uma hora para outra, como se ele houvesse, num ímpeto de loucura, bebido um daqueles líquidos estranhos e muito coloridos presentes nas festas de Magnus, Alec mudara. E Jace percebera.


Mudara da seriedade à timidez — quando o bruxo lhe flertava — ao nervosismo — quando ele parecia genuinamente tirar uma com sua cara — à vergonha — quando não queria admitir que, no fundo, no fundo, ele se sentia tão atraído pelo estranho feiticeiro tanto quanto as pupilas felinas do outro pareciam.


Quando percebeu o interesse do alto bruxo do Brooklyn sobre seu irmão Jace ficou um tanto preocupado — ao perceber a instantânea reação acanhada do parabatai, ele percebera que suas vidas não seriam as mesmas novamente.


O loiro já sabia das propensões do outro, é óbvio. Nunca achou prudente dialogar sobre o assunto porque pensara que era algo pessoal demais para se falar sem a autorização do mesmo.


Além de sentir que Alec por vezes parecia encará-lo de forma ilusória demais, quase sonhadora, algumas vezes — e isso o confundia.
Achou melhor não tocar no assunto — quando o irmão se sentisse à vontade para falar sobre o fato, eles falariam sobre o fato.


E falando no diabo...


— Ei! — Jace e Alec trocaram um cumprimento informal — Onde nosso Don Juan estava?


Alec arqueou uma sobrancelha muito negra:


— Eu não acho que saiba do que você está falando.


Ceeeerto — Provocou Jace; provocar o parabatai era seu passatempo preferido — Pode me explicar o que estava fazendo no apartamento do nosso warlock colorido e brilhante desde depois da hora do almoço? Não estavam jogando cartas, eu presumo... A não ser que Magnus tenha te ensinado strip poker.


Strip.... — O rosto muito pálido de Alec tingiu-se por completo — Olha, eu realmente não sei do que você está falando. E-E o que te leva a pensar que eu estava com o Magnus? Eu... Eu não estava, eu...


— Então o que explicaria sua gagueira nada convencional repentina e o fato de que seus cintos estão completamente frouxos em suas calças e sua blusa parece que deu um passeio embaixo dos trilhos do metrô? Sem você, devo acrescentar. — Foi a vez de Jace arquear as sobrancelhas douradas apontando abaixo da cintura do outro garoto, numa resolução óbvia.


— E-eu... Não tem nada acontecendo entre mim e o Magnus, certo?! Não sei por que você anda tão obsecado com essa ideia!! — Alec respondeu, exasperado, levantando os braços para cima enquanto andava, deixando Jace e sua suposta loucura para trás.


— Eu gostaria que esse nível de 'nada' acontecesse entre mim e a Clary com tanta frequência quanto ocorre com vocês dois — Jace disse, revirando os olhos, para ninguém em particular enquanto andava no lado oposto do corredor no Instituto.


Não tinha ideia porque era tão divertido perturbar os humores de Alec, mas era fascinante. Desde que ele aprendera a dar escapulidas repentinas para se enfiar no loft do bruxo — Jace descobrira que ele até possuía uma cópia da chave, veja bem! — a brincadeira havia ficado muito mais... Conveniente. Não entendia porque o irmão parecia tão aterrorizado com a ideia de assumir o que estava acontecendo entre os dois, mas nunca fora bisbilhoteiro a esse ponto.


No entanto, Jace havia percebido. Havia percebido desde aquele fatídico dia em que os dois se conheceram — O moreno parecia sorrir com muito mais frequência agora. Sorria por nada, os grandes olhos azuis brilhavam de repente, certa vez até o pegara assoviando!

Por mais que a situação parecesse absurda ou assustadora (porque assim era a rotina de um caçador de sombras), ele já não parecia mais tão circunspecto e paranoico o tempo todo — bem, exceto quanto lhe questionavam sobre o suposto amante.


E quando sabia que por algum motivo iriam ter com Magnus ele parecia corado, ansioso.... Quase feliz.


Magnus com suas marcações tão sarcásticas e cítricas quanto o próprio Jace o fazia sorrir. Poderia ser a mesma frase feita, a mesma baboseira — quando saía dos lábios coloridos de Magnus o caçador sempre parecia entretido... De alguma forma.


Mesmo que não quisesse assumir em uma primeira instância, Magnus tirava aquela expressão tão carrancuda e adulta de seu rosto delicado — o desarmava. Magnus o fazia sorrir. O fazia... Feliz.

E a felicidade de seu irmão, Jace pensara, valia mais do que qualquer outra coisa.


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