A Vida de Uma Garota Nada Popular escrita por Lu Carvalho


Capítulo 17
Na Pré Festa...


Notas iniciais do capítulo

OLÁÁÁÁ!!! QUE SAUDADES DE VCS!!!!! Cara, quase um semestre sem escrever!! Quanta coisa hein!!! Sei que muitas pensaram "Nossa que vaca desistiu da fic BEM agora??!". A resposta é não!! Nunca pensei em desistir. Não oficialmente. Minha defensa é que estava faltando ideia e falta de leitura. Porém depois de ler os livros da Paula Pimenta um turbilhão de emoções e ideias pressionavam meus dedos para escrever!! E aqui estou, com um capitulo novinho em folha e de volta a ativa!!1 Vamos ver o que o futuro reserva para nossa queria Sward... MUAHAHAHAHAHAHA



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-Eu juro, juro, juuuro por Deus, repito: Deus, que não aconteceu nada, absolutamente nada, entre seu namorado e eu. É que eu acabei tentando fugir do hospital, ele me pegou e me trouxe para o apartamento. E isso. Só. Apenas. Mais nada!
-Isso ainda não explica o fato de ele ter mentido para mim! – reclamou. - Mari, eu confio em você. Confio mesmo. Mas em Matheus não sei se posso confiar mais... -ela fez uma pausa e respirou fundo. - Três meses. Três meses de namoro!

Debater sobre a (não) infidelidade do namorado, cujo é o filho do presidente, com uma loura de sotaque enjoado? Sim, por que não?!

PORQUE ISSO É UM SACO!

-Jess... – os sinos da hora de recreio soaram acima de mim. – Eu tenho que ir. Não posso matar outra aula. Mas pensa bem sobre... Ele se arrepende muito. E ele, ahn, é... te ama. Muito. Se você quiser se resolver com ele, você já sabe. Michigan Street, 1294, às nove. Venha com uma fantasia legal! Até.

E desliguei o celular.

- E aí? – perguntou Thiago ao meu lado.

-E aí que depois de passar o intervalo inteiro discutindo com ela, acho que não gosto tanto mais assim de sotaque inglês.

Meu namorado sorriu.

-Supõe que este acento exagerado é irritante? – falou, imitando o sotaque.

-Bobão – zombei, beijando sua testa.

Eu devia estar na minha. Eu não devia intervim em briga de casais. Qualquer coisa errada que eu possa falar, eles podem usar contra mim. Foi uma péssima ideia ter ligado para Jess. Ou melhor, foi uma péssima ideia ter conhecido Matheus.

-Mari! Ui, ui! – gritou Danielle a dez metros de distancia. Eu preferia que ela continuasse lá. – Quanto amor com o seu gatinho!

A ruiva veio em nossa direção rapidamente.

-Danielle, lembra sobre o que eu disse de espaço pessoal?

-Ai, amiga! Mas como eu posso te deixar bem agora quando falta SETE HORAS PARA A MELHOR FESTA DE HALLOWEEN DE TODOS OS TEMPOS EVER?!

Arrrghhh!

O segundo sinal ecoou.

-Temos aula de estudos gerais agora, te vejo às nove! – puxei Thiago pelo pulso e corri até o corredor.

-Não se esqueça da fantasia BAPHO!
-Ok!

Não me leve à mal. Danielle até que é legal, mas todo esse palavreado me deixa enjoada. Esse palavreado e a decoração escolar de hoje. Praticamente todos os armários estavam revestidos de papel higiênico, junto de teias de aranha falsas, abóboras pelo chão, e pouca luz. A Diretora não aprova isso no Halloween, mas quem disse que a turma do fundão se importa? Falando de turma do fundão, hoje me convidaram para “Travessuras na casa de Danielle”. Me disseram que compraram mais de 200 rolos de papel higiênico para acabar com a festa dela, e nada mais nada menos que maconha. E muito, muito álcool.

É lógico que eu disse não. A turma do fundão ficou braba. Mas o que eu poderia fazer?!

Logo disse também para que ficassem longe da casa dela, senão eu chamaria a policia. De início não me levaram a sério. E então disse que contaria para o presidente. Então eles acreditaram.

Thiago, eu, e mais uns trinta adolescentes entramos em uma das celas fedorentas dessa prisão decadent... opa! Eu quis dizer, sala de aula. Thiago, eu, e mais uns trinta adolescentes entramos na sala de aula.

-Hoje, alunos, faremos algo diferente – anunciou Edward, ou Mr. Fat como costumo chamar.

-Yupi – murmurei.

-Muitos de vocês vão se formar, certo?

A classe respondeu em uníssono um sonoro “Aham”.

-Muito bem. E quantos de vocês já sabem que faculdade vão cursar?

2/6 da turma levantou a mão. O resto ficou olhando para o vazio. E se você quiser saber, eu olhava para o vazio com os olhos arregalados.

O senhor Edward olhou espantado para nossa turma.

-Como só vocês podem saber o que querem?! – disse apontando para os nerds da frente. Essa pergunta até eu sabia responder. - Srta. Sward – chamou Mr. Fat., irritado. – como você é um exemplo nesta escola, diga-nos, o que vai fazer?

Será que esse gordo não percebeu que eu não levantei a mão?, pensei.

 -Ahn... eu... Er... Bem... Não sei.

De repente todos viraram os corpos para mim.

-O que foi?! – gemi baixinho, quase tão vermelha quanto um pimentão.

-Bem, temos a Srta Sward como exemplo para a maioria de vocês. – Com certeza, ele está com algum problema. – Alguém que não sabe o que quer é muito comum nessa idade. É comum também que no futuro seu emprego não seja um dos melhores. – Ahn? – E é por isso que o teste vocacional será aplicado hoje.

Teste... vocacional. Significa algo para cantar ou o quê?

-Teste vocacional? – perguntou uma voz no fundo da sala.

-Sim. Teste vocacional é um teste para descobrir sua vocação. Ou seja, em que melhor profissão você se encaixa.

-Vale nota?

-Não.

A tensão na sala diminui 90% no mesmo instante.

-Mas não quer dizer que não é importante – contestou o professor. – O teste vocacional pode dar a vocês finalmente um objetivo de vida!

Até que a ideia de “teste vocacional” não me parecia tão inútil, já que eu não tenho nenhum objetivo de vida até agora. De repente, esse teste poderia ser uma esperança ou estimulo para mim. Afinal, alguém que passou dezesseis anos e dez meses da vida sem pensar em como passar o resto dela tinha que ter alguma esperança. Na real, acho que sou muito burra. Como não pude pensar em algo tão importante até agora?! O que eu quero ser quando crescer? Essa resposta teria de estar na ponta da minha língua já há muito tempo! QUAL É O MEU PROBLEMA?!

-Eu aceito – disse, com a voz sobreposta aos murmúrios de toda a classe.

Os murmúrios acabaram. Os olhares enfurecidos vieram com tudo.

-É lógico que você aceita – interviu Anne dando uma checada em suas unhas rosas. – Afinal, quem seria a alma desta nação sem um objetivo de vida?

Estranhamente, todas as carteiras ao seu redor não estavam cheias de próteses loiras e brilhantes. Estavam... com a turma do fundão. Olhei ao meu redor e tomei um susto. As mortas-vivas-agora-sem-líder-e-morenas estavam com os olhos fixos em mim, só a espera de uma resposta. A mais ansiosa era Danielle, que sussurrava empolgada “Vai Mari!”.

-Diferente de você, eu não me importo só com as unhas.

-Você não sabe nem metade das coisas que passam na minha cabeça, Sward.

-Sei que a maioria delas começa com setenta por cento de desconto.

E possíveis mortes lentas e dolorosas para mim.

-ÓTIMO – bateu as mãos na carteira e se levantou. – Se é assim, eu também aceito esse teste idiota. Mr. Fat? Jogue esses papeis pra cá.

Relutante, Mr. Fat começou a distribuir por toda a classe. Anne deu uma ultima conferida nas unhas. Assim que nossos testes pousaram em nossas carteiras, nossos olhares semicerrados se cruzaram.

-Mari, - chamou Thiago. – Isso não é uma competição, não precisa fazer com pressa.

O que ele dizia estava certo, mas já estava na hora de colocar Anne em seu devido lugar. Um futuro vazio e inútil.

-Te vejo no McDonald’s, Sward.

-Te vejo lavando carros, Whatson.

***

Tensão, suor e sangue. Um teste de 68 perguntas sobre meu dia-dia. Um dia-dia que na verdade não era tão meu. Eu meio que projetei uma rotina perfeita, de alguém que não era eu, mas que adoraria que fosse.

Você deve estar me julgando nesse exato momento, tipo “Mas se você não responder o teste como você, como vai descobrir sua vocação?!”. Sinceramente? Estou cagando para o resultado. Desde que seja melhor que o da Anne - o que vai ser - eu estou feliz.

Agora já era tarde. Eu e Bruna estávamos nos preparando para a festa, e como de costume, brigando:

-Bruna, será que dá para sair DESSA DROGA DE BANHEIRO?

-COMO SUA IRMÃ MAIS NOVA, ACHO QUE VOCÊ DEVERIA CEDER UM POUCO PARA MIM O BANHEIRO.

-E EU CEDI JÁ FAZ QUARENTA MINUTOS!

O bom de ter a casa só para nós era poder gritar a vontade.

-PRONTO! – abriu a porta com força. – O banheiro é seu.

Bruna estava exatamente do jeito que estava à uma hora atrás; com a peruca loura e vestido de Cinderella.

-O que você ficou fazendo durante todo esse tempo?!

-Você não viu? Eu passei rímel, sombra, blush...

-UMA HORA PRA ESTAR COM A MESMA CARA DE QUANDO VOCÊ ACORDOU?! QUAL É!

Empurrei-a para fora do espelho e analisei bem meu rosto e cabelo. Que vergonha! Enquanto tentava arrumar minha cara Bruna ia tagarelando:

-Johnny vem nos pegar daqui a 10 minutos, então é melhor se arrumar logo...

-Se esqueceu de que vou com Matheus?

-Ah, é verdade. E o Thiago?

-Ele me encontra na festa.

-Que estranho...

-O que? – perguntei, arrancando um tufo de nó da minha cabeleira.

-Por que não pediu carona para o seu namorado?

-Ai, Bruna. É só o Matheus.Ele fez questão de que eu fosse com ele por causa da Jess.

-Ela vai aparecer?

-Humm – o pente se prendeu no meu couro cabeludo. – Me dá uma ajudinha aqui? Acho que Jess aparece sim.

-Ótimo – disse, fazendo esforço para tirar o pente de minha cabeça.

-AI!

-Saiu. Agora mete spray nesse Bombril.

-Eu preciso fazer as tranças primeiro.

-Ok. Você sabe quem vai estar na festa?

-Justin Timberlake?

-Dãã, é lógico que não.

-Então não sei. – respondi, terminando o lado direito da Maria Chiquinha.

-O Liam.

Eu sabia que ele estaria lá. É óbvio que sabia. Porque, afinal, ele vai à todas as festas do colégio, senão da cidade!

-Ah – respondi finalmente à Bruna.

-E?

-Não to nem aí. - terminei a parte que restava do cabelo. – O que acha?

-Acho que você deveria dar um pouquinho mais de atenção a sua alma gêmea!

-Ex alma gêmea. – corrigi, passando sombra marrom nas pálpebras. – Agora eu tenho o Thiago, que é realmente minha alma gêmea.

-Mari, você era totalmente a fim desse garoto desde a sétima série! Vai dizer que não sente nada por ele!

-Isso mesmo – respondi no mesmo instante, terminado o rímel e olhando para a expressão de “Me engana que eu gosto” de Bruna através do espelho.

-Me engana que eu gosto... – murmurou Bruna.

-E a mamãe? – logo perguntei, já pegando minhas coisas.

-Er... pelo jeito ela vai ficar mais umas semanas em Chicago, para ver os negócios com o papai e tal.

-Sei, sei...

Essa viagem estava demorando muito pro meu gosto. Já fazia umas três semanas e meia, muito mais do que uma simples viagem de advogada solteira demora! Só não pirei ainda porque essas viagens normalmente acontecem, porém nenhuma delas até agora tinha sido em Chicago. A cidade proibida. Fiz uma promessa a mim mesma que nunca iria lá, só por abrigar meu pai. Aquele canalha que nunca fez retorno às filhas durante CINCO anos. Ugh, me dá raiva só de pensar nele.

Uma buzina surgiu do lado de fora do apartamento.

-Acho que minha carona chegou! – anunciou Bruna.

-Falando nisso, você e o Johnny estão pra valer, hein!

-Ah... sei lá. Acho que sim – disse, meio sem graça.

-O que foi?

-Quer saber, esquece. Depois da festa te conto. Agora eu vou andar de Porsche!

Desceu as escadas rapidamente e foi embora.


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Notas finais do capítulo

Wooooooooow, tanto tempo pra poucas palavras!! Eu sei eu sei mas eu queria postar logo porque to morrendo de saudades de tanto carinho das minhas leitoras!!!! Gente, quem ficou com saudade tbm levanta a mão!!! o/ Me adicionem no facebook, porque mais cedo criarei uma fã page para essa fic que espero ser promissora!! E, só pra não perder o costume, tenho que dizer: AMO VCSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS!!



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