Quem Grávida, Eu? escrita por Sgt Lely Winchester


Capítulo 19
Loss


Notas iniciais do capítulo

hunf, é com grande pesar que eu lhes anuncio que este é o penúltimo capitulo.
Let's all cry hard. :'(
whatever, ignore me.
i hope you guys like it.
Enfim, enfim, me empolguei.



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Os dias passaram correndo diante dos meus olhos, porém eu me sentia cada vez mais feliz com esse passar de tempo, afinal, nada melhor do que estar entre aqueles que se ama.

Natais, Anos Novos, Páscoas e todas essas classes de eventos comemorativos foram passados em clima de festa, sem nenhum problema aparente, a não ser que pudesse ser considerado as saídas constantes do Sr. e da Sra. Potter.

A primeira manhã de fevereiro começou gélida, entretanto possuía um teor muito mais assustador que as demais. Maus pressentimentos tomaram conta de mim, me fazendo sentir como... Como se algo estupidamente ruim fosse acontecer hoje e esse fator fosse atrapalhar toda a felicidade que eu vim construindo até aqui.

Oh, e eu que achava que nada poderia destruí-la.

A verdade é que eu pensei que finalmente estaríamos livres de todos os problemas pelos quais vinhamos passando. Há alguns dias recebemos uma carta de Dumbledore. Um pedido, mais especificamente. Ele pedia, na carta, que nós o encontrássemos hoje para discutirmos sobre um assunto sigiloso. Algo que, obviamente, ele não citou na carta.

Engoli a seco, pensando no que poderia ser.

Provavelmente acerca de Voldemort.

"Lily?" Um voz adentrou o meu quarto, tensa e receosa.

"O que aconteceu?"

"Precisamos ir."

"Agora?"

"São duas e meia da tarde. O que você esperava?"

Arregalei os olhos surpresa. Como assim já são duas e meia?

Saltei da cama rapidamente e corri para o banheiro, escovando meus dentes e tentando controlar minhas madeixas ruivas com ajuda de uma escova. Por fim, as prendi em um simples rabo de cavalo.

Escolhi uma suéter verde, uma jeans simples, um cachecol branco e um par de botas de couro, além de um casaco, também de couro, por cima. Essa porção de roupas é apenas para me proteger dos nove graus que estão fazendo lá fora.

Balancei a cabeça, tentando organizar meus pensamentos e finalmente saí do quarto. Caminhei silenciosamente até a sala onde James, Sirius e Lethícia estavam me esperando sentados no sofá.

O silêncio reinava naquela sala.

"Vamos?" murmurei me aproximando deles.

"Claro!" James replicou assentindo.

Nós saímos da casa e caminhamos até uma distância considerável, pois, com a quantidade de feitiços que estavam sobre a casa, ficava impossível de aparatar de lá.

Quando finalmente encontramos o ponto perfeito, pudemos aparatar. Aquela sensação horrível de entrar em uma mangueira me atingiu como um soco, fazendo com que minha cabeça rodasse um pouco, porém, não demorou sequer um segundo para estarmos no local marcado.

Era um lugar sombrio, escondido do mundo.

Local típico de filmes de terror trouxa.

Confesso que a imagem daquele lugar estava me causando arrepios, o que me fez apertar com mais força a mão de James, que já enlaçava a minha mão como um sinal de proteção.

Nós demoramos um minuto ou dois para encontrar a casa, afinal estava sob feitiço Fidelius, mas findamos por achá-la sem problemas.

A casa era de estilo vitoriano, devia ter mais ou menos uns dois séculos. Ou talvez mais, eu não sei.

"Bem, todos os quais eu convoquei estão presentes, então nós podemos começar." Dumbledore iniciou. "Vocês sabem, plenamente, dos ataques que estão acontecendo com frequência a nossa volta e, também, sabem quem está por trás de todos eles."

"Voldemort." Sussurrei "Não é?"

"Exato, srta Evans. Este é exatamente o motivo de eu ter chamado todos vocês aqui. Precisamos eliminar esse mal."

Eu franzi a testa, como teríamos chance contra o vasto exército de Voldemort? Claro que não eramos poucos, mas eles contavam com magia negra. E tenho certeza absoluta de que ninguém aqui pretende usar esse tipo de magia.

Ele pigarreou, chamando minha atenção e retirando-me dos meus pensamentos.

"Chama-se Ordem da Fênix." Continuou "E acredito que, se nós estivermos todos juntos, conseguiremos vencer."

"Mas e o perigo que corremos?" Perguntou uma moça loura de quem eu me recordava muito brevemente.

"Ah, claro que haverá perigo, mas vocês terão uns aos outros."

E a conversa se encerrou com aquela última frase. Todos nós sabíamos perfeitamente que isso era o certo e não importava o quão duro seria, entretanto, sem aquilo, provavelmente, nunca mais sairíamos daquele período negro.

Não era possível sair sem proteção nas ruas pois dementadores estavam vagando aos montes em todas elas, Gigantes destruindo vilarejos e cidades inteiras, os próprios Comensais da Morte executando serviços malignos... Tudo o que não deveria acontecer jamais.

Depois que todos juraram se comprometer a causa e ajudar o máximo que pudesse, partiram.

E nós retornamos à mansão Potter, que, como usualmente, estava vazia.

Subitamente, senti-me vazia, me impulsionando a agarrar James como se aquele fosse o nosso último momento juntos e ele suspirou, preocupado.

Fiquei na ponta dos pés, procurando seus lábios para um beijo calmo, o que ele correspondeu de forma doce e tranquila, levando para longe minhas preocupações. Ele sabia exatamente como fazer para me acalmar.

Puxou-me pela mão até a cama, onde eu me aconcheguei em seu peito, recebendo uma carícia contínua em meus cabelos, o que induziu meus olhos a pesarem um pouco, sonolentos.

No minuto em que eu estava prestes a adormecer profundamente no colo do meu amor, a porta se abriu em u solavanco, assustando-me profundamente e despertando-me do estado de torpor.

"James, tire todos daqui!" Ouvi o Sr. Potter gritar.

"Que diabo está acontecendo, papai?" Berrou em resposta.

"Não me questione, apenas faça!" Ordenou. "E não olhe para trás."

Ele assentiu, puxando-me pela mão.

Fizemos o caminho para sair pelos fundos e encontramos, felizmente (ou não), Leth e Sirius pelo caminho beijando-se como se não se importassem com a situação que nós estávamos vivendo. Não querendo ser inoportuna, mas desde que eles começaram a namorar, alguns meses atrás, tudo começou a ficar meio insuportável quando eles estavam próximos.

James pigarreou chamando suas atenções.

Eles ficaram ligeiramente confusos.

Sirius talvez um pouco irritado.

Se fosse em outra hora eu teria achado completamente engraçado e estaria dando gargalhadas da situação.

"O que está acontecendo?"

"Um ataque, eu acho. Nós precisamos dar o fora daqui!"

"Nós precisamos ajudar!" Exclamou Lethícia indignada.

"Não, é missão suicida!"

"E nós vamos deixar os nossos pais morrerem?"

"Por favor, Leth, não complique as coisas, ok? Foi o que o papai pediu." Suplicou enquanto pegava sua mão.

Uma lágrima solitária escorreu do seu rosto, mas ela agarrou a mão de James e nós saímos correndo dali.

Quando conseguimos calcular a rota de saída e finalmente encontrar a rua, a mesma estava lotada de dementadores. Meu peito congelou de súbito, a sensação de nunca mais poder ser feliz me dominou e quase fui derrotada.

Eu pensei, com intensidade, em uma das lembranças que mais me fazia feliz.

Abri os olhos e apertei com força a minha varinha.

"Expecto Patronum!" Berramos em uníssono fazendo nossos veado, cão e corça pularem da ponta de nossas varinhas, afastando temporariamente os dementadores. Foi tempo suficiente apenas para nos afastarmos da casa e ouvir uma grande explosão tomar conta de tudo.

Senti como se fosse minha culpa tudo aquilo estar acontecendo, eu sabia que não era, mas simplesmente senti. Enquanto nós fugíamos para um lugar distante me dei conta de que nada seria o mesmo de antes a partir de agora.

Quando a noite chegou e nós estávamos em alguma cidade do Kansas*, eu me permitir desabar e chorar por tudo que aconteceu.

Eu estava exposta ao risco daquilo, entretanto, eu nunca imaginei que aconteceria tão rápido e de maneira tão brusca.

Leth e eu choramos juntas.

Sem palavras, apenas lágrimas escorrendo abundantemente de nossos olhos diante da imensidade nossas perdas. James também estava mal, eu podia ver pelos seus olhos. Ele tentava ser forte por nós, mas na verdade só queria ser um garotinho sem preocupações com sua família completa.

Eu o abracei apertado, compartilhando nossas dores.

Quando me dei conta a lua já estava exibindo seu brilho no céu, fazendo-me pensar como o tempo não pararia independente do quão imensa fosse a minha dor, o relógio continuaria tiquetaqueando.

Senti meu corpo dar sinais de cansaço, minha cabeça latejar e os meus olhos reclamarem com ardência e inchaço.

Eu não faço a mínima ideia de quando, ao certo, eu cai no sono, apenas senti meus olhos sem forças para ficar abertos e meu corpo caindo em um baque surdo no colchão.

As imagens do que aconteceu na casa se acenderam vívidas em minha mente, lembranças que eu nunca vou esquecer. Meu sono foi em pausas, porque, sempre que eu dormia, as imagens voltavam para me atormentar.

Eu vi o sol despontar no nascente, com uma nova oportunidade para começarmos novamente.

Entretanto, não fui a única a passar a noite acordada. James remexia-se na cama, tendo pesadelos e acordando entre lágrimas, trazendo a tona seu lado devastado pela situação.

Eu tentava lhe consolar:

"Tudo bem meu amor! Já passou..." Repetia sempre.

Mas nada estava bem, não sei quando voltaria a estar bem.

Esperava que fosse logo.

~~

Os meses passaram e sem que eu me desse conta já estávamos no final de junho, começando um novo verão.

E ele chegou com diversas surpresas, que incluiam o pedido de casamento que James me fez e o nosso casamento duas semanas depois. Nós estávamos tentando seguir em frente e, as vezes, conseguíamos rir naturalmente.

Ah, mas é claro! Como eu poderia esquecer? Além do nosso próprio casamento, houve outro, algumas semanas depois.

A única pessoa do mundo que eu pensei que nunca iria se casar era o Sirius, mas, pelo visto, eu estava enganada. O casamento deles aconteceu de forma simples e nem um pouco pomposa, nada como Lethícia havia sonhado, mas o que importava era que nós cinco estávamos juntos.

Infelizmente fomos abatidos por uma nova morte, a de Dorcas Meadowes, o que deixou o Remus completamente arrasado.

Fora isso, eu já não chorava fazia antes de dormir há semanas.

Eu e James já estávamos bem estruturados, reconstruindo, aos poucos, a nossa vida juntos e vivendo felizes na medida em que nós conseguíamos.

A verdade é que, mesmo contra nossa vontade, o tempo apaga a dor da nossa memória e um dia acordamos como se nada um dia nos tivesse derrubado. Aos poucos você se recupera, como que por uma espécie de cura milagrosa.

Para mim e para o James, nosso pequeno milagre chegou pouco tempo depois.


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Notas finais do capítulo

dude, eu não sei o que dizer sobre esse capitulo.
Eu realmente odeio dar uma J.K. e matar os personagens legais, mas é necessário. Sei lá!
Me desculpem por ter sido tão melodramática. it's just me u_u
Enfim, esperando que vocês não me matem, deixem reviews.
Beijão ♥