A Preferida De Lord Voldemort escrita por Satine


Capítulo 8
Eu tenho minha noite dos sonhos ou quase isto


Notas iniciais do capítulo

Oláá, bom aqui está mais um capitulo fresquinho e este eu ameeeei escrever, eu espero que gostem ;D



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POV Elizabeth.

– Pronto. – disse Druella terminando de me ajudar com o espartilho.

Usava um longo vestido preto e vermelho, o cabelo negro preso em um penteado bem elaborado com duas mexas cacheadas emoldurando o rosto e luvas negras nas mãos.

Dei-me ao luxo de tirar o vira-tempo do pescoço por algum tempo e colocá-lo debaixo do travesseiro, usando no lugar, uma corrente prateada com um pingente de coração negro.

– Então, como estou? – digo mordendo o lábio de frente para Druella, sentindo uma ligeira euforia dentro de mim.

– Diga você mesma. – ela diz me colocando de frente para o espelho e eu fico sem fala, estou deslumbrante, nem parece que sou eu mesma.

– Obrigada Ella. – digo abraçando minha amiga. – Eu vou ter o baile dos meus sonhos.

– Você merece. – ela diz dando de ombros, ela usa um vestido cor de cobre, com babados negros, os cabelos castanhos caem em cachos por suas costas e as grandes pálpebras parecem exaltadas.

– Você também está deslumbrante, imagino que vá com o Black. – ela sorriu, parecia animada.

Fico olhando para ela por um momento e pensando que da união dela com o Black virá Bellatrix e penso se não é uma boa ideia impedi-la de ficar com o Black, o mundo agradeceria se Bellatrix Black Lestrange nunca chegasse a nascer, mas pensei no que disse Dumbledore, é perigoso alterar o futuro, melhor deixar as coisas como estão, já tenho problemas o suficiente.

– Hora de ir. – diz a Rosier com um suspiro longo. – Vamos? Assim se eles não vierem, temos a companhia uma da outra.

Eu assinto, mas antes de sair do dormitório coloco uma capa vermelha sobre os ombros, a masmorra é fria. Druella encontra seu par na sala comum me deixando ir sozinha para o grande salão. Grande amiga ela.

O grande salão já está cheio de alunos e decorado para o natal, mas eu o vejo quase que imediatamente, se possível, ele está ainda mais atraente, os fios negros milimetricamente arrumados, os trajes negros a rigor, diferente do uniforme de Hogwarts, o deixa ainda mais admirável.

Eu tiro a capa vermelha assim que entro no grande salão, fazendo-a voltar sozinha ao dormitório usando magia, sigo até ele tentando não demonstrar demais minha ansiedade. Quero que aquele baile seja fantástico, um baile como eu nunca tive em 1997, a missão podia esperar, Voldemort podia esperar, porque aquela seria a minha noite perfeita com Tom Riddle.

– Então... – digo com um sorriso tímido. – Como estou?

– Deslumbrante, Srta. Tyler. – ele diz segurando minha mão com delicadeza e a beijando. Eu suspiro. Droga Elizabeth, resmungou meu lado racional. – Me daria à honra de uma dança?

Eu assinto e o sigo para o meio do grande salão enquanto observo os outros dançarem, as danças daquele tempo são diferentes das do meu tempo, mas com o tempo eu me acostumo.

Sinto os olhares invejosos de grande parte das garotas atrás de mim, tenho certeza de que muitas gostariam de estar em meu lugar, mas eu não ligo. A noite está sendo mais perfeita do que imaginei.

Nós dançamos até que somos interrompidos por alguém.

– Bela escolha para o par, meu rapaz. – diz o professor Slughorn. – Está belíssima, Srta. Tyler.

– Obrigada, senhor.

– Sabe o que acho, acho que já passou da hora de termos a Srta. Tyler em nosso clube de duelo, o que acha Tom?

– Tem razão professor, Elizabeth é muito talentosa. Seria a primeira garota a integrar o clube de duelos.

– Como assim um clube de duelos, senhor? – pergunto enquanto nós três caminhamos e o professor nos oferece uma bebida. Aceito um hidromel.

– Oh não é exatamente um clube de duelos, mas gosto de chamar assim, parece mais atraente não? Gosto na verdade de convidar alguns alunos mais engenhosos para tomar um chá comigo, conversamos sobre diversas coisas, é divertido. Tom está aqui e não me deixaria mentir.

– É sim, muito divertido senhor. – Tom assentiu mecanicamente.

– Pois muito bem, foi bom vê-los, mas não quero atrapalhar o baile de vocês, vão se divertir. – diz o professor bem humorado.

Tom e eu nos juntamos a nossos amigos, onde comemos, bebemos e conversamos, eu não me lembro de ter tido uma noite tão divertida desde... Meu primeiro dia em Hogwarts, talvez, não, o baile estava sendo melhor. Druella me chamou para um canto onde contou que Black tinha a pedido em namoro e ela tinha aceitado.

– Vai ser um grande evento, nossas famílias vão ficar orgulhosas e eu realmente gosto dele Liz, não vai ser um casamento arranjado. – disse Druella animada.

Ângela se aproximou de nós, usava um vestido azul e branco com mangas longas, os cabelos loiros caíam lisos pelo ombro.

– Por que não me contou que Tom Riddle te convidou hein mocinha? – ela perguntou com as duas mãos na cintura.

– Queria fazer surpresa. – nós duas rimos.

– Estou te invejando agora, meu par é Bilius Weasley. – Druella e eu fizemos caretas. – Eu sei ele é da grifinória, mas ao menos é de puro sangue e um completo idiota. – ela revirou os olhos.

Nós três ficamos conversando até Black vir buscar a namorada e Ângela sair resmungando atrás do Weasley. Uma musica romântica começou e os casais já começavam a dançá-la, mas nem sinal de Tom. Eu o avistei ao lado de Malfoy, não podia negar que tinha esperanças que ele me chamasse para dançar, mas continuei onde estava até ele se aproximar.

– Eu sei que quer dançar esta musica comigo. – ele sussurra em meu ouvido, seu tom de voz é divertido, não há deboche ou malícia, não há maldade, é apenas Tom Riddle.

– Eu espero que não esteja lendo minha mente. – eu digo no mesmo tom, ele me oferece o braço e me guia até o meio do salão, segura em minha cintura e eu coloco meus braços em volta de seu pescoço, ele não desvia os olhos dos meus e um quase imperceptível sorriso surge no canto de seus lábios.

– Só um aviso, você não vai gostar do chá com o Slughe. – eu sorrio.

– Imaginei que não. – digo, conhecia bem as reuniões com Slughorn, participava delas em meu quinto ano.

Atrevo-me a esconder meu rosto em seu pescoço enquanto dançamos, sinto-me tão segura ao seu lado. Por que ele tem que se tornar Voldemort? – eu me pergunto. Tom acaricia meu rosto e eu olho para ele, me perdendo naqueles olhos negros frios e ao mesmo tempo, os únicos olhos que já me olharam de uma maneira diferente que não como a filha do professor Snape, seus lábios tocam os meus levemente antes de aprofundar o beijo, mas é rápido, pois a musica acaba.

Passamos mais algum tempo com nossos amigos, até que sinto meus pés começarem a doer por causa do salto. Tom percebe isto.

– Acho que precisa descansar. Eu a acompanharei até a sala comum. – ele diz e eu aceito, já estou exausta, embora não quisesse que aquela noite acabasse nunca.

Ele me acompanha até a sala comum, nos despedimos e eu vou para meu dormitório. Algumas garotas já estavam lá, resmungando dos saltos altos tal quanto eu. Eu tiro os saltos, o espartilho e o vestido, coloco a camisola perolada de comprimento até os joelhos e coloco no pescoço o vira-tempo, mas não estou com sono e mesmo que estivesse, não conseguiria dormir com todas aquelas garotas conversando no dormitório, me olhando feio, com inveja por eu ter ido com o monitor bonitão para o baile e elas não, Druella ainda não estava lá. Acabo indo para a sala comum e encontro Tom ali.

Ele está sentado de frente para a lareira.

– Não devia estar no seu dormitório? – ele pergunta, vejo que encara novamente aquele anel de pedra negra que ele nunca deixa de usar.

– Há muitas garotas lá, fazendo muito barulho, mal consigo descansar.

– Quer ir para o meu dormitório? Os outros ainda estão no baile. – ele pergunta e se levanta, eu assinto e nós dois vamos para o seu dormitório.

É como eu me lembrava da vez que eu o tinha invadido, cheio de bagunça na cama dos outros garotos, mas a sua cama é completamente organizada. Eu vou até o espelho onde desfaço o penteado deixando as longas madeixas negras caírem pelos ombros.

Vejo pelo reflexo do espelho Tom se aproximar, mas não me importo, estou observando meus olhos verdes, iguais aos de minha mãe, meu pai disse, mas quem era ela?

– Tem belos olhos. – ele diz afastando o cabelo de meu pescoço e depositando ali um beijo suave que me fez arrepiar, mas ele não se contenta com isto e sussurra em meu ouvido, me provocando: - adoro as reações que eu te provoco.

– Isso é golpe baixo, sabia? – eu digo mordendo o lábio inferior, hesitando por um momento, tentando me conscientizar, fazer a coisa certa, correr para fora dali antes que fosse tarde demais, mas mesmo que eu soubesse a coisa certa a se fazer, eu simplesmente não conseguia, meu coração não deixava.

Sem conseguir mais me conter, eu giro ficando de frente para ele, colando nossos lábios num beijo desesperado. Sinto suas mãos firmes segurarem minha cintura, enquanto meus dedos bagunçavam seus fios negros antes milimetricamente arrumados. O beijo é instigante, ávido, mordo seu lábio antes de nos separarmos em busca de ar e ele parece surpreso, nós dois rimos, mas antes que eu possa falar alguma coisa ele me beija novamente, dessa vez me guiando em direção à sua cama, enquanto ele se livrava da própria camisa branca de botões. Ele se deita por cima de mim. E ficamos assim por algum tempo, ele beija meu pescoço enquanto sem pressa começa a subir minha camisola e apertar minha coxa.

Não, você é mais esperta do que isso Elizabeth. – ouço minha mente gritar e paro imediatamente o que estamos fazendo. Prendo a respiração e fico tensa.

– Desculpe. – ele diz acariciando meu cabelo. – Estou indo depressa demais.

– Está. – digo mordendo o lábio inferior. – Desculpe, eu não posso.

– Está tudo bem.

– Eu vou para o meu quarto. – eu digo me levantando e me recompondo. – A noite foi perfeita Tom, obrigada e... Boa noite.

– Boa noite Elizabeth. – ele diz, mas não sem antes me dar um beijo carinhoso.

Com o coração batendo forte e triste de ter que me separar dele eu saio de seu dormitório indo em direção para o meu. Meus pensamentos vagueiam sobre toda aquela noite perfeita, me pego sorrindo sozinha e pensando em como está sendo bem melhor viver no passado. Neste momento pego em meu pescoço procurando o vira-tempo e toda aquela felicidade se torna desespero. Eu não estou com o vira-tempo, eu estava com ele no pescoço e não estou mais.

Falta de ar.

Ele estava fingindo o tempo todo, me deu a noite perfeita, a minha noite dos sonhos, estava tudo friamente planejado, deitar-se comigo aquela noite, ele não precisava fazer amor comigo... Amor... Ele não é capaz de amar Elizabeth. Como eu pude ser tão tola? Ele queria o vira-tempo, agora ele sabe. Ele sabe. Senti meus olhos se encherem de lágrimas.

Pensa Elizabeth, pensa.

Talvez tenha caído no chão, talvez eu possa pegar sem que ele perceba. Eu volto até o dormitório do Tom, mas ao invés de encontrá-lo dormindo como achei que o encontraria. Eu o encontro deitado em sua cama, olhando para a porta, inexpressivo, como se soubesse que eu ia voltar.

– Posso ajudar Elizabeth? – ele diz frio, sinto medo, inexpressivo e com as feições de Voldemort, engulo em seco.

– Achei que tivesse esquecido alguma coisa aqui. – eu me explico e fico surpresa de como minha voz saiu firme, tão gélida quanto à dele. – mas suponho que eu tenha me enganado.

– Você com certeza se enganou, boa noite.

Eu saio de seu dormitório voltando para o meu.

Você estragou tudo Elizabeth. – penso e naquela noite eu mal consigo dormir.


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Notas finais do capítulo

então gostaram? mereço reviews? O capitulo anterior estava curtinho, mas compensei nesse capitulo huehue... Quero saber o que estão achando gente, por favor, comentem tá :)
Ja ne