Caroline’s POV

Eu não sabia se eu ria ou se chorava. Louis estava a ponto de socar Nathan de tanta raiva e Nathan não ficava para trás. Rivalidade entre bandas é uma coisa até legal de se ver quando não está cara a cara com dois integrantes quase se socando. Ainda mais se for por sua causa.

- Louis, se controla. – Zayn falou, mas era inútil.

- EU VOU ARREBENTAR A CARA DELE! – Louis gritou apontando para Nathan.

- Se alguém sair arrebentado daqui, esse alguém será você. – Nathan o ameaçou e eu fiquei com medo.

- Louis, para com isso! – disse, mas ele fingiu não me ouvir. Nathan ainda estava me abraçando.

- EU FALEI PARA TIRAR AS MÃOS DELA! CAROLINE É MINHA! – Louis veio para cima de Nathan, mas Zayn o segurou.

- SE ELA É SUA O QUE ELA ESTÁ FAZENDO EM MEUS BRAÇOS? – Nathan me apertou mais contra ele. – TALVEZ SE VOCÊ NÃO FOSSE TÃO TAPADO ELA NÃO ESTARIA COMIGO AGORA.

- Nathan, não grita com ele. – coloquei minhas mãos em seu peito. – Louis quando está bêbado é dez vezes pior que criança birrenta.

- E se eu te der um selinho? – Nathan me roubou um selinho. – O que será que ele faz? – ele roubou outro selinho. Perdeu a noção do perigo.

Senti meu corpo ser puxado bruscamente por alguém. Olhei para as mãos em minhas cinturas e as reconheci. Louis. Daria tudo para ver ele saindo dos braços fortes de Zayn.

- AGORA ELA TA NOS MEUS BRAÇOS, VAI FAZER O QUE OTÁRIO? – Louis gritou novamente e vi Nathan bufar de raiva.

- Louis, para com essa briguinha idiota! – virei, ficando em sua frente.

- Foi ele quem começou! – Louis apontou para Nathan. Criança.

- Não, não foi. Foi você quem começou. – o repreendi.

- Vamos embora, por favor. Precisamos conversar seriamente sobre você ficar com esse vagabundo aí. – ele falou tudo embolado.

- VAGABUNDO É SUA MÃE! – Nathan veio para cima de Louis, mas eu me coloquei na frente.

- NÃO METE MINHA MÃE NO MEIO! JÁ BASTA VOCÊ PEGAR MINHA MENINA!

- ELA NÃO É SUA! – Nathan deu alguns passos em direção à Louis, mas eu o segurei.

- PAREM VOCÊS DOIS! – gritei irritada e os dois me olharam com olhos arregalados. – LOUIS, PARE DE INFANTILIDADE!

- O que está acontecendo aqui? – ouvi aquela voz rouca que eu tanto amava e quase pulei no colo dele. Harry, o salvador da pátria.

Harry olhou para mim e Nathan com uma cara não muito boa. Expliquei brevemente o que estava acontecendo e quando estava no meio da história Louis simplesmente partiu pra cima de Nathan. Detalhe: eu estava na frente de Nathan.

Eu via muitas mãos só que não sabia dizer de quem era. Senti uma dor forte em meu braço. Olhei para o lugar e vi que estava sangrando. Quem foi que me cortou? Resolvi dar um basta naquela porra.

- MAS QUE MERDA VOCÊS DOIS! – os separei com violência. Quando fico com raiva tenho mais força que muito homem por aí. – PAREM COM ISSO! APOSTO QUE NÃO CONSEGUIRAM ACERTAR UM SOCO EM VOCÊS, MAIS ALGUÉM CONSEGUIU ME MACHUCAR. PARABÉNS PARA VOCÊS!

Nathan e Louis me olharam surpresos e começaram a falar desculpas e blá blá blá. Revirei os olhos e cruzei os braços.

- CALEM A BOCA VOCÊS DOIS. ANDA LOGO LOUIS, VAMOS PRA CASA.

- Ah, mas eu quero ficar mais um pouco, beber mais alguns drinks. – ele fez bico.

- VAMOS. EMBORA. AGORA. – falei pausadamente e ele engoliu em seco.

- Tudo bem. – Louis abaixou a cabeça e andou em direção à saída.

Harry, Zayn e Niall o seguiram. Falei que já iria, só conversaria um pouco com Nathan. Ele estava com a cabeça baixa, como se estivesse arrependido do que tinha feito.

- Desculpa, Carol. – ele segurou minha cintura e me abraçou.

- Não se preocupa, isso acontece, Nate. – acariciei seu rosto.

- Queria que você fosse minha, mas você já tem dono. – Nathan soltou um suspiro e eu o encarei confusa.

- Nate, eu não namoro com Louis.

- Mas gosta dele. E por mais que ele esteja até o cú de bebida, o que é dito bêbado foi pensado sóbrio.

- Desculpa. – abaixei a cabeça, igual ele estava antes.

- Ei, não tem nada para se desculpa. – ele levantou meu rosto delicadamente. – Espero que ele abra os olhos rápido. Você merece ser feliz. – Nathan sorriu e me beijou.

- Bom, tenho que ir. Tenho um bêbado para cuidar. – disse rindo depois de separar o beijo.

- Se cuida.

- Você também. – sorri e fui ao encontro dos meninos.

Niall estava vermelho de raiva e Zayn estava a ponto de explodir. Harry estava escorado na parede e Louis sentado em um banco giratório. Paul olhava para ele o repreendendo, mas Louis estava pouco se fodendo.

- Vamos? – falei para os meninos e eles assentiram.

- Deixa eu ficar, Caroline? – Louis implorou com voz de criança. – Por favoooooor!

- Cala essa sua boca antes que eu desça a mão na sua cara. – disse cerrando os dentes e o fuzilando com o olhar.

- Adoro quando sua irmã fica brava. – Zayn cochichou para Niall, que riu.

Louis saiu pisando duro e eu apenas revirei os olhos. Deus, como pode ser tão criança? Harry vinha logo atrás de mim e eu esperei um pouquinho para caminhar ao seu lado.

- O que foi meu tchutchuco? – perguntei.

- Nada. – ele suspirou. – Esse corte foi feio, hein. – Harry segurou meu braço delicadamente. Notei que estava escorrendo uma quantidade considerável de sangue. Peguei um guardanapo que tinha em cima de uma mesa e limpei.

- Deixa que eu limpo melhor no carro. – Harry pegou o guardanapo e seguimos em silêncio para o carro.

Entramos sem ser vistos e perguntei por Danielle e Liam. Paul me disse que eles já tinham ido embora fazia tempo. Olhei no relógio e me surpreendi com a hora. Já se passava das 2h da madrugada.

Sentei ao lado de Harry e ele começou a limpar meu braço. Quando o guardanapo tocou o corte eu mordi o lábio inferior com força para abafar um grito. Doeu demais!

Chegamos em casa rapidamente e eu joguei meus sapatos longe. Meu pé já estava começando a doer. Harry entrou apoiando Louis, que não conseguia nem ficar em pé.

- Vou trocar de roupa, acha que consegue levar ele pro banheiro? – perguntei e Harry assentiu.

Subi correndo e coloquei uma blusona e um shorts. Minha noite não saiu nada do que eu esperava, mas pelo menos tinha me divertido em boa parte dela.

Por um lado eu estava feliz por Louis ter dito tudo aquilo. Me surpreendeu completamente aquela atitude. Mas por outro eu estava triste, pois sabia que ele não lembraria de absolutamente nada quando acordasse. Não sabia o que achar, essa é a verdade.

- CAROLINEEEEEEEEEE! – ouvi Louis gritar e revirei os olhos.

- Já vou!