Caroline’s POV

Já fazia uns bons 20 minutos desde que Harry estava gritando comigo. Acha que eu estava escutando? É claro que não! Como se eu não soubesse que foi imprudência da minha parte pegar o primo dele. Jesus, quanto ciúme!

- Caroline, ta me ouvindo? – ele me olhou bravo e eu apenas assenti entediada. – Você não pode simplesmente sair pegando todo mundo por aí, vai ficar com fama de puta!

Perdi a paciência.

- AH HARRY, OLHA QUEM TA FALANDO! – gritei, o assustando. – SE EU VOU FICAR COM FAMA DE PUTA POR PEGAR QUEM EU QUERO VOCÊ É UM CAFETÃO PROFISSIONAL, NÉ?!

- Oi? – ele se fez de desentendido.

- Eu namoro? – perguntei e ele ficou em silêncio. – TO PERGUNTANDO! EU NAMORO?

- Não. – Harry disse com mau gosto.

- Então eu posso bem ficar com quem eu quiser! – levantei do sofá. – Também tenho o direito de me divertir, de pegar todos por uma noite. E pra sua informação eu não fico pegando todos quando saio pra balada. Eu fico com um, dois no máximo!

- Mas você estava se esfregando em um monte de homens hoje! – ele falou com os dentes cerrados e eu revirei os olhos.

- É legal, não é? Só pra você ver como é uma puta de verdade! – sorri irônica. – Aquela hora eu estava morrendo de raiva de vocês três. – olhei para Louis. – Não posso beijar ninguém que já vem descendo o pau em mim enquanto vocês quase se matam de engolir as ‘putinhas’ que pegam.

- Ei, eu ainda tenho namorada, ok? – Louis me olhou cínico e eu retribuí o olhar.

- É verdade, no seu caso é a vadia que você come na cama dos outros. – sorri irônica, vendo ele fechar a cara. – Harry, meu tchutchuco lindo, entenda uma coisa. – segurei seu rostinho de bebê com minhas mãos. – Eu não vou parar de ficar com os meninos na balada só porque você acha que eu estou sendo uma puta. Eu não fico com muita gente fora da balada para justamente não gerar confusões.

- Mas eu não gosto de ver você beijando os outros caras. – ele fez bico e fechou os olhos.

Encostei nossas testas e nossos narizes. Ele ainda manteve os olhos fechados e aumento mais o bico. Eu ri. Fiz carinho nas bochechas dele.

- Olha pra mim, Harry. – ele negou com a cabeça. – Olha pra mim, é uma ordem! – lentamente Harry foi abrindo os olhos. – Muito melhor. – sorri e ele sorriu também, desmanchando a tromba. – Se você não quer ver a minha pessoa beijando os outros caras é muito simples. – fiz uma pausa, segurando o riso. – É só fechar os olhos!

Não conseguindo mais conter o riso, soltei uma gargalhada e fui acompanhada por Louis. Harry fez uma careta e começou a me dar uns tapas no ombro e nos braços.

- Sua safada! – ele me pegou no colo e eu ri mais. – Está convivendo demais comigo.

- Nunca fui santa, Styles. – dei um beijo no pescoço de Harry. – Agora me leva pro quarto? – fiz bico e ele revirou os olhos.

- Só por causa desse beijo no pescoço. – ele sorriu convencido e começou a subir as escadas.

- Boa noite Louis! – gritei e acenei loucamente para ele, como uma criança acena para o Papai Noel. – Durma bem e não sonhei que está transando com a vadia, vai que você arromba a porta do meu quarto, né...

Pisquei um olho para ele enquanto Harry ria descontroladamente. Acham que eu não vou zoar o Louis pelos acontecimentos recentes? É óbvio que eu não iria deixar passar em branco.

- Não se preocupe se Louis arrombar seu quarto, você vai estar no meu. – Harry deu de ombros.

- Vou dormir com o meu tchutchuco, é?

- Com certeza, vai que o lobo mal ta com fome e vai no quarto da minha pequena procurar alguma coisa pra comer? – Harry falou e eu me matei de rir.

Deixe-me explicar. A uns dias atrás eu mostrei uma história que um amigo meu tinha escrito. Para não ficar muito direto o palavreado, meu amigo utilizou lobo mal e chapeuzinho branca (a menina era muito branquela) para caracterizar os personagens. Nessa história o lobo mal dizia que estava com fome e a chapeuzinho, muito inocente e otária convidou o lobo mal para ir até sua casa comer algo. Ela acabou sendo comida. Não no sentido literário, mas... Vocês entenderam, né? Então.

- Nossa Harry, essa foi profunda!

Harry entrou no quarto e me jogou com tudo na cama. Típico. Falou que ia tomar um banho e que era para eu fazer o mesmo. Coitado, acha que manda em mim.

Tomei um banho rápido e peguei uma camisa social de Harry que estava jogada no canto do banheiro. Eu amava usar as camisas sociais dele, me sentia em filmes de romance.

Voltei para o quarto e encontrei Harry deitado na cama, mexendo no celular só de boxer preta. As preferidas dele. E as minhas também. Me joguei ao seu lado e espiei o que ele tanto mexia no celular.

- Você ama as minhas camisas, né? – ele falou sem desgrudar os olhos da tela do celular.

- Amo mesmo, elas ficam perfeitas em mim. Não acha? – sorri e Harry baixou os olhos para meu corpo.

- Qualquer coisa fica perfeito em você. – ele beijou minha testa delicadamente e me puxou, fazendo minha cabeça repousar em seu peito. – Posso tirar uma foto com você? – ele perguntou e eu ri.

- Harry Styles pedindo pra tirar uma foto comigo? Alguém gravou esse momento? – ri brevemente e o olhei nos olhos. – Tem como dizer não?

- Não. – ele riu também. – Fecha os olhos e finge que ta dormindo.

Fiz o que ele pediu. Senti os lábios de Harry roçarem em meus cabelos, os beijando e logo ouvi o click da câmera do celular. Abri os olhos lentamente e olhei para Harry.

- Amei essa foto. – ele abriu um sorriso linda.

- Deixa eu ver. – olhei para a foto e sorri também. Tinha ficado muito linda.

- Vai ser meu plano de fundo do celular. – ele sorriu mais largamente. – Ei pequena.

- Fala. – fechei os olhos novamente.

- Sabia que minha blusa ta mais comprida que seu vestido? – Harry disse e eu ri, dando um tapinha em seu peitoral.

- Vai se fuder, Styles.

- Só se você me ajudar. – aposto que ele deu um sorriso malicioso.

- To muito cansada hoje, quem sabe amanhã ou um dia desses... – dei risada.

- Olha que eu vou cobrar.

- Pode cobrar, mas cobra outro dia. Agora eu vou dormir.

Ajeitei melhor minha cabeça no peito de Harry e puxei a coberta, nos cobrindo. Ele, como era de costume, começou a acariciar meus cabelos e a cantarolar uma música.

Reconheci o que Harry estava cantando e sorri. I’m With You, da Avril Lavigne. Minha trilha sonora, digamos assim. Quando estava quase terminando de cantar a música eu adormeci.

Não há pessoa nesse mundo que faça com que eu me sinta tão protegida como Harry faz. Meu tchutchuco, meu amorzinho, meu protetor.