Caroline’s POV

Até que passar a virada do ano em um avião não foi tão ruim assim. Uma directioner sentou do meu lado e nós fomos conversando praticamente o percurso todo. Era legal ver o quanto ela gostava dos meninos.

Tirei muitas fotos com ela e deixei que ela visse minhas fotos com os meninos. Algumas, claro, porque tinha umas lá com o Louis e com o Harry que se ela visse sairia espalhando para meio mundo que estávamos namorando.

Ela foi super atenciosa comigo e ficou fazendo mil e uma perguntas sobre como os meninos eram, se eles tinham as manias que as revistas falavam, se Niall era obcecado por comida, se Louis gostava mesmo de cenoura, se Zayn ficava se olhando no espelho o dia todo, se Harry era fissurado em gatos e se Liam tinha medo de colheres.

Depois de contar minha falsa história de como ter torcido o pulso, ela colocou os fones e tirou um cochilo. Até tentei dormir, mas não consegui. Peguei meus fones também e fiquei apreciando a vista do céu, que estava mais azul do que nunca.

[...]

- Tchau Carol! – ela me abraçou e eu beijei sua bochecha. – Manda um beijo para os meninos.

- Pode deixar!

Peguei minhas malas com muita dificuldade e coloquei-as em um carrinho. Passei por todas aquelas burocracias americanas até finalmente sair daquele amontoado de policiais.

Já tinha mandado uma mensagem para Nathan assim que cheguei, então provavelmente ele já estaria no aeroporto. Varri o salão imenso do aeroporto, na esperança de ver algum rosto conhecido, mas nada.

Senti alguém cutucar meu ombro e olhei para o lado. Não vi ninguém. Sorri largamente e olhei para o outro lado, dando de cara com Tom. Ele sempre fazia essa brincadeira comigo e eu caía todas as vezes.

- TOM! – falei animada assim que o vi. Ele me puxou para um abraço e deu risada.

- E aí, beautiful girl.

- Fala girl de novo. – pedi e Tom repetiu. – Awwwn seu sotaque! – o abracei novamente e ele gargalhou.

- Por que todas amam o sotaque do Tom? Isso é uma injustiça. – ouvi Max falar.

Soltei Tom no mesmo instante e corri para abraçar o careca mais gostoso da face da Terra. Pulei com tudo em seu pescoço, o desequilibrando um pouco. Ele deu risada e me abraçou também, me tirando do chão.

- Quanto amor por mim. – Max se achou e eu revirei os olhos.

- Não é sempre que eu encontro um careca gostosão por aí. – mordi o lábio inferior.

- Provocação agora é sacanagem, tá muito cedo. – ouvi a voz rouca de Siva e corri até ele também.

- E aí morenão sedução! – abracei Siva pela cintura, porque ele era alto demais para eu abraçar pelo pescoço.

- Fala tampinha irlandesa. – nós rimos e logo nos desvencilhamos do abraço.

- Cadê o cachinhos e o Nate? – perguntei, mas não foi preciso eles me responderem, pois os avistei vindo em nossa direção.

Jay abriu os braços, me chamando para um abraço que só ele tinha e saí correndo até eles, pulando em seu colo. Ele me pegou em seus braços e me carregou até onde os outros estavam. Jay tem essa mania de pegar fãs no colo e comigo não seria diferente.

- Que saudade dessa menina mordível e abraçável. – ele falou me colocando no chão.

- Que saudade do meu vegetariano favorito! – baguncei os cabelos de Jay com certa dificuldade, pois estava na ponta dos pés para poder alcança-los.

- Cof, cof. – Nathan nem tentou fingir uma tosse e eu dei risada.

- Nate! – voei em cima dele, que quase caiu no chão.

Ele riu também e me abraçou forte. Afundei minha cabeça na curva de seu pescoço, inalando seu perfume inebriante. Nathan era uma das pessoas mais cheirosas que eu conhecia.

- Que saudades de você. – ele sussurrou em meu ouvido e eu me arrepiei.

- SEPARA, SEPARA! VOCÊS ESTÃO EM UM LUGAR PÚBLICO! – Tom e Max vieram para cima de nós, me arrancando dos braços de Nathan.

- Mas eu não estava fazendo nada! – me defendi.

- Ainda. – Siva me olhou maliciosamente.

- Até você, Seev? – o encarei incrédulo.

- Ei Carol, vem aqui conhecer a Nareesha e a Kelsey. – as namoradas de Siva e Tom, respectivamente.

Cumprimentei as duas, que eram muito simpáticas. Nareesha era um amor e ela e Siva eram o casal mais meloso de todos os tempos. Tom e Kelsey eram daqueles casais que não podem ver uma balada que já estão entrando e bebendo o que veem pela frente. Eles aproveitam a vida.

Fomos para os carros e Nathan me ajudou a colocar as malas no porta-malas. Tinha contado vagamente para ele o que tinha acontecido em Londres e disse que depois explicava melhor.

Nos dividimos e os casais foram no carro de Siva e nós fomos no carro de Max. Eles ficaram me perguntando como estava Londres, se estava muito frio e como estava os meninos (nada irônico isso).

- Mas o que te fez tirar essas férias? – Jay perguntou me olhando pelo retrovisor.

- Você não contou para eles? – encarei Nathan confusa.

- Não. – ele deu de ombros.

- NOSSA, PARA TUDO! NATHAN SYKES CONSEGUIU GUARDAR UM SEGREDO E POR VONTADE PRÓPRIA AINDA! – gritei rindo, fazendo Max e Jay rirem também.

- Esqueci de falar. – ele deu de ombros novamente.

- Bom, já que vocês não sabem... – levantei a manga do moletom que estava usando. – Isso me fez tirar férias.

- Torsão no pulso? – Max arregalou os olhos e eu assenti.

- O que você fez? – Jay perguntou e eu contei minha historinha de ter caído em cima de mim mesma.

- Seu irmão ficou muito bravo? – Max perguntou.

- Ficou... – respondi sem querer e logo me apressei em dizer. – ...desesperado. Muito desesperado.

Vi Nathan me lançar um olhar “mente que eu finjo que acredito” e eu encolhi os ombros. Continuamos conversando até chegar na casa. (http://maisab.com.br/tvasabranca/abimoveis/files/2011/12/casa-de-praia.jpg) Deixei meu queixo cair com o tamanho daquilo.

- Meu Deus, essa casa é muito grande. – não aguentei, tive que falar.

- Vem conhecer aqui dentro. – Jay pegou minha mão e me arrastou até a sala (http://wesleylemos.files.wordpress.com/2010/10/living_bangalo.jpg)

- Nossa! – exclamei ao ver o tamanho da televisão. Na verdade era um cinema, de tão grande que a tela era.

- Olha só a nossa piscininha. – Max me arrastou até a varanda e eu deixei meu queixo cair (http://3.bp.blogspot.com/-jAA0sr1I16Q/Tnvw6F3qOgI/AAAAAAAAAJc/_o7vd350BaM/s1600/Residencial_Praia_CasaTrancosoRobert.jpg)

- WOW! Isso daqui é o paraíso! – aposto que meus olhos estavam brilhando.

- CAROLINE, CORRE AQUI! – ouvi Nathan gritar e corri até ele.

- O que foi?

- Vamos ver o nosso quarto. – ele ergueu as sobrancelhas de maneira maliciosa.

- Nosso?

- Claro! Não achou que ia ficar  no mesmo quarto que o Max ou que o Jay, né?

- Eu até tentei convencer o baby, mas não deu. – Jay fez um bico extremamente fofo e eu apertei sua bochecha.

Eu e Nathan subimos para ver meu mais novo quarto e eu simplesmente fiquei chocada. Era lindo, perfeito, enorme, imenso! Tinha TV, frigobar, banheiro com banheira e tinha uma sacada linda (http://marianagoes.com.br/wp/wp-content/uploads/2010/09/dona-karan.jpg)

- Nathan, esse quarto é perfeito. – disse extasiada.

- Pois é, eu consegui ficar com o melhor da casa. – ele se gabou, se jogando na cama. – Agora pode começar a contar o real motivo dessa torsão.