Jeito Maroto escrita por sammartinn


Capítulo 6
Capítulo VI: Festa Natalina




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**Lumus. Eu juro solenemente que não vou fazer nada de bom.**

Capitulo VI: Festa Natalina

POV Lily

O Salão Principal esta magnífico. Em vez da cores vermelho e dourado de sempre, colocamos azul e prata o que ficou um pouco mais atual. Uma arvore enorme se encontrava no lado esquerdo do Salão, com fadas voando entre ela, e varias apetrechos na mesma, incluindo os presentes do Amigo Secreto no pé. As grandes quatro mesas que ali tinha fora substituídas por uma no lado norte do Salão na posição vertical, nela com varias comidas natalina.

E o Salão estava cheio, porque só o primeiro ano que não tinha permissão para a festa, estão deve se imaginar a escola quase inteirinha ali em pé dançando ao som d’As Esquisitonas.

Olhei nervosa para James, segurando a tentação de não pegar em sua mão. Ele me olhou também. Procuramos Peace e Clearwater, encontramo-los perto da grande arvore.

-Vocês estão atrasados – disse Peace com um sorriso nada agradável.

-Tivemos um probleminha – menti.

-Vamos logo iniciar o Amigo Oculto – Clearwater disse.

Seguimos até o meio palco, também na ala norte do Salão.

-Você começa – murmurei para James.

-Primeiro as damas Lírio – ele murmurou de volta.

-Quanto cavalheirismo – disse indo até a frente.

Com um Sonorus chamei a atenção dos alunos.

-Bom Natal a todos vocês. Vamos começar o Amigo Secreto – eu disse. – Meu Amigo Secreto eu conheço desde que cheguei a Hogwarts, apesar de ser diferente de mim nos demos bem, e hoje posso dizer que é uma das pessoas que eu mais amo. Marlene McKinnon.

Ela deu um grito daqueles, depois de um rápido beijo em Sirius ela subiu ao palco. Dei a ela o presente e ela me deu um abraço de urso. Sufocada sai do palco.

Marlene passou a mão nos cabelos louros ansiosa.

-Queria dizer a Lily que você é muito importante para mim, mesmo. Incluindo quando não sei a matéria – ela sorriu. Alguns riram. – Meu Amigo Secreto é uma pessoa que eu não conheço. E particularmente prefiro nem conhecer – ela murmurou suficiente para algumas pessoas próximas ouvirem. – O Sonserino, Snape. – Ela fez uma careta.

Snape desajeitado veio se esquivando pelas pessoas até o palco. Marlene não abraçou e nem deu aperto de mão, apenas lhe entregou o presente e saiu do palco se jogando em Sirius.

Snape tirou o cabelo oleoso dos olhos e falou sem nenhum feitiço, em sua voz de altura normal para quem quisesse ouvi não ouvisse e pra quem tivesse perto pudesse escutar:

-Eu a conheci num parque. Brincando com sua irmã no balanço...

Putz, era eu. Eu não queria subir naquele palco e receber o presente vindo dele. Depois de me chamar de sangue-ruim e dizer que eu um dia iria acabar saindo com James eu seria que nem as outras. Ok, antes quando falava em James eu pensava em Potter, mas era antes deu começar a gostar dele. Apesar de não estarmos namorando, Snape me consideraria como as outras. As outras que ele dizia, era as galinhas de Hogwarts. Mas, desde o momento que ele preferiu ficar com os amigos Comensais da Morte, seguidores de Você-Sabe-Quem, e outras vezes que ele me xingara, recusei ter sua amizade. Não queria subir naquele palco de  jeito nenhum, mas não queria passar vexame na frente da Hogwarts inteira.

Aluado – peguei de James – cutucou-me. Olhei para ele.

-Que foi? – Todos olhavam para mim. Eu literalmente esqueci que Snape falava sobre mim.

-Ele tirou você Lily – Disse Aluado.

-Eu não quero ir – murmurei a ele.

Ele me empurrou para frente – que amigo. Subi ao palco com as pernas meio bambas. Ele me entregou o presente e se curvou a fim de dar um abraço, me enrijeci recuando. Ele me olhou estranho, dei uns passos para trás me juntando a James, que tentava esconder o sorriso.

A minha mão e a de James se roçando. Sabe aqueles choques bem loucos? Dava para sentir ali. Eu suspirei aliviada de estar ao seu lado.

-Vá – disse a ele. – Voltou a mim, eu já fui.

Ele caminhou devagar até o centro do palco, deu um sorriso maroto o que fez várias meninas solteiras e galinhas derreterem. Eu bufei rolando os olhos. Tive que lembrar, que mesmo James sendo James, ele ainda era o Potter. O Potter bagunceiro, desorganizado, irritante, metido, inconveniente e briguento. E que todos esses defeitos se tornava qualidades, sem esses ele não seria assim. Afinal ninguém é perfeito não é? James estava tão lindo naquele paletó escuro e sua camisa azul clara por baixo do mesmo, sua calça e sapatos da mesma cor do paletó. Na realidade ele fica lindo até com fantasia de frango. Ele passou a mão nos cabelos escuros dizendo o nome da Amiga Secreta, que se animou toda e correu até o palco feito uma pata. Deu um abraço em James e gritava enquanto isso. Ele fez uma careta enquanto se afastava.

Chegou a vez de Sirius, o que demorou muito, ele fora um dos últimos.

-O que eu posso falar sobre ela? – Ele perguntou aos alunos. – Ah! Sim. Infelizmente essa pessoa é minha prima que tomou o caminho das trevas – ele gesticulou com os dedos imitando uma pessoa andando. – Chegue mais prima querida e futuramente cadáver, Bellatrix Black.

Bellatrix foi andando para o palco com um elegante vestido preto. Tomou o presente da mão de Sirius, o chamando de “amiguinho dos sangues-ruins”. Hoje em dia isso não me incomoda mais. E vejo o Sirius meio que corajoso, tipo, sua família era toda da Sonserina e ai daquele que não fosse. O Sirius foi deserdado quando foi a Hogwarts e foi selecionada a Grifinória, sua foto na arvore genealógica fora queimada pouco antes do ano letivo quando Sirius foi morar com os Potter – que a mãe de James é tia-avó de Sirius. É o mundo é pequeno. James e Sirius não gostam de ser chamado de sangue-puro. James acha que isso é preconceituoso, ele realmente é de famílias inteiramente bruxas, os Potter e os Black. E isso não faz com que eu nem o resto do grupo se sinta inferiores a ele e Sirius.

Acho que deve ter acabado o Amigo Secreto, hoje eu estava um pouco avoada. James me chamara atenção varias vezes. As Esquisitonas tocavam e parecia passar da meia-noite. James me puxara do Salão Principal.

-O que foi? – Perguntei a ele.

-Vem, quero te levar a um lugar.

Ele me puxou mais um pouco me levando a uma arvore em eu costumava a ir antes dos Marotos se apossarem da arvore no Jardim.

-Espera – disse a ele. Ele me soltou e me observou.

Peguei o presente ainda embrulhado de Snape e coloquei no chão, levantei um pouco do vestido – James olhou mais curioso – pegando a varinha presa a uma liga que Marlene me dera. James riu. Apontei a varinha para o presente e disse:

-Incendio!

O presente pegou fogo, James olhou para mim surpreso e depois me puxou para um beijo. Ele desceu a mão até minha cintura me puxando mais. Paramos sem ar, ofegantes.

-Lily, posso te fazer duas perguntas? – Perguntou ele.

-Esta está inclusa? – Perguntei sorrindo.

-Não – ele disse tocando meu nariz. – Você quer dançar comigo?

-Não sei dançar – disse a ele.

Ele deu outro sorriso maroto me suspendendo pondo meus pés em cima dos seus. Ele me segurou mais forte na cintura e foi se movendo.

-Sua vez – disse ele.

Pus meus pés no chão pondo os braços envoltos no seu pescoço ele ainda me segurava. Ali começamos a dançar. O jeito que ele me olhava era tão diferente. Encostei minha cabeça em seu peito e ele o queixo na minha cabeça. Seu coração batia em ritmo com o meu como uma canção lenta e sem pressa alguma. Ele suspirou.

-Lily, você quer namorar comigo? – Ele perguntou sussurrando.

Olhamos-nos para um momento, ele fechou os olhos abaixando a cabeça.

-É claro que eu quero – sussurrei de volta.

Ele tirou do bolso um colar de prata com uma esmeralda no centro, colocou em mim.

Demos outro longo beijo, nada calmo. Ele sentou de costa a arvore depois de ter tirado o paletó e aberto alguns botões de sua camisa, enquanto eu tirava a minha sapatilha e a traça arqueada do meu cabelo. Deitei minha cabeça em seu colo e ele afagava meus cabelos. Roubou-me alguns beijos enquanto conversamos até o meio da madrugada.

Acordei na minha cama dossel. Abri as cortinas vermelhas, Marlene, Dorcas e Alice não estavam ali. Marlene deve ter bebido muito com Sirius. Ou eu estava atrasada demais. Fui ao banheiro escovar os dentes e lavar minha cara de cansada. Voltei ao quarto deitando na cama de novo, pensando. A porta foi aberta. Era James e estava sem óculos, continuava lindo.

-Como conseguiu subir? – Perguntei a ele.

-Segredo, pequena Lily – ele respondeu sentando ao meu lado olhando minha camisola.

Fiz uma careta.

-Não devia estar aqui – disse ajeitando a camisola.

-Não me quer aqui? – Ele perguntou se fingindo de ofendido.

Puxei a gola da sua camisa o levando para um beijo. Ele deitou sobre mim beijando ferozmente. Estava quente demais, minhas mãos foram até sua camisa de botões tirando-a dele. Ele tirou minha camisola e começou a beijar meu pescoço. Eu o mordi no pescoço e nos ombros. Ele voltou ao meu pescoço, sugou fortemente. Estávamos numa competição? Ele mordeu minha orelha, logo depois arranhei suas costas. Ele sorriu para mim voltando a me beijar.

-Lily! – Alguém gritou atrás da porta. Eu abri os olhos assustada.

Nós dois ainda imóveis.

-Porque você trancou a porta? – Era Marlene.

-Porque você trancou a porta? – Repeti sussurrando a James.

Ele sorriu se levantando.

-Por via das dúvidas – respondeu.

-Lily – Marlene voltou a gritar.

-Espera – gritei de volta levantando.

James me olhou de cima a baixo com um sorriso maroto. Aí! Que vergonha, esqueci que estava só de calcinha e sutiã. Corei até os cabelos pegando a camisola do chão e vestindo-a.

-Anda logo! – Marlene gritou.

-Entra no banheiro – murmurei a ele.

Ele caminhou lentamente até o banheiro. Peguei a toalha e pus no banheiro. Voltei e abri a porta.

-Que demora! – Ela reclamou entrando e abrindo o baú. – Porque você se trancou?

-É costume – disse. E era mesmo. – E eu estava pronta pra tomar banho.

Ela pegou alguma jóia – deu para ouvir aqueles barulhinhos quando bate uma na outra – e caminhou até a porta.

-Estamos lá embaixo – ela informou saindo.

Suspirei aliviada. Ele saiu do banheiro sentando na minha cama pegando sua camisa.

-Droga Lily! Você rasgou minha camisa.

Franzi o nariz.

-Você sabe consertar – disse a ele. – Vai me esperar?

-Sou o melhor em esperar você – ele respondeu.

-Não faz isso – disse. – Me deixa mal.

-Desculpe.

Dei um sorriso torto e fui tomar meu banho. Saí do banheiro com a toalha enrolada no corpo rezando para que não caísse. Meu cabelo pingava deixando o caminho molhado. James ainda estava lá deitado na minha cama vendo o que parecia uma foto.

-Espero que não pegue esta também – falei indo até meu baú.

-Como você sabe? – Perguntou ele.

-Sirius deixou escapar – revelei.

-Aquele linguarudo – murmurou se levantando.

-Eu tive que dar outra foto para Horacio, que disse que preferia a outra.

-Vai ficar melhor na minha mão do quê da dele.

-Com certeza – afirmei me olhando no espelho.

Eu vou matar James! Estava com uma marca roxa no pescoço, e cheia de mordidas vermelhas.

-James – disse.

-O que foi Lírio? – Ele se aproximou me abraçando pela cintura beijando meu pescoço.

-Não beije, olhe.

-O que é que tem? – Ele perguntou cínico.

-Como é que vou sair por ai com essas marcas?

-E como vou sair com essas? – Ele me virou mostrando seu pescoço e ombros mordidos.

Eu choraminguei.

-Não queria usar cachecol hoje.

-Não use – ele disse me abraçando novamente.

-Marlene, necessito de você – murmurei.

-Como?

-O Sirius a marca sempre e ela sempre bota um feitiço, mas eu sempre esqueço.

-Vai ter que contar para Marlene – ele cantarolou.

-Eu uso o cachecol – sorri indo até o baú pegando meu cachecol cor creme.

-Lírio?

-Sim.

-A Marlene e o Sirius já...?

-Por quê?

-Achei que o Almofadinhas tava me enrolando, foi ontem. Ele tava bêbado.

-É verdade – afirmei indo ao banheiro.

Ele encostou-se à porta.

-Vai ficar de guarda? – Perguntei sorrindo.

-Eu sempre fico – ele disse.

Saí do banheiro enxugando o cabelo na toalha, já vestida.

-Não é a primeira vez que você entra aqui? – Saiu mais como uma afirmação.

-Não – ele sorriu segurando a minha cintura.

-A Capa?

Ele assentiu.

-Já me viu nua? – Perguntei rápido.

-Eu juro por Merlin que eu fechei os olhos.

-James! – Exaltei dando um murro em seu ombro.

Entrei no banheiro para pegar a escova.

-Eu nunca vi – ele disse atrás de mim. – Não estou mentindo.

-Tudo bem – assenti depois de arrumar o cabelo.

-Mesmo?

-Mesmo.

Ele suspirou pegando meu cachecol e pondo-me. Ele me beijou mais uma vez antes da gente descer e ele pegar seu casaco e um cachecol. Caminhamos até o Salão Principal para comer antes de pegar o trem de volta a Londres. Sirius estava com profundas olheiras e aquela cara de ressaca, vomitou varias vezes junto com Marlene. Coitada da minha amiga, foi logo namorar como o Sirius... Dorcas, Remus, Alice, Frank e Peter todos com a mesma cara de: “Estou cansado, quebrado e estraçalhado não me incomode”. Depois de comer eu e o resto das garotas voltamos ao dormitório para arrumar nossos pertences para voltar a Londres. Marlene também fora convidada por Sirius para passarem o Natal colado. Remus, Peter e Dorcas iriam para a Mansão dos Potter logo depois do Natal. Alice e Frank passariam juntos com a família de Frank. Entramos no Expresso Hogwarts, seguindo caminho a Mansão dos Potter. Lembrei-me de agradecer a minha mãe por me deixar ir passar o Natal com eles. A viagem foi longa, Marlene no colo de Sirius e não paravam de se beijar. Peter comia doces que James havia comprado. Remus e Dorcas liam. Só eu e James ficamos meio que sem fazer nada. Olhávamos-nos varias vezes, a sua mão às vezes pegava a minha. Mas, sem mais nenhum movimento. Olhei para a janela e havíamos chegado, saímos do trem. Lá estavam meus sogros secretos. Charlus e Dorea Potter, Sr. Potter uma versão mais velha de James. Sra. Potter era bonita, tinha cabelos castanhos e olhos esverdeados.

-Mãe, esta é Lily Evans – disse James me apresentando.

-É um prazer te conhecer Lily – ela falou me abraçando.

-O prazer é todo meu Sra. Potter.

-Me chame de Dorea – ela pediu. – James não para de falar sobre você...

-Mãe – James falou. – Por favor – ele balançou a cabeça. – Lily, meu pai: Charlus.

-Você é muito mais bonita pessoalmente – Sr. Potter disse.

Eu corei.

-Prazer.

Depois da apresentação de Marlene, entramos num carro trouxa – que Sr. Potter havia comprado apenas para buscar os Marotos no Expresso de Hogwarts – e seguimos a um bairro bruxo, como varias mansões. E lá estava, a mais bela de todas, a Mansão dos Potter. A casa era linda, era moderna e ao mesmo tempo antiga.

-Bem vindos à Mansão dos Potter.

**Malfeito feito. Nox!**


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