Jeito Maroto escrita por sammartinn


Capítulo 5
Capítulo V: Conversas




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**Lumus. Eu juro solenemente que não vou fazer nada de bom.**


Capitulo V: Conversas


POV James


Abri os olhos devagar, estava na Sala Precisa. Não era um sonho, eu tinha beijado Lily sem xingamentos e murros. Pisquei mais algumas vezes. Lily ainda estava no meu peito com o meu moletom. Estava tão linda. Sua respiração lenta e leve. Passei minha mão no seu cabelo longo e ruivo. Ela abriu os olhos devagar e sorriu para mim. Dá para uma manhã começar mais perfeita que essa? Eu beijei sua testa, ajudando ela a levantar. Puxei-a para um abraço de urso.

–James – ela disse. – Você esta me sufocando – reclamou.

–Eu adoro quando você fala meu nome – disse seu queixo.

–James.

–Sabia que combina? – Ela riu. – Lily e James.

Ela riu.

–Que horas são? – ela perguntou.

–Cedo – disse consultando o relógio.

Abri o mapa.

–Eu juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom – disse apontando a varinha para o mapa. As letras foram aparecendo:


Os Srs. Aluado, Rabicho, Almofadinha e Pontas,

fornecedores de recursos para feiticeiros malfeitores,

têm a honra de apresentar

O MAPA DO MAROTO


–Posso saber o que é isso? – Ela perguntou intrigada.

–O Mapa do Maroto. Mostra toda Hogwarts, as pessoas, o que está fazendo em tempo real.

–Vocês que fizeram isso inteirinho?

–Completo. Deu muito trabalho. Tem sete passagens secretas. Incluindo uma no sótão da Dedosdemel.

–Onde?

–Aqui – apontei para a corcunda velha de um olho só. – Um dia eu te levo lá.

Ela sorriu pegando o mapa olhando-o. Ela franziu as sobrancelhas.

–Olha – ela disse apontando para dois pontinhos no mapa na Torre de Astronomia.

Denominados: Marlene McKinnon e Sirius Black.

–Devem esta brigando – concluir.

–Não – ela balançou a cabeça. – Marlene não fica mais no mesmo ambiente que Sirius a muito tempo. Ou eles estão conversando, ou Sirius a prendeu e esta fazendo strip-tease para ela, ou eles estão se agarrando.

–Como você sabe?

–No meu tempo livre, não fico sempre estudando.

Eu dei um sorriso torto.

–E você acha que eu sou o tempo todo maroto – disse.

–Sim.

–Não – disse sorrindo.

–É claro que é, você esta sorrindo com o sorriso maroto.

–É? – Perguntei surpreso. – Qual o seu preferido?

–O mais simples. O que você esta feliz, mas não parece um bobão.

–Ei.

Ela sorriu, olhou para minha mão pegando-a, sua mão estava quente. Ela brincou com meus dedos. Minha outra mão pegou uma mecha do seu cabelo, enrolando-a. Encaramos-nos por um tempo. Talvez estivemos pensando na mesma coisa. Em como aconteceu aquilo, mas não era algo ruim. E em todo esse tempo, eu chamando a atenção dela, quer dizer, tentando, e ela me menosprezava. E, depois que eu finalmente a entendi, ela não me odiou mais. Eu achava que o problema era dela, e estava redondamente enganado. Era só eu, querendo chamar a atenção dela sendo completamente idiota.

–James – ela disse.

–Sim?

–Hoje não tem Quadribol?

–Tem, mas é só depois do almoço.

–Você comentou com Sirius, semana passada, no café da manhã, que este domingo, conhecido como hoje, teria uma reunião de manhã.

Foi ai que eu me liguei. Que eu tinha uma reunião antes do jogo.

–Eu não existiria sem você – eu disse abraçando-a pela cintura levantando-a do chão.

Ela segurou meu rosto depois de eu ter a colocado no chão me dando um beijo rápido. Eu não segurei o instinto, e a beijei ferozmente. Ela pôs a mão no meu pescoço e indo ao cabelo, meus braços a puxaram mais para mim ficando com o corpo colado. Começamos a andar, tropecei no pé da mesa. Ela caiu em cima de mim, rindo e chorando ao mesmo tempo.

–Se machucou aonde? – Perguntei.

Seu braço direito no chão ao lado da minha cabeça apoiando-a. Seu cabelo espalhando sobre mim. Ela se sentou no chão com as pernas no meu tórax. Riu mais um pouco.

–Droga! – Ela exclamou. – Não quero ir à Ala Hospitalar – disse mostrando o braço esquerdo inchado e vermelho.

–Não é preciso – disse a ela me sentando de frente a mesma. – Olha. – Puxei a varinha e disse alguns encantamentos medicinais. – Viu? – Seu braço ainda no meu colo, foi puxado, dei alguns beijos onde estava inchado.

–Minha mãe diz que a única coisa que pode curar tudo, é o beijo. O beijo do amor verdadeiro – ela concluiu sorrindo.

–Sua mãe parece ser legal.

–Ela é. Quer dizer, lá em casa todos são legais – ela deu outro sorriso. – Menos é claro, Petúnia.

–Ela sempre foi assim?

–Não. Snape ele contou-me que eu era bruxa – ela disse. Engoli o nome do Ranhoso a seco. – E Petúnia, ela quer ser perfeitamente normal. Snape se vestia “diferente”, e ela passou a me ignorar porque eu falava com ele. Desde então, não nos falamos muito.

–Ela tinha ciúmes de você.

–É... Meus pais ficaram orgulhosos, e Petúnia se sentiu excluída.

–Eu queria ter um irmão.

–Você já tem – ela disse. – O Sirius.

Eu ri.

–De sangue sabe? Fosse mais velho ou mais novo. Minha infância naquela casa não foi boa. Meus pais são bem ocupados, as vezes alguns parente iam lá. Mas, nenhum Potter era da minha faixa etária, ou eram muito velhos ou no caso do meu priminho, eram muito novos.

–É bem diferente, não acha? – Ela perguntou. – A gente.

–Os iguais se destroem? – Perguntei.

–Não James. – Ela franziu as sobrancelhas. – É os opostos se atraem. – Ela riu.

–Venha cá – disse a puxando para um abraço. – Você não sabe o quanto eu esperei por isso.

–Muito? – Ela me olhou.

–Sim. Todo dia eu pensava em desistir.

–E porque não desistiu?

–Porque sou persistente. E, quase todos os dias alguém me dizia que você nunca... Nunca iria sair comigo, continuaria a me odiar e que nunca iria gostar de mim.

–Quem te disse isso?

Dei um sorriso torto.

–Eu não quero... – Limpei a garganta. – Falar.

–Por quê?

–Acho que você não vai gostar. Enfim, temos que ir. Você não quer ser vista comigo ok?

–Não é isso. É que todos esses meses foram uma loucura, estou cansada – ela disse se levantando.

Dei um beijo no canto da sua boca, peguei o mapa e seguimos a Sala da Grifinória. Ela se despediu indo ao dormitório feminino. Dei mais uma olhada na Sala e subi para o quarto. Sirius não estava no quarto, apenas Rabicho dormia. Aluado provavelmente na Biblioteca, ele gostava de acordar cedo. Mas, Sirius odiava acordar cedo. Com certeza ele passou a noite em claro.

Tomei um banho e desci na esperança de encontrar Lily. Mas, quem eu encontro? Sirius e Marlene se engolindo, isso mesmo, engolindo, no sofá.

–Pára! – Disse chamando a atenção.

Marlene se ajeitou mais vermelha que um tomate, Almofadinhas, por outro lado, sorriu se levantando.

–Pontas, querido amigo e péssimo esposo – começou ele. – Posso saber onde o senhor dormiu essa noite?

–Na minha cama é obvio. Diferente de você – disse olhando para Marlene.

–Como sabe? – Ele perguntou. – O Mapa, não foi?

–Não.

–Eu posso saber do que vocês estão falando – perguntou Marlene se levantando.

–Nada cunhadinha – falei sorrindo a caminho do retrato da Mulher Gorda.

Entrei no Salão Principal encontrando com o pessoal do time. Comemos juntos e seguimos para um treino rápido.

Depois do almoço tivemos o jogo de Quadribol, Grifinória versus Lufa-lufa. Ganhamos de 200 a 140. Se não fosse por mim teríamos perdido, estávamos com apenas 50 pontos e a Lufa-lufa com 130 quando vi o ponto dourado brilhando perto da Sonserina. Enquanto eu e o apanhador da Lufa-lufa seguíamos o Pomo os Sonserinos tentava segurar nossas vestes. Lufa-lufa fez mais um ponto deixando-os com 140, determinado a ganhar, peguei o Pomo e ainda minha vassoura vez questão de passar na cara de Mulciber.

Depois de passar uma semana antes do Natal na Casa dos Gritos por causo do “problema peludo” do Aluado. Faltando apenas dois dias para a Festa Natalina, os monitores da Corvinal, Lily e eu fizemos a decoração e organização. Estava tudo perfeito, fui à cozinha falar com os elfos para preparem algumas comidas à mais e tudo com cara de Natal. Dia vinte chegou sem demora alguma numa sexta-feira. A Festa começaria as sete para dar tempo do Amigo Secreto e diversão com As Esquisitonas, uma banda recém formada na Grã-Bretanha. Quando deu seis e meia eu e restante dos Marotos fomos nos arrumar.

–Aluado você tirou quem? – Sirius perguntou abotoando a camisa.

–McGonnagal – disse rindo.

–Cara, você tirou tia Minnie? – Almofadinhas riu mais.

Remus revirou os olhos.

–Eu tirei aquela gostosa da Corvinal – Sirius disse rindo. – A monitora.

–Peace? – Perguntei.

Ele assentiu.

–Eu queria ter tirado você Almofadinhas – disse pondo a mão no peito.

–Pára de viadagem Pontas – Sirius disse.

–Não sabia que gostava de homem James – falou Remus.

–Eu gosto de mulher, Aluado – me defendi. – Na verdade eu gosto é da Lily.

–Lily é bi? – Perguntou Peter.

Rimos.

–Não, é claro que não – neguei.

–Como você sabe? – Sirius o cachorro perguntou. – Você me disse que não olhava ela como eu olhava.

–É melhor você para de olhar para ela se não eu arranco teus olhos Almofadinhas – desafiei.

–Cuidado com as pontas, veado – Sirius riu.

–É cervo, cachorro pulguento.

Aluado pôs a mão na maçaneta.

–Vocês vão ficar discutindo garotas? – Perguntou ele.

–Ah! Cala a boca, Aluado! – Sirius deu um murro no seu ombro e desceu as escadas seguidos de mim, Remus e Peter.

–Cadê a minha gostosa? – Almofadinhas perguntou para Alice – usava um vestido verde franzido na frente, um sapato branco, um arco prata no cabelo curto e algumas jóias – que estava no sofá com Frank.

–Se arrumando – Alice respondeu. Depois ela me olhou. – A Lily também.

Sentei na poltrona favorita de Lily, a vermelha desbotada. Sirius, idiota, sentou no meio de Frank e Alice, Remus bateu a mão na testa sentando no outro sofá com Peter.

Devo ter esperado no mínimo meia-hora. Eu e Sirius brincávamos com um livro jogado com Wingardium Leviosa. Levantei depois de ouvir alguns passos do dormitório feminino. Ela desceu, quer dizer elas. Lily, Marlene e Dorcas. Mas, eu um bobo apaixonado só consegui enxergar Lily.

–Uau! – Devo ter babado.

Pense. Está pensando? Ela usava um vestido bronze amarronzado, meio curto e em cima tinha rendas. Calçava uma sapatilha preta simples. Seu cabelo solto com uma trança como se fosse um arco no seu cabelo. Seu rosto não tão maquiado e algumas jóias.

–Marlene você esta muito gostosa – disse Sirius, o inconveniente.

Ela corou um pouco dando um tampa no ombro de Sirius. Marlene também estava bonita, não tanto quanto Lily. Marlene usava um vestido azul com penas de pavão em detalhes. Um salto preto, uma maquiagem forte e algumas jóias, entre elas uma pulseira que Sirius havia dando a ela.

Dorcas estava a mais simples. Vestido branco amarelado, com um salto rosinha, um laço atrás do cabelo e algumas jóias.

Lily estalou os dedos.

–Vocês podem acordar? – Perguntou irritada. – James. Já estamos atrasados.

–Para o quê mesmo? – Ela rolou os olhos.

–Somos monitores.

Eu sorri para ela.

–Então vamos. – Estendi a mão para a porta. – Primeiro as damas.

Ela virou os olhos andando até o buraco do retrato.

–Vejo vocês depois – disse ao resto. – Você esta linda – disse a Lily enquanto caminhávamos para o Salão Principal.

–Obrigada – ela disse corando. – Você também.

–Eu sei – disse sorrindo.

Ela me deu um soco no ombro. Segurei sua mão, ela entrelaçou nossas mãos.

–Lírio? – perguntei.

–Sim.

–Estava pensando – comecei. Paramos de andar. – Você quer...

–Aí estão vocês – disse Marlene correndo até nós.

Soltei a mão de Lily.

–Aconteceu alguma coisa? – Lily perguntou.

Ela balançou a mão com dois embrulhos.

–Vocês esqueceram os presentes – ela disse. – James, o Six escondeu, eu que peguei. – Ela entregou-os.

–Obrigada Lene – agradeceu Lily.

Andamos até o Salão Principal.


**Malfeito feito. Nox!**



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Notas finais do capítulo

Desculpa ter demorado, eu não estive em casa estes dias.
LILY NA FESTA NATALINA EM HOGWARTS: http://www.polyvore.com/lily_iii/set?id=49607855&.locale=pt-br
MARLENE NA FESTA NATALINA EM HOGWARTS:
http://www.polyvore.com/marlene/set?id=49608657&.locale=pt-br
DORCAS NA FESTA NATALINA EM HOGWARTS: http://www.polyvore.com/dorcas/set?id=49609143&.locale=pt-br
ALICE NA FESTA NATALINA EM HOGWARTS: http://www.polyvore.com/alice/set?id=49609682&.locale=pt-br