Evolet Potter escrita por Victorie


Capítulo 6
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

VihVicentini aqui *-*

É o seguinte estamos muito putas porque ninguém mais recomendou a fic além da Luara-Antonieta então se alguém quiser seguir o exemplo dela e recomendar a fic vamos ficar felizes.

E estamos com muito pouco reviews, ENTÃO RECOMENDEM SEU BANDO PREGUIÇOSOS.

Se por acaso não comentarem vocês podem acordar pendurados de cabeça para baixo em um ninho de mafagafos.

Sim, isso é uma ameaça '-'

O capitulo da fic esta ENORME, eu ia dividi-lo em dois mais não tinha onde dividir então vai assim mesmo. Mas não se acostumem com capítulos tão compridos.

E já que o capitulo esta grande queremos MILHARES E MILHARES de reviews.



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Depois de muito rodar pelo castelo eu acabei dando de cara com a McGonagall, que quase me deu uma detenção por estar fora do dormitório depois do horário, mas pensou melhor quando eu disse que estava perdida e estava procurando o maldito dormitório fazia quase meia hora e trouxe ate aqui.

O lugar era bonito isso eu não podia negar, não se comparava a Beauxbatons, mas definitivamente tinha seu charme.

A sala era mais comprida do que larga, mas mesmo assim era enorme, tinha uma lareira que pelo tamanho podia esquentar toda a sala e em cima dela um quadro que no momento estava vazio e a sua frente um sofá grande de couro preto com algumas almofadas listradas de verde e prata. No canto leste ficava duas mesas redondas de quatro lugares provavelmente para os alunos estudarem e pelo resto do espaço tinham sofás e poltronas com almofadas organizadas.

Encostado na mesma parede da lareira só que um pouco mais afastado e em baixo de uma das janelas que tinham vista para o rio - as masmorras eram em baixo dele - tinha um piano de calda preto, lindo.

Com certeza eu iria perder noites de sono para poder vir tocar, pensei me aproximando dele.

_Ok, até que esse lugar é bonitinho – disse a mim mesma baixinho quando cheguei ao Salão Comunal da Sonserina.

_Esse lugar não é bonitinho, é incrível – disse uma voz atrás de mim.

Quase pulei com o susto, achei que o salão estivesse vazio quando cheguei.

_Perdeu o juízo garoto? – perguntei com raiva quando vi que era o Malfoy – Quando eu disse no trem pra me matar não tava falando serio.

_Não tenho culpa se você é distraída o bastante para levar sustos como esse.

_O que esta fazendo acordado ate agora? - perguntei com a sobrancelha arqueada - Me esperando para terminar o que não começou Malfoy? – brinquei me referindo ao nosso quase beijo no corredor.

_O que? Não... Lógico que não – respondeu com a voz falha no começo mas continuou asperamente – Eu não devo satisfações do que faço acordado.

_Tudo bem, não esta mais aqui quem perguntou – falei dando risada com as mãos erguidas em sinal de rendição, não iria me irritar com o tom de voz dele – Mas já que está acordado, que tal me dizer onde ficam os dormitórios?

Ele não respondeu, foi ate a parede mais próxima do piano e parou a sua frente, quando ele fez isso uma porta camuflada por ser igual à parede foi se abrindo sozinha.

Mesmo com as paredes sendo de pedras grandes e retangulares a porta não demorou muito para ficar completamente aberta e mostrar um corredor comprido.

_Vai ficar ai de boca aberta ou vai vir comigo? – Malfoy perguntou com uma sobrancelha arqueada.


Não tinha reparado que estava com a boca aberta, fechei na hora.


Ele não me esperou e entrou pela porta, eu o segui sem pensar duas vezes.

Passei pela porta parando no corredor ao lado do Malfoy, quando fiz isso a porta se fechou nos deixando no escuro.

Arfei com isso.

Eu normalmente não sinto medo de nada, desde que isso esteja no claro e não seja um inseto.

_Medo do escuro Potter? – Malfoy perguntou com uma risadinha sarcástica.

_Por favor Malfoy, acha mesmo que alguém como eu tem medo do escuro? – perguntei com deboche tentando disfarçar mas acabei parecendo na defensiva - Hunf! Isso é coisa de criança.

_Ótimo, então não vai ligar se eu não perder tempo acendendo a varinha. Vamos.

Ele começou a andar e eu fui atrás ficando perto o bastante para ter certeza de que ele não iria desaparecer.

Senti alguma coisa passando no meu pé, e dei um grito, era alguma coisa grande.

_Alguma coisa passou no meu pé – gritei fechando os olhos e me agarrando no braço dele.

Não me julgue a gente faz coisas idiotas quando esta com medo.

Malfoy acendeu a ponta da varinha sem me afastar.

_É só o rato da Wayne – disse com um suspiro cansado.

Abri um dos olhos para verificar, no chão ao cantinho da parede tinha um rato, na verdade um porquinho-da-índia, chegava ate a ser fofinho todo gordinho, branco de manchinhas marrons.

_Gente que lindo. Como essa garota pode deixar o bichinho por ai? Garota louca.

_Eu não sei, mas será que você pode me soltar agora sangue-ruim? – ele pediu rispidamente.

Corei igual um pimentão, de vergonha e de raiva, ele não precisava ofender, mas também era um Malfoy, já tinha ouvido falar da família dele, era isso que eles faziam.

Humilhavam qualquer um sem dó.

Ignorei quando ele fez cara de nojo passou a mão no braço como se estivesse se limpando, agora fazia isso mas àquela hora no corredor não se importou nem um pouquinho em colar em mim né.

_O que vai fazer com essa coisa? – ele perguntou com nojo quando eu peguei o porquinho-da-índia no colo.

_Não te interessa, não te devo satisfações – respondi asperamente do mesmo jeito que ele falou comigo quando perguntei o que fazia acordado.

_Ótimo – disse seco e voltou a andar sem apagar a luz da varinha.

No final o corredor se abria em outros dois corredores, um a direita e outro a esquerda.

_Os quartos das garotas são desse lado – disse seco indicando o corredor da direita – você vai achar uma porta com o seu nome nela, suas coisas já estão no quarto. Não se esqueça de acender a luz da varinha não quero ninguém gritando no corredor a essa hora.

_Obrigado – disse no mesmo tom de voz pegando minha varinha no bolso das vestes.

_Só fiz o meu trabalho de monitor – respondeu indiferente apagando a varinha.

_Lumus– murmurei baixinho, quando minha varinha se acendeu ele já tinha ido embora.

Grosso.

Fui passando de porta em porta lendo os nomes.

Emma Olivier.

Alexis Nikolls.

Pansy Parkinson.

Brenda Adams.

Audrey Aberton.

Vivian Madson.

Charlotte Wayne.

E finalmente, Evolet Potter.

Entrei no quarto avaliando a decoração, tinha uma cama encostada na parede em frente à porta com colchas verdes, uma escrivaninha e uma cadeira nos pés da cama e na outra parede uma cômoda com gavetas e um espelho de corpo inteiro do lado de outra porta que era a do banheiro.

Não era um quarto grande, mas pelo menos eu não teria que dividi-lo com ninguém.


Meu malão e a gaiola do Boris estavam no chão ao lado da cama.


Coloquei o porquinho-da-índia no chão, amanhã cedo o entregaria a tal de Wayne.

Soltei o Boris da gaiola que se espreguiçou e foi feliz brincar com o porquinho, diferente da maioria dos gatos Boris era amigável com todo o tipo de animal.

Abri meu malão para pegar um pijama para dormir mas mudei de ideia, apesar de ser mais de meia noite e ter tido um dia cansativo eu não estava a fim de dormir, sabia que não iria conseguir.

Peguei as roupas de dentro do malão e comecei a arrumar na cômoda, depois que terminei organizei os livros e materiais escolares em cima da escrivaninha e por ultimo peguei as poucas fotos que eu tinha dos meus pais e dos meus amigos e as colei na parede em cima da escrivaninha.

A minha preferida eu colei no meio, era que estavam meus pais eu e Harry no nosso aniversario de um ano, tinha ganhado ela da Madame Maxime, mas não faço ideia de onde ela arrumou aquela foto. As outras eu colei ao redor como se fizessem um circulo em volta da foto principal.

Quando terminei já passava da uma e meia então resolvi tomar um banho tentar dormir mesmo duvidando que conseguisse.


(...)



Olhei no espelho e dei uma voltinha. Estava perfeita. Como sempre.


Tinha acordado mais cedo do que o necessário então tive tempo de sobra pra me arrumar, meus cabelos estavam soltos e cacheados nas pontas como na noite anterior, fiz uma maquiagem leve que cobria as olheiras pela noite mal dormida e coloquei aquele uniforme horrendo.

Não que eu seja convencida, só que ate vestindo aquela coisa eu ficava linda.

_Bebê acorda – chacoalhei levemente Boris que estava dormindo em cima das minhas cobertas, ele abriu os olhinhos fofos e começou a se espreguiçar, segurei o rosto dele e o fiz olhar pra mim – A gente precisa conversar ok? Eu vou deixar você andar por ai, só que lembre-se, aqui não é Beauxbatons e eu não sou muito bem vinda por aqui então se alguém tentar pegar você no colo corra, se conseguirem esperneie, arranhe e se precisar morda. Qualquer coisa a mamãe escova os seus dentinhos depois – dei um beijinho na testa dele – Agora vamos, se não eu vou me atrasar.

Peguei minha mochila e fui em direção à porta, ele continuou sentado na cama.

_O que foi? – perguntei a ele, ele deu um miado longo e puxou a coberta com a patinha mostrando o porquinho-da-índia da tal Wayne.

Tinha me esquecido dele.

_Foi mal – me desculpei o pegando no colo – Agora podemos ir Boris?

Ele deu outro miado e pulou da cama parando na porta.

Gente ele não é lindo e esperto?

Tranquei a porta do quarto e fui ate a porta do lado que era da Wayne. Dei três batidas na porta ela se abriu em seguida.

Uma garota loira alta com as vestes da escola abriu a porta, quando ela viu quem era esbugalhou os olhos com supressa.

_O que quer mestiça imunda? – perguntou ela com cara de nojo.

Ate que enfim alguém reparou que eu não sou sangue-ruim e sim mestiça. Alô, meu pai era sangue puro.

_O QUE VOCÊ ESTA FAZENDO COM O POF? – ela começou a gritar quando viu o porquinho em minhas mãos.

Serio que o nome dessa coisinha era Pof? Que coisa ridícula!

_Encontrei ele no corredor ontem à noite – respondi seca – Acho que você deveria cuidar melhor dos seus animais.

_Não me diga o que eu tenho que fazer Potter – ela arrancou o bichinho da minha mão e bateu a porta na minha cara.

Garota mal agradecida, da próxima vez jogo ele no lago!

Quando cheguei ao Salão Principal os professores já estavam distribuindo os horários. Snape entregou o meu sem nem olhar na minha cara, dei uma olhada rápida nos horários, as aulas iam começar em 20 minutos.

Me sentei à mesa da Sonserina sem me incomodar com aquele bando de gente me olhando com nojo. Me servi de suco de abobora e torradas com geleia, comi rapidinho e fui para a aula.

As aulas de hoje seriam de Transfiguração, Poção, Estudo de Runas Antigas, e Defesa Contra as Artes das Trevas, nada muito cansativo.

Terminei de comer e fui para a primeira aula que era com a McGonagall, quando eu cheguei a maioria dos alunos já estavam lá e não tinham mais lugares sozinhos, resolvi sentar ao lado de uma garota da Corvinal, era meio estranha, loira com os cabelos compridos ate a cintura, sujos e mal cortados, ela tinha as sobrancelhas finas e olhos meio esbugalhados, usava um colar de rolhas de cerveja amanteigada.

Apesar de nojenta parecia simpática.

_Você é Evolet Potter – ela disse quando me sentei.

A voz dela era irritante e sonhadora demais.

_Uhum – concordei sem me prolongar.

_Eu sou Luna Lovegood, prazer – se apresentou – Eu conheci seu irmão ontem, ele parece legal, você ainda não falou com ele não é?

Mais um, quando essa gente vai se tocar que eu não quero conhece-lo?

_Não falei e nem vou falar – respondi crispando os lábios - agora você pode, por favor, ficar quieta antes que eu mude de lugar?

_Desculpe – ela disse sem graça se virando para frente.

McGonagall começou a aula falando sobre os N.O.Ms e toda aquela baboseira que os professores sempre falam no primeiro dia de aula, depois ela pediu para lermos o primeiro capitulo do livro e tentar transfigurar uma taça de cristal em um rato.

Fui a primeira a conseguir transformar o ratinho e ganhei dez pontos para a Sonserina.

A aula passou rápida e assim que a sineta tocou eu fui para as masmorras onde os alunos já faziam fila esperando, entre eles estavam Harry e os amiguinhos.

Assim que me viram a tal da Granger falou alguma coisa para ele que confirmou com a cabeça e começou a andar na minha direção. Nessa hora Snape abriu as portas da sala e eu corri para dentro me desviando.

Os alunos da Sonserina se sentaram na frente e os da Grifinória no fundo, eu me sentei na frente como os outros sonserinos em uma mesa sozinha.

_Quietos – Snape mandou fechando a porta da sala e indo ate a sua mesa passou o olho por todos os alunos, seus olhos pararam em mim e eu sustentei seu olhar, ele desviou a visão e continuou a falar – Acho bom lembrar que no final do ano letivo vocês vão prestar o exame para os N.O.Ms e se não conseguirem um “Ótimo” não poderão assistir a minha aula no próximo ano. O que significa que alguns de vocês irão felizmente abandonar a minha aula – ele pousou os olhos sobre Harry e crispou os lábios.

Harry o encarou de volta.

_Hoje quero que vocês preparem uma poção da Paz, prestem atenção no que farão, se mudarem muito a quantidade dos ingredientes a poção pode ficar perigosa. Os ingredientes e instruções estão no quadro – ele balançou a varinha em direção ao quadro e as palavras apareceram nele – Vocês tem uma hora e meia. Comecem.

A poção era um pouco complicada por ter que medir exatamente qual a temperatura do caldeirão, o tempo que teria que ficar no fogo, o tanto exato dos ingredientes, a ordem certa para coloca-los e a quantidade de vezes que teria que ser mexida mas não era uma coisa monstruosa.

_Uma fumaça prateada clara deve sair do caldeirão aproximadamente 10 minutos antes de terminarem – Snape avisou.

Ele começou a passar olhando as poções, a da maioria dos alunos parecia estar capaz de matar quem tomasse. A de um garoto da Grifinória estava parecendo cimento e de outro da Sonserina estava soltando bolhas roxas pra cima.

As únicas poções que pareciam boas eram a minha e da Granger.

Snape passou minha mesa parando para olhar sem fazer nenhum comentário, ele obviamente não sabia apreciar um aluno exemplar, a professora de poções de Beauxbatons sempre ficava maravilhada com as minhas poções.

Ele passou pelas mesas dos alunos da Grifinória e rolou os olhos quando viu a poção que parecia cimento, continuou sem fazer comentários ate parar em frente o Harry.

_O que é isso Potter? – ele perguntou crispando os lábios.

_A poção da paz senhor – respondeu ele.

Todos os alunos pararam o que estavam fazendo para olhar para eles.

_Não, isso que você fez não presta para nada – ele disse asperamente – Deveria ter umas aulas com sua irmã, Potter, como pode ver a poção dela esta em completa perfeição.

Corei igual tomate.

Esquece o que eu disse sobre ele não apreciar um bom aluno.

Ele fez um gesto com a varinha fazendo a poção de o Harry desaparecer, e continuou agora falando para a sala:

_Os alunos que conseguiram realizar a poção conforme as instruções do quadro coloquem uma amostra na minha mesa – e se virando para mim disse – E dez pontos para a Sonserina pela poção da Senhorita Potter.

Isso era ridículo, a poção da Granger estava tão boa quanto a minha e ele nem se deu o trabalho de falar que estava boa, e ele não podia fazer isso com Harry, era meu trabalho de agora em diante humilha-lo não dele.

Uma coisa que eu odeio é injustiça.

_Desculpe senhor – disse quando levei a amostra da poção à mesa dele – Mas a poção da Granger estava tão boa quando a minha, ela também merece os pontos da casa.

_Vai defender os alunos da Grifinória, Potter? – ele crispou os lábios – Como eu disse é igual ao pai, deveria estar grata pelos pontos ganhos, mas já que esta reclamando, menos dez pontos pela audácia de reclamar.

Não acredito, esse cara é louco? Fala serio, ele é ridículo.

Peguei minhas coisas em cima da mesa e fui embora, não sem antes ver um garoto idiota que conseguiu explodir o caldeirão.

Essa aula era completamente injusta.


(...)



Estava saindo do Salão Principal depois do almoço quando vi Harry parado no saguão.


Tentei passar despercebida mas pelo jeito ele estava me esperando pois assim que me viu sair do Salão foi na minha direção.

Tentei desviar, mas não funcionou.

_Espera - ele me segurou pelo pulso - tô tentando falar com você desde ontem.

_Me solta garoto – disse rispidamente – se eu quisesse falar com você já teria falado há cinco anos quando soube que você existia.

Ele ficou branco, acho que não esperava por isso deveria achar que eu nunca tentei falar com ele por falta de oportunidade ou algo do tipo.

_O que eu fiz pra você? – ele perguntou surpreso.


Tentei soltar meu braço mas sem sucesso, com certeza sabia que se ele me soltasse eu iria sair correndo daqui.


_O que você fez? – respondi irônica elevando a voz, nisso vários alunos estavam parados no saguão assistindo – NADA, SÓ FEZ UM BRUXO IDIOTA QUE SE ACHA O FODÃO MATAR NOSSOS PAIS, ME FEZ MORAR EM UM ORFANATO IMUNDO ENQUANTO VOCÊ FICAVA DE BOA MORANDO COM NOSSOS TIOS E COMO SE NÃO BASTASSE AGORA ME FEZ ABANDONAR OS MEUS AMIGOS POR TER SIDO IDIOTA O BASTANTE PARA SER CAPTURADO POR UM COMENSAL DA MORTE FILHO DA MÃE E DEIXA-LO USAR SEU SANGUE PARA TRAZER VOLDEMORT DE VOLTA!– vários bruxos estremeceram e deram gritinhos de medo quando escutaram o nome dele, cambada de idiota.

Falei tudo isso tão rápido que quando terminei estava com o coração disparado e o rosto vermelho de raiva.

Harry soltou meu braço e deu um passo para trás surpreso pela minha explosão.

_Você não fez nada Harry, só acabou com a minha vida.

_VOCÊ... VOCÊ SABE QUE ISSO NÃO É VERDADE, VOLDEMORT QUERIA MATAR A NÓS DOIS NÃO SÓ A MIM, A ÚNICA COISA QUE EU FIZ FOI TER O AZAR DE SER ATACADO PRIMEIRO – ele também começou a ficar vermelho de raiva e a gritar – PODIA MUITO BEM SER VOCÊ A TER UMA CICATRIZ NA TESTA E NÃO EU.

Eu sabia que a morte dos nossos pais não era culpa dele, mas no momento eu não estava raciocinando direito.

_Nosso pai pode ate não ter sido sua culpa, mas se a mamãe não tivesse tentado ficar na sua frente ela ainda estaria viva – falei friamente - eu queria que você nunca tivesse nascido Harry.

Ele não tinha mais o que falar, estava abismado demais para pensar em alguma coisa. Os alunos que estavam em nossa volta começaram a cochichar escandalizados com a nossa briga.

Sai de perto deles quase correndo, entrei no banheiro do segundo andar, sabia que ninguém iria aparecer ali por causa daquela fantasma chorona que morava lá, tinha lido isso em Hogwarts: uma história.

Joguei minha mochila no chão e abri a torneira da pia do banheiro e passei um pouco de água no rosto tentando me acalmar – ainda bem quem minha maquiagem era a prova d’água - só percebi que estava chorando quando minha visão começou a ficar embaçada.

Estava chorando de raiva.

Raiva por estar aqui, raiva por Harry existir e raiva de Voldemort ter voltado.

_Potter? Você esta bem? – escutei a voz do Malfoy me chamando.

_O que te importa Malfoy? – perguntei sem me virar limpando as lagrimas e tentando controlar a voz que estava estranha por causa do choro – Não sabe que aqui é o banheiro feminino?

_Eu só queria te dar os parabéns, soube acabar direitinho com o Santo-Potter. Talvez você ate que se encaixe na Sonserina – ele disse com uma risadinha.

_Sai daqui Malfoy – mandei me virando para encara-lo.

_Quem você pensa que é para me mandar sair de algum lugar? – perguntou com a sobrancelha arqueada.

_Sou uma Potter – disse com orgulho – agora sai daqui antes que eu te estupore.

_Não – ele balançou a cabeça e começou a se aproximar me olhando de cima a baixo com cara de pedreiro tarado.

_O que pensa que esta fazendo? – perguntei dando um passo para trás e batendo as costas na pia.

Doeu!

_Estou terminando o que comecei ontem – ele respondeu colocando uma mão na minha nuca e a outra na minha cintura puxando meu corpo para o dele e sem hesitar pressionou seus lábios nos meus.

Nem tive tempo para protestar.

Não que eu quisesse.

Seus lábios eram quentes e macios. Enquanto nossas línguas se entrelaçavam ele começou a passar as mãos pelo meu corpo deixando um rastro quente por onde suas mãos passavam, eu não fiquei para trás e comecei a explorar aquele abdômen maravilhoso por baixo da blusa.

Passei minhas unhas pelas suas costas arranhando o local fazendo Malfoy soltar um gemido de prazer, ele passou a mão pela minha perna esquerda a erguendo na altura da sua cintura me fazendo sentir sua ereção.


Separei minha boca da dele para poder respirar, ele não se abalou e continuou me beijando só que agora no pescoço.

Ouvi a sineta tocar e o empurrei bruscamente fazendo ele me soltar.

Ele me olhou confuso.

_Temos aula Malfoy – disse pegando minha mochila do chão e andando em direção à porta, porém antes de abri-la me virei – Ah, não se esqueça de acalmar o “Junior” antes de sair – completei dando uma risada e o deixando para trás ofegante.

Cheguei atrasada a aula e quando entrei o professor me tirou dez pontos pelo atraso, e como se não bastasse mandou eu me sentar ao lado da Granger.

Não reclamei porque não tinha outro lugar para sentar mesmo.

Ela me encarou com raiva e eu apenas arqueei a sobrancelha como se perguntasse qual o problema dela, como se não soubesse, ela estava com raiva de mim por causa do amiguinho dela.

_Você viu o que aconteceu no almoço? – escutei uma garota atrás de nós perguntar baixinho para a colega do lado.

_Não, o que aconteceu? – a outra perguntou curiosa, bando de fofoqueira.

_A Potter brigou com o irmão, culpou ele de um monte de coisa inclusive a morte dos pais, foi o maior escândalo metade de Hogwarts viu a briga dos dois.

_Que horror – exclamou a outra abismada – O Potter pode ser um doido por atenção mas acho que ele não precisava disso, ela jogou sujo. Se fosse eu nunca iria falar isso por mais raiva que sentisse.Me virei para as duas que empalideceram. Acharam que eu não estava escutando né? Coitadas.

_Vocês querem ficar quietas ô bando de fofoqueira? Eu to pouco ligando para o que vocês pensam de mim ouviram? Agora calem a boca se não querem que eu azare as duas e as mande para a enfermaria por uma semana – disse asperamente.


As duas de calaram e começaram a anotar o que o professor falava. Me virei para frente e peguei um pedaço de pergaminho da bolsa, uma pena para anotar e um vidrinho de tinta e fiz o mesmo que elas.


E quer saber? Foda-se.

Foda-se o que elas pensam, foda-se o que Harry pensa, foda-se o que Dumbledore e o resto de Hogwarts pensa e foda-se ate Merlin.

Eles que guardem a opinião pra si mesmos.

Cinquenta minutos depois eu fui para a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas. Infelizmente essa aula seria com o meu “maninho querido”.

Argh!

Ódio!

Fui uma das primeiras a entrar na sala e me sentei no fundo, a sala começou a encher e graças a Merlin ninguém se sentou do meu lado.

A professora era uma mulher baixinha e gordinha, de pescoço curto, olhos esbugalhados, cabelo curto e crespo. Estava vestida com um vestido cor-de-rosa e um casaquinho peludo da mesma cor e nos cabelos tinha um lacinho de veludo preto.

Acho que ela tinha muito mau gosto pra roupa porque parecia uma das crianças do orfanato vestida toda de rosa com lacinho no cabelo.

Ela estava sentada em sua mesa na frente da sala e esperou todos se organizarem para começar a aula.

_Boa tarde turma – ela disse com uma vozinha de criança irritante.

Alguns alunos responderam um “boa-tarde” mas ela não se contentou.

_Não, não, quero que vocês respondam assim “Boa tarde Prof.ª Umbridge” – ela explicou como se falasse com crianças de cinco anos – Agora de novo. Boa tarde turma.

_Boa tarde Prof.ª Umbridge – os alunos responderam desanimados.

Nem preciso dizer que não me dei ao trabalho de abrir a boca não é?

_Ótimo, agora guardem as varinhas e peguem suas penas e pergaminho – todo mundo achou estranho mas obedeceram.

Então ela começou a falar que o ensino que os alunos tinham recebido ate agora tinha sido falho e que nenhum currículo dos professores anteriores tinha sido aprovado pelo Ministério da Magia e que agora ela estava aqui para mudar isso e que as aulas seriam estruturadas em torno da teoria. Depois deu uma batidinha no quadro com a varinha e pediu para que copiássemos os “Objetivos do Curso” que estava na lousa.

Assim que todos os alunos terminaram de copiar ela continuou:

_Agora quero que abram seus livros na página cinco e leiam o capitulo um em silencio, por favor – ela pediu colocando as duas mãos cruzadas em cima da mesa olhando os alunos com um sorrisinho idiota no rosto.

Peguei o livro na mochila e comecei a ler, em meia hora já tinha terminado. Quando ergui os olhos do livro percebi que alguns dos alunos estavam distraídos olhando para a Granger que estava com o braço levantado e olhando para a professora que tentava ignora-la o máximo possível.

Outros alunos começaram a olhar para ela também e a professora decidiu parar de ignora-la.

_Quer perguntar alguma coisa querida? – Umbridge perguntou com uma voz meiga e muito falsa.

_Sim professora – respondeu ela – Nos objetivos do curso não diz nada sobre usar feitiços defensivos.

Eu olhei para o quadro que ainda tinha os Objetivos escritos e vi que ela estava certa, no quadro dizia:


"Objetivos do Curso.


1 – Compreender os princípios fundamentais da magia defensiva.

2 – Aprender a reconhecer onde a magia defensiva pode ser legalmente usada.

3 – Inserir o uso da magia defensiva em contexto de uso."


Nada de feitiços!



Como pode uma aula de Defesa Contra as Artes das Trevas não usar feitiços defensivos?


_Ora – respondeu a professora calmamente – Eu não vejo motivo nenhum para que precisem aprender a usarem feitiços defensivos, não vão ser atacados na minha aula vão? – ela perguntou com uma risadinha que parecia barulho de rato.

Outros alunos começaram a levantar as mãos inclusive eu.

_Qual o seu nome querido? – ela perguntou a um garoto sentado a duas mesas da minha.

_Dino Thomas – ele respondeu.

_Então o que quer perguntar?

_Se não vamos aprender feitiços defensivos como vamos nos preparar para o teste do N.O.M?

_Tenho certeza que saberão realizar os feitiços no teste se prestarem atenção na teoria.

Essa professora não sabia o que estava dizendo, uma aula de Defesa Contra as Artes das Trevas que não ensina a fazer contrafeitiços e coisas do tipo não serve para nada. Ainda mais agora que Voldemort voltou.

_Isso é ridículo professora, pra que vai servir a aula se vamos ser atacados na vida real? – Harry perguntou sem levantar a mão.

_Levante a mão quando quiser falar na minha aula Sr. Potter– ela repreendeu – e quem iria querer atacar crianças adoráveis como vocês? – ela perguntou com aquela vozinha irritante.

_Não sei professora – respondi sarcástica no lugar de Harry com a mão erguida – Quem sabe talvez Lord Voldemort – os alunos em volta estremeceram e um quase caiu da cadeira – Afinal agora que ele retornou não vai demorar muito para sair atacando um monte de gente não acha?

_Menos dez pontos para a sua casa Srta. Potter.

Vaca!

_Vocês foram informados – ela começou se levantando da mesa – que um bruxo das trevas retornou do além...

_Ele não estava morto – Harry protestou ficando em pé – só estava fraco e agora retornou.

_Isso é mentira, Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado está e continuara morto Sr.Potter. – ela disse rispidamente.

_Não é mentira – eu disse ficando em pé também.

Harry me olhou supresso e depois se virou para Umbridge.

_Não mesmo, eu o vi, lutei com ele.

_Detenção – ela disse quase gritando – para os dois, amanha as cinco na minha sala. Isso é mentira, o Ministério garante que nenhum bruxo das trevas retornou. E agora se sentem os dois e voltem a ler seus livros.

Ela virou as costas para nós e voltou a se sentar na escrivaninha, porém eu e Harry continuamos em pé.

_Então Cedrico Diggory caiu morto porque quis? – perguntei asperamente, eu não sabia muito da morte dele e nem o conhecia, mas sabia que ele tinha sido morto por Voldemort.

_A morte dele foi um trágico acidente causado pelo torneio tribruxo, senhorita. Agora faça o favor de se...

_Não foi acidente – Harry a interrompeu – Eu estava lá, eu vi o que aconteceu, Cedrico foi assassinado por Voldemort.

_JÁ CHEGA! – Ela berrou – Venham a minha mesa os dois agora.

Eu fui com a maior calma do mundo, já Harry saiu do seu lugar chutando a cadeira que caiu de costas.

Umbridge nada disse, pegou um pedaço de pergaminho cor-de-rosa e começou a escrever inclinada na mesa para que nós não visemos o que era.

Essa mulher era viciada em rosa!

_Levem isso para a Prof.ª McGonagall – mandou depois de quase dois minutos escrevendo.

Harry pegou o bilhete que estava selado e saiu depressa da sala sem me esperar. Fui atrás acompanhando os passos rápidos dele.

_Por que fez isso? – ele perguntou irritado assim que passamos pela porta da sala – Achei que não queria nenhum tipo de contato comigo.

_Eu não quero – respondi secamente – Não pense que eu estava te defendendo, pois não estava.

_Não pensei – ele falou parando a porta da sala da McGonagall – E depois do que você disse àquela hora no saguão quem não quer contado com você sou eu. Só não entendi porque você fez aquilo.

_Não seja burro Harry, eu vim para cá porque Voldemort retornou e não ia deixar essa mulherzinha irritante falar que é mentira, se fosse eu não estaria olhando para a cara de vaca dela.


Bati na porta da sala e McGonagall respondeu um “Entre” lá de dentro, isso impediu Harry de falar mais alguma coisa.


_O que fazem aqui? – ela perguntou sem tirar os olhos do livro que estava lendo quando entramos.

_A Prof.ª Umbridge nós mandou entrega isso – Harry respondeu e entregou o bilhete a ela.

_Sentem-se – ela mandou indicando as duas cadeiras na frente de sua escrivaninha, depois virou os olhos para o bilhete e começou a lê-lo.

Observei a sala dela, tinha uma escrivaninha onde ela estava sentada, três estantes de livros, uma lareira e um tapete vermelho com o emblema da Grifinória. Tudo bem simples.

_Então é verdade? – ela perguntou zangada – Vocês gritaram com a professora, perturbaram a aula e disseram que Você-Sabe-Quem voltou?

_Sim – Harry respondeu meio agressivo.

_A questão é – comecei quando ela abriu a boca para falar a interrompendo – que aquela mulher é completamente ridícula, ela disse que não vai ensinar feitiços defensivos. Uma aula de Defesa Contra as Artes das Trevas tem que nos ensinar a nos defendermos. Ainda mais agora que Voldemort retornou – ela estremeceu - Você tem que fazer alguma coisa, Dumbledore tem que fazer alguma coisa.

_Bem Srta. Potter – ela disse crispando os lábios - Você não estava presente no jantar a hora que ela deu um discurso ontem, mas o Sr. Potter pode muito bem explicar a você – pelo visto ela não sabia da briga no saguão – Dolores Umbridge esta aqui a mando do Ministro da Magia, o ministério esta interferindo em Hogwarts e não há nada que eu ou Dumbledore possamos fazer contra isso.

_Isso... Isso é um absurdo, o ministério pode fazer isso? – perguntei revezando olhares de Harry que ainda estava emburrado para McGonagall.

_Não só pode como já fez – respondeu ela dando um suspiro longo e cansado – E vocês dois precisam entender que não podem ficar falando por ai que Você-Sabe-Quem voltou. Precisam ter cuidado, ela é do Ministério, sabem que ela pode complicar a vida dos dois – ela falou olhando atentamente para nós – Aqui diz que terão detenção todos os dias desta semana as cinco.

_O que? – Harry perguntou horrorizado – Não posso ter detenção todos os dias, tenho teste de quadribol na sexta, a senhora não poderia...

_Sinto muito Potter – ela o cortou já sabendo o que ele pediria – mas como professora ela tem todo o direito de lhes dar detenções e não há nada que eu possa fazer.

Ele bufou de raiva e não disse mais nada.

_Podem ir – ela nós dispensou e avisou – mas lembrem-se, ignorem tudo o que a Umbridge fizer. Pisem mansinho perto dela. Não quero mais receber bilhetes se queixando dos dois.

A sineta tocou assim que saímos da sala dela e sem nos falar fomos cada um para um lado.



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Notas finais do capítulo

Se tiver algum erro avisem.

Aceitamos recomendações xD