Evolet Potter escrita por Victorie


Capítulo 36
Capítulo 35


Notas iniciais do capítulo

DESCULPAAAA!
Sério gente, mil desculpas por ter sumido por tanto tempo mas culpem o meu computador porque era para o capítulo estar pronto e ter sido postado há uns 15 dias mas o meu Word está uma verdadeira bostinha que trava a cada cinco palavras digitadas então foi uma vida para escrever esse capítulo e eu só consegui terminar hoje.
Ah, e prestem atenção nas falas do Dumbledore hein u.u
Eu tinha mais um bando de coisas pra falar mas eu percebi que falo demais aqui então é só kkk'
Beijos.



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Deveriam ser umas cinco horas da tarde quando resolvi tomar vergonha na cara e parar de fugir da conversa com Dumbledore.

Não queria ir lá porque era meio obvio que ele queria falar sobre Sirius e tudo o que tinha acontecido no Ministério da Magia.

Esquisito, não fazia nem 24 horas que tínhamos saído escondidos do castelo achando que Sirius precisava de ajuda e eu tinha a sensação de que aquilo tudo tinha acontecido há meses.

Parei em frente à gárgula que protegia a entrada do escritório de Dumbledore quando lembrei que não sabia a senha.

_Parabéns Evolet, agora fique aqui e espere - resmunguei a mim mesma.

_Evolet Potter? - a gárgula perguntou.

_Sim. - respondi desconfiada, achava que as estatuas só falavam quando falavam com elas.

_Dumbledore está a sua espera - avisou.

A gárgula virou para o lado permitindo que eu entrasse no escritório. Subi as escadas e parei em frente à porta, dei três soquinhos na mesma e esperei.

_Entre. - Dumbledore pediu lá de dentro.

Empurrei a porta e quase dei um pulo para trás quando vi a bagunça na qual o escritório estava.

_O que aconteceu aqui? - perguntei sem discrição.

Várias das coisas de Dumbledore estavam quebradas e jogadas no chão. Frascos com líquidos coloridos agora estavam manchando o tapete e uma mesinha que de manhã quando estive aqui ficava em baixo da janela agora estava jogado no meio do escritório com uma perna quebrada.

_Ah... Olá Evolet - Dumbledore cumprimentou - Estava a sua espera.

Dumbledore estava com um paninho limpando sua escrivaninha. O diretor parecia cansado.

_Bem, respondendo a sua pergunta, - ele falou - Harry aconteceu.

_Harry? Meu irmão? - perguntei espantada.

_Sim - Dumbledore disse - Acho que ele precisava extravasar a sua irá, mas não se preocupe, não tive nenhum dano permanente. - o diretor deu uma risadinha fraca - Na verdade, acho que ele até me ajudou, eu estava mesmo precisando me livrar de umas coisas velhas.

_Ahan - murmurei sem saber o que falar - O senhor quer ajuda? - perguntei sem realmente querer ajudar - Se me devolver a minha varinha eu posso...

_Oh, não, não - Dumbledore respondeu - Se estiver disposta a me ajudar da maneira trouxa eu agradeço, mas do contrario vou recusar sua ajuda. Sabe Evolet, de vez em quando precisamos fazer as coisas na maneira trouxa, é divertido.

Não é não, pensei mas não falei.

_Ali tem uma vassoura se quiser. - Dumbledore apontou para uma vassoura encostada a uma parede.

Fazia anos que eu não usava uma vassoura para varrer.

Sem dizer nada peguei a vassoura e comecei a juntar com cuidado os caquinhos de vidro no chão e as outras coisas desconhecidas que estavam quebradas.

_Sei que deve estar com pressa para pegar a sua varinha e ir logo embora Evolet, - Dumbledore começou a falar após algum tempo em silêncio - portanto eu vou tentar resumir tudo o que tenho para falar.

_Se o que o senhor tem para falar vai me fazer pirar e quebrar tudo igual ao Harry, por favor, avise antes. - pedi parando de varrer.

_Não acho que você terá a mesma reação que Harry, embora vocês sejam parecidos em algumas coisas são completamente diferentes em outras.

Dumbledore parou de limpar o escritório e se sentou na cadeira atrás da escrivaninha.

Voltei a varrer em silêncio.

_Serei direto Evolet - ele começou a falar - como acho que você prefira. Sobre a morte de Sirius quero que saiba que não foi culpa sua nem de Harry e sim minha.

_Eu já sei disso diretor - disse secamente - Se não tivesse feito Sirius ficar trancado por quase um ano naquela casa horrenda ele não teria saído ontem à noite.

_Bom... Acho que tem razão - Dumbledore concordou um pouco surpreso com a minha acusação - Mas não foi só por isso que a culpa foi minha, por favor, Evolet, pare de varrer isso e sente-se. - mandou.

Fiz o que ele mandou mesmo sem querer, era mais fácil varrer o chão por horas do que encarar Dumbledore por todo o tempo que ele falaria.

_Eu escondi coisas de seu irmão - ele contou quando eu me sentei - que poderiam ter evitado que você, Harry e os outros tivessem ido ao Ministério ontem e consequentemente evitado que Sirius precisasse ir até lá salva-los.

_Como o que? - perguntei.

_Como o motivo de Voldemort querer matar vocês dois quando bebês.

Não me abalei quando Dumbledore disse isso, apenas esperei em silêncio que ele continuasse.

_Há quase dezesseis anos, eu ouvi uma profecia...

_A mesma que estava no ministério? - perguntei.

_Sim, a mesma. - confirmou o diretor - Eu estava entrevistando Sibila Trelawney para o cargo de professora de adivinhação que na época estava vago quando a mesma fez a profecia que estava no globo de vidro.

Dumbledore foi até um armário de vidro perto da porta e trouxe de lá uma Penseira e a colocou em cima da mesa, depois levou a ponta da varinha até a têmpora e puxou alguns fiozinhos prateados e flutuantes e os colocou na Penseira.

_Era isso que dizia a profecia.

Alguns segundos após Dumbledore colocar os pensamentos na Penseira uma voz estranha que não parecia a de Trelawney começou a dizer:

Aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas se aproxima... nascido dos que o desafiaram três vezes, nascido ao terminar o sétimo mês... e o Lorde das Trevas o marcará como seu igual, mas ele terá um poder que o Lorde das Trevas desconhece... e um dos dois deverá morrer na mão do outro pois nenhum poderá viver enquanto o outro sobreviver... aquele com o poder de vencer o Lorde das Trevas nascerá quando o sétimo mês terminar...”

Quando a voz se silenciou eu estava em choque.

... um dos dois deverá morrer na mão do outro...”

Isso queria dizer que Harry teria que matar Voldemort, não tinha outra opção.

_Harry terá que matar Voldemort. - afirmei assustada.

_Ou Voldemort terá que mata-lo.

_Não, - neguei - Harry não vai morrer, ele... Não vai.

_É o que esperamos - Dumbledore disse calmamente - O estranho, é que a profecia não fala exatamente que era Harry o escolhido, também tinha, de acordo com as características...

_Tinha a mim. - o cortei.

_Não. - Dumbledore negou e balançou a cabeça – Também tinha Neville Longbottom.

_O que? - perguntei surpresa.

Por um momento achei que tinha escutado errado, se Neville Longbottom era o outro bebê que se encaixava na profecia, então por que raios Voldemort também tinha tentando me matar?

_Eu não entendo... - disse baixinho - Há quatro anos, – lembrei – quando o senhor e a Madame Maxime foram me ver no orfanato, disseram que Voldemort também queria me matar.

_Sim – Dumbledore concordou – também queria te matar, mas se você prestar atenção à profecia deixa claro que aquele com o poder de derrota-lo seria do sexo masculino.

_Mas então... Por quê?

_Eu devo afirmar que também fiquei confuso com isso por um tempo até que percebi que a profecia está aberta a interpretações e acho que, embora Voldemort tenha seus preconceitos, nunca subestimou o sexo feminino portanto também considerou que você pudesse trazer problemas futuros.

Balancei a cabeça sem saber o que falar.

Por um momento Voldemort me pareceu um filho da mãe covarde que teve medo de três inúteis bebês, que mal Neville, Harry e eu faríamos a ele?

Ainda mais eu que nem era citada na profecia.

_O que o marcou Harry como igual é a cicatriz? - perguntei depois de um tempo em silêncio ligando algumas coisas perdidas na minha mente.

_Exatamente - respondeu o diretor - A cicatriz é um elo de ligação entre Harry e Voldemort que concedeu alguns poderes a Harry os igualando magicamente e permitindo que Harry tivesse acesso à mente de dele.

“Voldemort só soube da primeira parte da profecia, não soube que poderia marca-lo e iguala-lo a si. Por isso tentou matar Harry ainda bebê.”

_E o que isso tem a ver com a morte de Sirius? - perguntei.

_Bem, é provável que se Harry soubesse disso teria percebido que Voldemort estava usando essa ligação para montar uma armadilha e não teria achado que precisava ajudar Sirius.

_Na verdade isso não muda tanto, - contei - se eu ou Harry tivéssemos sido inteligentes teríamos lembrado do espelho que Sirius nos deu no Natal. O senhor não é o único culpado diretor.

_De que espelho está falando Evolet? - Dumbledore perguntou.

_Um espelho, - expliquei sentindo a culpa me consumir e meus olhos começarem a se encher de água - dava pra falar com Sirius por ele... Ele disse que quando precisássemos dele era pra usar o espelho...

Tentei me controlar e evitar chorar na frente do diretor mas não consegui, quando vi as lágrimas já estavam caindo em baldes.

_Nós não lembramos dele.

Dumbledore ficou um tempo em silêncio. Eu nunca tinha achado o tapete daquela sala tão lindo quanto agora, eu realmente odiava chorar na frente de outras pessoas.

Para mim não tinha demonstração de fraqueza maior do que aquela.

_Realmente poderia ter evitado... - Dumbledore concordou - Mas mesmo assim não quer dizer que a culpa é de vocês, Sirius era adulto e sabia o que estava fazendo quando saiu do Largo Grimmauld.

Não concordei nem discordei, apenas fiquei em silêncio e limpei as minhas lágrimas.

_Era só isso que eu tinha para lhe dizer Evolet, se quiser ir, aqui está a sua varinha. - Dumbledore tirou minha varinha de dentro de uma das gavetas da escrivaninha e a colocou em cima da mesa.

Em silêncio a peguei, mas, ao invés de levantar e ir embora continuei sentada.

_Posso perguntar uma coisa diretor? - perguntei educadamente. Esperei Dumbledore confirmar para depois continuar. - Por que nós separou? Eu e Harry, por que ele foi para a casa dos Dursley’s e eu para um orfanato?

_Uma ótima pergunta Evolet. - Dumbledore elogiou - Quando eu e Madame Maxime fomos ao orfanato eu disse que era por segurança que tinha lhes separado, e não menti.

“Após a destruição de Voldemort seus seguidores estavam irritados e perdidos, poderiam querer se vingar daquele que destruiu seu Lord e já que Harry, além de ter vencido Voldemort, também ter sido marcado como igual acreditei que ele precisasse de mais proteção do que você."

"Realizei um feitiço que não vou entrar em detalhes agora, mas que só poderia ser lançado em Harry e não em você."

"Você também ficaria protegida, Evolet, se ficasse perto de seu irmão, no entanto, era de suma importância que sua tia aceitasse cuidar de Harry e não achei que ela e seu tio aceitariam a carga de criar mais de um bebê que não era seus por isso tive que separa-los."

"Naquele momento, o local mais seguro para você era no mundo trouxa então te deixei naquele orfanato."

_Devia ter feito uma pesquisa antes disso, aquele lugar é um lixo. - falei.

_Bem... - Dumbledore falou como se estivesse decepcionado – Acho que não se deve confiar em orfanatos que você conheceu há mais de 40 anos.

Sabia que aquele orfanato era muito velho então não me dei ao trabalho de perguntar como Dumbledore o tinha conhecido, provavelmente eu não era a única bruxa que ele tinha ido tirar daquele muquifo.

_Espero que não me culpe pelos maus-tratos que sofreu naquele lugar – Dumbledore pediu – e, já que estamos falando disso, tomei a liberdade de pedir para que o Sr. e a Sr.ª Dursley pegassem a sua guarda para que não tivesse mais que voltar para o orfanato nas férias e eles aceitaram.

_Ótimo, sai de um muquifo para cair em outro. - disse sarcástica.

Dumbledore deu uma risadinha discreta mas não fez comentários.

Agradeci a Dumbledore pelo que tinha feito – mais por educação do que por estar feliz de ir para a casa dos Dursley's, segundo Harry não tinha muita diferença de um lugar e do outro – me despedi e sai de sua sala.

Enquanto estava indo para o Salão Principal percebi que embora ainda achasse Dumbledore um velhote chato eu tinha que concordar que ele era um velho legal.

Meio contraditório esse meu pensamento mas era o que eu achava, Dumbledore poderia não ser uma das minhas pessoas preferias como, eu tinha certeza, era uma das de Harry mas pouco a pouco ele estava subindo no meu conceito.


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Notas finais do capítulo

Me avisem se tiver algum erro, por favor.