Evolet Potter escrita por Victorie


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Ooi fofos *-*Gente desculpa mas nós estamos com 11 leitores e 6 reviwes, a gente quer ser chatas mas sera que dava pra vocês comentarem? Fala serio, não é pedi muito né?Espero que gostem do capitulo novo e qualquer erro me avisem, beijos.



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QUATRO ANOS DEPOIS


Eu estava deitada em uma das camas no quarto da Laurie - estava passando as férias na casa dela – já estava acordada a uns 20 minutos mas a preguiça não me deixava levantar, comecei a escutar duas pessoas falando no corredor, ouvi a porta do quarto ser aberta e alguém tropeçar.

— Cuidado Christian, assim vai estragar a surpresa – Laurie disse baixinho.

— Não tenho culpa se o seu quarto é uma bagunça e você deixa as coisas jogadas no chão – Christian respondeu com raiva.

— Como se o seu fosse muito limpo, não é Fournier?

— Meu quarto brilha de tão limpo, Bernard – Christian falou com orgulho.

— Porque a sua mãe limpa, se não fosse por ela...

Enquanto eles discutiam eu tinha me sentado na cama sem eles perceberem, resolvi interferir, quando eles começavam se chamar pelos sobrenomes queria dizer que a briga ia ficar séria.

— Será que vocês dois não conseguem calar a boca nem quando querem me fazer uma surpresa? – Perguntei com uma das sobrancelhas arqueadas.

— Evolet? – falaram ao mesmo tempo surpresos.

— Não, Merlin – respondi com deboche.

Eles ficaram em silêncio por um tempo depois olharam um para a cara do outro e falaram com um sorriso de orelha a orelha.

— FELIZ ANIVERSÁRIO.

— Obrigada – respondi dando risada da cara deles.

— Fizemos isso para você – Laurie disse me estendendo uma bandeja que continha um copo de suco e um prato com dois ovos e bacon em forma de um rostinho, os ovos faziam os olhos e o bacon a boca.

— Vocês fizeram? – Perguntei desconfiada, até onde eu sei nenhum dos dois sabe cozinhar.

— Não, foi a minha mãe – Christian respondeu rindo – Nós tentamos fazer panqueca, mas não deu certo, isso é pra você – ele me estendeu dois embrulhos – o rosa é da Laurie e o vermelho meu.

— Abre o meu primeiro, é aquele vestido que a gente viu naquela loja semana passada e você amou e eu não deixei você comprar – Laurie contou dando pulinhos.

— Realmente você é péssima em surpresas Laurie – Christian disse balançando a cabeça negativamente.

Eu rasguei o embrulho sem paciência para abrir com delicadeza, peguei o vestido e fui ao espelho de corpo inteiro que tinha no quarto colocando o vestido na minha frente, ele era verde de alça e em uma delas tinha um lacinho, justo até a cintura e depois fazia um tipo de balãozinho, era curto e ai até a metade das coxas. Não fazia ideia onde ia usar esse vestido.

— Obrigada Laurie.

— Não é nada – disse ela convencida – Agora abre o do Christian, é um sapato combinando com o vestido, eu que escolhi, se dependesse dele você ganharia uma caixa de sapos de chocolate como todo o ano.

— Laurie, quer calar a boca? Não era pra você falar – Christian disse olhando para ela incrédulo com a capacidade que ela tinha para guardar segredos.

— Por quê? É obvio que não foi você que escolheu – ela disse rolando os olhos.

— Não importa quem escolheu, eu amei o presente Chris – disse com sinceridade – e Laurie esse vestido é perfeito.

— Ainda bem porque ele foi caro pra caramba – Laurie falou baixinho olhando para o chão e só percebeu o que disse depois que eu e o Christian começamos a dar risada.

— Parem de rir as minhas custas, anda Evolet vai colocar uma roupa descente – ela disse se referindo ao meu pijama curtíssimo e saiu arrastando o Christian – Vamos estar lá na sala.

Fui para o banheiro fazer a minha higiene pessoal e trocar de roupa, coloquei um shorts não muito curto um pouco rasgado na frente, uma camiseta preta de uma banda trouxa famosa e o meu All Star preto, fiz um rabo de cavalo alto e desci.

Parei aos pés da escada atrás de Christian que olhava de boca aberta para a porta onde Laurie conversava com alguém animadamente.

— Quem esta ai? – Perguntei curiosa, não dava para ver do outro lado da porta pois esta estava entre aberta.

— É ele... – Christian sussurrou.

— Ele quem garoto?

— Alvo Dumbledore – O homem atrás da porta disse entrando e respondendo a minha pergunta.

Eu gelei e um pressentimento ruim passou por mim, a última vez que eu tinha visto Dumbledore fora há quatro anos no orfanato, depois disso eu só ouvi falar dele raras vezes.

— Como vai Senhorita Potter? – Dumbledore perguntou quebrando o silêncio constrangedor que tinha se instalado na sala.

— Bem... Aconteceu alguma coisa para o senhor vir até aqui?

— Sem delongas... – ele deu um suspiro - Será que poderíamos conversar em um local mais reservado?

— Claro, – Laurie respondeu por mim – podem conversar no escritório do meu pai, se precisar da gente estaremos aqui na sala.

Fui ao escritório com Dumbledore atrás de mim, ele entrou e eu fechei a porta.

— Sente-se – disse apontando uma das cadeiras que ficava em frente à escrivaninha e me sentando na que ficava do lado.

— Primeiramente, lhe desejo um feliz aniversário.

— Obrigada.

— E como estão sendo suas férias?

— Boas, desculpe, mas acho que o senhor não veio aqui para jogar conversa fora, estou certa? – perguntei ansiosa.

— Certíssima, e acho que você já sabe o por quê de eu estar aqui não é?

— Desculpe, mas não.

— Você não tem lido o Profeta Diário? – ele perguntou confuso.

— Não, os pais dos meus amigos não assinam o jornal e eu também não faço questão de lê-lo quando estou na escola – expliquei.

— Entendo, então parece que eu vou ter que te contar tudo o que aconteceu nos últimos meses – Dumbledore deu um suspiro cansado e continuou – Você obviamente soube que no último ano foi realizado o torneio tribruxo.

— Lógico que sei, todos os alunos maiores de idade passaram o ano em Hogwarts – disse sem paciência com essa enrolação toda.

— O seu irmão foi um dos campeões tribruxo, e o vencedor do torneio. Entretanto, ele só foi o vencedor porque um dos participantes morreu na última prova, se não fosse pela morte do senhor Diggory o torneio tinha dado empate com os dois campeões de Hogwarts como vencedores.

— Desculpe, mas aonde o senhor quer chegar? Eu já sei dessa história toda.

— Eu quero chegar a onde você não sabe senhorita, na última prova quando Cedrico e Harry encostaram ao mesmo tempo no cálice de fogo eles foram transportados para um cemitério onde Cedrico foi morto e um Comensal da Morte usou o sangue do Harry para trazer Voldemort de volta a vida.

— O que? Isso é impossível – disse indignada - Voldemort morreu quando tentou matar o Harry ele não pode ter voltado a viver.

— Na verdade eu nunca achei que ele estava morto de verdade, ele apenas estava fraco demais para continuar – Dumbledore disse com paciência.

— E o que vão fazer agora? Estão atrás dele não é? O ministério não pode deixar alguém como ele solto por ai.

— É exatamente por isso que estou aqui. O ministério não acredita que Voldemort voltou. Ninguém além de Harry testemunhou isso e a palavra de um garoto de catorze anos não vale muita coisa para o ministério.

— Quinze – corrigi.

— Claro, quinze – ele deu um sorriso fraco – O que importa é que o profeta diário passou o verão inteiro falando que Harry é um mentiroso e...

— Você acredita nele? – cortei.

— Sim, e estou aqui exatamente por isso, Beauxbatons não é mais segura para você criança – ele me olhou nos olhos e como se avaliasse a minha reação continuou – Estou aqui para te dizer que você vai ter que ir para Hogwarts quando as aulas voltarem.

— Não – disse calmamente – Não vou para Hogwarts e o senhor não pode me obrigar a isso.

— Eu sinto muito, sei que vai ser difícil para você deixar os seus amigos e a sua escola, mas é assim que tem que ser. Voldemort não fez nada ainda, está aproveitando que poucos acreditam em Harry para poder ficar escondido, então nos decidimos que por mais seguro que Beauxbatons seja o melhor para você é ficar em Hogwarts.

— Vocês quem? – não deixei isso passar despercebido.

— Eu e seu padrinho Sirius Black.

— O que? Você e o assassino do Black estão decidindo a minha vida? - comecei a gritar, completamente alterada de raiva - E pior, você sabe onde ele está e não o entregou para o Ministério? Ele entregou os meus pais para Voldemort e você está protegendo ele? 

Isso era um absurdo, todo mundo de quem eu escutava falando de Dumbledore dizia que ele era um bruxo muito inteligente e integro, mas ele não era nada do que falavam, diziam que ele era justo, mas ele estava ajudando um assassino.

— Acalme-se – Dumbledore pediu tranquilamente mesmo comigo gritando - Você não sabe de toda a história, Sirius não é um assassino, quem entregou seus pais para Voldemort foi Pedro Pettigrew, o homem que achavam que tinha sido morto por Sirius, mas isso é uma história que poderá ser esclarecida depois.

Eu assenti com a cabeça, estava confusa, era coisa demais para assimilar em tão pouco tempo.

— Eu sou obrigada a ir para Hogwarts?

— Não estamos te obrigando a nada senhorita, o problema é que mesmo você e Harry não tendo nenhuma relação Voldemort pode querer te usar para chegar a ele, e consequentemente usar seus amigos para tal ato.

Ótimo, ele disse o que era preciso para me convencer, meus amigos eram a única espécie de família que eu tinha – não considerava Harry como família – e eu faria qualquer coisa para protegê-los.

— Está bem... Eu vou para Hogwarts - disse baixo mas ele ouviu.

— Eu sinto muito por isso, Evolet – Dumbledore disse com sinceridade.

— Não importa, o senhor tem mais alguma coisa para contar que vá acabar com a minha vida ou já vai embora? – perguntei secamente.

— Ah... Não... Acho que já vou embora – ele pareceu surpreso com a minha súbita mudança de atitude.

— Ótimo, o senhor já sabe onde é a saída.

Levantei indo abrir a porta do escritório, quando fiz isso Laurie e Christian que estavam pendurados na porta se desequilibraram e quase foram ao chão, mas se seguraram na parede.

— Opa, acho que fomos descobertos – Christian deu uma risadinha sem graça.

— Desculpe – Laurie corou e olhou para o chão.

— Não é nada que eu mesmo não tenha feito no meu tempo de garoto, crianças – Dumbledore falou rindo – Agora com a sua licença, eu já vou indo.

— Eu acompanho o senhor até a porta – Laurie se ofereceu já indo para a porta com Dumbledore atrás.

Eu e Christian fomos para sala, Laurie voltou e ficamos sentados no sofá um ao lado do outro olhando para a televisão desligada, apesar de bruxos a família da Laurie gostava muito de tecnologia.

— Vocês escutaram a conversa inteira? – perguntei quebrando o silêncio.

— Sim – Christian respondeu – Então é isso? Vamos ficar os três juntos só até o fim do verão?

— Parece que sim – disse com um nó na garganta – só até o fim do verão.

(...)

O resto do verão passou correndo e por mais que nós três tenhamos tentado aproveitar não foi a mesma coisa que seria se eu fosse voltar junto com eles para Beauxbatons.

Os pais de Laurie nos trouxeram até a estação de King's Cross e agora estavam um pouco longe da gente conversando animadamente com alguns conhecidos, diferente de nós que esperávamos em silêncio.

— Evolet, aquele ali não é o Harry? – Christian perguntou apontando para um garoto magrelo de óculos que estava um pouco longe de nós junto com algumas pessoas e um cachorro sarnento.

Eu já tinha reparado nele antes, com certeza era o Harry, mas eu não estava nem ai para ele, nunca fiz questão de conhecê-lo e não era agora que eu iria falar com ele.

— É - respondi seca.

— Você não acha que devia ir falar com ele?

— Claro – disse sarcástica – Eu estou morrendo de vontade de ir lá e dizer como estou super feliz por ele ter acabado com a minha vida.

Depois disso nenhum deles voltou a se pronunciar sobre isso, eu sabia que tinha sido grossa mas não estava ligando, estava com raiva por ter que sair de Beauxbatons, eu tinha uma vida lá e agora por culpa desse garoto eu sou obrigada a abrir mão de tudo.

O trem deu o sinal que iria partir logo, eu dei um suspiro longo, tinha chegado a hora.

— Então é isso, prometem que vão me escrever e me manter informada sobre tudo?

— Lógico – Christian respondeu me dando um abraço.

— Vou sentir sua falta amiga – Laurie também me deu um abraço já começando a chorar.

— Por favor, não se matem enquanto eu estiver fora sim?

— Vamos tentar – disseram os dois ao mesmo tempo e depois deram risada.

Peguei o meu malão e o Boris que dormia em sua gaiola, a partir de agora ele seria o meu único amigo.


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Notas finais do capítulo

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