PDV Evolet Potter

—Então jura que vai passar um tempo em casa nas próximas férias? - Laurie pediu com a voz embargada.

—Juro. - disse e a abracei - Se não ocorrer nenhum imprevisto outra vez - completei amargurada.

Laurie balançou a cabeça e me largou para que eu pudesse me despedir do Chris.

Igual fiz com a Laurie eu fui ate ele e o abracei.

—Diga a ela. - sussurrei sem mais explicações em seu ouvido e o soltei.

PDV Christian Fournier

—Diga a ela. - Evolet me aconselhou baixinho no meu ouvido quando a abracei.

Eu sabia do que ela estava falando, mas resolvi não responder para não correr o risco da Laurie ouvir.

Evolet foi embora e vi os olhos da Laurie se encherem de água.

—Para com isso - mandei - a gente vai ver ela de novo.

—Só nas próximas férias, se não houver nenhum imprevisto como ela mesma disse - Laurie reclamou com a voz embargada.

—Pelo menos você tem a mim, lembra? - dei um soquinho de leve no braço dela - Ainda tem alguém pra você encher o saco - brinquei.

Isso pareceu anima-la.

—Agora limpa essas lágrimas - passei o polegar na bochecha dela onde uma lágrima tinha escorrido mais cedo - e vamos embora logo porque eu não aguento mais carregar sacolas.

O rosto da Laurie enrubesceu e ela olhou para baixo, de relance consegui ver um sorriso no seu rosto.

Sempre esteve na cara que a Laurie era apaixonada por mim, desde que tivemos nossa primeira briga quando eu tinha dez anos e ela oito. Nossas mães que eram amigas nos levaram a uma sorveteria trouxa e eu joguei meu sorvete no cabelo dela porque ela estava reclamando que queria sorvete de morango e não de chocolate como a mãe dela tinha comprado.

—ANDA LOGO FOURNIER - Laurie gritou do seu jeito escandaloso de sempre.

Tinha me distraído e não reparei que ela já estava do outro lado da rua só me esperando, balancei a cabeça tentando afastar os pensamentos sobre ela.

Corri ate o seu lado e depois fomos em silêncio ate a estação de metro, durante a viagem Laurie tentou puxar conversa só que eu estava perdido demais em meus devaneios para prestar atenção no que ela estava falando.

Percebi que ela ficou irritada por eu não conversar com ela e cruzou os braços e fez biquinho igual uma criança.

Na verdade a Laurie parecia uma criança na maior parte do tempo, sempre birrenta, teimosa, manhosa, gulosa e preguiçosa, mais principalmente escandalosa.

Sempre a minha Laurie.

O que é isso Christian, desde quando ela é sua Laurie? Perguntei a mim mesmo.

Mas eu sabia a resposta, ela sempre foi.

Sempre achei que gostava da Laurie como uma irmã, que sempre implicava com ela por causa disso, mas não, implicava com ela para que ela prestasse atenção em mim. Eu era apaixonado pela Laurie desde criança. Assim como ela era por mim. Foi esse sentimento que eu sempre disse que era amor de irmão que me fez bater no primeiro namorado da Laurie quando ela estava no terceiro ano, acho que ela estava tentando me superar e resolveu aceitar o pedido de namoro e um tal Joseph alguma coisa, não faço questão de lembrar o nome do individuo.

Lembro que eu bati nele e como era mais velho e monitor o ameacei a cumprir detenções limpando o Corujal pelo resto do ano letivo se ele não deixasse a Laurie em paz.

Felizmente a Laurie nunca soube disso.

Nós nunca fomos exatamente melhores amigos, ficávamos sempre juntos porque ambos éramos melhores amigos da Evolet e agora que ela tinha ido para Hogwarts acabamos nos aproximando mais, viramos amigos, mas eu só percebi que gostava dela mesmo foi quando ela jogou aquele balde de tinta na Evan, minha ex.

Lógico que não descobri que gostava da Laurie porque ela fez a Evan terminar comigo, mas descobri que gostava dela quando fui obrigado a pedir desculpas a Laurie por ficar bravo e não ter falado com ela por uma semana.

Aquela semana...

Acho que foi a mais difícil desse ano, percebi que não conseguia ficar longe da Laurie por muito tempo, que não conseguir ficar sem falar com ela. Sentia falta de ouvir seus berros escandalosos dos quais eu sempre reclamei e de ver o biquinho que ela fazia quando ficava brava ou era contrariada.

Olhei para Laurie sentada no banco ao meu lado, ela estava concentrada lendo as propagandas coladas no teto do trem.

Evolet e minha mãe tem razão, pensei lembrando o que elas tinham dito hoje de manhã.

Se eu não resolvesse contar a Laurie que estava apaixonado por ela logo iria acabar perdendo-a para outro.

E eu não estava disposto a isso.

(...)

Depois de decidir que seguiria o conselho da Evolet fui falar com a minha mãe e contei a minha ideia, ela concordou em liberar a casa e disse que qualquer coisa era pra eu mandar uma mensagem em um patrono que ela viria correndo.

—Chris eu estou indo - minha mãe avisou parada próxima a porta de entrada - por favor, tenha juízo e não coloque fogo na minha cozinha. - ela suplicou.

—Relaxa mãe, - a tranquilizei - já disse que da cozinha eu só vou usar o forno.

—E acha que isso não é o bastante? Com os seus dotes culinários qualquer coisa que você faça me preocupa. - ela disse dramática.

—Valeu pela confiança hein Dona Morgan - disse sarcástico.

—Ainda não sei por que você não me deixou preparar o jantar pra vocês - ela reclamou - Seria muito mais fácil. E seguro.

—Porque eu quero fazer tudo sozinho - respondi - Agora vai logo se não o seu amigo do trabalho - fiz aspas no ar com as mãos - vai cansar de te esperar.

Minha mãe corou bem levemente e deu um sorrisinho.

Ela iria jantar com um cara que eu tinha certeza que ela estava namorando, mas acho que por medo que eu achasse que ela estava traindo o meu pai ou coisa do tipo ela não assumia o namoro. O que era ridículo porque meu pai morreu quando eu tinha três anos e eu já achava que tinha passado da hora já de ela casar outra vez.

—Juízo Christian. - ela recomendou mais uma vez e saiu.

Olhei para a sala, eu tinha terminado de arruma-la e tinha ficado melhor do que eu esperava.

Eu tinha arrastado o sofá e a mesinha de centro para um canto embaixo da janela, que estava fechada para o caso da Laurie passar aqui em frente e ver alguma coisa. No lugar eu coloquei uma mesa pequena e redonda de dois lugares com uma toalha vermelha, pratos, taças, talheres e essas coisas. Tinha pensado em colocar uma vela no centro da mesa mas percebi que atrapalharia a visão então peguei duas velas redondas e vermelhas daquelas de enfeite que minha mãe tinha e coloquei-as em cima da lareira que estava próxima a mesa e as acendi.

Vi que ficaria muito escuro apenas com as duas velas acesas então resolvi acender a lareira, ela também serviria para nos aquecer.

Fui ate a cozinha e coloquei a pizza congelada que eu tinha comprado em um mercado trouxa mais cedo no forno baixo para não correr o risco de queimar e eu ser obrigado a servir cereal, eu era péssimo cozinheiro então estava fora de cogitação preparar alguma coisa sozinho.

Subi pera tomar um banho rápido e coloquei uma calça jeans, meu All Star e uma blusa de linho azul com gola V que deixava meus músculos marcados e que eu sabia que a Laurie adorava porque foi ela quem me deu de presente no Natal passado.

Penteei meus cabelos molhados e depois passei a mão para bagunça-los outra vez. Gostava dele assim, nada de ser arrumadinho demais.

Bati a mão no bolso para ver se não estava esquecendo o mais importante, não estava.

Desci para ver se a pizza estava pronta, o queijo estava quase derretido então resolvi deixar por mais uns minutos.

Fui ate a sala e acendi as velas, a lareira já estava acessa.

Voltei para a cozinha e desliguei o forno, iria deixar a pizza nele para que não esfriasse.

Estava na hora, fui ate a casa da Laurie e bati na porta.

A Sr.ª Bernard quem veio atender.

—Ela estava lá em cima, - Sr.ª Bernard disse e apontou para a escada atrás dela, depois cochichou - tentei fazer com que ela colocasse uma roupa melhor, mas não consegui arrumar uma desculpa que não fizesse a desconfiar de nada.

—Não tem problema - disse sincero e entrei para busca-la.

Laurie não sabia de nada, mas assim como a minha mãe a Sr.ª Bernard tinha virado a minha cúmplice e consentido em deixar a Laurie passar a noite na minha casa, ela iria dar uma desculpa qualquer que eu não fiz questão de saber para o Sr. Bernard e então não teríamos problemas.

Não pense que eu planejei tudo isso para “comer” a Laurie, nada disso, se rolasse alguma coisa, ótimo, se não, eu não tinha pressa. Só queria fazer alguma coisa romântica pra ela, não tinha preparado nada pensando no sentido malicioso da coisa.

Fui ate o quarto da Laurie e bati na porta.

—ENTRA - ela berrou lá de dentro.

Como eu disse antes, sempre escandalosa.

Abri a porta e entrei, Laurie estava deitada no chão ao lado de sua cama com as pernas viradas de lado e penduradas em cima da cama, na sua barriga tinha uma panela de brigadeiro e na boca uma colher do mesmo. Ela tinha arrastado a televisão do quarto dos seus pais para cá e estava assistindo Friends.

—Hey - disse pra chamar a atenção dela.

Laurie virou a cabeça para me olhar e tirou a colher de brigadeiro da boca.

—O que ta fazendo aqui? - ela perguntou confusa e olhou no relógio da cabeceira da cama - São quase dez horas Chris.

—Eu sei. Minha mãe saiu então vim te convidar pra jantar comigo e não vou aceitar não como resposta. - estendi a mão para ajuda-la a levantar, ela aceitou a ajuda sem pensar.

—Não vou jantar com você, acabei de me entupir de brigadeiro - ela disse quando levantou e mostrou a panela pela metade.

—Laurie você come mais do que um trasgo, tenho certeza que ainda cabe mais alguma coisa ai dentro. - a puxei pela mão que ela não tinha soltado para a porta.

—Eu não como igual a um trasgo. - ela parou de andar e puxou a mão da minha me fazendo parar também - E eu to de pijama, não vou sair daqui.

Reparei no que ela estava vestindo, era um short de pijama xadrez azul, pantufas rosa de coelhinho e a minha blusa de moletom cinza que ficava bem larga nela e que ontem mesmo que estava procurando e achei que tinha esquecido em Beauxbatons. Seus cabelos louros estavam presos em uma trança de lado e estava bem bagunçada.

—Bom saber que agora você rouba as minhas roupas pra usar de pijama. - disse - Você ficou linda com ela - completei sincero e sorri pra ela.

Laurie corou.

—Vamos - pedi e agarrei sua mão outra vez.

Dessa vez Laurie não discutiu, quando passamos pela sua mãe tirei a panela que a Laurie ainda carregava e entreguei.

—Divirtam-se - desejou a Sr.ª Bernard.

—Minha mãe deixou você me tirar de casa a essa hora e de pijama? - Laurie perguntou incrédula.

—Ela confia em mim - dei de ombros.

Atravessamos a rua e fomos para a minha casa. Quando coloquei a mão na maçaneta da porta não tive coragem de abri-la.

—Laurie só... Não faça perguntas ok? - pedi.

—Como assim não...

—Só jante comigo, - a cortei - e depois pode ir embora se quiser, mas não faça perguntas ate terminarmos de comer ok?

Laurie franziu o cenho confusa mas concordou com a cabeça.

—Você está estranho Fournier - ela comentou.

Não respondi, abri a porta e Laurie entrou na minha frente.

—Mas o que... - ela começou a perguntar.

—Nada de perguntas, lembra? - disse e fechei a porta.

Fui ate a mesa e puxei uma das cadeiras para Laurie se sentar, ela arqueou uma sobrancelha em uma pergunta silenciosa. Rolei os olhos e indiquei a cadeira com a cabeça, Laurie balançou a cabeça como se quisesse dizer outra vez que eu estava estranho e veio se sentar, empurrei a cadeira com delicadeza um pouco para frente.

Fui ate a outra cadeira e me sentei, peguei os talheres na mão e os apertei com força, estava nervoso, na minha imaginação tinha sido tudo mais fácil.

Laurie apoiou os braços dobrados em cima da mesa e se inclinou um pouco para a frente.

—Chris? - Laurie chamou divertida.

—Sim? - respondi.

—O jantar. - ela lembrou.

—Ah... Sim... Foi mal, esqueci.

—Percebi. - ela disse e riu.

Levantei fui ate a cozinha pegar a pizza, abri o forno e vi que ela ainda estava quente, peguei um pano para não queimar a mão e a tirei do forno. Comecei a cortar os pedaços para ficar mais fácil de colocar no prato depois e sem querer esbarrei o dedo na assadeira e me queimei.

—Merda - xinguei em voz alta.

—Esta tudo bem? - Laurie perguntou da sala.

—Ahan - respondi.

Fui ate a pia e coloquei o dedo embaixo d’água para melhorar a ardência.

—Quer ajuda? - Laurie perguntou, escutei ela arrastar a cadeira para levantar.

—Não - respondi rápido - Fique ai, esta tudo bem, fique ai.

Laurie não respondeu. Fiquei mais uns dois minutos com o dedo embaixo d’água ate melhorar um pouco, depois sequei a mão e, com mais cuidado que antes, voltei a cortar a pizza. Quando terminei levei a assadeira para a sala.

—Pronto. - disse colocando a assadeira na mesa com cuidado pra não me queimar outra vez - Pizza de estrogonofe de carne, a sua preferida.

—Boa memoria - Laurie elogiou e se serviu.

Comemos em um silêncio um pouco constrangedor. Sabia que Laurie estava se controlando ao máximo para não perguntar o porquê de tudo isso, e eu estava me controlando ao máximo para não ter uma crise de pânico de tão nervoso que estava.

Depois que terminamos de comer eu levei os pratos e o que sobrou da Pizza de volta para a cozinha e trouxe a sobremesa.

Fondue de chocolate com morangos.

—Pelo visto fez os meus dois pratos preferidos - Laurie disse quando viu a sobremesa - Isso foi proposital?

—Nada de perguntas, lembra?

—Você disse nada de perguntas ate terminarmos de jantar, estamos na sobremesa - ela lembrou, pegou um morango com um garfo e o mergulhou no chocolate e depois mordeu.

—Tem razão. - disse e sorri nervoso - Sim, foi proposital.

—Por que tudo isso? - ela fez a pergunta que eu sabia que ela tinha controlado desde que chegou para não deixar escapar.

Peguei o outro garfo, espetei no morango e mergulhei no chocolate tentando ganhar tempo, não sabia como me explicar.

Laurie colocou o garfo dela na mesa e tirou o meu da minha mão percebendo que eu estava enrolando.

—Fale - mandou e apoiou os braços na mesa e colocou o corpo mais para frente se debruçando na mesa.

Encostei meu corpo na cadeira e apertei minhas têmporas com os dedos olhando para baixo.

—Chris, fale - ela mandou outra vez.

Puxei o ar tomando coragem. Peguei a bolsinha de veludo do meu bolso e virei o conteúdo na mão, eram uma corrente e uma aliança. A corrente era prata e delicada, presa a ela tinha um pingente com uma pequena pedra de esmeralda redonda, e se você visse de perto dava pra ver que dentro da pedra tinha sido gravado o meu nome magicamente. A aliança era simples, também prata e um pouco grossa, do lado de dentro eu tinha mandado gravar o nome da Laurie.

Coloquei os dois de volta na bolsinha e coloquei no centro da mesa.

Laurie esticou o braço para pegar a bolsinha, mas eu não deixei. Segurei a sua mão e levantei da mesa, sem soltar a sua mão eu fui ate ela e a puxei para levantar também e ficar na minha frente.

—Laurie, - comecei a falar baixinho - há algum tempo que eu... Não, - me corrigi - Há muito tempo... Arg, eu não sei como dizer.

—Só diga - ela pediu me olhando nos olhos.

Olhei para baixo, para as nossas mãos ainda juntas, puxei o ar outra vez.

—Laurie eu sou apaixonado por você desde que éramos criança. - soltei de uma vez só.

1, 2, 3, 4... Contei os segundos. Um minuto, ela não disse nada.

Levantei a cabeça para poder olhar no seu rosto, Laurie estava sorrindo.

—Eu sempre achei que gostava de você como uma irmã mais nova e birrenta - contei olhando em seus orbes azuis - mas não, quando a gente ficou sem se falar aquela semana depois que você jogou tinta na Evan eu percebi que não posso ficar longe de você... Eu... Eu te amo Laurie.

Seu sorriso que já era grande se alargou mais.

—Fala de novo - ela pediu baixinho.

—Eu te amo Laurie. - repeti.

Laurie começou a gargalhar.

—O que? - perguntei confuso - Por que esta rindo?

Eu não estava intendendo, Laurie começou a ter uma crise de risos quando eu disse que a amava. Isso não estava certo, estava? Eu nunca tinha visto ninguém rindo em filmes quando uma pessoa dizia que amava a outra.

Entendi isso como um mau sinal.

—Não devia ter dito isso - soltei a sua mão e vire de costas para ela - Desculpe... Eu... Só desculpe.

Laurie puxou meu ombro para eu me virar mas continuei de costas para ela, então ela parou na minha frente e colocou suas mãos no meu rosto e o ergueu para que eu olhasse pra ela.

—Você demorou muito pra perceber isso. - ela avisou - Mas pelo menos percebeu.

E depois me beijou, só um selar de lábios, mas um beijo.

—Eu também te amo Christian - ela disse.

Eu sorri e a puxei para perto de mim. Coloquei minhas mãos em sua cintura, puxei seu corpo para perto do meu e a beijei novamente, os lábios dela eram macios como eu imaginava que fossem. Suas mãos se entrelaçaram no meu cabelo e ela ficou na ponta dos pés para ficar mais alta. Pedi passagem com a língua e ela concedeu, foi um beijo calmo e apaixonado.

Separei nossos lábios mas não deixei que seu corpo se afastasse do meu.

—Quer namorar comigo? - perguntei sussurrando.

Ela assentiu com a cabeça e voltou a sorrir. Me virei alguns milímetros para pegar a bolsinha de veludo de cima da mesa e me virei de volta para ela.

—Uma vez eu escutei você conversando com a Evolet, falando sobre alianças de namoro e casamento, e eu lembro que você disse que achava muito clichê os casais usarem aliança sendo só namorados. - disse e virei o conteúdo da bolsinha na minha mão - Por isso eu comprei esse pra você - ergui a corrente no ar - e como eu não acho esse negocio de aliança nada clichê - ergui a aliança - comprei esse pra mim.

—São lindos Chris - ela disse pegando os dois na mão - mas eu usaria uma aliança sem reclamar se você me desse - ela tentou me enganar.

—Sério? Porque eu tenho o par dessa aliança aqui lá em cima - disse e fui na direção da escada.

—MENTIRA - ela gritou e me segurou pelo braço - tá eu iria usar, mas iria dizer que é clichê sim - ela admitiu - Eu acho super fofo mas ainda acho clichê demais.

Dei risada da cara dela.

—Eu preferia você com uma aliança pra deixar os outros caras longe. Mas... - continuei antes que ela reclamasse - já que você não gosta, não vejo problemas em substituir uma aliança por um colar. Ainda mais que os dois tem o meu nome. - dei de ombros.

—Sério? - ela perguntou e começou a procurar o meu nome na corrente - Onde?

—Na pedra - respondi - bem no centro.

—Christian Fournier. - ela leu baixinho - É lindo - disse sincera.

Laurie me entregou a corrente, virou de costas e ergueu o cabelo para eu poder coloca-la. Coloquei a corrente no seu pescoço e a abracei por trás.

—Sua vez - sussurrei e estendi a mão direita para que ela colocasse a aliança.

—Eu te amo - disse e beijei a curvatura do seu pescoço.

—Eu também te amo - ela respondeu e virou a cabeça para o lado para que eu pudesse beijar a sua boca.