Evolet Potter escrita por Victorie


Capítulo 2
Capítulo 2




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Alguns dias depois que Dumbledore e Madame Maxime foram ao orfanato eu recebi uma carta dizendo o que eu precisaria comprar como material e uniforme escolar e explicando onde eu acharia essas coisas.

No mesmo dia eu fui às compras, Dumbledore tinha me dado uma bolsinha com vários galeões, e disse que eu não tinha que me preocupar com dinheiro pois meus pais tinham deixa a mim e ao Harry uma pequena fortuna no banco de Gringotes.

Fui andando até o Caldeirão Furado, demorei quase uma hora pra chegar, contando o tempo que fiquei perdida, seria mais fácil ir de táxi ou metro mas o dinheiro trouxa que eu tinha só dava para uma corrida então resolvi economizar para não ter que carregar peso na volta.

Quando cheguei achei o lugar meio estranho e sujo mas ignorei. Fui até o bar e pedi para o Tom abrir a passagem para o Beco Diagonal e ele me levou para o fundo do bar onde tinha uma porta que dava para uma parede e bateu a varinha em um dos tijolos que ficavam a mostra, a parede começou a se mover revelando uma passagem para uma rua enorme, cheia de gente com roupas estranhas e lojinhas de aparência velha.

— Obrigada Tom. – agradeci e ele apenas fez um aceno com a cabeça e foi embora me deixando sozinha.

Comecei a andar pela rua observando as várias lojinhas, decidi começar logo as compras pois não queria ir embora muito tarde.

Primeiro fui ao Olivaras comprar a minha varinha, a loja era enorme, com várias prateleiras com caixinhas compridas uma em cima da outra, deduzi que aquelas deveriam ser as varinhas.

— Com licença, o senhor é vendedor de varinhas? – perguntei a um velhinho que estava mexendo em uma das prateleiras no fundo da loja.

— Sim, o único de Londres criança, – respondeu ele – qual o seu nome?

— Evolet Potter.

— Sim, achei que não demoraria a aparecer na minha loja senhorita Potter. – comentou ele com um sorrisinho de canto – Já até separei algumas varinhas para você.

Olivaras ao último corredor da esquerda e pegou uma das caixinhas, abriu, pegou a varinha e me entregou, obvio que eu fiquei sem saber o que fazer.

— Experimente!

Eu não pensei muito, apontei a varinha para uma das prateleiras e a chacoalhei, todas as caixinhas caíram no chão imediatamente.

— Acho que não – deu um suspiro.

Pacientemente ele pegou a varinha de volta, colocou na caixinha e levou até o lugar onde ela estava antes, depois foi ao corredor do lado e pegou outra das caixinhas.

— Que tal essa? – ele perguntou me entregando a varinha e dando um sorriso fraco.

Eu peguei a varinha e apontei para um vaso de flor que estava murchando e caindo para o lado no canto da loja, a planta rapidamente voltou a ficar em pé e bonita como devia ser antes.

— Acho que sim – Olivaras disse alegre – Essa com certeza, vinte centímetros, madeira de carvalho branco e no núcleo pelo de unicórnio.

Paguei pela varinha, me despedi e sai da loja. Fui até o Floreios e Borrões, comprei todos os livros da escola e alguns que eu tinha me interessado, depois fui até a Madame Malkin e mandei fazer todas as vestes que eu precisaria. Ela disse que demoraria um tempinho para terminar então eu fui comprar o resto das coisas que precisava.

Quando estava voltando passei em frente a uma loja de animais e lembrei que eu poderia levar algum bichinho para a escola e resolvi comprar um gato, escolhi o mais bonito da loja. Ele era cinza escuro, bem peludo com os pelos meio revoltados de olhos cinzas e gordinho, uma fofura só.

Como não tinha mais nada pra fazer voltei para a loja da Madame Malkin e esperei uns 10 minutos ela terminar as minhas roupas, paguei e fui embora morrendo de cansaço de ficar segurando um monte de sacolas.

Cheguei ao orfanato e à senhora Hernandez quase me matou quando viu que eu tinha comprado um gato, mas se acalmou quando eu disse que ele iria comigo para a escola e enquanto isso ela não tinha com o que se preocupar porque ele iria ficar no meu quarto bem longe da vista das outras crianças.

Os outros dias passaram devagar mas tranquilos. Fiquei o tempo todo no meu quarto com o gato, que dei o nome de Boris, só lendo os livros novos e imaginando como seria a escola e como seria o próximo ano, ansiosa demais para pensar em outra coisa, só saia para comer e fazer as minhas tarefas.

Quando chegou o dia da viagem eu já estava com o malão arrumado há uma semana.

Madame Maxime tinha me explicado tudo o que eu teria que fazer para chegar à escola, primeiro teria que pegar um trem trouxa até Paris e depois ir a um campo isolado nos arredores da cidade onde teria uma carruagem que levaria os alunos a escola, não foi difícil achar o lugar.

Ao chegar lá fiquei maravilhada com a paisagem do lugar, a grama era bem verde, sem nenhuma árvore em volta e com algumas flores no chão, mas o que mais me chocou foi a carruagem. O que eu imaginava encontrar quando chegasse não podia nem de longe ser comparada com aquilo.

A carruagem azul–clara era enorme, mais ou menos do tamanho de um casarão, e presa a ela estavam doze cavalos alados e dourados e que mais pareciam elefantes de tão grandes.

Fiquei algum tempo só observando os outros alunos, todos eles eram muito bonitos e eu estava me sentindo um ratinho de laboratório perto deles, todos – assim como eu – já estavam com o uniforme da escola, das garotas era uma saia meio rodada até o joelho com um casaquinho do tipo terninho por cima, ambos azul–claro, com detalhes azul-escuro meia fina quase preta e uma sapatilha preta. E dos meninos era um terno inteiro também azul–claro com detalhes em azul-escuro e um sapato preto.

Um sinal avisou que devíamos entrar pois a carruagem já iria partir e vários alunos e pais começaram a se despedir e a chorar por ter que ficarem tanto tempo longe e começaram a enrolando para entrar, eu como não tinha ninguém para me despedir entrei logo que chamaram.

Por dentro a carruagem era parecida com um trem, com vários vagões dos dois lados e um corredor bem largo coberto por um comprido tapete vermelho de ponta a ponta e as paredes eram de um tom de gelo.

Comecei a procurar um vagão para mim e logo encontrei um vazio, coloquei a minha mala em baixo do banco e peguei um dos livros que foram pedidos na lista de material e comecei a ler para passar o tempo.

A carruagem começou a levantar voo e a paisagem vista de cima era linda, dava para ver todas as casas e as pessoas eram só pontinhos pretos, eu nunca tinha andado de avião e mesmo sendo completamente diferente um avião de uma carruagem voadora eu achei que a sensação deveria ser bem parecida.

Quando eu estava terminando o primeiro capítulo do livro uma garota entrou no vagão, ela era da minha altura com os cabelos loiros bem lisos e brilhantes, olhos azuis e parecia ser meio metidinha.

— Desculpe interromper, mas posso me sentar aqui? É que não tem mais nenhum vagão vazio.

— Claro. – respondi indiferente.

— Obrigado – ela disse colocando o malão embaixo do banco e se sentando na minha frente – Me chamo Laurie... Laurie Bernard.

— Evolet...Potter – Sinceramente? Se eu soubesse que essa seria a reação dela não teria me apresentado.

— POR MERLIN, VOCÊ É EVOLET POTTER? SÉRIO? EU NÃO ACREDITO, EU ACHEI QUE OS GÊMEOS POTTER IRIAM PARA HOGWARTS E NÃO BEAUXBATONS, GENTE ISSO VAI SER DEMAIS EU SABIA QUE MEU PRIMEIRO ANO NA ESCOLA NÃO IRIA SER ENTEDIANTE, EU SABIA, TENHO CERTEZA QUE NÓS VAMOS SER ÓTIMAS AMIGAS! – ela berrou dando pulinhos no lugar de felicidade e me deixando completamente assustada e constrangida.

Eu não sabia o que dizer e queria achar um lugar para me esconder vendo o escândalo que ela fez, mas não deu tempo pra isso, antes mesmo dela terminar um garoto moreno, alto, com os cabelos negros e lisos caindo sobre os olhos. Olhos prunfamente castanhos. E acho que mais velho que eu entrou no vagão falando com ela.

— Já começou com a gritaria Laurie? – Ele disse dando risada.

— Eu não estou gritando Christian – ela respondeu com ar superior.

— Imagina se estivesse, eu escutei o que você disse do outro lado do corredor. – ele revirou os olhos - Eu sou Christian Fournier – ele se apresentou e estendeu a mão em um comprimento que eu aceitei.

— Eu sou...

— Oras, sei quem você é, todo mundo sabe – ele me cortou falando como se fosse óbvio – Você é Evolet Potter, irmã do menino que sobreviveu.

— É, acho que sim – falei baixinho, pelo visto esses dois sabiam mais de mim do que eu mesma.

— Evolet, ignore esse jeito metido do Christian, ele se acha a pessoa mais esperta do mundo.

— Eu não sou metido, Laurie – ele disse indignado – Sou apenas uma pessoa que sabe das coisas.

— Claro, e eu não sou escandalosa – disse ela sarcástica.

— Então você confessa? – disse ele vitorioso.

— O que? Não... Não foi isso que eu quis dizer Christian... Eu quis dizer que... Que... - Laurie se desesperou e acabou se complicando ainda mais não sabendo como responder e ele apenas riu dela e saiu do vagão sem se despedir.

— Garoto idiota.

— De onde vocês se conhecem?

— Ele é meu vizinho, está no terceiro ano e se acha o mais esperto do mundo, é irritante.

Eu dei risada e depois disso ficamos conversando coisas sem importância.

Depois de quase seis horas de viagem a carruagem começou a descer até chegar a uma estrada e continuar o caminho por terra.

— Nós já estamos chegando – Começou Laurie ansiosa – Não vejo a hora de ver o castelo, dizem que é lindo, eu nunca fui lá sabe, mas a minha mãe me contou um monte de coisa, ela disse que o castelo é super divo, e que nos corredores tem estatuas de gelo! Imagina que coisa mais linda um monte de estatuas de gelo brilhando em quanto à gente anda.

— Deve ser incrível – disse sem interesse e acho que ela percebeu pois não disse mais nada pelo resto do caminho e eu agradeci mentalmente por isso.

Eu não queria conversar, não era nada pessoal só estava ansiosa demais para isso.

Após vinte minutos andando na estrada a carruagem parou. Da janela ao meu lado eu só podia ver uma parte da floresta que ficava perto da propriedade.

— Preparada? – perguntei a Laurie quando ouvi a movimentação dos outros alunos se apresando para sair.

— Desde que eu nasci – respondeu ela com um sorriso enorme.

Peguei meu malão e a gaiola do Boris e fomos para o corredor que estava entupido de gente e só depois de muito empurra-empurra conseguimos sair. Descemos na frente de um muro bem alto pintado de cinza e mais para à frente tinha um portão de barras com as pontas em forma de setas todo pintado de branco.

Após os muros a floresta continuava com uma abertura que parecia uma rua só que de terra e não muito grande, e depois de uns cinco minutos caminhando a abertura aumentava revelando uma lagoa meio oval, não era muito grande mas também não era pequena.

— É incrível não é meninas? – Christian apareceu atrás de nós e apoiou os braços um no meu ombro outro no de Laurie.

Não tinha percebido que tínhamos parado em frente à lagoa e vendo de onde estávamos na nossa frente do outro lado da lagoa tinha um campo bem grande e mais para frente uma floresta, mas essa sem abertura para passagem, do lado esquerdo tinha uma espécie de torre meio marrom com varias janelinhas e ao seu lado duas estufas.

Já do lado direito tinha o castelo. Ele era lindo, muito grande em um tom de cinza bem clarinho, quase branco, tinha quatro torres e dava para ver contando as janelas que tinha cinco andares. As portas eram de madeira e estavam abertas para os alunos entrarem e bem acima delas tinha uma varanda onde Madame Maxime os observava.

— Acho que a imaginação de vocês não chegou nem perto disso não é?

— Não. – falamos ao mesmo tempo.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado *-* Me avisem se tiver alguma coisa errada. E COMENTEMMM***