Evolet Potter escrita por Victorie


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Libueno aqui.
COMENTA CAMBADA! E RECOMENDEM TAMBÉM!
Oi pessoinhas esquisitas!
Comentem e recomendem, que isso deixa a gente feliz.
A Vih tá mandando um beijo ¬¬
Vih: Beijo, fofoletes!
Afe, tontinha essa minha amiga né?
Enfim, espero que gostem. O próximo capítulo é o baile, e eu já escrevi.
Então leiam, comentem, e recomendem, porque quanto mais reviews, mais rápido a gente posta.
Beijos, monstrinhos! ;*



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“Querida Evolet, nem imagino como esteja sendo pra você viver no meio de toda essa ralé. Laurie está aqui me enchendo o saco e te mandando um beijo. 

Em Beauxbatons as coisas continuam normais. Madame Maxime pergunta de você com freqüência, mas nós nunca temos noticias suas. Laurie está me obrigando a escrever que espera que você tenha encontrado um “gatão” por aí.

Eu espero fervorosamente que não. De gatão já chega o Boris!Ouvi dizer que você fará os N.O.M.s esse ano. Espero que consiga as notas desejadas. Laurie disse que você vai conseguir porque é nerd, mas eu prefiro o termo inteligente!

Comecei a namorar uma garota – Evan Brunner – mas não deu certo... Na verdade, a Laurie jogou um balde de tinta na cabeça dela, e disse que eu é que havia mandado. Ela terminou comigo e eu fiquei uma semana sem falar com a Laurie, até que não agüentei mais e pedi desculpas.Imagina só, ela jogou um balde de tinta na cabeça da minha namorada, e eu é que peço desculpas!

Aproveitarei que ela parou de bisbilhotar por aqui e lhe confessarei: Acho que ela está apaixonada por mim!

Ainda não sei se é recíproco, mas creio que sim. Sabe, é meio estranho. Sempre pensei na Laurie como uma irmã, e agora a vejo assim... Não diria como um objeto sexual, afinal, você é uma garota, e não se diz uma coisa dessas a uma garota, mas cá entre nós, bem perto disso!

Brincadeira! Acho que gosto dela de verdade... Não que ela não seria um bom... Deixa pra lá.

Ela voltou, está sentada no sofá e não se deu ao trabalho de ver o que estou escrevendo. A gorda está comendo chocolate, pra variar.

Espero que ela não leia isso. Se souber que a chamei de gorda, me mata!Todos estão sentindo muito a sua falta em Beauxbatons.

Espero noticias suas em breve. Conte-me como está sendo com o seu amado irmãozinho! Já arrumou amigos novos? 

Laurie disse que se você a trocar, te lança um Avada Kedavra. Acho que está brincando. 

Acho.

Agora encerro essa carta, Laurie te mandou mil beijos e um tapa na bunda. Te mando só os mil beijos. 

Se te der um tapa na bunda é perigoso a doida ir até Hogwarts só pra te jogar um balde de tinta na cara.

Obs: Tinta vermelha, então eu não acho que vá dar muita diferença no seu caso, se é que me entende.

Com muito amor e saudade, Christian Fournier e Laurie Bernard.”

Terminei de ler a carta com lagrimas nos olhos. Estava no meu quarto, com Boris enroscado nos meus pés como uma bolinha.

A carta havia acabado de chegar. Esses dois...

Torcia fervorosamente para que ficassem juntos, sempre torci.

Reli a carta mais três vezes, absorvendo as palavras, e pensei em escrever uma resposta, mas estava irritada demais pra isso.

Enrolei o pergaminho em que ela havia sido escrita e a coloquei cuidadosamente dentro da minha gaveta. Me levantei da cama e suspirei.

Ainda estava com a mesma roupa que tinha ido à Hogsmead.

Ai que ódio do Harry e dos amiguinhos babacas dele!

Eu só conseguia sentir mais raiva de uma pessoa: Malfoy! Como ele ousa? Fuinha desgraçado, insuportável, infeliz, idiota, lazarento!

Morre, morre, morre!

Dei um soco na cama pra descontar minha raiva, e Boris deu um miado revoltado e pulou dali, saindo correndo do quarto.

Ótimo, agora eu o magoei também.

Mas eu sabia o que fazer. Desmanchei minha trança, entrei no banheiro e tomei um banho, lavando o cabelo. Coloquei um shorts jeans curtíssimo e uma camisetinha branca regata.

Soltei meus longos – e agora molhados – cabelos ruivos, passei um lápis de olho, o rímel e um gloss transparente. Coloquei uma rasteirinha bem delicada de pedrinhas, peguei um livro qualquer e desci as escadas até o Salão Comunal da Sonserina. Avistei Crabbe a um canto. Perfeito!

Malfoy estava sentado no sofá, Pansy ao seu lado, acariciando seus cabelos de tempos em tempos.

Joguei os cabelos pra trás estrategicamente e me aproximei de Crabbe. Tão próxima que atrai muitos olhares.

Assim que me viu à sua frente, ele se levantou de um pulo do sofá onde antes estivera sentado.

_E-e-e-Evolet! _gaguejou chocado.Coloquei um dedo em seus lábios e murmurei um “shhhh”.

Ótimo, depois eu lavava minhas maravilhosas mãozinhas!

_Vou com você à Hogsmead no próximo fim de semana. 

Ele me olhou chocado por alguns segundos e ouvi alguém arfar atrás de mim. Não precisava olhar pra saber que se tratava do “Draquinho”.

_V-v-você... Pensei que não quisesse nada comigo! _ele disse revoltado.

_Ai garoto, para de frescura! Foi você quem me convidou. Pronto, eu aceitei!

_Mas... como amigos?_perguntou parecendo desapontado.

_Vamos por partes, tudo bem?

_Sem problemas. _ele sorriu abertamente.

Sem que eu esperasse, me agarrou pela cintura e me puxou ao encontro de seu corpo sem nenhuma delicadeza!

_Hey, seu ogro! _gritei enquanto ele me dava um abraço de estalar os ossos.

_Preciso... Respirar!

Ele me soltou e percebi que seu sorriso havia se alongado ainda mais.As pessoas ao nosso redor faziam ruídos de nojo, como se ele fosse louco por ter sequer tocado em mim. 

_Você é cheirosa. _ele riu.

Nunca o havia visto mais feliz.

_É... _murmurei infeliz.

_Já ouvi essa antes.

Me virei e encontrei os olhos de Malfoy em mim.

Uma onda de emoções perpassava seu rosto. Ódio, ciúmes, raiva, traição... dor.

Mordi o lábio inferior e subi até meu dormitório, esquecendo meu livro pra trás.

Assim que me joguei na cama, tirei o shorts, e adormeci assim: Largada nos lençóis, pensando em quão repulsiva eu era.

(...)

Estava indo em direção à minha aula de História da Magia quando Harry passou correndo por mim a toda, sem nem me olhar. Ele estava com uma coruja maravilhosamente branca nos braços.

O acompanhei de longe, tentando ver o que o idiota ia fazer com ela.

Ele parecia tão nervoso que nem percebeu que eu o seguia.

Ele parou em frente às gárgulas de pedra que levavam à sala de Dumbledore.

_Você deveria estar na aula, filhinho. _uma delas crocitou.

_É urgente! _Harry quase gritou.

_Ôôôôô, urgente, é? _zombou a outra. _Isso nos põe em nosso lugar, não é? 

Harry bateu à porta com raiva e a mesma se abriu. Era McGonagall.

_Mais uma detenção?! _Exclamou, irritada.

_Não! _Ele apressou em dizer. _Estou procurando a Professora Grubbly-Plank. Minha coruja foi ferida...

A professora o interrompeu e eu cerrei os dentes.

Ai, que coisa mais sem graça. Esperava algo mais emocionante.

Sai a passos largos para a aula de Poções, já que a de História da Magia havia ido para o beleléu.

Assim que cheguei às masmorras, avistei Fuinha, Pansy e Goyle. Crabbe não estava ali.

Ele falava mais alto do que seria necessário, e vi que Harry, Granger e Ronald estavam pouco mais longe, observando-o.

_Quero dizer. _disse Fuinha, os olhos cinzentos com um brilho de maldade. _Se é uma questão de influencia com o Ministério, acho que eles não têm muita chance... pelo que diz meu pai, há anos que estão procurando uma desculpa para despedir Arthur Weasley... e quanto a Potter... meu pai diz que é apenas uma questão de tempo, logo o Ministério vai mandar despachá-lo para o St. Mungus... Parece que lá tem uma enfermaria especial para gente que teve o cérebro fundido por magia.

Ele fez uma careta com a boca aberta e os olhos se revirando nas órbitas. Goyle meio riu, meio grunhiu e Pansy guinchou de prazer.

Já disse que a odeio? Bom... se não disse: EU ODEIO PANSY BULDOGUE PARKINSON!

De repente alguém gritou:

_Neville, não!

Me virei ao ponto de ver Neville Longbottom chutando e socando o ar, mirando em Malfoy. Harry estava segurando-o, o impedindo de avançar pra cima do Fuinha.

_Me ajuda aqui! _Harry gritou para Ronald.

Goyle flexionou os braços e se colocou á frente de Malfoy, como se fosse um segurança. Ronald e Harry conseguiram arrastar o imbecil do Longbottom para longe do Fuinha. 

_Não... graça... não... Mungus... mostre... a ele...

A porta da masmorra de repente se abriu, e Snape saiu de lá. 

_Brigando, Potter, Weasley, Longbottom? Dez pontos a menos para a Grifinória. Solte Longbottom, Potter, ou lhe darei uma detenção. Para dentro, todos vocês.

Ocupei meu lugar habitual, sozinha. Mas assim que todos estavam acomodados, a masmorra se abriu. Crabbe entrou lá, e varias garotas soltaram gritinhos. Ele estava com um dos olhos terrivelmente inchados. Sem olhar pra ninguém, se encaminhou para o fundo da masmorra, parando só para dizer um “desculpe” ao Seboso.

_Crabbe. _disse em alto e bom som e ele me olhou.

Dei um tapinha na mesa ao meu lado e seu rosto se abriu em um mínimo sorriso. Ele veio se postar ao meu lado, e eu sorri pra ele.

_Vocês irão notar. _Disse Snape com a voz baixa e desdenhosa. _Que temos uma convidada conosco.

Ele apontou para Umbridge, que estava sentada no canto mais escuro da Masmorra, com a prancheta apoiada nas pernas, e um sorrisinho falso nos lábios de sapo.

_Hoje continuaremos nossa Solução para Fortalecer. Vocês encontrarão suas misturas como as deixaram na ultima aula. Se foram feitas corretamente, deverão ter maturado a contento durante o fim de semana. As instruções... _ele acenou com a varinha _... no quadro. Podem começar.

Estava fazendo minha poção perfeitamente, até que Umbridge decidiu interrogar Snape, e eu fui obrigada a parar para ouvir.

_A turma parece bem adiantada para seu nível. _disse ela, animada. _Embora eu questione se é aconselhável lhes ensinar uma poção como a Solução para Fortalecer. Acho que o Ministério não a aprovaria.

Snape se endireitou e se virou para encarar Umbridge.

_Agora... _ela continuou. _Há quanto tempo você está ensinando em Hogwarts?

_Quatorze anos. _a expressão de Snape era indefinível. 

Aproveitei a pequena pausa e adicionei mais alguns ingredientes meticulosamente cortados no meu caldeirão. Crabbe copiava tudo que eu fazia.

_Você antes de tudo se candidatou ao cargo de professor de Defesa Contra as Artes das trevas, não foi? _ela perguntou.

_Foi. _ele respondeu em voz baixa.

_Mas não foi aceito?

Snape crispou os lábios.

_É óbvio. 

Umbridge fez uma anotação na prancheta e eu mordi o lábio inferior pra não rir. Acrescentei mais alguns ingredientes, e Crabbe repetiu meu gesto.

_E você vêm se candidatando regularmente àquele cargo desde que foi admitido na escola?

_Sim. _respondeu Snape, quase sem mover os lábios.

_Tem alguma idéia de porque Dumbledore tem se recusado a nomeá-lo? _perguntou Umbridge rapidamente.

_Sugiro... _Snape disse lentamente. _Que pergunte a ele.

_Perguntarei. _ela sorriu meigamente.

Ela virou-lhe as costas e saiu em direção à Buldogue, e começou a interrogá-la sobre as aulas. Comecei a me empenhar na minha poção.

Ficou perfeita, claro. A de Crabbe ficou boa também, embora não tanto quanto a minha. Hermione ficou furiosa, porque esqueceu de pingar duas gotas de Suco de Romã na poção, enquanto a minha estava impecável. Snape limpou o caldeirão de Harry e disse que ele estava sem nota novamente.

Quase senti pena dele. Quase.

Depois sai da masmorra em direção à sala de Defesa Contra as Artes das Trevas. Crabbe me acompanhou.

_O que houve com seu olho? _sussurrei.

_Malfoy. _ele deu de ombros.

_O Fuinha fez isso? _perguntei furiosa.

Ele deu um risinho sem graça.

_Não. Malfoy não tem peito o suficiente pra tentar. Ele mandou o Goyle fazer. 

_Porque ele faria isso? _arqueei uma sobrancelha.

Crabbe me olhou como se eu fosse louca.

_Por causa de você, Evolet. Você sabe que Malfoy acha que você pertence a ele. Todo mundo sabe.

_Espera ai... Que eu pertenço a ele? Como se fosse um objeto? Só naquela cabecinha loura e sem cérebro dele! _respondi furiosa.

Fuinha, seu filho da mãe! Reza, porque tu vai subir!

_Malfoy é assim mesmo. Ele está acostumado a ter quem ele quiser. E você é apaixonada por ele. Isso fica bem claro quando o olha. _Crabbe suspirou. _Todas gostam dele, e ele gosta de todas. Até... _ele parou e chacoalhou a cabeça.

Escancarei a boca e paralisei.

De repente tudo fez sentido.

Crabbe não estava a fim de mim. Ele estava a fim de outra!

Graças a Merlin! Graças a Merlin! ILUMINA MERLIN! ILUMINA!

 _Quem é ela? _perguntei quase correndo pra acompanhar seus passos.

Crabbe ficou vermelho e deu de ombros.

_Não importa.

Já estávamos perto da sala da Megera.

_Crabbe! Por favorzinho!

_ Jura que não conta pra ninguém? _coloquei dois dedos cruzados em frente aos lábios.

_Sim, sim, sim!

_É a Pansy.

Oh. My. God.

Estava paralisada no lugar, então Crabbe me puxou pra dentro da sala e me sentou na cadeira, se sentando ao meu lado.

_Boa-tarde turma! _Umbridge disse feliz.

_Boa tarde, Profª Umbridge! _responderam alguns.

Tudo bem, Evolet. Encontre sua voz. Encontre sua voz.

ENCONTRE SUA VOZ, PORRA!

_Guardem as varinhas, por favor.

Ninguém guardou, porque ninguém havia se dado ao trabalho de pegar as varinhas.

_Parkinson? _sussurrei finalmente.

Ele apenas deu um aceno com a cabeça, triste.

_Abram na pagina trinta e quatro de Teoria da defesa em magia, e leiam o terceiro capitulo, intitulado “O Caso das Respostas Não-Ofensivas ao Ataque Mágico”. Não haverá...

_Necessidade de conversar. _murmurei pra mim mesma e revirei os olhos, enquanto Crabbe dava risadinhas.

(...)

Não falei com Malfoy. Não olhei para Malfoy. Agi como se ele não existisse.

Meu sapo deu uma coaxada, revoltado de estar sendo esmagado e eu choraminguei baixinho.

Crabbe ao meu lado riu e eu lhe dei uma sapada na cabeça. Literalmente.

Estava na aula de Feitiços. Eu estava até animada que estivesse chovendo, afinal, nada melhor do que dormir com chuva! Estávamos praticando feitiços silenciadores em corvos e sapos.

Eu havia feito o meu sapo e o corvo de Crabbe ficarem em silencio rapidinho.

_Muito bem, senhorita Potter. _o professor disse animado.

Sorri pra ele. No intervalo tivemos permissão para ficar dentro da escola, e eu decidi dar uma corridinha até o meu dormitório pra ver o Boris. Ele ficava inquieto quando chovia.

Abri a porta silenciosamente para o caso de ele estar dormindo, e o que eu vi me fez paralisar.

Fuinha sentado na minha cama, cutucando uma foto minha com a Madre Superiora.

_Mexe... mexe... MEXE! _dizia apavorado.

Me encostei no batente da porta e fiz a melhor cara de brava que eu consegui.

_É uma foto trouxa, Malfoy. Ela não se mexe.

Ele me olhou chocado e deixou a foto cair no chão.

_Garoto burro! O que você ta fazendo no meu quarto?

_Vim aqui falar com você.

_E como é que você conseguiu subir a escada? Pelo que eu sei, garotos escorregam por ela. A não ser que você não seja de todo um garoto. _ri.

_Você sabe muito bem que sou, Evolet. E não te interessa como eu consegui subir.

Revirei os olhos, fui até ele e o peguei pelo braço, o jogando pra fora do meu quarto.

_Hey! _ele gritou segurando a porta no momento em que eu ia batê-la em sua cara.

_Sai daqui, Fuinha. Vai atrás da Buldogue Parkinson.

Ele coçou a cabeça, inquieto.

_Não gostei de te ver com o Crabbe.

_Problema seu.

_Eu sei que é... mas ainda assim... semana que vem vai ser o baile dos estudantes. Sabe, só uma coisa pra descontrair. O tema vai ser fantasia. Sem máscaras nem nada, só fantasia...

_E o que eu tenho a ver com isso? _tentei ser fria, mas soei curiosa.

Por favor, me convide. Por favor, me convide!

Ele abriu a boca e me olhou, mas depois a fechou.

_Nada. Só vim lhe avisar pra convidar o Crabbe antes que ele ache alguém mais gostosa que você. Cá entre nós, isso é bem fácil.

Bati a porta na cara dele – literalmente na cara dele – e o ouvi praguejando do lado de fora.

Impertinente.

Infeliz.

Nojento.

Com um muxoxo de indignação me joguei na cama. Não faria mal perder as outras aulas.

(...)

Eu estava sem sono e andando pela escola, quando ouvi vozes excitadas.

Subi até onde as vozes estavam e vi Harry, Hermione e Ronald em frente a uma parede. De repente, a parede se transformou em uma porta enorme. Uma Sala Precisa em Hogwarts? Que interessante.

_E olhem só esse livros! _Hermione disse excitada. _Harry, maravilha, aqui tem tudo que...

De repente ela parou, porque eu estava linda e maravilhosamente entrando na sala com um sorriso no rosto.

_Oi pessoinhas insignificantes. Então... é aqui que vamos ter as aulas? 

Harry me olhou chocado e foi acompanhado pelos outros dois.

Revirei os olhos e me joguei em uma poltrona que apareceu ali assim que pensei que precisava de uma.

Antes que alguém pudesse dizer alguma coisa, uma batidinha tímida na porta nos fez olhar. A Weasley fêmea, Longbottom bobalhão, uma lourinha com cara de idiota que eu sabia ser Brown, uma das gêmeas Patil, e Dino chegaram.

_Opa. _Dino disse correndo os olhos pela sala, encantado. _Que lugar é esse?

Harry abriu a boca para explicar, mas chegou mais gente. Como todo mundo havia chegado? Puta que pariu, será que já estavam avisados?

Eu não havia sido avisada!

_Bom, eu estive pensando... _Harry começou a dizer quando todos já estavam acomodados, mas reparou que havia uma mão erguida. _Que foi Hermione?

_Devemos eleger um líder. Votando, como se deve. Então: todos acham que Harry deve ser o líder? 

Todos ergueram as mãos, menos eu, e todo mundo me olhou chocado.

Me levantei da poltrona, sorrindo.

_Voto em mim. Mesmo que só eu vote em mim, eu voto em mim.

Hermione gargalhou, sem humor nenhum.

_Você não sabe fazer nada, garota. Harry até Patrono sabe!

_Eu sei evocar um Patrono. _revirei os olhos. _Em Beauxbatons aprendemos mais cedo.

_Prove. _Disse Zacarias Smith.

_Se o Harry fizer o dele primeiro. _dei de ombros.

Harry me olhou desafiadoramente.

_Expecto patronum! _um veado brilhante irrompeu de sua varinha e fez círculos na sala.

Dei um sorrisinho irônico.

_Expecto patronum! _murmurei e um panda pequeno e gordinho saiu da minha varinha, maravilhando as garotas ao meu redor que correram pra perto dele.

_É a coisa mais fofa que eu já vi! _a Weasley disse, maravilhada.

Olhei desafiadoramente pra Granger, que ainda fitava meu panda, alarmada.

_Tudo bem, mas ainda assim, é um voto contra vários. _Ronald interrompeu, irritado.

_Harry é o líder. _Granger me fuzilou com os olhos.

_Temos que ter um nome. _a japonesa reclamou.

_Armada de Dumbledore. _disse simplesmente e todos me olharam.

Senti meu rosto esquentar.

_Ah, qual é, é o melhor nome pra se dar. _joguei meus longos cabelos pra trás. _Podemos chamá-la de A.D.

_Todos a favor da A.D? _Granger perguntou infeliz, e todos concordaram.

Ela prendeu um pergaminho que tinha a assinatura de todos na parede e escreveu “ARMADA DE DUMBLEDORE” em cima.

_Começaremos com o Expelliarmus. Vamos nos dividir em pares para praticar. _Harry disse simplesmente.

Porra, agora fodeu tudo. Quem vai querer fazer par comigo?

Eu e Longbottom ficamos sem par e eu tive que fazer com o lezado. Ele sorriu pra mim, esperançoso.

_No três. _Harry disse._Um... dois...

Antes que ele dissesse três eu desarmei Neville, e as pessoas riram.

Dei um sopro teatral na varinha, e Neville ficou vermelho.

_Eu disse três, Evolet. Não dois.

Revirei os olhos.

_Vocês precisam de mais humor na vida de vocês. _disse simplesmente.

_De novo. Um... dois... três...

Muitas pessoas começaram a gritar, e varias varinhas a voar pra todos os lados. Neville não me desarmou uma só vez.

Fui até ele, me postando às suas costas. Segurei sua mão e a ergui um pouco.

_Com a cabeça mais alta, Longbottom. _mirei sua varinha pra Granger.

_Vamos lá... um... dois... três...

_Expelliarmus! _ele gritou e a varinha voou da mão dela.

Comecei a rir e ele ficou todo empolgado.

_Parabéns, Neville! _Harry gritou do outro lado da sala. _Genial!

Eu particularmente não achava que a palavra genial poderia entrar na mesma frase que o nome Neville Longbottom, mas deixei passar.

Estava ajudando Neville quando senti uma mão pousar no meu ombro. Me virei e era Harry.

_Evolet, você está bem mais adiantada que as outras pessoas. Será que... hã... não poderia ajudar quem tem mais dificuldade.

_Choquei! Harry Potter me pedindo ajuda? Bateu a cabeça, maninho? _ironizei.

Ele revirou os olhos.

_Pode ou não pode? 

_Claro. _sorri. _Neville, vá praticar com o Sardento e a Cabelo de Vassoura.

Harry me repreendeu com o olhar, mas eu apenas joguei o cabelo pra trás. 

_Qual eu ajudo primeiro? _olhei chocada a baderna que a sala havia virado.

_Luna Lovegood. _ele apontou pra lunática.

Suspirei derrotada.

_E aí Luna. Beleza?_cheguei perto dela, sorrindo.

Ela me olhou por uns segundos, pensando se responderia ou não. Seu parceiro tentava acertá-la, mas era tão terrível que nem com a garota parada, conseguia.

Ela decidiu responder:

_Bem. E você, Evolet?

Ignorei-a.

_Quer ajuda? Hey, você! _apontei pro garoto que agora tentava me desarmar. _Vai pedir ajuda pro Harry que eu vou ajudar a Luna.

E ele foi.

_Ok! Parar! _ouvi Harry berrando, mas ignorei.

Luna estava se saindo perfeitamente bem. Cá entre nós, sempre fui uma professora fantástica!

_Parar! PARAR!

Continuei ignorando.

De repente um apito soou.

Garoto filho da minha mãe!

Todos baixaram as varinhas.

_Não foram nada mau. _ele disse, realmente satisfeito. _Mas ainda temos que melhorar. A Evolet vai estar ajudando vocês, então não fiquem com vergonha de pedir ajuda. Vamos mais uma vez...

Dessa vez fui ajudar a japonesa, que descobrir se chamar Cho Chang. Ô nominho feio!

Ela até que era boa, não conseguia me desarmar porque eu era muito rápida, mas sabia o feitiço.

_Ah não! _ela disse nervosa quando Harry se aproximou. _Expelliarmious! Quer dizer... Expellimellius! Ah, desculpe, Evolet!

A manga do meu pijama pegou fogo. Apaguei com a minha varinha e fuzilei Harry com os olhos.

_Saia daqui agora! A garota estava indo bem! Está desconcentrando meus alunos! _disse revoltada.

Ele apenas riu e se afastou.

Imbecil.

A garota que antes estava treinando com ela me fuzilou com os olhos e voltou para o pufe que antes estava sentada.

Uma tal de Marieta.

_Não ligue pra ela. _Cho murmurou. _Ela não queria vir, mas eu a obriguei. A mãe dela trabalha no Ministério…

_Claro, claro. _respondi superficialmente e me virei de lado pra desarmar a Granger, que ficou procurando de onde o feitiço havia saído.

Gargalhei e voltei a ajudar Chang.

_Bom, foi bastante bom. _Harry disse de repente, e todos baixamos as varinhas. Mas antes disso desarmei Granger mais uma vez.

_Passamos da hora, é melhor pararmos por aqui. Mesma hora, mesmo lugar, semana que vem? _ele perguntou.

_Antes! _pediu Dino, e vários concordaram com ele.

Angelina a capitã do time de Quadribol, foi se intrometendo.

_A temporada de Quadribol vai começar, as equipes precisam treinar!

_Na próxima quarta então. Aí poderemos decidir se queremos mais reuniões. Vamos andando. Todos começaram a sair, mas eu continuei na sala.

_Foi realmente bom Harry! _Hermione disse quando todos saíram.

Eu estava sentada em um pufe e acho que eles nem me viram.

_Eu sei. _Harry disse feliz. _E até Evolet ajudou! Pensei que ela fosse me criar problemas!

_Eu confesso que também pensei. _Ronald disse pensativo. _Mas acho que é melhor nós não confiarmos nela.

_E porque não? _Harry perguntou, chocado.

_Pense bem, Harry. _Hermione se intrometeu. _Tem que ter um motivo pra ela decidir ser legal com todo mundo. Ela está tramando alguma coisa!

_Ela não estava sendo legal com todo mundo, Hermione. Ela só estava nos ajudando.

Os três saíram da sala ainda falando de mim.

Com um suspiro resignado comecei a ver os livros que estavam nas prateleiras. Já havia lido grande parte, e tinha alguns realmente muito interessantes.Olhei minha manga chamuscada e a arrumei com um suspiro. Cho Chang estava interessada no Harry. E era recíproco.

Porque as coisas não eram fáceis assim comigo e com o Fuinha?

Ouvi algo arranhando a porta e a abri.

Era Boris, os olhos grandes estavam tristes e apavorados.

_Como achou a mamãe? _murmurei pegando-o no colo.

Ele me desaprovou com o olhar.

_Eu sei. _sussurrei e lhe dei um beijo no focinho rosado enquanto ia em direção ao meu dormitório.

_Estou atrasada.

 Assim que deitei a cabeça no travesseiro, não pensava mais na A.D. Pensava no baile, e em como estaria linda nele. Precisava escrever para a Laurie, para ela escolher um vestido e mandá-lo para mim.

Faria isso amanhã, afinal, hoje eu estava exausta.


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